segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Existe Realmente Poder em Nossas Palavras?


Existe Realmente Poder em Nossas Palavras?


Há alguns dias entrei numa livraria evangélica. Olhando as novidades, vi, estupefato, que as obras que estavam à vista eram aquelas que falavam sobre o poder inerente da língua. Como: “Há poder em suas palavras”, “Zoe: a própria vida de Deus”, “A sua saúde depende do que você fala”, etc.

Conversando com a atendente perguntei-a sobre os livros que estavam mais escondidos, como por exemplo, os livros de teologia, de referências, de história da Igreja, etc. Ela respondeu-me que são livros que não sai das estantes, a não ser que algum pastor, professor ou seminaristas venham a adquiri-los. E disse-me que mais de 90% das pessoas que frequentam a livraria só compram livros dessa “nova teologia”.

É lamentável que isto seja um reflexo da falta de conhecimento da Igreja hodierna. As pessoas não querem mais pesquisar a fundo o que se vende ou se escuta por ai. Só querem bênçãos, sem se importar com o abençoador. Querem as coisas de Deus, embora não pensem em conhecê-lo. Buscam o pão da terra, mas rejeitam o pão do céu. Nestas poucas linhas tentarei demonstrar que apesar de estar impregnada na Igreja como um todo, a confissão positiva é uma falha grave da chamada “nova teologia”.

DEFININDO OS TERMOS

O que é o Movimento do Pensamento Positivo? É a crença em que o pensamento de uma pessoa é o fator primordial em relação a suas circunstâncias. Só em ter pensamentos positivos todas as influências e circunstâncias negativas serão vencidas.

E o Movimento de Confissão Positiva?
 É a versão cristianizada do pensamento positivo que essencialmente substitui a fé em Deus pela habilidade de ter fé em si mesmo. O simples fato de confessar positivamente o que se crê faz com que o desejo confessado aconteça.

O verbo decretar está sendo conjugado dia-a-dia pelas mais variadas denominações. Não são poucas as pessoas que usam o jargão evangélico: “Tá decretado!” Não faz muito tempo às famosas frases de efeito no meio evangélico eram outras bem menos danosas para a fé cristã, como, por exemplo: “O sangue de Cristo tem poder” – nem sempre usada no contexto correto –, “Tá amarrado!” etc.

Mas, qual o motivo da frase “tá decretado” – e suas variações – estar errada? Não temos que reivindicar os nossos direitos junto ao Pai? Não somos filhos do Rei? As nossas palavras não possuem poder?

Para responder, sinceramente, a estas e outras perguntas, gostaria de dar algumas explicações do por que não creio na assim chamada “confissão positiva”.

Devemos também lembrar-nos de que o termo “decreto” pertence somente ao Senhor de Toda Glória, como bem falou Rubens Cartaxo Junior: “Os Decretos eternos de Deus é exclusivo de Sua pessoa o qual fez desde a Eternidade – Sl 33.11; Is 14.26-27; 46.9-10; Dn 4.34-35; Mt 10.29-30; Lc 22.22; At 2.23; 4.27-28; 17.26; Rm 4.18; 8.18-30; I Co 2.7; Ef 1.11; 2.10; II Tm 1.8-9; I Pe 1.18-20. Estes textos demonstram que Deus tem um propósito, ou um plano, para o Universo que criou. Este plano existe antes da criação. É um plano sábio, de acordo com o conselho de Deus. Ninguém pode anulá-lo, pois é Eterno”.

A “confissão positiva” é parte da “teologia da prosperidade”, tão divulgada e recebida pela Igreja brasileira. Esta doutrina vem sendo divulgada há alguns anos no Brasil, especialmente por R. R. Soares que é o responsável pela divulgação dos livros de Kenneth E. Hagin, principal expositor desta doutrina. Hagin diz que recebeu a fórmula da fé diretamente de Jesus, e mandou escrever de 1 a 4 esta “fórmula”. Com ela, diz, pode-se conseguir tudo. Consiste em:

1 - “Diga a coisa”, positiva ou negativamente, tudo depende do indivíduo.

