sábado, 21 de julho de 2012

Estudo Bíblico- Tema- Três Aspectos da Salvação

                                  DEFINIÇÃO

I- Existem três aspectos da salvação, e cada um deles se caracteriza por uma palavra que define ou ilustra:

(a)- Justificação- é um termo forense que nos faz lembrar um tribunal. O homem, culpado e condenado perante Deus, é absovido e declarado justo- isto é, justificado.

(b)- Regeneração- (a experiência subjetiva) e adoção ( o privilégio objetivo) sugerem uma cena familiar, A alma, morta em transgreções e ofensas, precisa de uma nova vida, e esta é concedida por um ato divino de regeneração. A pessoa, por conseguinte, torna-se herdeira de Deus e menbro de sua família.

(c)- Santificação- sugere uma cena do templo, essa palavra se relaciona com o culto a Deus. A pessoa, após harmonizar-se com a lei de Deus e receber uma nova vida, dedica-se desse momento em diante, ao serviço de Deus. Essa pessoa foi comprada por um preço muito elevado e já não é dona de se mesmo; assim, não mais se afasta do templo (figuradamente falando), mas serve a Deus de dia e de noite (Lc 2.37). Ela é santificada e, por sua própria vontade se entrega a Deus.

O homem salvo é aquele cuja vida se harmonizou com Deus e, portanto, foi adotado na família divina, dedicando-se agora a servilo. Em outras palavras, sua experiência de salvação, ou se estado de graça, consiste em justificação, regeneração (e adoção) e santificação. Sendo justificado, ele pertence aos justos; sendo regenerado, ele é filho de Deus; sendo santificado, ele é "santo" ( literalmente uma pessoa santa). 

Essas bençãos são simultâneas ou consecutivas? Existe, de fato uma ordem lógica: o pecado harmoniza-se primeiramente perante a lei de Deus, e sua vida desordenada precisa de transformação. Ele vivia para o pecado e para o mundo e, portanto, precisa separar-se para uma nova vida, para servir a Deus. Ao mesmo tempo as três experiências são simultâneas, no sentido de que, na prática, não se separam. Nós a separamos para poder estuda-las. As três constituem a plena salvação. À mudança exterior ou legal- isto é a justificação- segue-se a mudança subjetiva, a regeneração, e, por sua vez, a esta segue-se a dedicação ao serviço de Deus. Não podemos conceber que a pessoa verdadeiramente justificada não seja regenerada; nem admitimos que a pessoa verdadeiramente regenerada não seja santificada (embora seja possível, na prática, uma pessoa salva, as vezes,  violar sua consagração). Não pode haver plena salvação sem essas três experiências, como não pode haver um triângulo sem três lados. Elas representam o tríplice fundamento sobre o qual se estrutura a vida cristã subsequente. A vida cristã, a começar por esses três princípios, progride em direção a perfeição. 
Essa tríplice distinção regula a linguagem do NT em seus mínimos detalhes. Apenas para ilustrar esse aspecto:

(a)-  Em relação a justificação:   Deus é juiz, e cristo é advogado; o pecado é transgreção da lei; a expiação é a santificação da lei, o pagamento devido; o arrependimento é convicção; a aceitação traz perdão; a vida cristã é obdiência, e sua perfeição é o cumprimento da lei de justiça.

(b)- A salvação é também uma nova vida em Cristo: Em relação a essa nova vida, Deus é o pai (aquele que gera), Cristo é o irmão mais velho e a vida; o pecado é obstinação, a escolha da nossa própria vontade em lugar da vontade do chefe da família; expiação é reconciliação; aceitação é adoção; renovação de vida é regeneração, nascer de Deus; a vida cristã significa crucificação e mortificação da velha natureza, e a perfeição dessa nova vida é o reflexo perfeito da imagem de Cristo, o filho unigênito de Deus.

