sexta-feira, 30 de novembro de 2012

UM ESTUDO EM 2TIMÓTEO


UM ESTUDO EM 2TIMÓTEO

INTRODUÇÃO
Como disse no estudo sobre 1Timóteo: “As cartas a Timóteo e a Tito são chamadas de “pastorais”.
Todas as cartas de Paulo foram pastorais. Estas foram dirigidas a pastores: Timóteo e Tito. Servem-
nos por isto. O sentido da palavra “pastoral” aqui ficou quase como sendo sinônimo de “clerical”,
uma carta para pastores. Somos pastores. Paulo, o grande pastor, missionário, teólogo tem algo a
nos dizer aqui. Vejamos”. Agora, nosso tema é a 2Timóteo. Vejamos, também.
1. QUAL O PROPÓSITO DA CARTA?
Podemos compreender seu propósito lendo 1Timóteo 1.3-4. Timóteo está em Éfeso, encaminhado
por Paulo, para resolver problemas daquela igreja. Geralmente pensamos nas igrejas do Novo
Testamento como igrejas boas, saudáveis, até perfeitas. Até se ouve, vez por outra, a frase:
“Precisamos voltar a ser como a igreja do Novo Testamento”. Elas tinham problemas como as
nossas. A de Corinto tinha problemas piores que os nossos. Aqueles pastores lutavam com
problemas como nós lutamos. Não eram obreiros perfeitos. Eram tão humanos como nós, e às
voltas com problemas e limitações como nós. Por isso, esta carta nos serve. Gente como nós, à
frente de igrejas como as nossas, com ovelhas como as nossas. Serviu para Timóteo, servirá para
nós.
2. OS PROBLEMAS DA IGREJA
(1) Excesso de palavras, muito discurso oco, negando até a ressurreição: 2.16-18. Himeneu era
“barra pesada”: 1Tm 1.19-20. Há muito Himeneu em nossas igrejas.
(2) Ainda havia Alexandre, que causara males a Paulo: 4.14-15. Cullmann acha que Alexandre era
um líder judaizante que acusara Paulo. Ele presume ser este Alexandre o judeu de Atos 19.33-
34. Ele se voltara contra Paulo desde aquela época.
(3) Havia também a falsa espiritualidade: 3.1-5. São pessoas que resistem à verdade. Gente que
confunde doutrina com fábulas, com crendices e superstições. Falsa espiritualidade talvez seja
um dos problemas mais comuns em nossas igrejas.
Achamos que nossas igrejas têm problemas e que nosso peso é duro? Os pastores do Novo
Testamento enfrentaram o mesmo problema. Qual é a lição? Que pastorear o rebanho de Deus é
enfrentar rebeldes, sofrer maldade de ovelhas (ou bodes?) e administrar caos doutrinário. Uma
pergunta; vale a pena passar por tudo isto? Creio que a melhor resposta, por enquanto, vem de
1Pedro 5.1-4.
3. DOIS TEMAS CAPITAIS NA CARTA
Exatamente por abordar as dificuldades do ministério, Paulo focaliza dois temas de fundamental
importância nesta carta. Os comentaristas os chamam de “retrato do mártir cristão” e “o retrato do
pastor”. O “retrato do pastor” tem três aspectos, segundo Bortolini (eu chamaria de dimensões).
Como disse Bortolini: “O primeiro é pessoal, o segundo envolve o líder com sua comunidade; o
terceiro o mostra num quadro mais amplo, o da sociedade em geral”. Vamos ver estes dois temas
mostrados pelo apóstolo.
4. O RETRATO DO MÁRTIR CRISTÃO
É apresentado em quatro ângulos:
(1) Não se envergonhar da fé: 1.11-18. Paulo não se envergonhava (v. 12) e Onesíforo não
envergonhou (v. 16). O sentido é de não se encabular, não se retrair, não ter medo nem querer
desistir.
(2) O conflito com a sociedade civil: 3.13-18. Não devemos esperar aplausos do mundo. Quem
quiser viver em piedade será perseguido. Cabem aqui as palavras de João 15.18-21.
(3) Manter-se firme no combate cristão: 4.6-8. Um mártir nunca desiste e entrega sua vida como
ato de culto a Deus.
(4) Mesmo traído, abandonado, exercer o perdão: 4.16-18. Deus livra aqui e leva para o reino.
Mártir não é, necessariamente, o que morre numa fogueira. É o que se mantém fiel, mesmo em
meio aos problemas e sofrimentos. Cada pastor, neste sentido, deve ser um mártir.
5. O RETRATO DO PASTOR
Este é mais amplo e é mostrado em sete ângulos, que abarcam os três aspectos ou dimensões já
mencionados no ponto 3:
(1) Reavivar, não se envergonhar e participar do sofrimento pelo evangelho: 1.6-8. Admiro e
“invejo” os pastores que só têm triunfos, autênticos “tratores espirituais”, que passam por cima
de tudo. Já tomei tanta bordoada que até pensei em desistir. Um colega orou comigo pedindo
que Deus me fizesse digno de sofrer participando das aflições de Cristo. Ele citou 1Pedro 4.13.
Foi-me uma grande lição.
(2) Fortificar-se, comunicar a graça, solidarizar-se com o sofrimento dos colegas: 2.1-7. Há quem
exulte com os problemas dos colegas. Não somos rivais. Somos colegas. Para se subir não se
precisa dos escombros do ministério alheio.
(3) Lutar contra as falsas lideranças religiosas, lembrando, testemunhando, não tendo do que se
envergonhar: 2.14-18. O versículo 15 mostra que deve ser um homem conhecedor do evangelho
(“maneja bem”), mas não apenas cognitivamente e também existencialmente (“não tem do que
se envergonhar”). O maior antídoto contra as heresias é um antivírus bíblico e um caráter
autêntico.
(4) Fugir e permanecer (2.22-26). Fugir das paixões sensuais e seguir na firmeza da vocação, com
integridade. Provérbios 22.3 cabe bem aqui. Eis uma boa citação de Hansen: “Terei pouco
controle sobre meu ministério se tiver pouco controle sobre meus pensamentos e sentimentos”
(O poder de amar sua igreja, p. 119). Cuidado com pensamentos e sentimentos que nãose
consegue controlar.
(5) O conflito com a sociedade civil: 3.13-18. É uma parte do retrato do mártir (a segunda). O
mundo não pode tolerar pessoas santas que o reprovem. Reprovar com palavras traz bate-boca,
mas quando é com a vida, leva o mundo ao ódio.
(6) Firmeza: 3.14-17. A base desta firmeza é a Palavra de Deus (v. 16), não um idealismo utópico
ou uma decisão baseada na necessidade de afirmação. A fonte de firmeza para o obreiro é a
Palavra de Deus, que o alimenta.
(7) Proclamar a Palavra: 4.1-5. Porque está firme nela pode proclamá-la. A pior coisa para um
pastor é ler a Bíblia profissionalmente, em busca de mensagem se não lê com fome e com
profundo respeito, suas mensagens serão discursos. O que dá autoridade moral à pregação não é
a retórica, mas o amor à Bíblia. O pastor se firma na Bíblia, mesmo quando ela o corrige. O
falso profeta engendra argumentos, fábulas, para manter suas posições. “Prega a Palavra” é o
mote que todo pastor deveria ter ecoando em seus ouvidos.
CONCLUSÃO
Parece que ser pastor é ser um saco de pancadas ou ser uma pessoa passiva, que aceita sofrer e até
morrer, como se esta fosse a única opção. A opção é a fidelidade, traga ela o que trouxer. Mas não é
ser saco de pancadas nem passivo. É uma profunda e inabalável convicção de que tudo está nas
mãos de Deus. Ele livra e leva seguro ao céu (4.17-18). O compromisso é com Cristo, para honrá-lo
e servi-lo. Esta é a maior glória que podemos ter: fazer algo para Cristo.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O que é a apologética Cristã?


