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domingo, 14 de fevereiro de 2016

O QUE É O HOMEM?

O QUE É O HOMEM?
2a. Parte
John Wesley

'Que é o homem mortal para que te lembres dele?
E o filho do homem, para que o visites?' (Salmos 8:4)

1. Mais do que isto, o que sou eu? Com a ajuda de Deus, eu irei considerar a mim mesmo. Aqui está uma máquina curiosa, 'terrivelmente e maravilhosamente feita'. É uma pequena porção de terra; das partículas da qual aderem, e não sei como, estendidas em incontáveis fibras, milhares de vezes mais finas do que os fios de cabelo. Essas cruzam umas às outras, em todas as direções, e são espantosamente forjadas em membranas; que, por sua vez, são forjadas em artérias, veias, nervos, e glândulas; as quais contêm vários fluídos, circulando, constantemente, através de toda máquina.

2. Para a finalidade desta circulação, uma quantidade considerável de ar é necessária. E isto continuamente, através de um mecanismo adequado para este mesmo propósito. Mas como uma partícula de fogo etéreo é ligada a toda partícula de ar (e uma partícula de água também), assim, tanto o ar, quanto água e fogo são recebidos, juntos, nos pulmões, onde o fogo é separado do ar e água, que são continuamente expelidos; enquanto o fogo, extraído de ambos, é recebido em seu interior e misturado com o sangue. Assim, o corpo humano é composto de todos os quatro elementos, devidamente proporcionados, e misturados; o último do qual constitui a chama vital, de onde flui o calor humano.

 3. Deixe-me considerar isto um pouco mais além... Não é a função primária dos pulmões administrar o fogo para o corpo, o qual é continuamente extraído do ar, através daquela curiosa lareira? Por inspiração, toma-se o ar, água e fogo, juntos. Em suas numerosas células (comumente chamadas de vasos aéreos) separa-se o fogo do ar e água. Este, então, mistura-se com o sangue; uma vez que todo vaso aéreo tem um vaso sanguíneo unidos a ele: E, tão logo o fogo é extraído, o ar e água são expelidos pela expiração.

4. Sem esta fonte de vida; este fogo vital, não poderia haver circulação do sangue; conseqüentemente, nenhum movimento de quaisquer dos fluídos, -- dos fluídos nervosos, em específico, (se não for, mais precisamente, como é altamente provável, que seja deste mesmo fogo que estamos falando a respeito). Portanto, não haveria qualquer sensação, nem qualquer movimento muscular. Eu digo que não haveria circulação, porque a causa usualmente afirmada para isto, ou seja, a força do coração, é completamente inadequada para o efeito suposto. Ninguém supõe que a força do coração, em um homem forte, seja equivalente ao peso de três mil libras. Considerando que ele requer a força igual ao peso de cem mil livras, para propelir o sangue do coração, através de todas as artérias. Isto pode apenas ser levado a efeito, através do fogo etéreo contido no próprio sangue, assistido pela força elástica das artérias, em que ele circula.

5. Mas, além desta estranha composição dos quatro elementos, -- terra, água, ar e fogo, -- eu encontro alguma coisa em mim de uma natureza completamente diferente; nada semelhante a algum desses. Eu encontrei alguma coisa em mim que pensa; que nem a terra, água, ar e fogo; nem alguma mistura deles, pode possivelmente fazer: Tendo percebido objetos, através de alguns desses sentidos, ela forma idéias interiores deles. Ela julga, concernente a eles; ela vê, se eles concordam ou discordam uns com os outros. Ela raciocina concernente a eles: ou seja, infere uma proposição de outra. Ela reflete sobre suas próprias operações; ela é investida de imaginação e memória; e alguma de suas operações, julgamento, em específico, pode ser subdividido em outras.