                            
(c)- A vida cristã é a vida dedicada ao culto e ao serviço de Deus, isto é, a vida santificada. Em relação a essa vida santificada, Deus é o Santo; Cristo é o sumo sacerdote; o pecado é a impureza; o arrependimento é a conciência dessa impureza; a expiação é o sacrifício expiatório ou substitutivo; a vida cristã é a dedicação sobre o altar (Rm 12. 1); a perfeição desse aspecto é a inteira santificação do pecador, a separação para Deus.
Essas três bençãos da graça foram  providas pela morte expiatória de Cristo,e as virtudes dessa morte são concedidas ao homem pelo Espírito Santo. Quanto à satisfação das reivindicações da lei, a expiação proveu o perdão e a justiça para o homem. Ao abolir a barreira existente entre Deus e o homem, ela possibilitou a vida regenerada. Os benefícios do sacríficio para a purificação do pecado são a santificação e a pureza.

Notemos que essas três bençãos  fluem de nossa união com Cristo. O crente é um com Cristo, em virtude  de sua morte expiatória e de seu Espírito vivificante. Nele nos tornamos justiça de Deus (2Co 5.21); por ele temos perdão dos pecados (Ef 1.7); nele somos novas criaturas, nascidos de novo, com vida nova (2Co 5.17); nele somos santificados (1Co 1.2), e ele torna-se para nós santidade (1Co 1.30). Ele é a fonte da salvação eterna (Hb5.9).
II- Salvação: externa e interna A salvação é tanto objetiva (externa) quanto subjetiva (interna).
(a)- A justiça, em primeiro lugar, é mudança de posição, mas é acompanhada por mudança de condições. A justiça é tanto creditada quanto conferida. 

(b)- A  adoção refere-se a conferir o privilégio da divina filiação: a regeneração diz respeito a vida eterna, que corresponde ao nosso chamado e que nos faz participantes da natureza divina (2Pe 1.4).

(c)- A santificação é tanto externa quanto interna: A externa é separação do pecado e dedicação a Deus; a interna é purificação do pecado.
O aspecto externo da graça é provido pela obra expiatória de Cristo; o aspecto interno refere-se à operação do Espírito Santo.


III- Condições da salvação

O que significa a expressão "condições da salvação"? Significa o que Deus exige do homem a quem ele aceita por causa de Cristo e a quem dispensa as bênçãos do evangélio da graça.
As escrituras apreseta o arrependimento e a fé como condições da salvação; o batismo nas  àguas é mencionado como síbolo exterior da fé interior do convertido (Mc 1.15; At 22.16; 16.31; 2.38;3.19).

Abandonar o pecado e buscar a Deus são as condições para a salvação, como também os preparativos para ela. Estritamente falando, não há mérito nem no arrependimento nem na fé, pois tudo quanto é necessário para a salvação já foi providenciado a favor do pecador que se arrepende. Pelo arrependimento, o pecador remove os obstáculos que o impedem de receber essa dádiva; pela fé ele a aceita. Mas para isso, embora sejam obrigatórios o arrependimento e a fé, mandamentos de Deus, contamos com a influência do Espírito Santo, o conselheiro. Observem a expreção: então, Deus concedeu arrependimento... (At 11.18). A blasfêmia contra o Espírito Santo afasta o único que pode mover o coração e leva-lo ao arrependimento. Por conseguinte, para tal pecado não há perdão.

Qual é a diferença entre arrependimento e fé? A fé é o instrumento pela qual recebemos a salvação, fato que não se dá com o arrependimento O arrependimento ocupa-se com o pecado e o remorso, enquanto a fé ocupa-se com a misericordia de Deus. Pode haver fé sem arrependimento? Não. Só o pecador que se arrepende sente a necessidade do salvador e deseja a salvação de sua alma.
Pode haver arrependimento verdadeiro sem fé? Ninguém, no sentido bíblico, poderar arrepende-se sem fé na palavra de Deus, sem acreditar em suas ameaças de juizo e em suas promessas de salvação.

A fé e o arrependimento são apenas medidas preparatórias para a salvação? Ambas acompanham o crente durante a sua vida cristã: o arrependimento transforma-se em zelo pela purificação da alma; e a fé opera pelo amor e continua a receber as coisas de Deus.