O que é a apologética Cristã?




Pergunta: "O que é a apologética Cristã?"

Resposta: 
A palavra "apologia" vem de uma palavra grega que significa "dar uma defesa". Apologética Cristã, então, é a ciência de dar uma defesa da fé Cristã. Há muitos céticos que duvidam da existência de Deus e/ou atacam a crença no Deus da Bíblia. Há muitos críticos que atacam a inspiração e inerrância da Bíblia. Há muitos falsos professores que promovem doutrinas falsas e negam as verdades básicas da fé Cristã. A missão da apologética Cristã é combater esses movimentos e promover o Deus Cristão e a verdade Cristã.

O versículo chave para a apologética Cristã é provavelmente 1 Pedro 3:15-16: "antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor..." Não há nenhuma desculpa para um Cristão ser completamente incapaz de defender sua fé. Todo Cristão deve ser capaz de pelo menos dar uma apresentação razoável de sua fé em Cristo. Não, nem todo Cristão precisa ser um especialista em apologética. Todo Cristão, no entanto, deve saber o que acredita, por que acredita, como compartilhar sua fé com outras pessoas, e como defendê-la contra mentiras e ataques.

Um segundo aspecto de apologética Cristã que é ignorado com frequência é a primeira parte de 1 Pedro 3:16: "fazendo-o, todavia, com mansidão e temor..." Defender a fé Cristã com apologética nunca deve envolver ser rude, furioso ou desrespeitoso. Enquando praticando apologética Cristã, devemos tentar ser fortes em nossa defesa e ao mesmo tempo imitar a humildade de Cristo em nossa apresentação. Se ao ganharmos um debate levamos uma pessoa ainda mais longe de Cristo pela nossa atitude, perdemos o verdadeiro propósito da apologética Cristã.

Há dois aspectos / métodos básicos de apologética Cristã. O primeiro, conhecido como apologética clássica, envolve compartilhar provas e evidências de que a mensagem Cristã é verdade. O segundo, conhecido como apologética presuposicional, envolve confrontar as pressuposições (idéias pré-concebidas, suposições) por trás das posições anti-Cristãs. Proponentes dos dois métodos de apologética Cristã geralmente discutem entre si sobre qual método é mais eficiente. Aparentaria ser bem mais produtivo usar os dois métodos, dependendo da pessoa e da situação.

Apologética Cristã é simplesmente apresentar uma defesa básica da fé Cristã e da verdade Cristã àqueles que delas discordam. Apologética Cristã é um aspecto necessário da vida Cristã. Somos todos comandados a estarmos prontos e equipados a proclamar o Evangelho e defender nossa fé (Mateus 28:18-20; 1 Pedro 3:15). Essa é a essência da apologética Cristã.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

velocidade

Existe Realmente Poder em Nossas Palavras?


Existe Realmente Poder em Nossas Palavras?


Há alguns dias entrei numa livraria evangélica. Olhando as novidades, vi, estupefato, que as obras que estavam à vista eram aquelas que falavam sobre o poder inerente da língua. Como: “Há poder em suas palavras”, “Zoe: a própria vida de Deus”, “A sua saúde depende do que você fala”, etc.

Conversando com a atendente perguntei-a sobre os livros que estavam mais escondidos, como por exemplo, os livros de teologia, de referências, de história da Igreja, etc. Ela respondeu-me que são livros que não sai das estantes, a não ser que algum pastor, professor ou seminaristas venham a adquiri-los. E disse-me que mais de 90% das pessoas que frequentam a livraria só compram livros dessa “nova teologia”.

É lamentável que isto seja um reflexo da falta de conhecimento da Igreja hodierna. As pessoas não querem mais pesquisar a fundo o que se vende ou se escuta por ai. Só querem bênçãos, sem se importar com o abençoador. Querem as coisas de Deus, embora não pensem em conhecê-lo. Buscam o pão da terra, mas rejeitam o pão do céu. Nestas poucas linhas tentarei demonstrar que apesar de estar impregnada na Igreja como um todo, a confissão positiva é uma falha grave da chamada “nova teologia”.

DEFININDO OS TERMOS

O que é o Movimento do Pensamento Positivo? É a crença em que o pensamento de uma pessoa é o fator primordial em relação a suas circunstâncias. Só em ter pensamentos positivos todas as influências e circunstâncias negativas serão vencidas.

E o Movimento de Confissão Positiva?
 É a versão cristianizada do pensamento positivo que essencialmente substitui a fé em Deus pela habilidade de ter fé em si mesmo. O simples fato de confessar positivamente o que se crê faz com que o desejo confessado aconteça.

O verbo decretar está sendo conjugado dia-a-dia pelas mais variadas denominações. Não são poucas as pessoas que usam o jargão evangélico: “Tá decretado!” Não faz muito tempo às famosas frases de efeito no meio evangélico eram outras bem menos danosas para a fé cristã, como, por exemplo: “O sangue de Cristo tem poder” – nem sempre usada no contexto correto –, “Tá amarrado!” etc.

Mas, qual o motivo da frase “tá decretado” – e suas variações – estar errada? Não temos que reivindicar os nossos direitos junto ao Pai? Não somos filhos do Rei? As nossas palavras não possuem poder?

Para responder, sinceramente, a estas e outras perguntas, gostaria de dar algumas explicações do por que não creio na assim chamada “confissão positiva”.

Devemos também lembrar-nos de que o termo “decreto” pertence somente ao Senhor de Toda Glória, como bem falou Rubens Cartaxo Junior: “Os Decretos eternos de Deus é exclusivo de Sua pessoa o qual fez desde a Eternidade – Sl 33.11; Is 14.26-27; 46.9-10; Dn 4.34-35; Mt 10.29-30; Lc 22.22; At 2.23; 4.27-28; 17.26; Rm 4.18; 8.18-30; I Co 2.7; Ef 1.11; 2.10; II Tm 1.8-9; I Pe 1.18-20. Estes textos demonstram que Deus tem um propósito, ou um plano, para o Universo que criou. Este plano existe antes da criação. É um plano sábio, de acordo com o conselho de Deus. Ninguém pode anulá-lo, pois é Eterno”.

A “confissão positiva” é parte da “teologia da prosperidade”, tão divulgada e recebida pela Igreja brasileira. Esta doutrina vem sendo divulgada há alguns anos no Brasil, especialmente por R. R. Soares que é o responsável pela divulgação dos livros de Kenneth E. Hagin, principal expositor desta doutrina. Hagin diz que recebeu a fórmula da fé diretamente de Jesus, e mandou escrever de 1 a 4 esta “fórmula”. Com ela, diz, pode-se conseguir tudo. Consiste em:

1 - “Diga a coisa”, positiva ou negativamente, tudo depende do indivíduo.