6. Mas, por quais meios eu poderei aprender em que parte de meu corpo este princípio pensante está situado? Alguns homens eminentes afirmaram que ele é 'tudo em tudo, e está em todas as partes'. Mas, eu não consegui saber nada disto: Estas parecem ser palavras que não têm um significado determinado. Vamos, então, apelar, da melhor maneira que pudermos, para nossa própria experiência. Desta eu aprendi que este princípio pensante não está situado em minhas mãos, pés, pernas ou braços. Não está situado no tronco de meu corpo. Qualquer um pode se assegurar disto, através de uma pequena reflexão. Eu não posso conceber que ele esteja situado em meus ossos, ou em alguma parte de minha carne. Assim sendo, tanto quanto eu posso julgar, parece que ele está situado em alguma parte de minha cabeça; mas se na glândula pineal, ou em qualquer outra parte do cérebro, eu não sou capaz de determinar.

7. Mas, mais além: Este princípio interior, onde quer que este situado, ele é capaz, não apenas de pensar, mas igualmente de mar, odiar, sentir alegria, tristeza, desejo, medo, esperança, e ai por diante, e toda uma série de outras emoções interiores, que são comumente chamadas de paixões ou afeições. Elas são denominadas, por um entendimento geral, de vontade: e são misturas e diversificadas em milhares de maneiras; parecendo ser a única fonte de ação naquele princípio interior que eu chamo de alma.

8. Mas o que é minha alma? Esta é uma questão importante e não é fácil de ser respondida.

Ouve tu submisso, mas de um nascimento humilde,
A algumas partículas separadas da mais fina terra?
Um efeito claro de que a natureza tem de procriar,
quando o movimento ordena, e quando os átomos se encontram?

Eu não posso de maneira alguma acreditar nisto. Minha razão recua diante disto. Eu não posso ficar satisfeito com o pensamento de que a alma é tanto terra, água, ou fogo; ou uma composição de todos eles juntos, fosse apenas por esta razão simples: -- Todos esses, quer separados, ou compostos, de alguma maneira possível, são puramente passivos ainda. Nenhum deles tem o menor poder de automovimento; nenhum deles pode mover-se por si mesmo. 'Mas', diz alguém, 'aquela embarcação não se move?'. Sim; mas não por si mesma; ela é movida pela água na qual ela flutua. 'Mas, então, a água se move'. Verdade; mas a água é movida pelo vento, a corrente de ar. 'Mas o ar se move'. Ele é movido pelo fogo etéreo, que está unido a cada partícula dele; e este mesmo fogo é movido, através do Espírito Todo Poderoso, a fonte de todo movimento no universo. Assim sendo, minha alma tem Dele, um princípio de movimento interior, por meio do qual, ela governa com prazer todas as partes do corpo.

9. Ela governa cada movimento do corpo, apenas com esta exceção, e que é um maravilhoso exemplo da sábia e graciosa providência do grande Criador: Existem alguns movimentos do corpo que são absolutamente necessários para a continuidade da vida; tais como dilatação e contração dos pulmões; a sístole e diástole do coração; a pulsação das artérias; e a circulação do sangue. Esses não são governados, por mim, como me aprouver: eles não esperam a direção de minha vontade. E é bom que não façam isto. É altamente apropriado que todos os movimentos vitais possam ser involuntários; seguindo em frente, quer aludamos a eles ou não. Fosse de outra forma, inconveniências graves poderiam se seguir. Um homem poderia colocar um fim em sua própria vida, quando for que lhe agradasse, interrompendo o movimento de seu coração, ou de seus pulmões; ou ele poderia perder sua vida, por mera desatenção, -- por não se lembrar, e não estar atento à circulação do sangue. Mas, com exceção desses movimentos vitais, eu dirijo o movimento de todo meu corpo.  Embora eu não compreenda como eu faça isto, tanto quanto eu não posso compreender como 'TRÊS que testemunham nos céus são UM'.

10. Mas o que eu sou? Indiscutivelmente, eu sou alguma coisa distinta de meu corpo. Parece evidente que meu corpo não está necessariamente incluído nela.  Porque quando meu corpo morre, eu não devo morrer: eu devo existir tão real quanto anteriormente. E eu não posso deixar de acreditar que este automovimento, princípio pensante - com todas as suas paixões e afeições, irá continuar a existir, embora o corpo esteja emoldurado dentro do pó. Na verdade, no momento, este corpo está tão intimamente ligado com a alma, que eu pareço consistir de ambos. Em meu presente estado de existência, eu indubitavelmente consisto de alma e corpo. E assim, eu devo novamente, depois da ressurreição, para toda a eternidade.