(a)- Arrependimento: Alguém definiu o arrependimento das seguintes maneiras: a verdadeira tristeza sobre o pecado, incluindo um esforço sincero para abandona-lo, tristeza piedosa por ter pecado, convicção produzida pelo Espírito Santo ao aplicar a lei divina ao coração, ou nas palavras de um garotinho: sentir tanta tristeza a ponto de deixar o pecado.

Há segundo as escrituras, três elementos no arrependimento intelectual, emocional e prático. Podemos ilustra-lo da seguinte maneira:
1)- Um viajante descobre está viajando no trem errado. esse reconhecimento corresponde ao elemento intelectual pelo qual a pessoa compreende, mediante a pregação da palavra,que não está em harmonia com Deus. 2)- O viajante fica perturbado com essa descoberta. Talvez, chegue até alimentar certos receios. Isso ilustra o lado emocional do arrependimento, uma auto-acusação e tristeza sincera por ter ofendido a Deus  (2Co 7.10). 3)- Na primeira oportunidade, portanto, o viajante deixa esse trem e embarca no trem certo. Isso ilustra o lado prático do arrependimento, que significa converter-se, isto é, dá meia- volta e machar em direção a Deus. Há uma palavra grega traduzida por arrependimento, que significa literalmente mudar de ideia ou de propósito. O pecador arrependido propõe-se a mudar de vida e voltar-se para Deus o resultado prático é que ele produz frutos dignos do arrependimento (Mt 3.8).

O arrependimento honra a lei como a fé honra o evangélio. 
Como poipendimento honra a lei? O homem arrependido lamenta ter-se afastado do santo mandamento, como também lamenta a sua pureza pessoal, à luz dessa lei que aceita e compreende. Ele, pela confissão admite a justiça da sentença divina. Na correção de sua vida, ele abandona o pecado e faz, de acordo com as circunstâncias, a reparação possivel e necessária.

De que maneira o Espírito Santo ajuda a pessoa a arrepender-se? Ele a ajuda ao aplicar a palavra de Deus à conciência, ao comover o coração e ao fortalecer o desejo de abandonar o pecado.

b)-. Fé no sentido bíblico, significa crer e confiar. É o assentimento do intelecto com o consentimento da vontade. Quanto ao intelecto, consiste em crer em certas verdades relevadas sobre Deus e Cristo; quanto avontade consiste na aceitação dessas verdades como princípios e diretrizes da vida. A fé intelectual não é o suficiente (Tg 2.19; At 8.13-21).para adquirir a salvação. É possivel dar seu sentimento intelectual ao evangélio sem, contudo,entregar-se a Cristo. A fé proviniente do coração significa a pronta dedicação da vida às obrigações implícitas nesses fatos. Fé, no sentido de confiança, implica também o elemento emocional. Por conseguinte a fé que salva,representa um ato que engloba toda a personalidade, envolvendo o intelecto, as emoções e a vontade.
O significado da fé determina-se pela maneira como se emprega a palavra no original grego. Fé às vezes significa não somente crer em um corpo de doutrinas, mas sim crer em tudo quanto é verdade, como, por exemplo, nas seguintes expreções: Aquele que antes nos perseguia,agora está anunciando a fé que outrora procurava destruir (Gl 1.23); alguns abandonarão a fé (ITm 4.1); a palavra da fé que estamos proclamando(Rm 10); pela fé de uma vez por todas confiada aos santos (Jd 3.). Essa fé as vezes é denominada "fé objetiva"ou externa. O ato de crer nessas verdades é conhecido como fé subjetiva.

A palavra grega "crer", quando seguida por certas preposições, exprime a ideia de repousar ou apoiar-se sobre um firme fundamento; esse é o sentido da palavra crer conforme a encontramos em (Jo 3.16), Seguida por outra preposição, a palavra significa a confiança que faz unir a pessoa ao objeto de sua fé. Portanto, fé é o elo entre a alma e Cristo.