2 - “Faça a coisa”, o que nós fazemos irá determinar a nossa vitória.
3 - “Receba a coisa”, a fé irá dinamizar a ação e Deus tem que responder, pois está preso a “leis espirituais”.
4 - “Conte a coisa”, para que outras pessoas possam crer. Deve-se usar palavras como: decretar, exigir, reivindicar, declarar, determinar, e não se pode pedir “se for da tua vontade”, pois isso destrói a fé.

Não são poucos os líderes que adotam e pregam essa doutrina. Como disse o próprio R. R. Soares em uma entrevista para a Revista Eclésia, quando perguntado se ele era adepto da teologia da prosperidade, ele respondeu:

“…Agora, eu prego a prosperidade. Prefiro mil vezes pregar teologia chamada da prosperidade do que teologia do pecado, da mentira, da derrota, do sofrimento… A teologia da prosperidade, pelo que se fala por aí, eu bato palmas. Não creio na miséria. Essa história é conversa de derrotados. São tudo um bando de fracassados, cujas igrejas são um verdadeiro fracasso”.

Para muitos, ganhar e ter dinheiro viraram sinônimos de vitória. E o que mais nos impressiona é a suposta “base bíblica” para defender seus devaneios. Um exemplo clássico é o texto de Filipenses 4:13 – que virou um moto na boca dos cristãos hodiernos – que diz: “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” . Só que os adeptos da teologia da prosperidade ignoram por completo o contexto da passagem. Veja o que diz os versos 11 e 12: “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter em abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade”.

Em outras palavras Paulo diz-nos que poderia passar por qualquer situação – fome, abatimento, necessidade, ter de tudo e não ter nada – pelo simples fato de que a sua força, em momentos de tribulação ou não, era Jesus Cristo.

Esse movimento pensa que a língua e a mente têm um poder que pode criar as circunstâncias ao nosso redor. Não é mais do que uma 'parapsicologia evangélica'. Muitas das coisas que os “doutores da fé” dizem são clones dos ensinamentos do poder da mente, muito explorado pelo Dr. Joseph Murphy anos atrás. Ele escreveu alguns livros como: “Como usar as leis da mente”, “Conversando com Deus”, “As grandes verdades da Bíblia”, “A magia do poder extra-sensorial”, “O poder do subconsciente”, dentre outros.

Vou apenas citar um trecho do livro “A paz interior”, do Dr. Murphy para vermos que se parece muito com os “doutores da fé”. Comentando João 1:5-7 ele diz:

“As trevas referem-se à ignorância ou falta de conhecimento da maneira como a mente funciona. Estamos nas trevas quando não sabemos que somos o que pensamos e sentimos. O homem está num estado condicionado do Não-condicionado, com todas as qualidades, atributos e potenciais de Deus . O homem está aqui para descobrir quem é. Não é um autônomo. Tem a capacidade de pensar de duas maneiras: positivamente e negativamente . Quando começa a descobrir que o bem e o mal que experimenta são decorrentes exclusivamente da ação de sua própria mente, começa a despertar do senso de escravidão e limitação ao mundo exterior. Sem conhecer as leis da mente , o homem não sabe como produzir seu desejo”.

Vejamos ainda o que Jorge Linhares diz em seu livro: “Bênção e Maldição”, onde mostra um Deus dependente do homem, este é o Evangelho da Confissão Positiva e do Evangelho da Maldição – “Palavras produzem bênção… [ou] maldição… Palavras negativas… dão lugar a opressão demoníaca… …Palavras positivas (confissão positiva), amorosas, de fé, de confiança em Deus, liberam o poder divino para desfazer a opressão…”

SUPOSTA BASE BÍBLICA DA CONFISSÃO POSITIVA

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Entenda o conflito entre Israel e Palestinos e sua importância para os cristãos do ponto de vista teológico


Entenda o conflito entre Israel e Palestinos e sua importância para os cristãos do ponto de vista teológico


A atual crise na Faixa de Gaza, entre o grupo Hamas e o governo de Israel está sob uma trégua, acertada em acordo feito por ambas as partes na noite de quarta-feira, 21/11. O acordo, mediado pelo governo dos Estados Unidos, encerrou uma sequência de oito dias de ataques de ambos os lados.

