quinta-feira, 15 de novembro de 2012

PÉRGAMO, UMA IGREJA CASADA COM O MUNDO

Pérgamo, A Igreja Casada Com o Mundo - Esboço


Leitura bíblica: Apocalipse 2.12-17

I. A igreja de Pérgamo


1. É possível que essa igreja tenha sido fundada pelo ministério do apóstolo Paulo:

a) Paulo esteve em atividade por três anos na província da Ásia (At 20.31).

b) Na sua terceira viagem missionária, num espaço de dois anos, “todos os que habitavam na [província da] Ásia ouviram a palavra do Senhor Jesus, tanto judeus como gregos” (At 19.10).

c) O ourives Demétrio declarou: “bem vedes e ouvis que não só em Éfeso, mas até quase em toda a Ásia, este Paulo tem convencido e afastado uma grande multidão, dizendo que não são deuses os que se fazem com as mãos” (At 19.26).

2. A cidade de Pérgamo começou a se destacar depois da morte de Alexandre Magno, em 333 a.C. Ela foi capital da província da Ásia por quase quatrocentos anos, e capital do reino da Selêucida até 133 a.C., quando foi anexada ao Império Romano.

3. Como centro cultural, Pérgamo sobrepujava Éfeso e Esmirna. A sua biblioteca, com duzentos mil pergaminhos, era a segunda maior do mundo, superada apenas pela de Alexandria. Há uma lenda de que o pergaminho deriva-se de Pérgamo, haja vista ter sido essa cidade um importante centro de manufatura do pergaminho.

4. Pérgamo era uma cidade muito idólatra. Nela havia um grande altar a Júpiter (Zeus), e templos dedicados ao imperador, a Atena, a Dionísio e a Esculápio, o deus da cura, identificado por uma serpente.

5. Se considerarmos a analogia, pela qual se compara as sete igrejas da Ásia com os períodos da História da Igreja, Pérgamo representa a igreja mundana dos anos 313 a 600.

II. Análise da carta à igreja de Pérgamo (Ap 2.12-17)


1. “E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve” (v.12) — o líder é o responsável perante o Senhor. Ele só não fala com o líder se este estiver completamente desviado (1 Sm 3.11-14; 28.6).

2. “Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios” (v.12):

a) O Senhor Jesus empregou criteriosamente os títulos com que designou a si mesmo, em harmonia com a situação reinante em cada igreja.

b) Pérgamo abraçara a doutrina de Balaão e a dos nicolaítas; deveria se arrepender. Jesus se revelou a essa igreja como “aquele que tem a espada aguda de dois fios”.

- A espada de dois fios é a Palavra de Deus (Ef 6.17; Hb 4.12).
- É com a Palavra que Deus corta pela raiz as heresias, os misticismos, os modismos, os maus costumes, etc.

3. O trono de Satanás: “Eu sei as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás” (v.13).

a) A cidade de Pérgamo, em si, era a habitação do Diabo, pois vários deuses pagãos eram adorados ali: o imperador, Zeus, Atena, Esculápio, etc.

b) Os crentes infiéis, misturados com o mundo, haviam também entronizado Satanás na casa de Deus (1 Tm 4.1).

4. A igreja de Pérgamo tinha duas qualidades (v.13):

a) Conservadora: “e reténs [conservas] o meu nome” (2 Tm 1.13,14; 1 Tm 6.19,20).
b) Fiel: “e não negaste a minha fé” (Ap 2.10).

5. O testemunho a respeito de Antipas: “Ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita”.

a) Deus dá testemunho dos seus servos, mesmo depois de mortos (Jó 1.8; Mt 3.17; 11.11).

b) O nome Antipas significa “contra todos”. Ele era um apologista (Fp 1.16).

c) Não o confunda com Antipas, pai de Herodes, o Grande, nem com Herodes Antipas, que assassinou João Batista.

d) Segundo a tradição, Antipas foi colocado em um boi de bronze oco (semelhante àquele touro de Nova York), e esse foi levado ao fogo até ficar vermelho.

d) Quem combate a apostasia e a heresia é odiado e perseguido (Mt 5.10,11; At 9.15).

6. A igreja de Pérgamo tolerava obscuras seitas heréticas:

a) “Mas umas poucas coisas tenho contra ti” (v.14) — em Éfeso só tinha uma coisa; mas há pecados que pesam mais que outros. O problema de Pérgamo não era a apostasia aberta, e sim o ecumenismo.

b) “Tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel para que comessem sacrifícios da idolatria e se prostituíssem”.

- Tal doutrina corrompia a graça de Deus; era uma teologia permissiva, tolerante e mercantilista (Jd vv.4,11; 2 Pe 2.15,16).
- Deus não se agrada de mistura (2 Co 6.14-18; Gn 6.2).

c) “Tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu aborreço” (v.15).
- Vemos aqui um contraste com a igreja de Éfeso, à qual o Senhor falou: “aborreces as obras dos nicolaítas, as quais eu também aborreço” (Ap 2.6).

- Os nicolaítas eram cristãos, possivelmente discípulos de Nicolau, diácono que supostamente se desviou (At 6.5), os quais, apesar de convertidos, de alguma maneira praticavam as obras da carne. Eles supervalorizavam a graça, faziam o trabalho do Senhor relaxadamente, acreditando que não precisavam praticar boas obras (Tg 2.14-17; Ef 2.8-10; Hb 3.12,13).

