Texto Áureo EF. 6.11 – Leitura Bíblica Ex. 3.19,20; 7.4,5; 8.25,26; 10.8,11,24
INTRODUÇÃO Moisés finalmente aceitou a missão e assumiu a posição
de libertador, mas essa não seria uma tarefa fácil. Conforme estudaremos na lição
de hoje, Faraó não considerou as palavras do Senhor, ordenando para que deixasse o povo ir. Pelo contrário, apresentou algumas
propostas ardilosas, a fim
de enganar o
líder do Senhor. Mas a rejeição
de Faraó serviu para que o povo israelita atestasse o poder do
Deus de Abraão,
Isaque e Jacó. Pretendemos, com esta aula, mostrar o poder
de Deus, e ao mesmo tempo, a desmascarar as sutilezas do Inimigo.
1. FARAÓ DESCONSIDERA OS MILAGRES
A nação egípcia adorava muitos deuses, alguns deles cultuados pelos
israelitas, que acabaram aderindo à fé daquele povo (Ez. 12.12). Esse
foi um dos motivos pelos quais
Deus precisou intervir, e
demonstrar o Seu poder, não apenas para que os egípcios reconhecessem,
mas também para que os israelitas se dobrassem perante a palavra do
Senhor. Mesmo assim, os descendentes
de Abraão,
Isaque e Jacó não atentaram para as maravilhas
de Deus
(Sl. 106.7). Dentre essas maravilhas, destacamos os sinais da serpente,
a transformação da água em sangue, e a invasão das rãs. Faraó, ao invés
de se dobrar diante daquelas maravilhas, tratou-as com desdém,
incitando seus magos a reproduzirem tais feitos. Isso mostra que desde
muito tempo Satanás tem o poder
de realizar sinais e prodígios da
mentira (II Ts. 2.9,10; Mt. 24.24; Ap. 13.11-15). Paulo nomeia esses
magos, “Janes e Jambres”, e os caracterizam entre aqueles que resistem à
verdade, substituindo-a pelo engano (II Tm. 3.8). Satanás imita o
evangelho
de Cristo (Gl. 1.6-9), utilizando-se dos falsos mestres
(II Co. 11.13-15). A transformação da água em sangue foi a primeira
praga que
Deus enviou sobre os egípcios. Na proporção que Faraó
desconsiderava as calamidades elas iam se tornando cada vez mais graves.
Os magos do Egito fizeram o mesmo utilizando água
de um poço, mas se mostraram incapazes
de reverter a praga divina. Diante da relutância
de Faraó, o Senhor enviou abundância
de rãs (Sl. 105.30), mostrando que Ele, e não Hecate, o deus da fertilidade egípcio, estava no comando. O coração
de Faraó continua endurecido, principalmente depois que os magos imitaram os sinais (Ex. 8.19-22). Uma pessoa
de coração endurecido se expressa como Faraó: “Quem é o Senhor para que lhe ouça eu a voz?” (Ex. 5.2).
2. AS PRAGAS DIVINAS DIANTE DA DUREZA DE FARAÓ
Diante da dureza
de coração
de Faraó Moisés anuncia que
Deus
enviaria uma grande peste sobre os animais do Egito (Ex. 9.1-7). A
mensagem profética se cumpriu e todos os animais morreram, escaparam
somente os animais pertencentes aos hebreus, que viviam na terra
de Gósen. Mesmo assim Faraó não permitiu que o povo seguisse adiante, ele se negou a temer a Palavra
de Deus,
a consequência, como sempre, foi o mal (Pv. 28.14). A praga seguinte
não teve qualquer aviso, Moisés e Arão se dirigiram aos fornos
de
cal, e jogaram cinzas no ar, transformando-as em úlceras, que atingiu
os egípcios e seu gado (Ex. 9.8-12). Mas Faraó mostrava-se insensível ao
sofrimento do povo, pensava apenas em suas regalias, e na manutenção do
seu poder. Em seguida,
Deus envia uma praga mais terrível, uma chuva grande
de pedras, como nunca houve no Egito (Ex. 9.18). Posteriormente,
Deus envia trovões e chuvas, granizo e raios, que corriam pelo chão (Ex. 9.33). As
consequências
foram drásticas, os animais morreram, e a plantação destruída. Como
qualquer governante ardiloso, Faraó mandou chamar Moisés e Arão, e
demonstrou
arrependimento, em virtude da destruição da sua terra (Ex. 10.17). Moisés sabia que aquele homem não temia a
Deus,
estava apenas tirando proveito da situação. Essa é uma lição para a
qual devemos atentar, principalmente nos dias que antecedem as eleições.
