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O MORMONISMO
A
história do mormonismo tem início com a pessoa de Joseph Smith, nascido a 23 de
dezembro de 1805, no Condado de Windsor, Estado de Vermont, nos Estados Unidos.
I.
UM RESUMO HISTÓRICO DO MORMONISMO
Para
melhor compreender a história do mormonismo, torna-se necessário estudá-la
partindo da sua base, isto é, da vida de Joseph Smith, o fundador da seita.
1.1. A Primeira Visão de Smith
Joseph
Smith tinha mais ou menos dez anos de idade quando, com seus pais, mudou-se
para Palmyra, no Condado de Ontário (atual Wayne), no Estado de Nova Iorque.
Quatro anos após, mudou-se novamente, agora para Manchester, também no Condado
de Ontário.
Foi
criado na ignorância, pobreza e superstição. Ainda moço, decepcionou-se com as
igrejas que conhecera. Foi nesse tempo que diz ter recebido a sua primeira
visão, segundo a qual apareceram-lhe o Pai e o Filho, denunciando a falsidade
de todas as igrejas, com as seguintes palavras: "Eles se chegam a mim com
os seus lábios, mas seus corações estão longe de mim; eles ensinam mandamentos
dos homens como doutrina, tendo aparência de santidade, mas negando o meu
poder" (O Testemunho do Profeta Joseph Smith, p. 4).
1.2. A Segunda
Visão de Smith
De
acordo com a relato do próprio Smith, apareceu-lhe o "anjo" Moroni,
que, segundo fez crer, havia vivido naquela mesma região há uns 1400 anos.
Mórmon, o pai de Moroni, um profeta, havia gravado a história do seu povo em
placas de ouro. Quando estavam a ponto de serem exterminados por seus inimigos,
Moroni teria enterrado essas placas ao pé de um monte próximo do local onde
hoje é Palmyra. Nessa visão, Moroni teria indicado a Joseph Smith o lugar onde
as placas foram escondidas, e emprestou-lhe umas pedras especiais, um certo
tipo de lentes, chamadas "Urim" e "Tumim", com as quais
Joseph Smith poderia decifrar e traduzir os dizeres dessas placas.
Depois
de conseguir as placas de ouro e as lentes, Smith, sentado por trás de uma
cortina, teria ditado a um amigo a tradução do que estava escrito nas placas.
Depois devolveu as placas e as lentes a Moroni. Uma vez traduzida, a obra foi
publicada pela primeira vez em 1829, recebendo o título de O Livro de
Mórmon.
1.3. Fundação
da Igreja Mórmon
Joseph
Smith cedo encontrou quem o aceitasse como profeta, pelo que fundou a
"Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias". Desde então,
ficou estabelecido como um princípio doutrinário que esta era a única igreja
verdadeira, e que fora dela não havia outro meio de salvação para o homem.
Joseph
Smith, fundador do Mormonismo
Uma
série de "revelações" de Joseph Smith foi desenvolvendo a doutrina
dessa igreja, transformando-a, através dos anos, numa forma de politeísmo. Os
crentes deveriam edificar uma teocracia, isto é, teriam o assessoramento de
doze apóstolos. As pretensões de domínio de Smith eram tão elevadas que ele
chegou a lançar-se candidato à presidência dos Estados Unidos.
Smith
e seus seguidores sofriam não poucas perseguições, razão por que eram levados
a peregrinar de um a outro ponto da América, procurando onde estabelecer uma
colônia e fundar o reino de Deus. Encontraram acolhida em Illinois, onde
erigiram a cidade de Nauvoo. Ali, acusado de grosseira imoralidade e falsificação,
Smith foi preso, e uma turba enfurecida invadiu a cadeia e, a tiros, matou
Smith e seu irmão, Hyrum.
1.4.
A Divisão da Igreja Mórmon
Depois
da morte de Joseph Smith, sua igreja se dividiu. A primeira facção seguiu a
liderança de Brigham Young, fiel discípulo do "profeta" Smith. Como
ainda eram muitas as perseguições que sofriam nessa época, Young e aqueles a
quem liderava, após penosa peregrinação, em julho de 1847, chegaram ao Estado
de Utah, na época território mexicano não ocupado, e, ali, onde hoje é a cidade
de Salt Lake City, fundaram a sede da igreja, uma espécie de quartel-general,
de onde o mundo seria alcançado pelos apóstolos do mormonismo.