- Eles ensinavam que o crente não precisa ser diferente do mundo (Ml 1.8; Rm 12.1,2; 1 Jo 2.15-17).

- Eles se consideravam donos da igreja — ainda hoje existem os que seguem a doutrina dos nicolaítas!

7. O aviso do Senhor a quem não se arrepende: “Arrepende-te, pois; quando não, em breve virei a ti e contra estes batalharei com a espada da minha boca”.

a) A espada é a Palavra de Deus (Ap 19.15,21).
b) Quem não se arrepende acaba tendo o próprio Deus como inimigo (Tg 4.4; Is 63.10).

8. Promessas aos vencedores de Pérgamo:

a) “Darei a comer do maná escondido” — é o banquete permanente no céu; Cristo partilhará sua própria natureza (Jo 6.35ss; Rm 8.18).

b) “Dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe” — no passado essa pedra branca era dada a:
- Um réu absolvido.
- Um escravo liberto.
- Um vencedor em corridas ou lutas.
- Um guerreiro que voltava vitorioso de uma batalha.
- A quem participaria de uma festa: entrada, ingresso, bilhete (1 Pe 1.18,19).

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Adultério crente não cai nesse pecado


Adultério: Crente Não Cai Nesse Pecado

Várias pesquisas realizadas no Brasil indicam que a grande maioria dos homens e 50 a 60% das mulheres têm praticado ou praticam o adultério ou, como se diz na linguagem mais em uso, “transam” com pessoas que não são sua esposa ou seu marido. Com a ênfase dada ao sexo na TV, no cinema, na literatura, e até nas instituições de ensino, chegando ao extremo da obsessão, não é de se admirar que o homem secular, sem a convicção espiritual e os princípios da Palavra de Deus, caia nesse pecado.
O crente em Cristo, porém, não cai nesse pecado. Ele entra nele aos pouquinhos. Isso porque não observa a sinalização que o adverte do perigo. Faz vista grossa a esses sinais porque, embora não deseje precipitar-se no abismo da desgraça da imoralidade, quer sentir pelo menos um pouco a gostosura dos seus prazeres. Assim, avançando sinal após sinal, deixa a vida pegar embalo no caminho errado até ao ponto de não conseguir mais fazer a manobra de frear para evitar o desastre. Diz, então, que “caiu no pecado”, quando este, de fato, há tempo já estava no seu caminho.
O primeiro sinal é falta de carinho e afeto na conversa e relacionamento cotidianos com o cônjuge. A comunicação começa a limitar-se a frases como: “Tive um péssimo dia no escritório hoje”; “Já pagou a conta do dentista?”, ou, pior ainda: “Você já gastou todo o dinheiro que lhe dei no mês passado?”; “Se você não comprar logo uma geladeira nova, eu simplesmente vou parar de cozinhar”.
Quando você percebe que é difícil conversar com sua esposa ou seu marido com aquela linguagem carinhosa que usava durante o namoro, tome cuidado – é um dos primeiros sinais de perigo.
Perto desse sinal vem outro: a falta de conversa sobre assuntos espirituais, a leitura da Bíblia em conjunto e a oração com a esposa. Quando essas coisas não fazem parte da vida conjugal, é um sinal de alerta. Prosseguindo nesse caminho pode haver adultério mais adiante.
Há mais sinais. Quando você começa a compartilhar os problemas de relacionamento no lar com algum amigo ou amiga do sexo oposto, você está aproximando-se mais do perigo. Freqüentemente essa outra pessoa tem problemas também, e está disposta a ouvir, a conversar e demonstrar simpatia, o que gera ainda mais intimidade.
Não demora muito para que aconteça o “toque inocente”. O patrão põe a mão no ombro da sua secretária ao pedir que ela digite uma carta; ela encosta seu corpo ligeiramente no dele ao entregar a carta pronta, depois um abraço fraternal, um beijinho no rosto. Você argumenta que não há nada de errado nisso, que é apenas amizade.
Quando você percebe que é difícil conversar com sua esposa ou seu marido com aquela linguagem carinhosa que usava durante o namoro, tome cuidado.
Aos poucos vocês estão gastando mais tempo juntos. “Acontece” que saem para o almoço na mesma hora e “por que não almoçarem juntos”? Ela precisa pegar o metrô para ir para casa; “por que não levá-la no seu carro?” Você precisa trabalhar duas horas extras para terminar o projeto, e ela, sendo boa amiga, fica também para ajudar. Se parar um pouco para pensar, você perceberá que tem prazer na companhia dela ou dele. Não, vocês não estão dormindo juntos mas estão em grande perigo. Nessa altura, o sinal é um luminoso vermelho piscando a todo vapor.
Se você não retroceder, haverá um envolvimento emocional que provavelmente o arrastará para a fossa fatal do adultério. E com amargura de coração você dirá – “Caí no pecado”. Não, você não caiu... você entrou nele aos pouquinhos.
O pastor Charles Mylander, num artigo publicado no periódico “Moody Monthly”, sugere três áreas onde é preciso aumentar o controle para evitar ser arrastado ao pecado do adultério:

