A Igreja Apostólica e as perseguições
A primeira perseguição contra a Igreja deu-se no
ano 67 d.C, sob o domínio de Nero, o sexto imperador de Roma. Durante os cinco
primeiros anos de seu reinado, o monarca agiu de forma tolerante. Depois,
porém, deu vazão às mais atrozes barbaridades. Entre outros caprichos
diabólicos, ordenou que a cidade de Roma fosse incendiada — ordem cumprida por
seus oficiais, guardas e servos. Enquanto a cidade imperial ardia em chamas,
subiu à torre de Mecenas a fim de tocar lira e entoar o cântico do incêndio de
Tróia. Fez questão de declarar abertamente que “desejava a ruína de todas as
coisas antes de sua morte”. Além do grande edifício do Circo, muitos palácios e
casas foram destruídos. Milhares de pessoas pereceram nas chamas; outro tanto
foi sufocado pela fumaça ou sepultado sob as ruínas.
Quando Nero percebeu que sua conduta era
intensamente censurada, e que ele se tornara objeto de profundo ódio, decidiu
culpar os cristãos pelo incêndio voraz. Assim, além de livrar-se, aproveitou
para regalar-se com novas crueldades.
A Segunda Perseguição sob Domiciano, em 81 d.C.
O imperador Domiciano, por natureza inclinado à crueldade, matou primeiro seu irmão, suscitando logo a segunda perseguição aos cristãos. Em sua fúria, matou alguns senadores romanos; uns, por desconfiança, e outros, para confiscar-lhes os bens. De imediato, ordenou a execução de todos os pertencentes à linhagem de Davi.
O imperador Domiciano, por natureza inclinado à crueldade, matou primeiro seu irmão, suscitando logo a segunda perseguição aos cristãos. Em sua fúria, matou alguns senadores romanos; uns, por desconfiança, e outros, para confiscar-lhes os bens. De imediato, ordenou a execução de todos os pertencentes à linhagem de Davi.
Entre os numerosos mártires dessa perseguição,
nomeiam-se Simeão, bispo de Jerusalém, e o evangelista João, lançado em óleo
fervente, o qual nenhum mal lhe fez e, a seguir, foi exilado na ilha de Patmos.
Flávia, filha de um senador romano, foi quem ditou a seguinte lei: “Que nenhum
cristão, uma vez trazido ao tribunal, fique isento de castigo, sem que renuncie
a sua religião”.
A Terceira Perseguição sob Trajano, em 108 d.C.
Na terceira perseguição, Plínio, o Jovem, homem erudito e famoso, vendo a lamentável matança de cristãos, foi movido pela compaixão e escreveu a Trajano, comunicando-lhe que milhares de pessoas eram mortas diariamente sem que nada houvessem feito às leis romanas; não mereciam, portanto, aquela perseguição. “Tudo o que eles contam acerca de seu crime ou erro (ou como tenha que se chamar) somente consiste nisto: que costumam reunir-se em determinados dias, antes do amanhecer, e repetir juntos uma oração que honra a Cristo como Deus, além de se comprometerem a não cometer maldade alguma, não furtar, roubar ou adulterar; nunca mentir, e jamais defraudar alguém. Feito isto, costumam separar-se e voltar a reunir-se depois para uma inocente refeição em comum”.
Na terceira perseguição, Plínio, o Jovem, homem erudito e famoso, vendo a lamentável matança de cristãos, foi movido pela compaixão e escreveu a Trajano, comunicando-lhe que milhares de pessoas eram mortas diariamente sem que nada houvessem feito às leis romanas; não mereciam, portanto, aquela perseguição. “Tudo o que eles contam acerca de seu crime ou erro (ou como tenha que se chamar) somente consiste nisto: que costumam reunir-se em determinados dias, antes do amanhecer, e repetir juntos uma oração que honra a Cristo como Deus, além de se comprometerem a não cometer maldade alguma, não furtar, roubar ou adulterar; nunca mentir, e jamais defraudar alguém. Feito isto, costumam separar-se e voltar a reunir-se depois para uma inocente refeição em comum”.
Nessa perseguição sofreu o bem-aventurado Inácio,
muito considerado por todos os cristãos. Ele havia sido designado ao bispado de
Antioquia, em sucessão a Pedro. Contam alguns que, ao ser enviado da Síria a
Roma, porque professava a Cristo, foi entregue às feras para ser devorado.
Também dizem que quando passou pela Ásia (atual Turquia), debaixo do mais
apurado cuidado de seus guardiões, fortaleceu e confirmou as igrejas em todas
as cidades por onde passava, tanto com suas exortações como pela pregação da
Palavra. Assim, ao chegar a Esmirna, escreveu aos cristãos de Roma a fim de
exortá-los a não empregarem meio algum para libertá-lo de seu martírio; que não
o
A Quarta Perseguição sob Marco Aurélio, em 162 d.C.
No ano 161 de nosso Senhor, Marco Aurélio assumiu o
trono. Embora elogiável no estudo da filosofia e em sua atividade de governo,
era um homem de natureza rígida e severa; foi duro e feroz contra os cristãos,
e desencadeou a quarta perseguição.