A
maioria, no entanto, decidiu ficar sob a liderança de um filho de Joseph Smith,
e separou-se dos demais, permanecendo no Estado de Missouri. Reorganizaram a
igreja e estabeleceram sua sede em Independence, Missouri. Chamaram-na
"Igreja Reorganizada de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias".
Esta igreja tem prosperado e ainda permanece, embora seja menor que a de Utah.
Das
várias facções que surgiram depois da morte de Joseph Smith, outra digna de
menção é a "Igreja de Cristo do Lote do
Templo",
com sede em Bloomington, Estado de Illinóis. Segundo as "revelações"
recebidas por alguns líderes dessa facção, convenceram-se de que Sião, o lugar
do regresso de Cristo à Terra, está em Bloomington, e não em Israel. Crêem que
Ele terá o seu templo em certo lote da área onde está a sede dessa igreja.
II.
O LIVRO DE MÓRMON
Cabe-nos
perguntar: O Livro de Mórmon é também a Palavra de Deus? Tem ele o significado
e o valor que os mórmons dizem ter? A resposta a ambas as perguntas é: NÃO!
2.1.
O Que É O Livro de Mórmon
A
primeira edição de O Livro de Mórmon para o português apareceu no ano de
1938, e, até o ano de 1975, já haviam sido impressas seis edições. O Livro
de Mórmon compõe-se de 15 livros, divididos em capítulos e versículos, tal
como a Bíblia Sagrada. Os seus livros estão dispostos da seguinte maneira:
Nome
do Livro
|
Capítulos
|
Versículos
|
1º Livro de Nefi
|
22
|
618
|
2º
Livro de Nefi
|
33
|
779
|
Livro
de Jacó
|
7
|
203
|
Livro
de Ênos
|
1
|
27
|
Livro
de Jarom
|
1
|
15
|
Livro
de Omni
|
1
|
30
|
As
Palavras de Mórmon
|
1
|
18
|
Livro
de Mosiah
|
29
|
786
|
Livro
de Alma
|
63
|
1943
|
Livro
de Helamã
|
16
|
497
|
3a
Livro de Nefi
|
30
|
765
|
4a
Livro de Nefi
|
1
|
49
|
Livro
de Mórmon
|
9
|
227
|
Livro
de Éter
|
15
|
433
|
Livro
de Moroni
|
10
|
167
|
No
seu todo, O Livro de Mórmon soma um total de 239 capítulos e 6553
versículos. Nele são encontrados capítulos inteiros da Bíblia. Por exemplo: Ia
Nefi 20 é igual a Isaías 48; 2a Nefi 12 e 24 são iguais a Isaías 2 e
14; 3a Nefi 24 é igual a Malaquias 3; 3a Nefi 12 e 14 são
iguais a Mateus 5 e 7; Moroni 10.7-20 é igual a 1 Coríntios 12.
Não
obstante O Livro de Mórmon conter muito da Bíblia Sagrada, ele a
condena como um livro mutilado e cheio de erros, que Satanás usa para
escravizar os homens. Isto é dito textualmente em Ia Nefi 13.28,29 e
2a Nefi 29.3,6.
2.2.
Testemunhos Contra O Livro de Mórmon
São
muitíssimas as provas de que O Livro de Mórmon é obra de homem e não a
Palavra de Deus. Dentre essas provas destacam-se as seguintes:
•
A opinião mais comum entre os estudiosos do mormonismo é que o conteúdo de O
Livro de Mórmon, em grande parte, foi tomado de um romance de Salomão
Spaulding, um pastor presbiteriano aposentado, que escreveu uma história
fictícia dos primeiros habitantes da América.
•
As descobertas arqueológicas e os estudos históricos provam que os primeiros
habitantes da região indicada em O Livro de Mórmon eram muito diferentes
da descrição que ele dá quanto aos costumes, nomes, caráter e línguas.
•
O Livro de Mórmon contém mais ou menos 10.000 citações diretas da versão
da Bíblia inglesa "King James", publicada pela primeira vez em 1611.
•
O livro pretende ser a tradução de placas de ouro enterradas desde o ano 420
até 1823, contudo cita com precisão capítulos inteiros de uma Bíblia publicada
em 1611. Isso é simplesmente inconcebível!
• O livro foi escrito em uma linguagem
paupérrima, porém, quando cita a Bíblia (o profeta Isaías, por exemplo), mostra
erudição de linguagem, mais uma prova de que esses textos foram copiados
diretamente da Bíblia.