Primeiro: Controle da mente

Adultério, como a maioria dos pecados, começa na mente. O crente em Cristo precisa levar“cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5). O apóstolo Paulo exorta o cristão a uma transformação “pela renovação da... mente” (Rm 12.2), e Jesus Cristo, no Sermão da Montanha, disse: “Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Mt 5.28).
A porta principal da mente são os olhos. E nessa área de imoralidade o homem, muito mais que a mulher, precisa desenvolver o controle a fim de ter uma mente pura. O homem que permite aos seus olhos o prazer de assistir aos programas de TV que apelam para sexo a fim de obter mais IBOPE (e são muitos); que toma tempo para folhear revistas como “Playboy”, que deixa seus olhos analisarem o corpo das mulheres para uma avaliação sexual, logo vai perder a primeira batalha contra a tentação. Sua mente vai QUERER o adultério, e este querer só espera a oportunidade para se realizar com a experiência.
A mulher também precisa praticar o controle. Talvez mais na maneira de vestir-se do que pelo olhar. É interessante que a Bíblia exorta a mulher a vestir-se com modéstia, bom senso, etc., e não o homem, isso porque a mulher não é tão facilmente levada à tentação sexual pelos olhos como o homem. Mas a mulher que é indiscreta na maneira de vestir-se, sem dúvida, é cúmplice do diabo na tentação ao homem. A admoestação da Bíblia de “glorificar a Deus no vosso corpo” (1 Co 6.20), com toda a certeza inclui o cuidado que cada mulher precisa ter em não provocar a concupiscência, revelando a beleza do seu corpo, seja por falta de roupa adequada ou pelo uso de roupa colante. Argumentar que “está na moda” não mudará em nada a opinião do Autor das Sagradas Escrituras.

Segundo: Controle de palavras

A porta principal da mente são os olhos. E nessa área de imoralidade o homem, muito mais que a mulher, precisa desenvolver o controle a fim de ter uma mente pura.
O homem casado, ou a mulher casada, jamais devem usar as palavras carinhosas de amor no trato com outras pessoas além do cônjuge. Nunca compartilhe problemas de casa com amigos do sexo oposto. E não procure conselho com alguém que tenha seus próprios problemas. Quem é perdedor dificilmente ajudará outro a ganhar. Ao encontrar problemas sem solução, procure conselho com alguém que descobriu a fórmula para constituir uma família feliz e vive essa felicidade no lar. Muitos adultérios tiveram o seu início na intimidade da “sala de aconselhamento”.

Terceiro: Controle de toque

Homens, não ponham suas mãos noutra mulher a não ser a sua própria esposa. E, mulheres, não conversem com o homem em “Braille”. O prazer da intimidade física é algo que Deus reservou para a santidade do casamento. Sexo antes ou fora do casamento sempre contamina o sexo no casamento, e o contato físico é um prazer que leva à consumação do desejo dessa intimidade. É preciso avaliar sinceramente se os abraços e beijos que damos e recebemos são uma expressão de estima recíproca ou um prazer “inocente” que podemos desfrutar sem compromisso. Deus reconhece o nosso desejo de intimidade, mas não aprova tal intimidade fora do casamento. “Por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido” (1 Co 7.2).
O conselho de Salomão ainda é válido: “Bebe a água da tua própria cisterna e das correntes do teu poço... alegra-te com a mulher da tua mocidade... e embriaga-te sempre com as suas carícias... O que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal coisa” (Pv 5.15,18-19; 6.32). (Haroldo Reimer - http://www.chamada.com.br)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Bate-Seba


Bate-Seba

Uma Cordeirinha Inocente?

"O rico possuía muitíssimas ovelhas e vacas. Mas o pobre não tinha coisa nenhuma, senão uma pequena cordeira que comprara e criara..." (2Sa 12:2-3).

Bate-Seba era uma mulher formosa cujo nome significava "sétima filha" ou "filha de um juramento".
A sua beleza atraiu os olhos do rei Davi quando este se encontrava no alpendre do palácio e ela se banhava no jardim da sua casa.
Eis aí o quadro perfeito para o início de um adultério:

1- PERSONAGENS:
a) DAVI - rei de Israel
b) BATE-SEBA - mulher de grande beleza, casada com Urias, um dos fiéis soldados do rei Davi.

2- CENÁRIO:
a) Alpendre do palácio real
b) Jardim da residência de Urias e Bate-Seba

3- ACONTECIMENTOS:
a) O rei Davi passeava, ociosamente, no alpendre do palácio
b) Bate-Seba tomava banho no jardim da sua casa

Estes são os personagens, o local e o que estava se passando naquele exato momento - um homem que sentiu atração por uma mulher casada e que pecou contra o Senhor.

Quando estamos em comunhão com o Senhor, conhecendo a Sua Palavra, procurando agradá-Lo, deixando-O falar ao nosso coração, podemos evitar muitos dos pecados e tentações que aparecem diante de nós. Mas quando estamos ociosos, alimentando a carne, a nossa natureza velha, não lendo a Palavra de Deus, estamos procurando sair dos caminhos do Senhor e abraçando o pecando.

Várias atitudes do rei Davi contribuíram para ele cair neste tão grande pecado:

1- Ele deveria estar no campo de batalha junto com seu exército.
"E aconteceu que tendo decorrido um ano, no tempo em que os reis saem à guerra, enviou Davi a Joabe, e com ele os seus servos, e a todo o Israel ... porém Davi ficou em Jerusalém" (2Sa 11:1).