O recente conflito se iniciou após uma ação do exército israelense próximo aos territórios palestinos na região, e despertou especulações por parte de lideranças evangélicas e teólogos a respeito de um significado maior em termos de profecias bíblicas.

A Redação do Gospel+ entrou em contato com o teólogo Alexandre Milhoranza para expor as nuances teológicas do conflito e esclarecer pontos importantes para a compreensão do assunto.

Segundo Milhoranza, “o conflito árabe-israelense reacende a antiga visão de Israel, como povo escolhido de Deus, na consumação final do Reino de Deus na terra. Esta é uma visão herdada equivocadamente do Antigo Testamento”, introduz o teólogo, que explica seu conceito: “Digo equivocadamente pois no Antigo Testamento não há o conceito do estabelecimento do Reino de Deus, pois este está sempre presente (Sl. 103:19; Sl. 145:11-13). No Antigo Testamento, Deus é o soberano da criação com domínio irrestrito sobre tudo e sobre todos, de acordo com a visão hebraica”.

Com o Novo Testamento, inicia-se uma nova fase, que embora não seja alvo de muitas discordâncias na análise teológica, representa aspectos importantes para a compreensão a partir do ponto de vista bíblico: “No Novo Testamento vemos João Batista anunciando a vinda iminente do Reino de Deus. Este inclusive foi o tema central da pregação de Jesus, que o anunciava como uma realidade presente e manifestada em sua própria pessoa e nos milagres realizados por ele. Estes podem ser considerados aspectos já presentes na realidade do Reino de Deus e, até aqui, não há tantas controvérsias sobre este assunto. Este é o chamado “já” na teologia sobre o Reino de Deus”, explica Alexandre Milhoranza.

As controvérsias surgem com a interpretação apenas em sentido literal das profecias: “O problema surge quando consideramos os aspectos futuros do estabelecimento do Reino de Deus, o famoso “ainda não”. Neste ponto muitos se dividem entre associar, ou não, a Igreja com Israel e suas promessas. O grande problema de algumas linhas teológicas é interpretar as profecias, especialmente as de Apocalipse, num sentido estritamente literal. Neste ponto há uma distinção radical entre Israel e a Igreja, forçando o cumprimento literal de todas as profecias do Antigo Testamento sobre Israel”, diz o teólogo, dando dimensão da complexidade do assunto.

Para Milhoranza, essa linha de pensamento é falha e mantém seus adeptos reféns de cálculos que geram especulações sobre os sinais dos tempos e consequentemente, a respeito da volta de Cristo: “É aqui, que esta linha de interpretação ao meu ver falha, pois nem os apóstolos interpretaram as profecias do Antigo Testamento literalmente. Os teólogos que são adeptos dessa teoria ficam escravos dos cálculos históricos e qualquer acontecimento político no Oriente Médio torna-se motivo para mais especulações escatológicas. Não creio que deva ser este a razão de ser da Igreja, mas fazer como o próprio Jesus afirmou: ‘O reino de Deus é chegado a vós’”.

Tensão em Gaza: Israel convoca 30 mil reservistas


Tensão em Gaza: Israel convoca 30 mil reservistas


O Ministério da Defesa de Israel autorizou nesta quinta-feira (15) a convocação de 30 mil reservistas, por conta do aumento da tensão com o Hamas no território palestino da Faixa de Gaza. Pelo menos 19 morreram na região desde o começo do confronto, na quarta-feira (14).

"Estamos em um processo de expansão da campanha", disse um porta-voz do ministério, acrescentando que o grupo pode ser mobilizado "imediatamente".

Depois "determinaremos quantos deles serão chamados", disse. "Todas as opções estão sobre a mesa.".


Nesta quinta-feira à tarde, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, havia afirmado que Israel "continuará realizando as ações necessárias para defender sua população".

Policiais em frente ao mar em Jaffa, região de Tel Aviv, na noite desta quinta-feira (15), próximo ao local em que o foguete teria caído (Foto: AFP)

Tel Aviv

Mais cedo, um foguete disparado da Faixa de Gaza atingiu a região de Tel Aviv, maior cidade de Israel.