As crueldades executadas nesta perseguição foram de
tal calibre que muitos dos espectadores estremeciam de horror ao vê-las, e
ficavam atónitos diante da coragem dos que as sofriam. Alguns dos mártires eram
obrigados a passar, com os pés já feridos, sobre espinhos, cravos, conchas
afiadas, etc. Outros eram açoitados até que seus tendões e veias ficassem
expostos, e, depois de haverem sofrido os mais atrozes tormentos já inventados,
eram mortos das maneiras mais terríveis.
A Quinta Perseguição sob Severo, em 192 d.C.
Severo, recuperado de uma grave enfermidade após
haver recebido cuidados de um cristão, chegou a ser um grande benfeitor dos
cristãos em geral. Ao prevalecer, porém, os preconceitos e a fúria da multidão
ignorante, foram postas em ação leis obsoletas em relação aos adeptos do
cristianismo. O avanço do movimento alarmava os pagãos e reavivava o velho
hábito de se culpar os cristãos pelas desgraças acidentais que sobrevinham.
Esta perseguição desencadeou-se em 192 d.C.
A Sexta Perseguição sob Maino, em 235 d.C.
Em 235 d.C, começou, sob o comando de Maximino, uma nova perseguição. O governador de Capadócia, Seremiano, fez todo o possível para exterminar os cristãos daquela província.
Em 235 d.C, começou, sob o comando de Maximino, uma nova perseguição. O governador de Capadócia, Seremiano, fez todo o possível para exterminar os cristãos daquela província.
A Sétima Perseguição sob Décio, em 249 d.C.
Esta foi ocasionada, em parte, pelo aborrecimento que Décio tinha para com seu antecessor, Felipe, considerado cristão, e também por seu ciúme diante do assombroso avanço do cristianismo. O que ocorria era que os templos pagãos começavam a ser abandonados e as igrejas cristãs tornavam-se repletas.
Esta foi ocasionada, em parte, pelo aborrecimento que Décio tinha para com seu antecessor, Felipe, considerado cristão, e também por seu ciúme diante do assombroso avanço do cristianismo. O que ocorria era que os templos pagãos começavam a ser abandonados e as igrejas cristãs tornavam-se repletas.
Estas razões estimularam Décio a tentar a
extirpação do nome “cristão”. E, desafortunadamente para o Evangelho, vários
erros ocorreram, nesse tempo, dentro da Igreja. Os cristãos achavam-se
divididos entre si; os interesses próprios separavam aqueles a quem o amor
deveria manter unidos; a virulência do orgulho deu ocasião a uma série de
facções.
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A Oitava Perseguição sob Valeriano, em 257 d.C.
A oitava perseguição veio sob o comando de Valeriano, em abril de 257 d.C, e continuou por três anos e dez meses. Foram inumeráveis os mártires dessa perseguição; suas torturas e mortes eram variadas e penosas. Citamos a seguir os mais ilustres nomes dentre eles, embora não se tenha respeitado classe, sexo ou idade.
A oitava perseguição veio sob o comando de Valeriano, em abril de 257 d.C, e continuou por três anos e dez meses. Foram inumeráveis os mártires dessa perseguição; suas torturas e mortes eram variadas e penosas. Citamos a seguir os mais ilustres nomes dentre eles, embora não se tenha respeitado classe, sexo ou idade.
fina e opulenta. Os pretendentes eram ambos
cristãos, mas ao levantar-se a perseguição, renunciaram a fé para salvar suas
fortunas. Esforçaram-se muito, então, na tentativa de persuadir as damas a
fazerem o mesmo. Frustrados em seus propósitos, tornaram-se tão
A Nona Perseguição sob Aureliano, em 274 d.C.
Eis os dois mártires desta perseguição:
Eis os dois mártires desta perseguição:
Félix, bispo de Roma, que assumiu o cargo em 274
d.C, foi a primeira vítima da petulância de Aureliano, ao ser decapitado no dia
vinte e dois de dezembro do mesmo ano.
Agapito, um jovem cavalheiro que vendera suas
possessões e dera o dinheiro aos pobres, foi preso como cristão, torturado, e
logo decapitado em Praeneste, cidade que dista um dia de viagem de Roma.
Foram eles os únicos mártires registrados durante
este reinado, que tão cedo viu o seu fim, quando foi o imperador assassinado em
Bizâncio por seus próprios criados.
A Décima Perseguição sob Diocleciano, em 303 d.C.
Sob os imperadores romanos, a chamada Era dos Mártires foi ocasionada, em parte, pelo aumento do número de cristãos e por suas crescentes riquezas, que suscitaram o ódio de Qalerio, filho adotivo de Diocleciano. Some-se a isto o estímulo de sua mãe, uma fanática pagã, que praticamente empurrou o imperador a iniciar esta perseguição.
Sob os imperadores romanos, a chamada Era dos Mártires foi ocasionada, em parte, pelo aumento do número de cristãos e por suas crescentes riquezas, que suscitaram o ódio de Qalerio, filho adotivo de Diocleciano. Some-se a isto o estímulo de sua mãe, uma fanática pagã, que praticamente empurrou o imperador a iniciar esta perseguição.
O dia fatal, assinalado para o início da sangrenta
obra, era vinte e três de fevereiro de 303 d.C., data em que se celebraria a
Terminalia, e que, como se jactavam os cruéis pagãos, poria fim ao
cristianismo. Mo dia marcado, iniciou-se a perseguição em Nicomédia. Pela
manhã, o prefeito da cidade chegou à igreja dos cristãos com um grande número
de oficiais e, após arrebentarem as portas, tomaram todos os livros
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