•
O Livro de Mórmon põe na boca de personagens que viveram séculos antes
de Cristo, palavras que a Bíblia atribui a nosso Senhor; ou põe na boca do
Senhor palavras que só poderiam sair da boca de um bastardo e inculto.
•
É estranho que Joseph Smith não mostrasse as placas de ouro a ninguém mais,
além das três testemunhas abaixo, para que o seu testemunho fosse confirmado.
•
Oliver Cowdery, David Whitner e Martins Harris são citados em O Testemunho
do Profeta Joseph Smith como tendo visto as placas de ouro de onde Smith
teria traduzido O Livro de Mórmon. O próprio Smith os chama depois de
"ladrões e mentirosos, demasiadamente maus para serem mencionados"
(Smith, History of the Church, vol. IV, p. 461).
•
Para tão volumoso conteúdo de O Livro de Mórmon, as placas de ouro que
Joseph Smith descreveu requeriam um trabalho microscópico ou algo miraculoso.
•
Os muitos erros gramaticais e de conteúdo de O Livro de Mórmon o fazem
obra de homem e não Palavra de Deus.
III.
O "PROFETA" JOSEPH SMITH
Como
o caráter de qualquer movimento ou religião é, de certa forma, um segmento do
caráter do seu fundador, torna-se evidente que quanto mais conhecermos a
respeito de Joseph Smith, melhor conheceremos o mormonismo, também chamado
"A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias".
Foi
Joseph Smith um profeta de Deus? Ou foi ele um falso profeta? A resposta a esta
pergunta se acha na Bíblia Sagrada.
3.1. Como Julgar um
Profeta
Deus
mesmo nos dá o critério para julgar um profeta, procurando saber quando ele
fala da parte do Senhor ou fala de si mesmo; quando ele é um verdadeiro ou um
falso profeta. Diz Deus:
"O
profeta que presumir falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe mandei
falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta será morto. Se
disseres no teu coração: 'Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou?'
Sabe que quando esse profeta falar em nome do Senhor, e a palavra dele se não
cumprir nem suceder como profetizou, esta é a palavra que o Senhor não disse;
com soberba a falou o tal profeta: não tenhas temor dele... Quando um profeta
ou sonhador se levantar no meio de ti, e te anunciar um sinal ou prodígio, e
suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, e disser: Vamos após
outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras desse
profeta ou sonhador" (Dt 18.20-22; 13.1-3).
A
prova do falso profeta tanto era razoável como natural, e consistia no
seguinte: 1) Se a palavra proferida não se cumprir; ou 2) Se a palavra se
cumprir, mas o profeta, prevalecendo-se disto, conduzir as pessoas a se
afastarem do verdadeiro Deus e a seguirem outros deuses.
3.2.
Profecias de Joseph Smith
Vamos
mostrar algumas das "profecias" de Joseph Smith que não suportaram o
rigor e o crivo da exatidão divina:
3.2.1.
A Nova
Jerusalém e seu templo
Smith
profetizou que a Nova Jerusalém e o seu templo devem ser erigidos no Estado de
Missouri, nos Estados Unidos, nesta geração (Doutrina e Pactos, seção 84.1-5).
Ratificando
esta absurda profecia, Orson Pratt, apóstolo do mormonismo, declarou
efusivamente: "Os Santos dos Últimos Dias esperam o cumprimento desta
profecia durante a geração em existência, em 1832, assim como esperam que o sol
nasça e se ponha amanhã. — Por quê? — Porque Deus não pode mentir. Ele cumprirá
todas as suas promessas" (Revista de Discursos, vol. IX, p. 71).
3.2.2.
A CASA EM NAUVOO
Smith
profetizou que sua casa em Nauvoo haveria de permanecer e pertencer à sua
família para sempre (Doutrina e Pactos, Seção 124.56-60). Porém, após sua
morte, os mórmons deixaram a cidade e sua casa não pertence a nenhum dos seus
familiares.
3.2.3. Os INIMIGOS
Aplicou
a si próprio o texto de 2Q Nefi 3.14, dizendo que os seus inimigos
seriam confundidos e destruídos ao procurarem destruí-lo. No entanto, ele foi
morto à bala na prisão de Cartthage, em Illinóis, no dia 27 de junho de 1844.
3.2.4. O NASCIMENTO DE JESUS
Falou
que Jesus devia nascer em "Jerusalém", que é a terra de nossos
antepassados (Alma 7.10), quando a Bíblia diz que Jesus nasceria em Belém da
Judéia (Mq 5.2), profecia que se cumpriu fielmente (Mt 2.1).