2- Ele não deveria ter mandado indagar sobre quem seria aquela mulher que ele estava vendo, lá do alpendre do palácio, tomar banho.
"E mandou Davi indagar quem era aquela mulher; e disseram: Porventura não é esta Bate-Seba, filha de Eliá, mulher de Urias, o heteu? (2Sa 11:3).
Há um ditado que diz o seguinte: "Não podemos evitar que um passarinho voe sobre a nossa cabeça mas podemos evitar que ele faça um ninho."

3- Ele não deveria ter enviado mensageiros para trazê-la até o palácio e induzi-la a adulterar com ele.
"Então enviou Davi mensageiros, e mandou trazê-la; e ela veio, e ele se deitou com ela (pois já estava purificada da sua imundícia) (2Sa 11:4).

Esta série de acontecimentos pecaminosos não pararam por aí. Davi, o homem que era segundo o coração de Deus, andava alimentando os desejos da carne e, quando soube que Bate-Seba estava grávida, ficou com medo de ser descoberto. Então, mandou Urias, marido dela, voltar da batalha e ficar em casa para dormir com sua esposa e, assim, isentá-lo desta tão grande culpa (Davi estava fugindo dos olhos do mundo, porém jamais poderia fugir dos olhos de Deus). A Bíblia, no entanto, nos diz em 2 Samuel 11:9 que "... Urias se deitou à porta da casa real, com todos os servos do seu Senhor; não desceu à sua casa."
Depois de tentar por vários meios fazer Urias ir se deitar com Bate-Seba, mas não conseguindo, Davi colocou-o na frente da batalha para que ele morresse.
Vejam em qual situação se encontrava a vida do homem que era segundo o coração de Deus:

a) Por decisão própria, tornou-se um adúltero.
b) Por decisão própria, tornou-se um assassino.

Aí está um homem que amava o Senhor e que era amado por Ele.
Um homem que decidiu pecar pelo simples prazer da carne mas que foi castigado na própria carne.
Nisto tudo, aprendemos uma coisa: "Nada que se faz neste mundo é encoberto aos olhos de Deus." O pecado do rei Davi desagradou ao Senhor que enviou o profeta Natã para falar com ele. E o profeta disse ao rei:
"... Havia numa cidade dois homens, um rico e outro pobre. O rico possuía muitíssimas ovelhas e vacas. Mas o pobre não tinha coisa nenhuma, senão uma pequena cordeira que comprara e criara; e ela tinha crescido com ele e com seus filhos; do seu bocado comia, e do seu copo bebia, e dormia em seu regaço, e a tinha como filha. E, vindo um viajante ao homem rico, deixou este de tomar das suas ovelhas e das suas vacas para assar para o viajante que viera a ele, e tomou a cordeira do homem pobre, e a preparou para o homem que viera a ele" (2Sa 12:1-4).
A Bíblia ainda nos diz que Davi ficou furioso com aquele homem que praticou tamanha maldade, e disse:
"Vive o Senhor, que digno de morte é o homem que fez isso" (2Sa 12:5b).
E o profeta respondeu:
"Tu és este homem" (2Sa 12:7).

Estes versículos nos fazem pensar um pouco sobre o caráter da personagem central do nosso estudo - Bate-Seba. A Bíblia nos diz que ela era uma cordeira. E quais são as características de uma cordeira, de uma ovelha? Ela é mansa, seguidora fiel do seu dono, o pastor, calada, nada reclama. O Senhor comparou-a a uma cordeirinha, mas muitos de nós a chamamos de adúltera.

E você, amada irmã, como classificaria Bate-Seba? Adúltera ou cordeirinha?
Nós não conhecemos o coração de Bate-Seba mas Deus "... sabe os segredos do coração" (Sal 44:21b).
Não sabemos e não podemos acusá-la de ter tomado banho no jardim de sua casa, propositalmente, para ser vista pelo rei. Como era para o rei Davi estar no campo de batalha, ficando na cidade apenas os velhos, as mulheres e as crianças, é impossível julgarmos já que a Bíblia não nos revela a intenção dela. Não podemos colocá-la no banco de réus e taxá-la de ADÚLTERA porque não existe prova suficiente para tal acusação. Eu não posso julgá-la mas Deus pode, pois só Ele conhece o coração do homem. Só Ele sabe o que aconteceu naqueles momentos.
Uma lição muito importante podemos tirar de toda esta tragédia: O BANHO EXTERIOR É IMPORTANTE E NECESSÁRIO SE, JUNTO A ELE, VIER O BANHO INTERIOR - A PUREZA DA ALMA, UM CORAÇÃO PURO, SINCERRO E CHEIO DE AMOR PELO PRÓXIMO.

Mesmo o Senhor tendo-a chamado de cordeira, mesmo nós não sabendo se ela foi culpada ou inocente, ela foi castigada:
a- Ela engravidou.
b- Ela perdeu o seu marido Urias que morreu no campo de batalha.
c- Ela perdeu seu filho recém-nascido.

Mas, apesar de ambos terem enveredado por caminhos que desagradaram a Deus, a Bíblia nos diz que Davi se reconciliou com o Senhor e o Seu perdão veio para os dois, pois, mesmo perdendo o filhinho que foi fruto do pecado de ambos, eles foram abençoados com outro filho, Salomão, "o amado do Senhor".