2 - “Faça a coisa”, o que nós fazemos irá determinar a nossa vitória.
3 - “Receba a coisa”, a fé irá dinamizar a ação e Deus tem que responder, pois está preso a “leis espirituais”.
4 - “Conte a coisa”, para que outras pessoas possam crer. Deve-se usar palavras como: decretar, exigir, reivindicar, declarar, determinar, e não se pode pedir “se for da tua vontade”, pois isso destrói a fé.

Não são poucos os líderes que adotam e pregam essa doutrina. Como disse o próprio R. R. Soares em uma entrevista para a Revista Eclésia, quando perguntado se ele era adepto da teologia da prosperidade, ele respondeu:

“…Agora, eu prego a prosperidade. Prefiro mil vezes pregar teologia chamada da prosperidade do que teologia do pecado, da mentira, da derrota, do sofrimento… A teologia da prosperidade, pelo que se fala por aí, eu bato palmas. Não creio na miséria. Essa história é conversa de derrotados. São tudo um bando de fracassados, cujas igrejas são um verdadeiro fracasso”.

Para muitos, ganhar e ter dinheiro viraram sinônimos de vitória. E o que mais nos impressiona é a suposta “base bíblica” para defender seus devaneios. Um exemplo clássico é o texto de Filipenses 4:13 – que virou um moto na boca dos cristãos hodiernos – que diz: “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” . Só que os adeptos da teologia da prosperidade ignoram por completo o contexto da passagem. Veja o que diz os versos 11 e 12: “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter em abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade”.

Em outras palavras Paulo diz-nos que poderia passar por qualquer situação – fome, abatimento, necessidade, ter de tudo e não ter nada – pelo simples fato de que a sua força, em momentos de tribulação ou não, era Jesus Cristo.

Esse movimento pensa que a língua e a mente têm um poder que pode criar as circunstâncias ao nosso redor. Não é mais do que uma 'parapsicologia evangélica'. Muitas das coisas que os “doutores da fé” dizem são clones dos ensinamentos do poder da mente, muito explorado pelo Dr. Joseph Murphy anos atrás. Ele escreveu alguns livros como: “Como usar as leis da mente”, “Conversando com Deus”, “As grandes verdades da Bíblia”, “A magia do poder extra-sensorial”, “O poder do subconsciente”, dentre outros.

Vou apenas citar um trecho do livro “A paz interior”, do Dr. Murphy para vermos que se parece muito com os “doutores da fé”. Comentando João 1:5-7 ele diz:

“As trevas referem-se à ignorância ou falta de conhecimento da maneira como a mente funciona. Estamos nas trevas quando não sabemos que somos o que pensamos e sentimos. O homem está num estado condicionado do Não-condicionado, com todas as qualidades, atributos e potenciais de Deus . O homem está aqui para descobrir quem é. Não é um autônomo. Tem a capacidade de pensar de duas maneiras: positivamente e negativamente . Quando começa a descobrir que o bem e o mal que experimenta são decorrentes exclusivamente da ação de sua própria mente, começa a despertar do senso de escravidão e limitação ao mundo exterior. Sem conhecer as leis da mente , o homem não sabe como produzir seu desejo”.

Vejamos ainda o que Jorge Linhares diz em seu livro: “Bênção e Maldição”, onde mostra um Deus dependente do homem, este é o Evangelho da Confissão Positiva e do Evangelho da Maldição – “Palavras produzem bênção… [ou] maldição… Palavras negativas… dão lugar a opressão demoníaca… …Palavras positivas (confissão positiva), amorosas, de fé, de confiança em Deus, liberam o poder divino para desfazer a opressão…”

SUPOSTA BASE BÍBLICA DA CONFISSÃO POSITIVA

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Entenda o conflito entre Israel e Palestinos e sua importância para os cristãos do ponto de vista teológico


Entenda o conflito entre Israel e Palestinos e sua importância para os cristãos do ponto de vista teológico


A atual crise na Faixa de Gaza, entre o grupo Hamas e o governo de Israel está sob uma trégua, acertada em acordo feito por ambas as partes na noite de quarta-feira, 21/11. O acordo, mediado pelo governo dos Estados Unidos, encerrou uma sequência de oito dias de ataques de ambos os lados.

O recente conflito se iniciou após uma ação do exército israelense próximo aos territórios palestinos na região, e despertou especulações por parte de lideranças evangélicas e teólogos a respeito de um significado maior em termos de profecias bíblicas.

A Redação do Gospel+ entrou em contato com o teólogo Alexandre Milhoranza para expor as nuances teológicas do conflito e esclarecer pontos importantes para a compreensão do assunto.

Segundo Milhoranza, “o conflito árabe-israelense reacende a antiga visão de Israel, como povo escolhido de Deus, na consumação final do Reino de Deus na terra. Esta é uma visão herdada equivocadamente do Antigo Testamento”, introduz o teólogo, que explica seu conceito: “Digo equivocadamente pois no Antigo Testamento não há o conceito do estabelecimento do Reino de Deus, pois este está sempre presente (Sl. 103:19; Sl. 145:11-13). No Antigo Testamento, Deus é o soberano da criação com domínio irrestrito sobre tudo e sobre todos, de acordo com a visão hebraica”.

Com o Novo Testamento, inicia-se uma nova fase, que embora não seja alvo de muitas discordâncias na análise teológica, representa aspectos importantes para a compreensão a partir do ponto de vista bíblico: “No Novo Testamento vemos João Batista anunciando a vinda iminente do Reino de Deus. Este inclusive foi o tema central da pregação de Jesus, que o anunciava como uma realidade presente e manifestada em sua própria pessoa e nos milagres realizados por ele. Estes podem ser considerados aspectos já presentes na realidade do Reino de Deus e, até aqui, não há tantas controvérsias sobre este assunto. Este é o chamado “já” na teologia sobre o Reino de Deus”, explica Alexandre Milhoranza.

As controvérsias surgem com a interpretação apenas em sentido literal das profecias: “O problema surge quando consideramos os aspectos futuros do estabelecimento do Reino de Deus, o famoso “ainda não”. Neste ponto muitos se dividem entre associar, ou não, a Igreja com Israel e suas promessas. O grande problema de algumas linhas teológicas é interpretar as profecias, especialmente as de Apocalipse, num sentido estritamente literal. Neste ponto há uma distinção radical entre Israel e a Igreja, forçando o cumprimento literal de todas as profecias do Antigo Testamento sobre Israel”, diz o teólogo, dando dimensão da complexidade do assunto.

Para Milhoranza, essa linha de pensamento é falha e mantém seus adeptos reféns de cálculos que geram especulações sobre os sinais dos tempos e consequentemente, a respeito da volta de Cristo: “É aqui, que esta linha de interpretação ao meu ver falha, pois nem os apóstolos interpretaram as profecias do Antigo Testamento literalmente. Os teólogos que são adeptos dessa teoria ficam escravos dos cálculos históricos e qualquer acontecimento político no Oriente Médio torna-se motivo para mais especulações escatológicas. Não creio que deva ser este a razão de ser da Igreja, mas fazer como o próprio Jesus afirmou: ‘O reino de Deus é chegado a vós’”.

Tensão em Gaza: Israel convoca 30 mil reservistas


Tensão em Gaza: Israel convoca 30 mil reservistas


O Ministério da Defesa de Israel autorizou nesta quinta-feira (15) a convocação de 30 mil reservistas, por conta do aumento da tensão com o Hamas no território palestino da Faixa de Gaza. Pelo menos 19 morreram na região desde o começo do confronto, na quarta-feira (14).