3.2.5.
A vinda do Senhor
Em
1835, profetizou: "a vinda do Senhor está próxima... até mesmo cinqüenta e
seis anos deviam terminar a cena" (History of the Church, vol. II,
p. 182).
3.2.6. Os "Habitantes da Lua"
Smith
predisse que "os habitantes da lua têm tamanho mais uniforme que os
habitantes da Terra, têm cerca de 1,83m de altura. Vestem-se muito à moda dos
quacres, e seu estilo é muito geral, com quase um só tipo de moda. Têm vida
longa, chegando geralmente a quase mil anos" (Revista de Oliver B.
Huntinton, vol. II, p. 166).
Evidentemente,
Smith jamais sonhara que algum dia o homem chegaria à lua, e verificaria que
lá não há nenhum tipo de vida.
IV.
PRINCIPAIS DOUTRINAS DO MORMONISMO
Como
as demais seitas estudadas ao longo deste livro, o mormonismo também possui
suas doutrinas exóticas e anti-bíblicas, como é mostrado a seguir.
4.1.
Regras de Fé do Mormonismo
O
próprio Joseph Smith, fundador do mormonismo, escreveu aquilo que até hoje é
aceito como "Regras de Fé d'A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias", as quais se seguem:
•
Cremos em Deus, o Pai Eterno, e no seu Filho, Jesus Cristo, e no Espírito
Santo.
•
Cremos que os homens serão punidos pelos seus próprios pecados e não pela
transgressão de Adão.
•
Cremos que, por meio do sacrifício expiatório de Cristo, toda a humanidade pode
ser salva pela obediência às leis e regras do Evangelho.
•
Cremos que os primeiros princípios e ordenanças do Evangelho são: primeiro, fé
no Senhor Jesus Cristo; segundo, arrependimento; terceiro, batismo por
imersão, para remissão dos nossos pecados; quarto, imposição das mãos para o
dom do Espírito Santo.
•
Cremos que um homem deve ser chamado por Deus, por profecia e por imposição de
mãos por quem possua autoridade para pregar o Evangelho e administrar
ordenanças.
•
Cremos na mesma organização existente na igreja primitiva, isto é, apóstolos,
profetas, pastores, mestres, evangelistas, etc.
• Cremos no dom de línguas, na profecia, na
revelação, nas visões, na cura, na interpretação de línguas, etc.
•
Cremos ser a Bíblia a Palavra de Deus, quando for correta a sua tradução;
cremos também ser O Livro de Mórmon a Palavra de Deus.
•
Cremos em tudo o que Deus tem revelado, em tudo o que Ele revela agora, e
cremos que Ele ainda revelará muitas grandes e importantes coisas pertencentes
ao Reino de Deus.
•
Cremos na coligação literal de Sião, na restauração das Dez Tribos; que Sião
será construída neste continente (o norte-americano); que Cristo reinará
pessoalmente sobre a Terra, a qual será renovada e receberá a sua glória
paradisíaca.
•
Pretendemos ter o privilégio de adorar a Deus, o Todo-Poderoso, de acordo com
os ditames da nossa consciência, e concedemos a todos os homens o mesmo
privilégio, deixando-os adorar, como ou o que quiserem.
•
Cremos na submissão aos reis, presidentes, governadores e magistrados, como
também na obediência, honra e manutenção da lei.
•
Cremos ser honestos, verdadeiros, castos, benevolentes, virtuosos e em fazer o
bem a todos os homens. Na realidade, podemos dizer que seguimos a admoestação
de Paulo. Cremos em todas as coisas e confiamos na capacidade de tudo suportar.
Se houver qualquer coisa virtuosa, amável e louvável, nós a procuraremos.
4.2.
Destruindo Sofismas
Tem
assustado a muitos cristãos sinceros o fato de haver grande semelhança entre
determinados pontos deste credo mórmon e a crença bíblica por eles esposada.
Vem ao caso indagar: "Isto significa que os mórmons comungam dos mesmos
princípios espirituais que o Cristianismo autêntico aceita como doutrina
bíblica?" A resposta é: NÃO! Como a sinceridade de uma crença não estabelece
a sua veracidade, é muito fácil mostrar que, na teoria, o mormonismo diz crer
no que o verdadeiro cristão crê; enquanto, na prática, as suas doutrinas se
mostram pura heresia. Se não, vejamos:
a.
O Deus e o Cristo do mormonismo não são os mesmos revelados na Bíblia.
b.