Irmã, veja o perdão maravilhoso de Deus... Ele não apenas a perdoou, como lhe deu um filho que se tornou rei e foi ascendente de Jesus.
Veja como estas palavras do Senhor ressoam como um bálsamo na nossa alma:
"... porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei" (Jer 31:34).

Nós quando pecamos temos também que fazer a nossa parte. Temos que pedir perdão a Deus, assim como fez o rei Davi que disse: "Porque eu conheço as minhas transgressões... Cria em mim, ó Deus, um coração puro... Torna a dar-me a alegria da Tua salvação" (Sal 51:3,10,12).

Nosso Deus, é um Deus amoroso e fiel que perdoa os nossos pecados, por mais terríveis que eles sejam. E quem nos dá esta certeza é a própria Palavra de Deus:
"Porque serei misericordioso para com sua iniqüidade, e de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais" (Heb 8:12).

Deus perdoou e abençoou Bate-Seba, transformando-a na esposa do rei Davi e lhe dando um filho, Salomão, que se tornou rei de Israel.

Que possamos estar atentas à voz do Senhor e possamos andar nos caminhos perfeitos que Ele coloca diante de nós.

Sulamita


Sulamita

- A Mais Bela Das Mulheres


" Eu dormia, mas o meu coração velava; e eis a voz do meu amado que está batendo" (Cantares de Salomão 5:2).

O livro "Cantares de Salomão", conhecido também como "Cântico dos Cânticos" ou "Poema de Amor", é visto pelo povo judeu como o livro do amor de Deus por Seu povo, Israel.
Cantares de Salomão é um livro onde lindas canções de amor são derramadas diante nós e onde vemos a mão de Deus dando amorosas pinceladas e transformando-o num verdadeiro poema.

Várias interpretações são dadas a ele:

1- O povo judeu vê, claramente, através dele, o amor de Deus por seu povo.
2- Alguns cristãos crêem que ele representa o amor de Cristo pela igreja.
3- Outros cristãos crêem que se pode ver nele o amor de Cristo pela alma de cada pessoa.
4- Alguns comentaristas o interpretam como o amor entre um homem e uma mulher.

E você, minha irmã, quando está lendo Cantares de Salomão, em qual destas posições você se coloca?
Quem sabe, algumas de nós, se coloca como sendo a própria sulamita?

Ah, como é doce e suave quando ouço do meu esposo, do meu amado, daquele que Deus colocou para eu amar por toda a minha vida ...
"Que belos são os teus amores, irmã minha! oh esposa minha! quanto melhores são os teus amores do que o vinho! e o aroma dos teus bálsamos do que o de todas as especiarias" (Cantares de Salomão 4:10). Talvez não estas mas muitas outras palavras bonitas ditas por ele são como um refrigério e um bálsamo para a minha alma!

Quando leio a história de Cantares de Salomão, tenho desejo de agir como ela ... amar aquele que é o esposo que Deus me deu e de ser amada por ele.
Em Eclesiastes 9:9 a Bíblia nos exorta a amarmos aquele que Deus nos deu, com um amor sem medida. Ele diz: "Goza a vida com a mulher [o marido] que amas, todos os dias da tua vida..."

Na nossa história, esta mulher, a sulamita, era amorosa e talvez a mais bela de todas as mulheres. Ela teve seus momentos de alegria por viver intensamente um amor tão lindo e apaixonado, e seus momentos de tristeza por estar, algumas vezes separada daquele seu tão grande amor.

Assim como vemos, hoje em dia, com muitos casais que se amam, a sulamita e seu amado se tratavam com muito amor e se comparavam com coisas engraçadas mas que, com certeza, eles mesmos ficavam lisonjeados ... Vejam este quadro: 
O AMADO PARA A SULAMITA A SULAMITA PARA O SEU AMADO

1- "As éguas dos carros de Faraó, te comparo..." (Cantares 1:9). 1- "O meu amado é para mim um ramalhete de mirra" (Cantares 1:13).
2- "... os teus olhos são como os das pombas" (Cantares 1:15). 2- "Como um cacho de chipre nas vinhas de En-Gedi é para mim o meu amado" (Cantares 1:14).
3- "Pomba minha..." (Cantares 2:14). 3- "Qual a macieira ... tal é o meu amado" (Cantares 2:3).
4- "... não desperteis meu amor ..." (Cantares 3:5). 4- "O meu amado é semelhante ao gamo ..." (Cantares 2:9).
5- "Quem é esta ... perfumada de mirra ..." (Cantares 3:6). 5- "O meu amado é cândido ... (Cantares 5:10).
6- "Eis que és formosa amiga minha ..." (Cantares 4:1). 6- "As suas faces são como canteiro de bálsamo ..." (Cantares 5:13).
7- "... o teu cabelo é como o rebanho de cabras" (Cantares 4:1). 7- "Tal é o meu amado, e tal o meu amigo ..." (Cantares 5:16)

E você, minha irmã, como chama o seu amado?
Você é como aquele rio cujas águas correm amorosamente para o seu amado? Ou você é aquele rio seco, cheio de pedregulhos e sem nada para oferecer?
A sulamita era uma mulher apaixonada. Será que eu ou você somos também apaixonadas, amorosas e meigas para nosso marido? Se não somos assim, então temos que pedir ao nosso Pai do céu que nos transforme em mulheres cujas características sejam semelhantes às dela - amorosa, apaixonada e meiga.