A fé é atividade humana ou divina? O fato de que ao homem é ordenado crer implica capacidade e obrigação de crer. Todos os homens tem a capacidade de depositar sua confiança em alguém e em alguma coisa. Por exemplo: alguns depositam sua fé em riquezas, outros, em homens, e ainda outros, em amigos etc. Quando se deposita a crença na palavra de Deus, e a confiança está em Deus e em Cristo, isso contitui a fé que salva. Contudo, reconhecemos a graça do Espírito Santo, que ajuda, em cooperação com a palavra, na produção dessa fé salvadora(cf. Jo 6.44;Rm 10.17; Gl 5.22; Hb 12.2).
O que por tanto é a fé que salva?  Eis algumas definições: "fé em Cristo é graça salvadora pela qual o recebemos e nele confiamos inteiramente para receber a salvação conforme nos é oferecida no evangélio". É o ato exclusivamente do pecador que se arrepende, ajudado de modo especial pelo Espírito´e que passa a descansar em "Cristo". É a atitude ou disposição mental, da parte do pecador que se arrepende, por meio da qual, sob a influência da graça divina, a pessoa põe sua confiança em cristo como seu único e todo-suficiente salvador, é a firme confiança em que Cristo morreu pelos meus pecados, que ele me amou e deu-se a se mesmo por mim. 
É crer e confiar nos méritos de Cristo, por quem Deus está disposto a mostrar-nos misericórdia. É a fuga do pecador que se arrepende, para a misericórdia de Deus em Cristo.

IV-Conversão- Convesão, segundo a definição mais simples, é  abandonar o pecado e aproximar-se de Deus (At 3.19). O termo é usado tanto para exprimir o período crítico em que o pecador volta ao caminho da justiça quanto para expressar o arrependimento de alguma transgressão por parte de quem já se encontra nos caminhos da justiça (Mt 18. 3; Lc 22.32; Tg 5.20).
A convessão está muito relacionada com o arrependimento e com a fé, e, ocasionalmente, representa tanto uma coisa quanto outra, ou ambas, no sentido de englobar todas as atividades pelas quais o homem abandona o pecado e se aproxima de Deus (At 3.19; 11.21; I Pe 2.25). O catecísmo de Westminster, em resposta à sua própria pergunta, apresenta a seguinte definição adequada de conversão.

O que é arrependimento para a vida?


Arrependimento para a vida é uma graça salvadora pela qual o pecador tendo uma verdadeira percepção de seu pecado e compreendendo a misericordia de Deus em Cristo, se enche de tristeza e de horror pelos seus pecados, abandona-os e volta-se para Deus, determinado a prestar-lhe nova obdiência.

Observe que, segundo essa definição, a conversão envolve toda a personalidade, intelecto, emoções e vontade. 



Como se distingue conversão de salvação? A conversão descreve o lado humano da salvação. Para ilustrar, observemos um pecador que, antes desacreditado, não se embriaga mais, não se dedica mais a jogatina, não frequenta mais antros ele odeia as coisas que antes amava e ama as coisas que antes odiava. Seus amigos dizem: ele se converteu e mudou de vida. Essas pessoas descrevem a manifestação exterior, isto é o lado humano do fato. Mas do lado divino, diriamos que Deus perdoou o pecado do pecador e lhe deu um novo coração.

Mais isso significa que a conversão seja inteiramente uma questão de esforço humano?
A conversão, visto que a fé e o arrependimento estão inclusos nela, pois ela é a reação do homem ao poder atrativo da graça  de Deus e de sua palavara. portanto, a conversão é o resultado da cooperação das atividades divinas e humanas: ponham em ação a salvação de vocês com temor e tremor, pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele (Fp 2.12-13). As passagens de Jeremias 31.18 e atos 3.26 refere-se ao lado divino da conversão. Já atos 3.19; 11.18 e Ezequiel 33.11 referem-se ao lado humano. 
O que acontece primeiro,a regenaração ou a conversão?
As operações que envolve a conversão são profundas e de caráter  misterioso, por isso não as analisaremos com precissão matemática. Dr. Strong, teológo, conta o caso de um candidato a ordenação a quém fizeram tal pergunta. E ele respondeu: Regeneração e conversão é como a bala do canhão e o orifício do cano do canhão ambos atrvessão o cano juntos.

Que Deus em Cristo vos abeçõe boa leitura.







 




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