Na doutrina mórmon a pena do pecado é muito diferente da mostrada nas
Escrituras.
c.
A obra expiatória de Cristo tem significado bem diferente para o mormonismo.
d.
Ainda que admita crer nos "princípios e ordenanças do Evangelho", o
mormonismo os faz monopólio próprio.
e.
A vocação ministerial só é legítima quando evidenciada por parte dos mórmons —
dizem.
f.
A Igreja Cristã fracassou, pelo que o mormonismo com toda a sua hierarquia, é
hoje o único representante da verdadeira Igreja — afirmam.
g. As operações do Espírito, conforme crê o
mormonismo, nada têm a ver com aquelas manifestações tratadas no Novo Testamento.
h.
A Bíblia é um livro imperfeito, precisando ser suplementada pelo O Livro de Mórmon,
Doutrina e Pactos, e A Pérola de Grande Preço — alegam.
i.
A crença mórmon na revelação progressiva de Deus objetiva estabelecer a
canonicidade de O Livro de Mórmon, bem como das chamadas "revelações"
de Joseph Smith.
j.
O mormonismo crê que, na manifestação de Cristo, a América do Norte, e não
Israel, será a sede do seu governo milenar.
l.
Enquanto admite crer nas autoridades constituídas, o mormonismo praticamente
nega obediência ao único e verdadeiro Deus.
4.3.
Outras Heresias da Doutrina Mórmon
Dado
o grande volume de doutrinas defendidas pelo mormonismo, dentre outras, atente
para as seguintes:
4.3.1.
Acerca da Bíblia
"A
Bíblia é a Palavra de Deus, escrita pelos homens. E básica no ensino mórmon.
Mas os santos dos últimos dias reconhecem que se introduziram erros nesta obra
sagrada, devido à forma como este livro chegou a nós. Além do mais,
consideram-na incompleta como um guia...
"Suplementando-a,
os santos dos últimos dias possuem três outros livros. Estes, como a Bíblia,
constituem as obras-padrão da Igreja. São conhecidos como O Livro de Mórmon,
Doutrina e Pactos, e A Pérola de Grande Preço" (Quem São os Mórmons?, p.
11).
4.3.2. Acerca
de Deus
"Agora
ouvi, ó habitantes da terra, judeus e gentios, santos e pecadores! Quando nosso
pai chegou ao jardim do Éden, entrou nele com um corpo celestial, e trouxe
consigo Eva, uma de suas esposas. Ele ajudou a organizar o mundo. Ele é Miguel,
o Arcanjo, o Ancião de Dias! acerca de quem santos homens têm escrito e falado
— ele é o nosso pai e nosso Deus, e o único Deus com quem devemos lidar"
(Brigham Young, Revista de Discursos, vol. Lpp. 50,51).
4.3.3. Acerca
de Jesus Cristo
"Ele
não foi gerado pelo Espírito Santo..." (Revista de Discursos, 1-50).
"Jesus
Cristo foi polígamo: Maria e Marta, as irmãs de Lázaro, eram suas esposas
pluralistas, e Maria Madalena era outra. Também a festa nupcial de Cana da
Galiléia, onde Jesus transformou água em vinho, realizou-se por ocasião de um
dos seus casamentos" (Brigham Young, Wife nfl 19, 384).
4.3.4. Acerca
da Igreja
"É
evidente que a Igreja foi literalmente expulsa da Terra; nos primeiros dez
séculos que seguiram logo após o ministério de Cristo, a autoridade do
sacerdote foi perdida entre os homens, e nenhum poder humano poderia
restaurá-la. Mas o Senhor, em sua misericórdia, providenciou o restabelecimento
de sua Igreja nos últimos dias, e pela última vez... Foi já demonstrado que
essa restauração foi efetuada pelo Senhor através do Profeta Joseph
Smith" {Mediação e Expiação, pp. 170, 171, 178).
4.3.5. Acerca
do batismo pelos mortos
"Temos
aqui [Hebreus 6.1,2] a explicação de como as portas de sua prisão poderão ser
abertas e eles postos em liberdade; pela crença do Evangelho, através do
batismo pelos mortos. Os que ainda estão na carne fazem trabalho vicário para
os seus mortos, e, assim tornam-se salvadores do monte Sião" (O Plano
de Salvação, p. 32).
4.3.6. Acerca
do matrimônio
"O
matrimônio, na teologia mórmon, é um contrato sagrado, ordenado divinamente.