A sulamita eram uma mulher que ansiava pelos beijos do marido, vagueava pelas ruas da cidade procurando o seu amado. Observando esta sua maneira de ser, de agir, podemos ver nela um amor romântico, um amor que quer agradar àquele a quem ela tanto ama. Podemos perceber que não é apenas um amor físico mas é muito mais do que isto ... é um amor verdadeiro, um compromisso para toda uma eternidade ... é um amor que não vê o passar do tempo, as transformações físicas mas se transforma em um amor amadurecido, mais forte e mais profundo. Podemos chamar este amor de amor duradouro, eterno e diferente da paixão que é passageira e parecida com um vapor que se esvai.

Ah amada irmã, este é o amor que quero ter por meu marido e, oro ao Senhor, que o mesmo amor ele possa ter por mim.

Na Bíblia, vemos homens e mulheres que se amaram com este mesmo tipo de amor - sincero, apaixonado e eterno. Dentre tantas histórias de casais que se amaram podemos citar a história de...

1- Isaque e Rebeca - eles se amaram apesar de ter sido o servo de Abraão quem a escolheu para ele. Vemos que o Senhor agiu abençoando a vida dos dois.
2- Jacó e Raquel - eles se amaram apesar do pai dela, Labão, ter enganado Jacó. Além dos sete anos que ele havia trabalhado para poder se casar com a sua amada, teve que trabalhar mais sete, e isso porque a amava muito.
3- Elcana e Ana - eles se amaram mas tiveram que esperar muitos anos para poderem ter o primeiro filho e o dedicarem ao Senhor. Depois deste primeiro filho, que foi o profeta Samuel, eles ainda foram abençoados com muitos outros. Porque se amavam esperaram o tempo escolhido por Deus para receberem tamanha dádiva.

Vejam o que nos diz a irmã Ann Spangler em seu livro "Elas": "Se você foi tão afortunada em seu casamento a ponto de experimentar um amor que tenha pelo menos a metade da paixão descrita neste livro da Bíblia, leia-o à luz de sua história agradecendo a Deus pela bênção recebida. Mas, em caso negativo, fique satisfeita por saber que o amor do casal e sua expressão sexual são idéia de Deus."

Talvez, amada irmã, você não tenha o amor do seu marido do jeito que você gostaria. Talvez o seu marido nem viva mais com você. Mas, apesar de tudo isto, podemos ter certeza de que existe um amor que nunca se acaba, que é sincero e que deseja o melhor para nós. Veja que amor seguro ...
"Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor" (Rom 8:38-39).

"Obrigada, Pai, porque Tu és um Pai que consolas. Tu és um Pai que nos ama e cuida de nós. Mesmo que ninguém neste mundo nos ame, Tu nos amas e nada poderá nos separar do Teu amor que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. Amém!

TAMAR (Nora de Judá)


Tamar

TAMAR (Nora de Judá)

(Seu nome significa “tamareira” ou “palmeira”)

Seu caráter: 
Impelida por uma necessidade esmagadora, sacrificou sua reputação e quase perdeu a vida para alcançar seus objetivos. 

Seu sofrimento:
Os homens em sua vida falharam no cumprimento de suas responsabilidades, deixando-a viúva e sem filhos. 

Sua alegria:
Que seu comportamento ousado não resultasse em ruína, mas no cumprimento de sua esperança de ter filhos.