11. Eu estou consciente de uma mais propriedade, comumente chamada de liberdade. Ela é muito freqüentemente confundida com a vontade; mas é de uma natureza muito diferente. Nem se trata de uma propriedade da vontade, mas uma propriedade distinta da alma; capaz de ser manifestada com respeito a todas as faculdades da alma, assim como todos os movimentos do corpo. É um poder de autodeterminação, que, embora ele não se estenda a todos os nossos pensamentos e imaginações, ainda assim, se estende às nossas palavras e ações em geral, e não com muitas exceções. Eu estou completamente certo disto, de que eu sou livre, com respeito a esses, para falar ou não falar; para agir ou não agir; fazer isto ou ao contrário, quanto estou de minha própria existência. Eu não tenho apenas o que é denominado de 'liberdade de contradição', -- o poder de fazer ou não fazer, mas o que é denominado de 'poder da contrariedade', -- um poder de agir de uma maneira, ou de maneira contrária. Negar isto seria negar a experiência constante de toda espécie humana. Cada um sente que ele tem um poder inerente de mover esta ou aquela parte de seu corpo; de mover isto ou não; de mover deste modo ou ao contrário, como lhe aprouver.

Eu posso, quando eu escolho (e assim pode cada um que é nascido da mulher) abrir ou fechar meus olhos, falar; ou ficar em silêncio; levantar-me ou me sentar; esticar minha mão, ou recolhê-la; e usar de algum de meus membros, como me agradar, assim como todo meu corpo. E embora eu não tenha poder absoluto sobre minha própria mente, por causa da corrupção de minha natureza; ainda assim, através da graça de Deus me assistindo, eu tenho o poder de escolher e fazer o bem, tanto quanto o mal. Eu sou livre para escolher a quem servir; e se eu escolho a melhor parte, para continuar nela, até mesmo na morte.

Mas diga-me, trêmula criatura, o que é morte?
O sangue apenas que pára; e a respiração interrompida?
O mais extremo limite de um estreito palmo?
E até mesmo do movimento, que com a vida se inicia?

            12. A morte é propriamente a separação da alma do corpo. Disto nós estamos certos. Mas nós não estamos certos (pelo menos em muitos casos) do momento em que esta separação é feita. É quando a respiração cessa? De acordo com uma máxima bem conhecida, 'quando não existe respiração, não existe vida'. Mas nós não podemos absolutamente afirmar tal coisa: porque muitos exemplos têm sido trazidos, daqueles cuja respiração esteve totalmente perdida, e, ainda assim, suas vidas foram recuperadas. É quando o coração não mais bate, ou quando a circulação do sangue cessa? Não exatamente. Porque o coração pode bater novamente; e a circulação do sangue, depois de estar completamente interrompida, começar de novo. Então, a alma é separada do corpo, quando todo o corpo está rijo e frio, como um pedaço de gelo? Mas recentemente existem muitos exemplos de pessoas que estavam assim geladas e rijas, e não tinham sintomas de vida remanescente, que, não obstante, com uma aplicação apropriada, recobraram a vida e a saúde. Portanto, nós não podemos mais dizer que a morte é a separação da alma do corpo; mas em muitos casos, apenas Deus pode dizer o momento daquela separação.

13. Mas o que nós estamos preocupados em saber, e profundamente preocupados em considerar é a finalidade da vida. Mas para que finalidade a vida é concedida a meus filhos? Por que fomos enviados para este mundo? Para uma única finalidade, e nenhuma outra: para que nos preparemos para a eternidade. Para isto tão somente, nós vivemos. Para isto, e nenhum outro propósito, nossa vida nos foi dada ou tem continuidade. Agradou ao Todo sábio Deus, na época em que Ele viu que era bom, levantar-se na grandiosidade de sua força, e criar os céus e terra, e todas as coisas que neles existem. Tendo preparado todas as coisas para ele, Ele 'criou o homem à sua própria imagem, segundo sua própria semelhança'. E qual foi a finalidade de sua criação? Apenas uma, e nenhuma outra, -- para que ele soubesse e amasse, e se regozijasse, e servisse ao seu grande Criador para toda eternidade.