A rádio militar israelense havia informado que o foguete tinha caído na cidade, mas depois o exército negou, e fontes disseram que ele caiu no Mar Mediterrâneo.

Sirenes fizeram os moradores procurar abrigo no centro comercial da cidade, em pânico, e um estrondo foi ouvido.

O braço armado da Jihad Islâmica, as Brigadas Al-Qods, afirmou em um comunicado que havia bombardeado Tel Aviv "com um foguete Fajr 5", de fabricação iraniana, que tem um alcance máximo de 75 quilômetros, e que "o pior estava por vir".

Segundo a imprensa israelense, é a primeira desde 1991, quando o Iraque de Saddam Hussein lançou mísseis Scud, que um foguete cai nas imediações de Tel Aviv.

Segundo dia de confrontos

Três civis israelenses e dez palestinos morreram nesta quinta no segundo dia de uma grande ofensiva aérea israelense contra Gaza, com o risco de o confronto se transformar em uma guerra aberta. O exército israelense anunciou a convocação de 30 mil reservistas.

Três pessoas morreram em Israel, vítimas de um foguete. Foi o primeiro relato de mortes de israelenses desde a véspera, quando bombardeios israelenses provocaram a morte de Ahmed Jaabali, líder militar do movimento palestino Hamas, e de mais oito palestinos.

As mortes ocorreram na cidade de Kiryat Malachi, ao norte de Gaza, segundo a polícia. Outras duas pessoas ficaram feridas, de acordo com o porta-voz Micky Rosenfeld.

Segundo a imprensa israelense, as vítimas são um casal de cerca de 30 anos e uma mulher de 20, que vivia em um apartamento vizinho.

As aulas foram suspensas em todas as localidades do sul de Israel localizadas a até 40 quilômetros da Faixa de Gaza.

Escritor afirma que pornografia é a maior ameaça ao cristianismo em dois mil anos: “Precisamos tratar isso”


Escritor afirma que pornografia é a maior ameaça ao cristianismo em dois mil anos: “Precisamos tratar isso”


A pornografia é um assunto que se mostra como ameaça ao cristianismo. Essa é a visão do escritor Josh McDowell, autor de livros como “Evidência que exige um veredicto” e “Mais que um carpinteiro”.

Segundo McDowell, que também é apologeta, a abordagem do assunto se mostra necessária para evitar que o vício em filmes pornográficos desestruturem a base cristã.


-Sou um apologeta. Apresento razões positivas por que acreditar, a fim de ver jovens virem a Cristo. Mas cerca de cinco ou seis anos atrás, fiquei sentindo que havia um problema em toda parte. Quando eu tinha interação com jovens, algo havia se tornado uma barreira. Percebi que era imoralidade sexual e pornografia intrusiva e generalizada na internet. Como apologeta, a única coisa que pode minar tudo o que ensino não está na área da apologética, mas na área da moralidade. Se você não lida com essa questão, você não cumprirá seu papel como um apologeta bíblico -  afirmou o escritor, em entrevista ao site Breakpoint.

Dados levantados por ele em seus estudos sobre o assunto, apontam para uma estatística alarmante, e justificam suas afirmações a respeito das ameaças que a pornografia representa ao cristianismo.

-Cinquenta por cento dos pastores estão lutando para largar do vício da pornografia. Sessenta e dois por cento dos homens que frequentam igrejas evangélicas regularmente estão lutando para largar da pornografia, e entre 65% e 68% dos adolescentes estão nessa situação. Essa é provavelmente a maior ameaça à causa de Cristo em dois mil anos de história da igreja, pois mina sua vida, sua caminhada com Cristo e suas convicções – afirma McDowell.

Ele afirma que o problema pode estar sendo ignorado não apelas pela delicadeza com que deve ser tratado: “Meu temor é que muitos pastores não estejam lidando com esse problema pelo simples fato de que eles mesmos estão envolvidos nele. De certo modo, precisamos fazer com que a liderança no corpo de Cristo trate disso”, alerta.

O escritor ressalta ainda que a natureza da fé cristã e da pornografia são diametralmente opostas e devido à isso, é provável que o vício em produtos pornográficos se imponha acima de todo o resto na vida das pessoas expostas a ele.