"Estamos em um processo de expansão da campanha", disse um porta-voz do ministério, acrescentando que o grupo pode ser mobilizado "imediatamente".

Depois "determinaremos quantos deles serão chamados", disse. "Todas as opções estão sobre a mesa.".


Nesta quinta-feira à tarde, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, havia afirmado que Israel "continuará realizando as ações necessárias para defender sua população".

Policiais em frente ao mar em Jaffa, região de Tel Aviv, na noite desta quinta-feira (15), próximo ao local em que o foguete teria caído (Foto: AFP)

Tel Aviv

Mais cedo, um foguete disparado da Faixa de Gaza atingiu a região de Tel Aviv, maior cidade de Israel.

A rádio militar israelense havia informado que o foguete tinha caído na cidade, mas depois o exército negou, e fontes disseram que ele caiu no Mar Mediterrâneo.

Sirenes fizeram os moradores procurar abrigo no centro comercial da cidade, em pânico, e um estrondo foi ouvido.

O braço armado da Jihad Islâmica, as Brigadas Al-Qods, afirmou em um comunicado que havia bombardeado Tel Aviv "com um foguete Fajr 5", de fabricação iraniana, que tem um alcance máximo de 75 quilômetros, e que "o pior estava por vir".

Segundo a imprensa israelense, é a primeira desde 1991, quando o Iraque de Saddam Hussein lançou mísseis Scud, que um foguete cai nas imediações de Tel Aviv.

Segundo dia de confrontos

Três civis israelenses e dez palestinos morreram nesta quinta no segundo dia de uma grande ofensiva aérea israelense contra Gaza, com o risco de o confronto se transformar em uma guerra aberta. O exército israelense anunciou a convocação de 30 mil reservistas.

Três pessoas morreram em Israel, vítimas de um foguete. Foi o primeiro relato de mortes de israelenses desde a véspera, quando bombardeios israelenses provocaram a morte de Ahmed Jaabali, líder militar do movimento palestino Hamas, e de mais oito palestinos.

As mortes ocorreram na cidade de Kiryat Malachi, ao norte de Gaza, segundo a polícia. Outras duas pessoas ficaram feridas, de acordo com o porta-voz Micky Rosenfeld.

Segundo a imprensa israelense, as vítimas são um casal de cerca de 30 anos e uma mulher de 20, que vivia em um apartamento vizinho.

As aulas foram suspensas em todas as localidades do sul de Israel localizadas a até 40 quilômetros da Faixa de Gaza.

Escritor afirma que pornografia é a maior ameaça ao cristianismo em dois mil anos: “Precisamos tratar isso”


Escritor afirma que pornografia é a maior ameaça ao cristianismo em dois mil anos: “Precisamos tratar isso”


A pornografia é um assunto que se mostra como ameaça ao cristianismo. Essa é a visão do escritor Josh McDowell, autor de livros como “Evidência que exige um veredicto” e “Mais que um carpinteiro”.

Segundo McDowell, que também é apologeta, a abordagem do assunto se mostra necessária para evitar que o vício em filmes pornográficos desestruturem a base cristã.


-Sou um apologeta. Apresento razões positivas por que acreditar, a fim de ver jovens virem a Cristo. Mas cerca de cinco ou seis anos atrás, fiquei sentindo que havia um problema em toda parte. Quando eu tinha interação com jovens, algo havia se tornado uma barreira. Percebi que era imoralidade sexual e pornografia intrusiva e generalizada na internet. Como apologeta, a única coisa que pode minar tudo o que ensino não está na área da apologética, mas na área da moralidade. Se você não lida com essa questão, você não cumprirá seu papel como um apologeta bíblico -  afirmou o escritor, em entrevista ao site Breakpoint.

Dados levantados por ele em seus estudos sobre o assunto, apontam para uma estatística alarmante, e justificam suas afirmações a respeito das ameaças que a pornografia representa ao cristianismo.

-Cinquenta por cento dos pastores estão lutando para largar do vício da pornografia. Sessenta e dois por cento dos homens que frequentam igrejas evangélicas regularmente estão lutando para largar da pornografia, e entre 65% e 68% dos adolescentes estão nessa situação. Essa é provavelmente a maior ameaça à causa de Cristo em dois mil anos de história da igreja, pois mina sua vida, sua caminhada com Cristo e suas convicções – afirma McDowell.

Ele afirma que o problema pode estar sendo ignorado não apelas pela delicadeza com que deve ser tratado: “Meu temor é que muitos pastores não estejam lidando com esse problema pelo simples fato de que eles mesmos estão envolvidos nele. De certo modo, precisamos fazer com que a liderança no corpo de Cristo trate disso”, alerta.

O escritor ressalta ainda que a natureza da fé cristã e da pornografia são diametralmente opostas e devido à isso, é provável que o vício em produtos pornográficos se imponha acima de todo o resto na vida das pessoas expostas a ele.

-Mesmo deixando de fora a vergonha e a solidão, a pornografia produz um questionamento sobre a autoridade das Escrituras, de Cristo, da Ressurreição, da Igreja e dos pais. A pornografia começa a entenebrecer a porta do cérebro para considerar as verdades da fé cristã. Logo que você se envolve na pornografia, ela assume o controle dos seus pensamentos, de seus padrões morais e de sua vida. Você precisa entender: a pornografia simplesmente assume o controle da sua vida. A pornografia assume o controle dos seus relacionamentos — o modo como você vê as pessoas, as mulheres e as crianças. E como consequência, a pornografia não deixa espaço para sua caminhada com Cristo. Não dá para você se envolver com a pornografia e ter uma caminhada saudável com Cristo – conceitua.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Aliança Perigosa


Aliança Perigosa

Josué 9.1-27


INTRODUÇÃO

         O diabo é mais perigoso em sua astúcia do que em sua fúria. Ele é mais perigoso em suas ciladas do que em sua força. Ele é mais perigoso quando trabalha em surdina do que quando nos enfrenta cara a cara.
         O texto em tela nos fala de um estratagema astucioso que levou Israel a tomar uma decisão precipitada. O inimigo disfarçado foi mais poderoso do que os inimigos que empunharam armas de guerra (Js 9.1,2). O inimigo camuflado prevaleceu.
         Josué fez aliança com o inimigo pensando estar tomando uma decisão sábia. A situação parecia tão óbvia que ele nem chegou a consultar a Deus.

I. A PROPOSTA DE UMA ALIANÇA PROIBIDA – Josué 9.6

         Os gibeonitas propuseram a Josué uma aliança imediata e urgente. Mas quem eram os gibeonitas? Aliados ou inimigos? Eles faziam parte dos povos que precisavam ser desalojados da terra prometida. O que a Palavra de Deus tinha a dizer a Josué sobre aquele acordo proposto?
         A ordem de Deus era clara para Josué:
 
“Abstém-te de fazer aliança com os moradores da terra para onde vais; para que te não sejam por cilada” (Ex 34.12).

         A aliança com os povos vizinhos era uma cilada para Israel. Mas por que?
 
  • Porque os induziria ao casamento misto:
 
“… nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus filhos” (Dt 7.3).