14. Mas 'o homem, estando em honra, não continuou', mas tornou-se inferior, até mesmo, às bestas que perecem. Ele decididamente e abertamente rebelou-se contra Deus, e atirou fora sua submissão à Majestade dos céus. Por este meio, ele instantaneamente perdeu tanto o favor de Deus, quanto a imagem de Deus em que ele foi criado. Quando ele foi, então, incapaz de obter felicidade através da antiga aliança, Deus estabeleceu uma nova aliança com o homem; os termos da qual não foi 'faça isto e viva', mas, 'creia e você será salvo'. Mas, ainda assim, a finalidade do homem é uma só e a mesma; apenas ela se situa em um outro fundamento. Porque o teor claro dela é: 'Creia no Senhor Jesus Cristo, aquele a quem Deus enviou para ser a reparação para seus pecados, e você será salvo'; primeiro, da culpa do pecado, tendo a redenção, através do seu sangue; então, do poder do pecado, que não mais domina sobre você; e então, da raiz do pecado, para a imagem total de Deus. E sendo restaurado, ambos para o favor e imagem de Deus, você deverá conhecer, amar e servir a Ele para toda a eternidade. De modo que a finalidade de sua vida; a vida de todo aquele nascido no mundo é conhecer, amar, e servir ao seu grande Criador.

15. Observe que, como assim é a finalidade, então esta é toda e a única finalidade para a qual todo homem sobre a face da terra, ou cada um de nós, foi trazido para o mundo, e dotado de uma alma vivente. Lembre-se! Nós não nascemos para coisa alguma mais. Nós não vivemos para coisa alguma mais. Sua vida e a minha continuam na terra, para nenhum outro propósito que este, para que possamos conhecer, amar e servir a Deus na terra, e nos regozijarmos nele para toda a eternidade. Considere! Nós não fomos criados para satisfazermos os nossos sentidos, para gratificarmos a nossa imaginação, para ganharmos dinheiro, ou louvarmos a homens; para buscarmos felicidade em algum bem criado, em alguma coisa debaixo do sol. Tudo isto é 'caminhar em sombra vã'; é conduzir uma vida impaciente e miserável, com o objetivo de uma eternidade miserável. Ao contrário, fomos criados para isto, para nenhum outro propósito; para buscarmos e encontramos felicidade em Deus na terra; para afirmarmos a glória de Deus no céu. Portanto, que nossos corações digam continuamente: 'Está é a única coisa a ser feita', -- ter uma coisa em mente, nos lembramos do porquê nós nascemos, e do porquê continuamos a viver, -- 'para atingirmos a marca'. Eu objetivo uma única finalidade para minha existência, Deus; 'Deus em Cristo reconciliando o mundo para si mesmo'. Ele deverá ser meu Deus para sempre e sempre, e meu guia, até mesmo na morte!

Bradford, 02 de Maio de 1788.

John Wesley tinha 85 anos; três anos antes de falecer

[Editado por George Lyons para a Wesley Center for Applied Theology.]



João cp 14 vs 1---31

Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.
E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.
Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho.
Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?
Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto.
Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.
Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.
Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras.
Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.
E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.
Se me amais, guardai os meus mandamentos.
E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre;
O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.
Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.
Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis.
Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós.
Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.
Disse-lhe Judas (não o Iscariotes): Senhor, de onde vem que te hás de manifestar a nós, e não ao mundo?
Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada.
Quem não me ama não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou.
Tenho-vos dito isto, estando convosco.
Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
Ouvistes que eu vos disse: Vou, e venho para vós. Se me amásseis, certamente exultaríeis porque eu disse: Vou para o Pai; porque meu Pai é maior do que eu.
Eu vo-lo disse agora antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis.
Já não falarei muito convosco, porque se aproxima o príncipe deste mundo, e nada tem em mim;
Mas é para que o mundo saiba que eu amo o Pai, e que faço como o Pai me mandou. Levantai-vos, vamo-nos daqui.
João 14:1-31