Textos-chave:
Gênesis 38 / Mateus 1.3 

SUA HISTÓRIA
As genealogias não são uma leitura muito convidativa. Você talvez as receba com um bocejo, ou passe inteiramente por cima delas quando lê a Bíblia. Mas até mesmo longas listas de nomes enigmáticos podem revelar interessantes visões do misterioso plano de Deus. É assim que as Escrituras funcionam, expondo riquezas ocultas a cada página.
Veja, por exemplo, a genealogia no primeiro capítulo de Mateus. Ele alista um total de 41 ancestrais de Jesus do sexo masculino, a começar de Abraão, e cinco ancestrais femininas, três das quais (Tamar, Raabe e Bate-Seba) com histórias recheadas de detalhes desagradáveis, como incesto, prostituição, fornicação e assassinato. 
Jesus, o Filho perfeito do Pai perfeito, tinha em sua árvore genealógica vários ramos imperfeitos e um número suficiente de personagens pitorescos para povoar um romance moderno. A simples menção de mulheres em sua genealogia já é surpreendente, e mais ainda o fato de que quatro das cinco ali citadas engravidaram fora do casamento. Além disso, quatro dessas mulheres eram estrangeiras e não israelitas.
Tamar estava incluída em ambas as categorias. Seu sogro, Judá (filho de Jacó e Lia), havia arranjado para que ela se casasse com seu primogênito, Er, meio cananita e meio hebreu. Er era um homem perverso, a quem Deus matou por causa dos seus pecados. Isso é tudo o que sabemos dele.
Depois de Er vinha Onã, o segundo filho de Judá. Como era costume na época, Judá deu Onã a viúva Tamar, instruindo-o para dormir com ela para que pudesse ter filhos, os quais continuariam a linhagem de Er. Mas Onã era esperto demais e buscava apenas seus próprios interesses. Ele dormia com Tamar, mas derramava seu sêmen no chão, assegurando, assim, que ela continuasse sem filhos. Desse modo, não ficaria sobrecarregado de responsabilidade com crianças que continuariam a linhagem do irmão, não a sua. Deus, porém, notou isso e Onã também morreu por causa da sua perversidade.
Assim, Judá já perdera dois filhos para Tamar. Deveria arriscar um terceiro? Selá era o único filho que lhe restava, e ainda não tinha chegado a idade adulta. A fim de acalmar a nora, Judá aconselhou-a a voltar para a casa do pai e a viver como viúva até que Selá pudesse casar-se. O tempo passou e Tamar continuava vestida em roupas de viuvez.
Depois que a mulher de Judá morreu, ele viajou, certo dia, para Timna, a fim de tosar suas ovelhas. Ao saber da viagem do sogro, Tamar decidiu agir de maneira dramática e desesperada. Se Judá não queria dar seu filho mais moço em casamento, ela faria o possível para propagar o nome da família a seu modo. Tirando as roupas de viúva, disfarçou-se colocando um véu, como se fosse uma prostituta, e sentou-se ao lado da estrada para Timna. Judá dormiu com ela e lhe deu seu anel de sinete e seu cordão, juntamente com seu cajado, como penhor de pagamento futuro. 
Cerca de três meses mais tarde, Judá soube que Tamar estava grávida, mas não tinha idéia de que ele fosse o responsável pela condição dela. Furioso porque a nora havia se prostituído, ordenou que fosse apedrejada até a morte. Antes de a sentença ser executada, Tamar enviou-lhe, porém, uma mensagem chocante: “Do homem de quem são estas coisas concebi. Reconhece de quem é este selo, e este cordão, e este cajado (Gn 38.25).
O homem, que tão rapidamente julgara Tamar sem se importar com o encontro secreto que teve com uma prostituta, foi pego de surpresa. Para seu crédito, contou a verdade, dizendo:
- Mais justa é ela do que eu, porquanto não a dei a Selá, meu filho.
Seis meses mais tarde, Tamar deu à luz gêmeos. Mais uma vez, como acontecera com Jacó e Esaú, os gêmeos lutavam em seu ventre. Uma pequenina mão saiu e depois desapareceu, mas não antes de ser amarrada com um fio vermelho pela parteira. A seguir, surgiu um corpinho escorregadio, mas sem o fio escarlate. Eles chamaram o primeiro menino de Perez (que significa “abrindo caminho”). A seguir, o que tinha o fio vermelho nasceu, e o chamaram de Zera (que significa “escarlate”). Perez foi reconhecido como primogênito. De sua descendência viria o Rei Davi e, finalmente, centenas de anos mais tarde, Jesus de Nazaré.
Judá mostrara pouco interesse pela continuação da sua linhagem. Em vez disso, Deus usou uma mulher, envergonhada por não ter filhos e decidida a tê-los, a fim de assegurar que a tribo de Judá não só sobrevivesse, como também viesse um dia a gerar o Messias.

SUA VIDA E SUA ÉPOCA
Prostituição
Por mais abominável que seja para nós, a prostituição era, na verdade, uma espécie de adoração no Oriente Próximo da antiguidade. Os povos pagãos frequentemente acreditavam que os deuses da fertilidade concediam bênçãos para aqueles que praticavam a prostituição cultual. Os sacrifícios e pagamento pelo uso de uma prostituta cultual representavam grandes somas de dinheiro para os cofres da divindade adorada. O intercurso sexual, em si, simboliza a fertilidade esperada e a abundância da colheita. 
Judá, um viúvo que só recentemente fora “consolado” da sua tristeza (Gn 38,12), viajou ara Timna na época da tosa pra ver como suas ovelhas estavam sendo tosquiadas. É possível que, ao ver Tamar, tenha pensado que ela fosse uma prostituta do santuário e teve intercurso com ela para garantir uma boa quantidade de lã. Isso não justifica, de forma alguma, o ato de Judá, mas lança alguma luz sobre seus possíveis motivos.
As prostitutas do santuário mantinham-se cobertas por espessos véus antes e depois do intercurso sexual, numa tentativa de criar a ilusão de que o participante estava praticando o ato sexual com a própria deusa. Essa prática favoreceu Tamar, dando-lhe o disfarce perfeito para que seu sogro jamais a reconhecesse. 
A prostituição é uma imagem usada muitas vezes pelos profetas bíblicos para descrever a desobediência de Israel e sua tendência de seguir falsos deuses. Eles consideravam Deus como marido de Israel, seu guardião e seu verdadeiro amor. Sempre que os israelitas se afastavam do Deus verdadeiro adorando deuses falsos, eles se “prostituíam”. Essa é uma ilustração bem forte, mas correta, do afastamento do Deus que os amava sinceramente e que estava disposto a cuidar deles e vigiá-los, bastando que permanecessem leais ao Senhor.
A história de Tamar toma-nos de surpresa e causa certa repulsa. Recuamos diante dos sórdidos detalhes da prostituição e encontramos pouca inspiração nisso. Todavia, histórias como a de Tamar é que tornam a Bíblia tão digna de crédito. Quem inventaria tal coisa e depois a registraria, não só como narrativa histórica, mas também como evento da vida de alguém pertencente a linhagem do Messias? Só o Deus das eternas surpresas. O Deus que toma os desajustados, os desesperados e os profanos usando-os em seus eternos e santos propósitos.