         O casamento misto foi uma das estratégias mais sutis usadas para derrotar o povo de Deus. O dilúvio varreu a terra porque a terra corrompeu-se quando os filhos de Deus se casaram com as filhas dos homens. Israel se misturou com as nações idólatras e através de casamentos mistos, a nação de Israel acabou adorando deuses estranhos.
         Salomão foi o exemplo maior dessa desobediência – Ler 1 Reis 11.1-6.
         O profeta Amós disse: “Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?” (Am 3.3). O apóstolo Paulo é categórico:
 
“Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? O que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos?” (2Co 6.14-16).

         O casamento misto oferece três possibilidades:
        1) A conversão do cônjuge incrédulo – 75% não se convertem;
        2) O esfriamento espiritual do cônjuge crente;
        3) A solidão espiritual do cônjuge crente.

  • Porque os induziria à apostasia e ao ecumenismo
 
“Fariam desviar teus filhos de mim para que servissem a outros deuses…” (Deuteronômio 7.3).

         A aliança com os povos vizinhos levou Israel muitas vezes a servir a outros deuses. O livro de Juízes mostra esse fato. Muitos abandonam sua fidelidade a Deus, deixam de freqüentar a igreja, esfriam-se na fé e perdem a intimidade com Deus por causa de determinadas alianças firmadas.
         O ecumenismo é ainda hoje um dos perigos mais graves que a igreja enfrenta. É a idéia de que toda religião é boa e todos são em última instância iguais. O ecumenismo matou igrejas na Europa, na América e está matando igrejas no Brasil. Não há unidade fora da verdade. Não há salvação fora de Cristo.

  • Porque lhes traria sofrimento e perturbação
 
“… os que deixardes ficar ser-vos-ão como espinho nos vossos olhos, e como aguilhão nas vossas ilhargas, e vos perturbarão na terra em que habitardes” (Nm 33.55,56).

         Uma aliança conjugal, comercial, empresarial, espiritual fora da vontade de Deus traz tanto desconforto quanto espinho nos olhos. Tanto sofrimento como aguilhão nas ilhargas. Uma aliança precipitada traz grande perturbação. Israel sofreu por causa dessas alianças.

  • Porque os levaria à própria destruição
 
“… e a ira do Senhor se acenderia contra vós outros e depressa vos destruiria” (Deuteronômio 7.4).

         A desobediência tem um preço alto. Ela provoca a ira de Deus e produz derrota e destruição. O povo de Israel sofreu e precisou ser arrancado da sua terra e lançado num cativeiro doloroso para abandonar suas alianças espúrias e desvencilhar-se da idolatria dos outros povos.

II. A ESTRATÉGIA PARA UMA ALIANÇA PROIBIDA

         As nações mais numerosas e poderosas que estavam no caminho de Israel lutaram e resistiram a Josué e o povo de Deus com armas (Js 9.1,2), mas os Gibeonitas dissimularam (Js 9.3-13). Quais foram as armas da dissimulação?

  • O fingimento – Js 9.4,5
 
“Usaram de estratagema, e foram, e se fingiram embaixadores, e levaram sacos velhos sobre os seus jumentos e odres de vinho, velhos, rotos e consertados; e nos pés, sandálias velhas e remendadas e roupas velhas sobre si; e todo o pão que traziam para o caminho era seco e bolorento” (Js 9.4,5).

         Fingir é ser uma coisa e parecer outra. É ser uma pessoa e demonstrar outra. É aparentar uma coisa e ser outra. Os gibeonitas foram atores. Demonstraram um papel, mas estavam enganando.
         Satanás disfarçou-se de serpente para tentar Eva no Éden. Ele veio com palavras doces, com promessas sedutoras, oferecendo vantagens extraordinárias. O diabo é um embusteiro. Ele promete vida e paga com a morte. O pecado é uma fraude.

  • A mentira – v. 6
        “… chegamos duma terra distante; fazei, pois, agora, aliança conosco” (Josue 9.6).
         Uma das armas do inimigo é a mentira. O diabo enganou Eva no Éden com uma mentira: “É assim, que Deus disse? É certo que não morrereis”. Onde a verdade é sacrificada, a aliança torna-se espúria. O diabo é o pai da mentira. Quem se envolve com mentira põe o pé numa estrada de vergonha, de opróbrio, de escravidão e morte.

  • A sedução e a pressão – v. 6
        “… fazei, pois, agora, aliança conosco” (Js 9.6).
         A pressa é um grande perigo quando se trata de fazer uma aliança. A impaciência é um caminho arriscado. Quem tem pressa, diz o adágio popular, come cru. Os gibeonitas tinham pressa. Eles não queriam dar tempo para Josué investigar a verdade.
         Josué caiu na cilada ao firmar com os gibeonitas uma aliança sem tempo para investigar, sem tempo para consultar ao Senhor. Muitos ainda agem precipitadamente hoje em seus negócios, em seus investimentos, no namoro e até mesmo no casamento.

  • A esperteza – v. 7,8          
        Quando os gibeonitas perceberam que os homens de Israel estavam lhes desmascarando, se voltaram para Josué para conversar só com ele, o líder. Deram a ele um crédito maior e dessa maneira o induziram a agir sem o consenso.
         Há determinados elogios e preferências que são armadilhas do inimigo para insuflar nosso ego. O pecado que o diabo mais gosto é o pecado da vaidade.

  • As meias respostas – v. 8-13
         Josué perguntou: “Quem sois vós? Donde sois?” (Js 9.8). À primeira pergunta, eles não responderam. À segunda pergunta, eles mentiram. Eles tergiversaram, desconversaram, ludibriaram. As coisas de Deus são claras, são íntegras. Onde as pessoas precisam desconversar, esconder, tapear fica evidentemente que Deus não está presente. Deus é luz. Ele não pactua com o que é escuso.

  • A linguagem piedosa – v. 9

“Teus servos vieram duma terra mui distante, por causa do nome do Senhor, teu Deus” (Js 9.9).

         Josué deu valor ao que eles disseram sem consultar a Deus. Usaram o nome de Deus, sem estar interessados nele. Somos facilmente enganados quando as pessoas vêm usando o nome de Deus. O diabo é mais astuto quando vem vestido de piedade.
         Muitos jovens quando estão interessados em namorar uma moça, se interessam pelas coisas de Deus, freqüentam a igreja e até lêem a Bíblia. Mas depois do casamento, revelam seu total desinteresse pelas coisas de Deus.

  • A astúcia – v. 9,10 e verso 3
        Os gibeonitas relataram os grandes feitos de Deus no Egito, e aos dois reis amorreus que Moisés derrotara, mas não fez menção de Jericó e Ai, para dar a idéia que de fato vinham de muito longe.
         Cuidado com o engano do pecado. Cuidado com os argumentos aparentemente insofismáveis do inimigo. Acautele-se.

III. O PERIGO DE SE FAZER UMA ALIANÇA SEM CONSULTAR A DEUS NAS COISAS QUE PARECEM ÓBVIAS – v. 14,15

 
“Então, os israelitas tomaram da provisão e não pediram conselho ao Senhor. Josué concedeu-lhes paz e fez com eles a aliança de lhes conservar a vida; e os príncipes da congregação lhes prestaram juramento” (Js 9.14,15).