sábado, 28 de março de 2015

A Igreja Apostólica e as perseguições

 A Igreja Apostólica e as perseguições
A primeira perseguição contra a Igreja deu-se no ano 67 d.C, sob o domínio de Nero, o sexto imperador de Roma. Durante os cinco primeiros anos de seu reinado, o monarca agiu de forma tolerante. Depois, porém, deu vazão às mais atrozes barbaridades. Entre outros caprichos diabólicos, ordenou que a cidade de Roma fosse incendiada — ordem cumprida por seus oficiais, guardas e servos. Enquanto a cidade imperial ardia em chamas, subiu à torre de Mecenas a fim de tocar lira e entoar o cântico do incêndio de Tróia. Fez questão de declarar abertamente que “desejava a ruína de todas as coisas antes de sua morte”. Além do grande edifício do Circo, muitos palácios e casas foram destruídos. Milhares de pessoas pereceram nas chamas; outro tanto foi sufocado pela fumaça ou sepultado sob as ruínas.
Quando Nero percebeu que sua conduta era intensamente censurada, e que ele se tornara objeto de profundo ódio, decidiu culpar os cristãos pelo incêndio voraz. Assim, além de livrar-se, aproveitou para regalar-se com novas crueldades.
A Segunda Perseguição sob Domiciano, em 81 d.C.
O imperador Domiciano, por natureza inclinado à crueldade, matou primeiro seu irmão, suscitando logo a segunda perseguição aos cristãos. Em sua fúria, matou alguns senadores romanos; uns, por desconfiança, e outros, para confiscar-lhes os bens. De imediato, ordenou a execução de todos os pertencentes à linhagem de Davi.
Entre os numerosos mártires dessa perseguição, nomeiam-se Simeão, bispo de Jerusalém, e o evangelista João, lançado em óleo fervente, o qual nenhum mal lhe fez e, a seguir, foi exilado na ilha de Patmos. Flávia, filha de um senador romano, foi quem ditou a seguinte lei: “Que nenhum cristão, uma vez trazido ao tribunal, fique isento de castigo, sem que renuncie a sua religião”.
A Terceira Perseguição sob Trajano, em 108 d.C.
Na terceira perseguição, Plínio, o Jovem, homem erudito e famoso, vendo a lamentável matança de cristãos, foi movido pela compaixão e escreveu a Trajano, comunicando-lhe que milhares de pessoas eram mortas diariamente sem que nada houvessem feito às leis romanas; não mereciam, portanto, aquela perseguição. “Tudo o que eles contam acerca de seu crime ou erro (ou como tenha que se chamar) somente consiste nisto: que costumam reunir-se em determinados dias, antes do amanhecer, e repetir juntos uma oração que honra a Cristo como Deus, além de se comprometerem a não cometer maldade alguma, não furtar, roubar ou adulterar; nunca mentir, e jamais defraudar alguém. Feito isto, costumam separar-se e voltar a reunir-se depois para uma inocente refeição em comum”.
Nessa perseguição sofreu o bem-aventurado Inácio, muito considerado por todos os cristãos. Ele havia sido designado ao bispado de Antioquia, em sucessão a Pedro. Contam alguns que, ao ser enviado da Síria a Roma, porque professava a Cristo, foi entregue às feras para ser devorado. Também dizem que quando passou pela Ásia (atual Turquia), debaixo do mais apurado cuidado de seus guardiões, fortaleceu e confirmou as igrejas em todas as cidades por onde passava, tanto com suas exortações como pela pregação da Palavra. Assim, ao chegar a Esmirna, escreveu aos cristãos de Roma a fim de exortá-los a não empregarem meio algum para libertá-lo de seu martírio; que não o
A Quarta Perseguição sob Marco Aurélio, em 162 d.C.
No ano 161 de nosso Senhor, Marco Aurélio assumiu o trono. Embora elogiável no estudo da filosofia e em sua atividade de governo, era um homem de natureza rígida e severa; foi duro e feroz contra os cristãos, e desencadeou a quarta perseguição.