Os
políticos se aproximam das igrejas, a fim
de agradarem
os pastores, e seduzirem os incautos. Alguns deles, querem demonstrar
identificação com os evangélicos, saúdam como se fossem crentes, leem
trechos das Escrituras, tudo para causarem boa impressão. Esses, no
entanto, não temem ao Senhor, não têm compromisso com o povo
de Deus, nem mesmo com a comunidade, querem se eleger apenas para garantirem suas regalias.
3. AS PROPOSTAS ARDILOSAS DE FARAÓ
A fim
de manter o povo
de Israel cativo no Egito Faraó apresenta algumas
propostas ardilosas a Moisés. Isso mostra como Satanás, com suas astúcias, tenta desvencilhar os servos
de Deus do plano do Senhor. Tais
propostas também revelam a astúcia dos
governantes a fim
de manter o povo cativo em seus interesses. Os discursos
de muitos
políticos da atualidade ecoam as falas daquele
líder egípcio. A primeira proposta
de Faraó estava fundamentada em um sincretismo religioso, o povo poderia adorar o
Deus de Israel, e ao mesmo tempo, os deuses egípcios (Ex. 8.28). Mas o
Deus de Israel
não divide a sua glória com outros deuses, principalmente porque Ele
mesmo havia separado aquele povo para adorá-Lo (Lv. 26.26). Essa tem
sido uma prática evidente no cristianismo contemporâneo, muitos líderes
estão fazendo concessões em relação ao engano a fim
de serem aceitos na sociedade. Jesus é o único caminho, é a verdade e a vida, ninguém pode se aproximar
de Deus
se não for por Ele (Jo. 14.6). Como bem lembrou Pedro, em seu discurso
em Jerusalém em nenhum outro há salvação, somente em Jesus (At. 4.12).
Como diz o ditado, todos os caminhos levam à Roma, mas há apenas um que
conduz ao céu, e esse é Jesus Cristo. A segunda proposta
de Faraó foi a
de que o povo não fosse muito longe (Ex. 8.28). As estratégias
de Satanás, e
de alguns líderes tiranos, é a
de
que não nos afastemos dos seus interesses. Eles não se importam em
fazer concessões, abrem mãos do supérfluo, mas não do que consideram
mais importante. Satanás detesta mudanças significativas, ele não admite
mudanças drásticas (Tg. 4.4,5; I Jo. 2.15). A mulher
de Ló é um exemplo
de alguém que sai do lugar, mas não deixa que o lugar saia dela. Ela abandonou geograficamente a cidade
de
Sodoma, mas em seu coração os prazeres daquele local a acompanhavam
(Gn. 19.17,26; Lc. 17.32). Na terceira proposta Faraó sugeriu uma
divisão nas famílias, apenas os mais velhos partiriam, os mais novos
permaneceriam no Egito (Ex. 10.7). Isso mostra que as famílias hebreias
eram organizadas, e viviam em harmonia (Ex. 6.14-19). A fragmentação
familiar seria uma estratégia utilizada por Faraó para atingir os
valores daquele povo. Nos dias atuais as famílias têm sido solapadas por
valores satânicos que estão sendo repassados pelas mídias, e
patrocinados pelos
governantes. As famílias cristãs, mesmo diante dos ataques, devem permanecer alicerçadas dos fundamentos exarados na Palavra
de Deus (Ef. 6.10-18). A quarta proposta
de Faraó tinha a ver com a aceitação da calamidade, o
líder egípcio admitia a tragédia, contanto que o povo permanecesse (Ex. 10.21-23). Muitos
governantes agem
de igual modo, principalmente no período das eleições, ao invés
de
socorrer o povo, tiram vantagem da desgraça. Há aqueles que acham que
quanto pior melhor, para cooptarem o povo na manutenção dos seus
interesses. Por fim, Faraó propôs a ida do povo hebreu, mas se ficassem
as ovelhas e as vacas (Ex. 10.24). Essa proposta reflete o foco em
mercadoria, e menos nas pessoas, bastante comum nessa sociedade que
somente ver bens, e não o bem das pessoas. Mamom, o deus deste século,
está destruindo muitas vidas, o deus-mercado é quem determina as regras e
os relacionamentos (Mt. 6.24).
CONCLUSÃO Faraó, como alguns
governantes que conhecemos, despreza a Palavra
de Deus, a menos que essa satisfaça seus interesses. Satanás tem usado vários desses para seduzirem a igreja, com suas
propostas ardilosas,
substituindo a verdade pelo engano. Mas nossa luta não é contra carne e
sangue, mas contra as potestades do Inimigo, por isso, devemos
permanecer firmes, com toda, para resistir no dia mau (Ef. 6.10-12). E
como fez Faraó, não devemos endurecer nosso coração, antes ouvir a voz
do Senhor (Hb. 3.7,8), pois dura coisa é cair nas mãos do
Deus vivo (Hb. 10.31).