         Josué fez distinção entre coisas importantes que carecem de oração e coisas insignificantes, óbvias que não precisa consultar a Deus.
         A nossa lógica e bom senso levam-nos facilmente para o mau caminho, quando deixamos de depender de Deus.
         Este texto mostra a fraqueza da sabedoria humana. Devemos buscar o conselho de Deus mesmo naquelas coisas para parecem claras e óbvias.
         Há sempre o perigo da autoconfiança: “O que confia no seu próprio coração é insensato”(Pv 28.26). Vejamos alguns exemplos:

          – Ló escolheu as campinas do Jordão e foi morar com a família na cidade de Sodoma. Lá, ele perdeu seus bens, sua mulher, seus genros e sua honra.
         Abraão – Passou 13 anos de silêncio (Gn 16.15,16; 17.1-5). Nenhum aparecimento do Senhor, nenhum altar erigido, nenhuma tenda, nenhum sacrifício. Foram 13 anos em branco. Depois, Deus lhe aprece e diz: “Anda na minha presença”. Confia em mim. Creia em mim. O que eu falei eu cumprirei. Não preciso da sua ajuda.
          Pedro – Quando Jesus decidiu ir para a cruz, Pedro o reprova. Sem consultar a Jesus, o expõe a uma situação complicada e é duramente repreendido por Jesus.
         Gibeão quer dizer pequeno monte e nos alerta contra as pequenas coisas que nos impedem de andar com Deus. Sansão, o homem mais forte do VT foi vencido por uma mulher cujo nome significa fraqueza (Dalila). As pequenas coisas podem nos impedir de viver uma vida cristã normal.
         Josué fez aliança com os gibeonitas de poupar-lhes a vida sem consultar a Deus. Ficou preso a uma aliança que jamais deveria ter feito. Sofreu sem poder tirar o jugo de sobre si e do seu povo.

IV. AS CONSEQUÊNCIAS DE SE FAER UMA ALIANÇA PRECIPITADA

1.Mesmo que você não busque a Deus e faça alianças precipitadas, Deus as ratifica – v. 19,20

        Quantas sociedades que jamais deveriam ter sido firmadas! Quantos acordos que jamais deveriam ter sido assinados! Quantos namoros que jamais deveriam ter começado! Quantos casamentos que jamais deveriam ter sido consumados!
         Muitos buscam a saída do divórcio, dizendo: “Meu casamento acabou porque não foi Deus quem me uniu”. Se você não leva a sério a aliança que você fez, Deus leva.
         Veja o que escreveu o profeta Malaquias:
 
“O Senhor foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança” (Ml 2.13,14).

2.Gera murmuração e descontentamento no meio do povo de Deus – v. 18

         Decisões precipitadas acarretam amargas conseqüências. Alianças irrefletidas fazem o povo sofrer. Quando a liderança age sem oração, há um descontentamento no meio do povo. Josué e os príncipes da congregação fizeram uma aliança com os gibeonitas sem consultar a Deus e tomaram a decisão errada e agora o povo está sofrendo as conseqüências e murmurando.

3.O povo de Deus precisa se envolver com lutas a favor daqueles contra quem deviam lutar – Js 10.6,7

         Josué está travando uma batalha que não era sua. Está drenando suas energias num trabalho que não era seu. Eles estão pagando o preço de terem feito uma decisão apressada, uma aliança irrefletida. Eles estão defendendo quem precisariam desalojar daquela terra.
         Quantas noites de sono perdidas. Quantas horas de choro e lágrimas vertidas. Quantas dores e contorções da alma sofridas. Quanto prejuízo financeiro acarretado.

4.O povo de Deus é açoitado com a ira divina quando viola a aliança feita, mesmo que irrefletidamente – v. 20

         A quebra de uma aliança é algo que Deus reprova. É melhor não fazer um voto do que votar e não cumprir. Josué e o povo ficaram presos a uma aliança que não deveriam ter feito. Tornaram-se obrigados a defender quem deveriam atacar. Ficaram ligados com quem não deveriam ter relações.
         A quebra daquela aliança era agora uma atitude mais condenável aos olhos de Deus do que o estabelecimento da própria aliança. O rompimento da aliança implicava na manifestação da própria ira de Deus.

5.O tempo não anula as alianças que fazemos, mesmo quando não consultamos o Senhor – 2 Sm 21.1-14

         400 anos depois da aliança firmada por Josué, o rei Saul matou os gibeonitas e nos dias do rei Davi houve fome de três anos consecutivos por causa da quebra dessa aliança.
         Ler o texto de 2Sm 21.1,2:
 
“Houve, em dias de Davi, uma fome de três anos consecutivos. Davi consultou ao Senhor, e o Senhor lhe disse: Há culpa de sangue sobre Saul e sobre a sua casa, porque ele matou os gibeonitas [...] os filhos de Israel lhes tinham jurado poupá-los, porém, Saul procurou destruí-los no seu zelo pelos filhos de Israel e de Judá”.  2Sm 21.1,2

         Dois resultados aconteceram em virtude da quebra dessa aliança:
        Em primeiro lugar, três anos de fome. O povo, a nação toda sofre. Crianças morrendo de fome, o gado perecendo nos pastos, prejuízos financeiros imensos, lares desesperados, em virtude da quebra de uma aliança firmada há 400 anos.
       Em segundo lugar, sete filhos do rei Saul enforcados. Os gibeonitas pediram sete filhos de Saul para serem enforcados, dois filhos de Rispa e cinco filhos de Merabe (2Sm 21.5-9). Só então, a ira de Deus se apartou de Israel (2Sm 21.14).

CONCLUSÃO

         Nós precisamos tomar dois cuidados básicos:

1.Tenha cuidado com as alianças que você faz, com aquilo que você promete.

         Não entre numa aliança seja sentimental, seja conjugal, seja comercial, seja profissional sem antes avaliar profundamente as implicações. Há pactos que jamais deveriam ter sido feitos. Há casamentos que jamais deveriam ter acontecido. Há parcerias que jamais deveriam ser travadas. Há sociedades que jamais deveriam ter sido estabelecidas.

Imagem de “Mulher montada na besta” estampará novas cédulas do Euro


Imagem de “Mulher montada na besta” estampará novas cédulas do Euro


Segundo a mitologia grega, a princesa fenícia Europa foi raptada e estuprada pelo rei dos deuses, Zeus. Seu nome ficou eternizado por dar nome ao continente que agora usará sua imagem nas cédulas de dinheiro.


Essa foi a imagem escolhida para, a partir do próximo ano, substituir janelas e portas nas notas como um recurso decorativo e também de segurança. “Retratos são utilizados em notas de todo o mundo e a pesquisa mostrou que as pessoas tendem a se lembrar de rostos. Existe melhor figura do que Europa para servir como o novo rosto do euro?”, questiona o chefe do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi.

Ela aparecerá pela primeira vez nas notas de 5 euros, e deverá ser gradativamente vista nas outras notas nos próximos anos. O rosto de Europa será mostrado como uma marca d’água e um holograma.

O Banco Central Europeu revelou este mês como as novas notas incluirão elementos de segurança melhorados. De acordo com o site do Banco Central Europeu, “ao inclinar-se a nota, o número esmeralda apresenta um efeito luminoso de movimento ascendente e descendente. Dependendo do ângulo de observação, o número também muda de cor passando de verde-esmeralda a azul escuro”.

A primeira série de notas marca a maior mudança na circulação do euro em 10 anos.

Um dos motivos para a mudança é o crescente número de notas falsificadas de euro que passaram a circular no continente nos últimos anos. A Europol, agência de polícia da União Europeia, com sede em Haia, disse que as autoridades apreenderam mais de € 19 milhões em dinheiro falso desde 2006.