As crueldades executadas nesta perseguição foram de tal calibre que muitos dos espectadores estremeciam de horror ao vê-las, e ficavam atónitos diante da coragem dos que as sofriam. Alguns dos mártires eram obrigados a passar, com os pés já feridos, sobre espinhos, cravos, conchas afiadas, etc. Outros eram açoitados até que seus tendões e veias ficassem expostos, e, depois de haverem sofrido os mais atrozes tormentos já inventados, eram mortos das maneiras mais terríveis.
A Quinta Perseguição sob Severo, em 192 d.C.
Severo, recuperado de uma grave enfermidade após haver recebido cuidados de um cristão, chegou a ser um grande benfeitor dos cristãos em geral. Ao prevalecer, porém, os preconceitos e a fúria da multidão ignorante, foram postas em ação leis obsoletas em relação aos adeptos do cristianismo. O avanço do movimento alarmava os pagãos e reavivava o velho hábito de se culpar os cristãos pelas desgraças acidentais que sobrevinham. Esta perseguição desencadeou-se em 192 d.C.
A Sexta Perseguição sob Maino, em 235 d.C.
Em 235 d.C, começou, sob o comando de Maximino, uma nova perseguição. O governador de Capadócia, Seremiano, fez todo o possível para exterminar os cristãos daquela província.
A Sétima Perseguição sob Décio, em 249 d.C.
Esta foi ocasionada, em parte, pelo aborrecimento que Décio tinha para com seu antecessor, Felipe, considerado cristão, e também por seu ciúme diante do assombroso avanço do cristianismo. O que ocorria era que os templos pagãos começavam a ser abandonados e as igrejas cristãs tornavam-se repletas.
Estas razões estimularam Décio a tentar a extirpação do nome “cristão”. E, desafortunadamente para o Evangelho, vários erros ocorreram, nesse tempo, dentro da Igreja. Os cristãos achavam-se divididos entre si; os interesses próprios separavam aqueles a quem o amor deveria manter unidos; a virulência do orgulho deu ocasião a uma série de facções.
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A Oitava Perseguição sob Valeriano, em 257 d.C.
A oitava perseguição veio sob o comando de Valeriano, em abril de 257 d.C, e continuou por três anos e dez meses. Foram inumeráveis os mártires dessa perseguição; suas torturas e mortes eram variadas e penosas. Citamos a seguir os mais ilustres nomes dentre eles, embora não se tenha respeitado classe, sexo ou idade.
fina e opulenta. Os pretendentes eram ambos cristãos, mas ao levantar-se a perseguição, renunciaram a fé para salvar suas fortunas. Esforçaram-se muito, então, na tentativa de persuadir as damas a fazerem o mesmo. Frustrados em seus propósitos, tornaram-se tão
A Nona Perseguição sob Aureliano, em 274 d.C.
Eis os dois mártires desta perseguição:
Félix, bispo de Roma, que assumiu o cargo em 274 d.C, foi a primeira vítima da petulância de Aureliano, ao ser decapitado no dia vinte e dois de dezembro do mesmo ano.
Agapito, um jovem cavalheiro que vendera suas possessões e dera o dinheiro aos pobres, foi preso como cristão, torturado, e logo decapitado em Praeneste, cidade que dista um dia de viagem de Roma.
Foram eles os únicos mártires registrados durante este reinado, que tão cedo viu o seu fim, quando foi o imperador assassinado em Bizâncio por seus próprios criados.
A Décima Perseguição sob Diocleciano, em 303 d.C.
Sob os imperadores romanos, a chamada Era dos Mártires foi ocasionada, em parte, pelo aumento do número de cristãos e por suas crescentes riquezas, que suscitaram o ódio de Qalerio, filho adotivo de Diocleciano. Some-se a isto o estímulo de sua mãe, uma fanática pagã, que praticamente empurrou o imperador a iniciar esta perseguição.

O dia fatal, assinalado para o início da sangrenta obra, era vinte e três de fevereiro de 303 d.C., data em que se celebraria a Terminalia, e que, como se jactavam os cruéis pagãos, poria fim ao cristianismo. Mo dia marcado, iniciou-se a perseguição em Nicomédia. Pela manhã, o prefeito da cidade chegou à igreja dos cristãos com um grande número de oficiais e, após arrebentarem as portas, tomaram todos os livros 

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