SEU LEGADO NAS ESCRITURAS

Leia Gênesis 38.1-10
41. Era esperado que Onã tivesse filhos para continuar a descendência de seu irmão Er por meio de Tamar. Esse é o mesmo procedimento que o do “parente resgatador”, que encontramos no livro de Rute. O parente mais próximo deveria ter um filho para continuar a linhagem do marido falecido. Embora isso pareça ofensivo para nós hoje, qual você acha que foi o propósito de Deus ao decretar tal prática?

Leia Gênesis 38.11-19 
42. Nenhum dos homens na vida de Tamar cumpriu com suas responsabilidades para com ela, inclusive o sogro Judá. Descreva como, em sua opinião, Tamar deve ter se sentido no decorrer de todos esses eventos. Zangada? Ignorada? Desonrada? Desprezada? Envergonhada? 
43. Por que Tamar estava tão desesperada para ter um filho?
44. Você, ou alguém que conhece, deseja intensamente ter filhos? Como os problemas da esterilidade hoje se comparam com o que as mulheres do passado suportavam em seus dias?

Leia Gênesis 38.20-24 
45. Qual você acha que foi a reação de Judá à notícia da gravidez de Tamar? Não seria falsidade da parte dele condenar a atitude ela, mas não a sua própria? 
46. Esses padrões de dois pesos e duas medidas ainda existem hoje? Como? São tão comuns como eram no tempo passado? 

Leia Gênesis 38.25-30 
47. Considerando o que Tamar fez, ao oferecer-se disfarçada de prostituta ao sogro, as palavras dele, no versículo 26, a surpreendem? Por quê? Explique o que Judá queria dizer com essas palavras.
48. A história de Tamar é difícil de entender. Não existe um jeito simples de conciliar seus atos com nossos conceitos atuais. Por que uma história assim foi incluída nas Escrituras inspiradas?

Leia Mateus 1.3 
49. O que a inclusão de Tamar na linhagem de Cristo mostra a você sobre o poder de Deus para extrair o bem mesmo de eventos trágicos? 
50. Como Deus trouxe o bem a partir de más experiências vivenciadas por você ou por alguém que você conhece? 



SUA PROMESSA

A história de Gênesis 38 não revela nada a respeito do conhecimento de Tamar sobre a mão de Deus nos acontecimentos de sua vida. É muito provável que ignorasse completamente o poder de Deus em operação. Mas o Senhor estava, não obstante, trabalhando, produzindo o bem em meio à tragédia e abençoando, apesar de todos aqueles eventos menos do que dignos. 
Essa é a beleza desta história. O poder de Deus para produzir coisas positivas a partir de situações negativas, e até pecaminosas, ainda atua hoje como na época de Tamar. Talvez não dê para perceber isso hoje nem amanhã – ou talvez nunca -, mas podemos confiar no Deus que amamos para fazer o que mais gosta : abençoar-nos apesar de nós mesmas.

Promessas nas Escrituras

Nem uma só promessa caiu de todas as boas palavras que falou de vós o Senhor, vosso Deus; todas vos sobrevieram, nem uma delas falhou. (Js 23.14)

Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. (Rm 8.28)

O teu caminho, ó Deus, é de santidade. Que deus é tão grande como o nosso Deus? (Sl 77.13) 


SEU LEGADO DE ORAÇÃO

Judá gerou de Tamar a Perez e a Zerá. (Da genealogia de Cristo em Mateus 1.3)

Medite
Gênesis 38 

Louve a Deus
Por ter permitido que seu Filho se associasse intimamente com os seres humanos decaídos, de quem descendia. 

Agradeça
Pelo fato de Deus usar circunstâncias não favoráveis para produzir bons resultados. 

Confesse
Qualquer tendência que você tenha de julgar outros usando dupla medida, como Judá fez com Tamar. 

Peça a Deus
Que tire qualquer aflição que esteja sentindo e que a substitua por esperança, lembrando o texto de Jeremias 29.11: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” 

Eleve o coração
Se você nunca desenhou sua árvore genealógica, faça um esforço para traçar sua linhagem, retrocedendo pelo menos quatro ou cinco gerações – mais até se tiver tempo e energia. Peça a parentes mais velhos que forneçam o máximo de informação sobre seus ancestrais. Dê atenção especial às mulheres de sua árvore genealógica. Tome nota sobre tudo o que descobrir. Poderá descobrir, assim, alguns detalhes fascinantes sobre a procedência da sua família. 
Oração
“Senhor, tu me formaste no ventre da minha mãe. Sabias, então, como iria ser cada dia da minha vida. Vistes as grandes coisas e as dificuldades, a alegria e a tristeza. Neste momento, apresento diante de ti uma situação (ou lembrança) com a qual ainda não me reconciliei. Quando tiver de olhar para as circunstâncias penosas, ajuda-me a compreender que estavas presente mesmo em meio a elas. Entrego-as agora a ti. Ajuda-me a sentir a tua presença confortadora em minha vida.

videos cantinho da roça

Globo pra visitantes