Alheio a questão estética, diversos sites cristãos especializados em profecias levantaram a hipótese de que trata-se da “mulher monta na besta”, citada no Livro de Apocalipse. Um dos motivos é a crescente secularização da Europa, que restringe a fé cristã, mas demonstra maior tolerância com as manifestações muçulmanas, lembra o Prophecy News Watch.

Segundo o fórum de debates Rapture in the air, assim como Zeus, Satanás terá a capacidade de tomar a forma humana e enganar a todos durante a tribulação.

A mulher também pode ser vista em frente à sede da União européia em Bruxelas. Recentemente, em meio à crise do Euro, ganhou força a proposta de um governo e um exército unificado em toda a Europa para evitar novas crises econômicas.

Outros lembram que a bandeira da União Européia e suas 12 estrelas também são alusões a elementos dos capítulos 16, 17 e 18 do Livro de Apocalipse. 

A

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

PÉRGAMO, UMA IGREJA CASADA COM O MUNDO

Pérgamo, A Igreja Casada Com o Mundo - Esboço


Leitura bíblica: Apocalipse 2.12-17

I. A igreja de Pérgamo


1. É possível que essa igreja tenha sido fundada pelo ministério do apóstolo Paulo:

a) Paulo esteve em atividade por três anos na província da Ásia (At 20.31).

b) Na sua terceira viagem missionária, num espaço de dois anos, “todos os que habitavam na [província da] Ásia ouviram a palavra do Senhor Jesus, tanto judeus como gregos” (At 19.10).

c) O ourives Demétrio declarou: “bem vedes e ouvis que não só em Éfeso, mas até quase em toda a Ásia, este Paulo tem convencido e afastado uma grande multidão, dizendo que não são deuses os que se fazem com as mãos” (At 19.26).

2. A cidade de Pérgamo começou a se destacar depois da morte de Alexandre Magno, em 333 a.C. Ela foi capital da província da Ásia por quase quatrocentos anos, e capital do reino da Selêucida até 133 a.C., quando foi anexada ao Império Romano.

3. Como centro cultural, Pérgamo sobrepujava Éfeso e Esmirna. A sua biblioteca, com duzentos mil pergaminhos, era a segunda maior do mundo, superada apenas pela de Alexandria. Há uma lenda de que o pergaminho deriva-se de Pérgamo, haja vista ter sido essa cidade um importante centro de manufatura do pergaminho.

4. Pérgamo era uma cidade muito idólatra. Nela havia um grande altar a Júpiter (Zeus), e templos dedicados ao imperador, a Atena, a Dionísio e a Esculápio, o deus da cura, identificado por uma serpente.

5. Se considerarmos a analogia, pela qual se compara as sete igrejas da Ásia com os períodos da História da Igreja, Pérgamo representa a igreja mundana dos anos 313 a 600.

II. Análise da carta à igreja de Pérgamo (Ap 2.12-17)


1. “E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve” (v.12) — o líder é o responsável perante o Senhor. Ele só não fala com o líder se este estiver completamente desviado (1 Sm 3.11-14; 28.6).

2. “Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios” (v.12):

a) O Senhor Jesus empregou criteriosamente os títulos com que designou a si mesmo, em harmonia com a situação reinante em cada igreja.

b) Pérgamo abraçara a doutrina de Balaão e a dos nicolaítas; deveria se arrepender. Jesus se revelou a essa igreja como “aquele que tem a espada aguda de dois fios”.

- A espada de dois fios é a Palavra de Deus (Ef 6.17; Hb 4.12).
- É com a Palavra que Deus corta pela raiz as heresias, os misticismos, os modismos, os maus costumes, etc.

3. O trono de Satanás: “Eu sei as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás” (v.13).

a) A cidade de Pérgamo, em si, era a habitação do Diabo, pois vários deuses pagãos eram adorados ali: o imperador, Zeus, Atena, Esculápio, etc.

b) Os crentes infiéis, misturados com o mundo, haviam também entronizado Satanás na casa de Deus (1 Tm 4.1).

4. A igreja de Pérgamo tinha duas qualidades (v.13):

a) Conservadora: “e reténs [conservas] o meu nome” (2 Tm 1.13,14; 1 Tm 6.19,20).
b) Fiel: “e não negaste a minha fé” (Ap 2.10).

5. O testemunho a respeito de Antipas: “Ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita”.

a) Deus dá testemunho dos seus servos, mesmo depois de mortos (Jó 1.8; Mt 3.17; 11.11).

b) O nome Antipas significa “contra todos”. Ele era um apologista (Fp 1.16).

c) Não o confunda com Antipas, pai de Herodes, o Grande, nem com Herodes Antipas, que assassinou João Batista.

d) Segundo a tradição, Antipas foi colocado em um boi de bronze oco (semelhante àquele touro de Nova York), e esse foi levado ao fogo até ficar vermelho.

d) Quem combate a apostasia e a heresia é odiado e perseguido (Mt 5.10,11; At 9.15).

6. A igreja de Pérgamo tolerava obscuras seitas heréticas:

a) “Mas umas poucas coisas tenho contra ti” (v.14) — em Éfeso só tinha uma coisa; mas há pecados que pesam mais que outros. O problema de Pérgamo não era a apostasia aberta, e sim o ecumenismo.

b) “Tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel para que comessem sacrifícios da idolatria e se prostituíssem”.

- Tal doutrina corrompia a graça de Deus; era uma teologia permissiva, tolerante e mercantilista (Jd vv.4,11; 2 Pe 2.15,16).
- Deus não se agrada de mistura (2 Co 6.14-18; Gn 6.2).

c) “Tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu aborreço” (v.15).
- Vemos aqui um contraste com a igreja de Éfeso, à qual o Senhor falou: “aborreces as obras dos nicolaítas, as quais eu também aborreço” (Ap 2.6).

- Os nicolaítas eram cristãos, possivelmente discípulos de Nicolau, diácono que supostamente se desviou (At 6.5), os quais, apesar de convertidos, de alguma maneira praticavam as obras da carne. Eles supervalorizavam a graça, faziam o trabalho do Senhor relaxadamente, acreditando que não precisavam praticar boas obras (Tg 2.14-17; Ef 2.8-10; Hb 3.12,13).

- Eles ensinavam que o crente não precisa ser diferente do mundo (Ml 1.8; Rm 12.1,2; 1 Jo 2.15-17).

- Eles se consideravam donos da igreja — ainda hoje existem os que seguem a doutrina dos nicolaítas!

7. O aviso do Senhor a quem não se arrepende: “Arrepende-te, pois; quando não, em breve virei a ti e contra estes batalharei com a espada da minha boca”.

a) A espada é a Palavra de Deus (Ap 19.15,21).
b) Quem não se arrepende acaba tendo o próprio Deus como inimigo (Tg 4.4; Is 63.10).

8. Promessas aos vencedores de Pérgamo:

a) “Darei a comer do maná escondido” — é o banquete permanente no céu; Cristo partilhará sua própria natureza (Jo 6.35ss; Rm 8.18).

b) “Dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe” — no passado essa pedra branca era dada a:
- Um réu absolvido.
- Um escravo liberto.
- Um vencedor em corridas ou lutas.
- Um guerreiro que voltava vitorioso de uma batalha.
- A quem participaria de uma festa: entrada, ingresso, bilhete (1 Pe 1.18,19).