Sob a autoridade do sacerdote, um homem e uma mulher são casados não somente
para essa vida como maridos e esposas legais, mas também para a
eternidade" (Quem São os Mórmons?, p. 13).
4.3.7. Acerca
do castigo eterno
"Não
devemos dar uma interpretação particular a este termo; procuraremos entender
corretamente o seu significado.
"Castigo
eterno é o castigo de Deus; sem fim é a punição de Deus; ou, em outras
palavras, é o nome da punição que Deus inflige, sendo ele eterno em sua
natureza.
"Por
isso, todos aqueles que recebem castigo de Deus, recebem um castigo eterno,
dure este uma hora, um dia, uma semana, um ano ou uma era" (O Plano da
Salvação, p. 35).
4.4. Refutação
a Essas Doutrinas Falsas
O
árbitro maior da fé cristã não é a teologia seca e morta, nem as alegadas
"visões" de homens, sejam eles quem forem, mas a Bíblia Sagrada. E é
à luz dos seus ensinos que as crenças do mormonismo são refutadas, como é
mostrado a seguir.
4.4.1.
A BÍBLIA
A
Bíblia Sagrada fala de si mesma, como:
•
O livro dos séculos (SI 119.89; 1 Pe 1.25).
•
Divinamente inspirada (Jr 36.2; 2Tm 3.16; 2 Pe 1.21).
•
Poderosa em sua influência (Jr 5.14; Rm 1.16; Ef 6.17; Hb4.12).
•
Absolutamente digna de confiança (1 Rs 8.56; Mt 5.18; Lc 21.33).
•
Pura (SI 19.8).
•
Santa, justa e boa (Rm 7.12).
•
Perfeita (SI 19.7; Rm 12.2).
•
Verdadeira (SI 119.142).
Os
escritos mais antigos dos Pais da Igreja, apoiados pelas mais recentes
descobertas arqueológicas, provam que a Bíblia é um livro inalterável em
conteúdo literário e doutrinário.
4.4.2. Deus
•
Deus e Adão são pessoas distintas. Deus é o Criador (Gn 1.26), enquanto Adão é
criatura de Deus (Gn 1.27).
•
Deus não é homem (Nm 23.19).
•
Deus é Espírito (Jo 4.24).
•
Deus é imutável (Ml 3.6).
•
Deus é eterno (SI 102.26,27).
4.4.3. Jesus
Cristo
•
Jesus Cristo foi gerado por obra e graça do Espírito Santo (Lc 1.35).
•
Dizer que Jesus era casado, e que as Bodas de Cana da Galiléia foi a festa do
seu próprio casamento, demonstra ignorância quanto à exegese de João 2.2. Muito
mais que isto, constitui-se num abominável ultraje à Pessoa do Salvador Jesus
Cristo.
4.4.4. A Igreja
•
A Igreja foi estabelecida por Jesus (Mt 16.18).
•
A Igreja está fundamentada em Jesus (Mt 16.16,18).
•
A Igreja é vitoriosa sobre o inferno pelo poder de Jesus (Mt 16.18).
•
A Igreja será salva da Grande Tribulação pelo poder de Jesus (Ap3.10).
•
A Igreja será glorificada por Jesus (Ef 5.25-27).
É
evidente que, durante séculos, a Igreja tem sofrido a perseguição dos poderosos
e a rejeição dos arrogantes, contudo, tem brilhado e triunfado.
4.4.5. O BATISMO PELOS MORTOS
•
Não há nenhuma referência na Bíblia, nem na história eclesiástica, quanto ao
batismo pelos mortos, como uma prática da Igreja.
•
A ênfase de Paulo em 1 Coríntios 15.29,30 é sobre a ressurreição dos mortos, e
não sobre o batismo pelos mortos. A referência de Paulo a esse batismo
praticado pelo paganismo é feita como represália àqueles que, a despeito de
ensinarem a validade desse batismo, negavam a possibilidade da ressurreição.
4.4.6. O MATRIMÔNIO
•
Não obstante constituído por Deus, o matrimônio não chega a ser um sacramento
divino.
•
Os ressuscitados serão como os anjos, não se casam nem se dão em casamento (Mt
22.30).
4.4.7. O CASTIGO ETERNO
•
Se a interpretação mórmon quanto ao castigo dos ímpios é correta, então o gozo
dos salvos não será eterno no verdadeiro sentido da palavra. Assim sendo, como
explicar passagens como João 6.51; 1 João 2.17 e Mateus 25.46?