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Adultério crente não cai nesse pecado


Adultério: Crente Não Cai Nesse Pecado

Várias pesquisas realizadas no Brasil indicam que a grande maioria dos homens e 50 a 60% das mulheres têm praticado ou praticam o adultério ou, como se diz na linguagem mais em uso, “transam” com pessoas que não são sua esposa ou seu marido. Com a ênfase dada ao sexo na TV, no cinema, na literatura, e até nas instituições de ensino, chegando ao extremo da obsessão, não é de se admirar que o homem secular, sem a convicção espiritual e os princípios da Palavra de Deus, caia nesse pecado.
O crente em Cristo, porém, não cai nesse pecado. Ele entra nele aos pouquinhos. Isso porque não observa a sinalização que o adverte do perigo. Faz vista grossa a esses sinais porque, embora não deseje precipitar-se no abismo da desgraça da imoralidade, quer sentir pelo menos um pouco a gostosura dos seus prazeres. Assim, avançando sinal após sinal, deixa a vida pegar embalo no caminho errado até ao ponto de não conseguir mais fazer a manobra de frear para evitar o desastre. Diz, então, que “caiu no pecado”, quando este, de fato, há tempo já estava no seu caminho.
O primeiro sinal é falta de carinho e afeto na conversa e relacionamento cotidianos com o cônjuge. A comunicação começa a limitar-se a frases como: “Tive um péssimo dia no escritório hoje”; “Já pagou a conta do dentista?”, ou, pior ainda: “Você já gastou todo o dinheiro que lhe dei no mês passado?”; “Se você não comprar logo uma geladeira nova, eu simplesmente vou parar de cozinhar”.
Quando você percebe que é difícil conversar com sua esposa ou seu marido com aquela linguagem carinhosa que usava durante o namoro, tome cuidado – é um dos primeiros sinais de perigo.
Perto desse sinal vem outro: a falta de conversa sobre assuntos espirituais, a leitura da Bíblia em conjunto e a oração com a esposa. Quando essas coisas não fazem parte da vida conjugal, é um sinal de alerta. Prosseguindo nesse caminho pode haver adultério mais adiante.
Há mais sinais. Quando você começa a compartilhar os problemas de relacionamento no lar com algum amigo ou amiga do sexo oposto, você está aproximando-se mais do perigo. Freqüentemente essa outra pessoa tem problemas também, e está disposta a ouvir, a conversar e demonstrar simpatia, o que gera ainda mais intimidade.
Não demora muito para que aconteça o “toque inocente”. O patrão põe a mão no ombro da sua secretária ao pedir que ela digite uma carta; ela encosta seu corpo ligeiramente no dele ao entregar a carta pronta, depois um abraço fraternal, um beijinho no rosto. Você argumenta que não há nada de errado nisso, que é apenas amizade.
Quando você percebe que é difícil conversar com sua esposa ou seu marido com aquela linguagem carinhosa que usava durante o namoro, tome cuidado.
Aos poucos vocês estão gastando mais tempo juntos. “Acontece” que saem para o almoço na mesma hora e “por que não almoçarem juntos”? Ela precisa pegar o metrô para ir para casa; “por que não levá-la no seu carro?” Você precisa trabalhar duas horas extras para terminar o projeto, e ela, sendo boa amiga, fica também para ajudar. Se parar um pouco para pensar, você perceberá que tem prazer na companhia dela ou dele. Não, vocês não estão dormindo juntos mas estão em grande perigo. Nessa altura, o sinal é um luminoso vermelho piscando a todo vapor.
Se você não retroceder, haverá um envolvimento emocional que provavelmente o arrastará para a fossa fatal do adultério. E com amargura de coração você dirá – “Caí no pecado”. Não, você não caiu... você entrou nele aos pouquinhos.
O pastor Charles Mylander, num artigo publicado no periódico “Moody Monthly”, sugere três áreas onde é preciso aumentar o controle para evitar ser arrastado ao pecado do adultério:

Primeiro: Controle da mente

Adultério, como a maioria dos pecados, começa na mente. O crente em Cristo precisa levar“cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5). O apóstolo Paulo exorta o cristão a uma transformação “pela renovação da... mente” (Rm 12.2), e Jesus Cristo, no Sermão da Montanha, disse: “Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Mt 5.28).
A porta principal da mente são os olhos. E nessa área de imoralidade o homem, muito mais que a mulher, precisa desenvolver o controle a fim de ter uma mente pura. O homem que permite aos seus olhos o prazer de assistir aos programas de TV que apelam para sexo a fim de obter mais IBOPE (e são muitos); que toma tempo para folhear revistas como “Playboy”, que deixa seus olhos analisarem o corpo das mulheres para uma avaliação sexual, logo vai perder a primeira batalha contra a tentação. Sua mente vai QUERER o adultério, e este querer só espera a oportunidade para se realizar com a experiência.
A mulher também precisa praticar o controle. Talvez mais na maneira de vestir-se do que pelo olhar. É interessante que a Bíblia exorta a mulher a vestir-se com modéstia, bom senso, etc., e não o homem, isso porque a mulher não é tão facilmente levada à tentação sexual pelos olhos como o homem. Mas a mulher que é indiscreta na maneira de vestir-se, sem dúvida, é cúmplice do diabo na tentação ao homem. A admoestação da Bíblia de “glorificar a Deus no vosso corpo” (1 Co 6.20), com toda a certeza inclui o cuidado que cada mulher precisa ter em não provocar a concupiscência, revelando a beleza do seu corpo, seja por falta de roupa adequada ou pelo uso de roupa colante. Argumentar que “está na moda” não mudará em nada a opinião do Autor das Sagradas Escrituras.

Segundo: Controle de palavras

A porta principal da mente são os olhos. E nessa área de imoralidade o homem, muito mais que a mulher, precisa desenvolver o controle a fim de ter uma mente pura.
O homem casado, ou a mulher casada, jamais devem usar as palavras carinhosas de amor no trato com outras pessoas além do cônjuge. Nunca compartilhe problemas de casa com amigos do sexo oposto. E não procure conselho com alguém que tenha seus próprios problemas. Quem é perdedor dificilmente ajudará outro a ganhar. Ao encontrar problemas sem solução, procure conselho com alguém que descobriu a fórmula para constituir uma família feliz e vive essa felicidade no lar. Muitos adultérios tiveram o seu início na intimidade da “sala de aconselhamento”.

Terceiro: Controle de toque

Homens, não ponham suas mãos noutra mulher a não ser a sua própria esposa. E, mulheres, não conversem com o homem em “Braille”. O prazer da intimidade física é algo que Deus reservou para a santidade do casamento. Sexo antes ou fora do casamento sempre contamina o sexo no casamento, e o contato físico é um prazer que leva à consumação do desejo dessa intimidade. É preciso avaliar sinceramente se os abraços e beijos que damos e recebemos são uma expressão de estima recíproca ou um prazer “inocente” que podemos desfrutar sem compromisso. Deus reconhece o nosso desejo de intimidade, mas não aprova tal intimidade fora do casamento. “Por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido” (1 Co 7.2).
O conselho de Salomão ainda é válido: “Bebe a água da tua própria cisterna e das correntes do teu poço... alegra-te com a mulher da tua mocidade... e embriaga-te sempre com as suas carícias... O que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal coisa” (Pv 5.15,18-19; 6.32). (Haroldo Reimer - http://www.chamada.com.br)

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