-Mesmo deixando de fora a vergonha e a solidão, a pornografia produz um questionamento sobre a autoridade das Escrituras, de Cristo, da Ressurreição, da Igreja e dos pais. A pornografia começa a entenebrecer a porta do cérebro para considerar as verdades da fé cristã. Logo que você se envolve na pornografia, ela assume o controle dos seus pensamentos, de seus padrões morais e de sua vida. Você precisa entender: a pornografia simplesmente assume o controle da sua vida. A pornografia assume o controle dos seus relacionamentos — o modo como você vê as pessoas, as mulheres e as crianças. E como consequência, a pornografia não deixa espaço para sua caminhada com Cristo. Não dá para você se envolver com a pornografia e ter uma caminhada saudável com Cristo – conceitua.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Aliança Perigosa


Aliança Perigosa

Josué 9.1-27


INTRODUÇÃO

         O diabo é mais perigoso em sua astúcia do que em sua fúria. Ele é mais perigoso em suas ciladas do que em sua força. Ele é mais perigoso quando trabalha em surdina do que quando nos enfrenta cara a cara.
         O texto em tela nos fala de um estratagema astucioso que levou Israel a tomar uma decisão precipitada. O inimigo disfarçado foi mais poderoso do que os inimigos que empunharam armas de guerra (Js 9.1,2). O inimigo camuflado prevaleceu.
         Josué fez aliança com o inimigo pensando estar tomando uma decisão sábia. A situação parecia tão óbvia que ele nem chegou a consultar a Deus.

I. A PROPOSTA DE UMA ALIANÇA PROIBIDA – Josué 9.6

         Os gibeonitas propuseram a Josué uma aliança imediata e urgente. Mas quem eram os gibeonitas? Aliados ou inimigos? Eles faziam parte dos povos que precisavam ser desalojados da terra prometida. O que a Palavra de Deus tinha a dizer a Josué sobre aquele acordo proposto?
         A ordem de Deus era clara para Josué:
 
“Abstém-te de fazer aliança com os moradores da terra para onde vais; para que te não sejam por cilada” (Ex 34.12).

         A aliança com os povos vizinhos era uma cilada para Israel. Mas por que?
 
  • Porque os induziria ao casamento misto:
 
“… nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus filhos” (Dt 7.3).

         O casamento misto foi uma das estratégias mais sutis usadas para derrotar o povo de Deus. O dilúvio varreu a terra porque a terra corrompeu-se quando os filhos de Deus se casaram com as filhas dos homens. Israel se misturou com as nações idólatras e através de casamentos mistos, a nação de Israel acabou adorando deuses estranhos.
         Salomão foi o exemplo maior dessa desobediência – Ler 1 Reis 11.1-6.
         O profeta Amós disse: “Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?” (Am 3.3). O apóstolo Paulo é categórico:
 
“Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? O que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos?” (2Co 6.14-16).

         O casamento misto oferece três possibilidades:
        1) A conversão do cônjuge incrédulo – 75% não se convertem;
        2) O esfriamento espiritual do cônjuge crente;
        3) A solidão espiritual do cônjuge crente.

  • Porque os induziria à apostasia e ao ecumenismo
 
“Fariam desviar teus filhos de mim para que servissem a outros deuses…” (Deuteronômio 7.3).

         A aliança com os povos vizinhos levou Israel muitas vezes a servir a outros deuses. O livro de Juízes mostra esse fato. Muitos abandonam sua fidelidade a Deus, deixam de freqüentar a igreja, esfriam-se na fé e perdem a intimidade com Deus por causa de determinadas alianças firmadas.
         O ecumenismo é ainda hoje um dos perigos mais graves que a igreja enfrenta. É a idéia de que toda religião é boa e todos são em última instância iguais. O ecumenismo matou igrejas na Europa, na América e está matando igrejas no Brasil. Não há unidade fora da verdade. Não há salvação fora de Cristo.

  • Porque lhes traria sofrimento e perturbação
 
“… os que deixardes ficar ser-vos-ão como espinho nos vossos olhos, e como aguilhão nas vossas ilhargas, e vos perturbarão na terra em que habitardes” (Nm 33.55,56).

         Uma aliança conjugal, comercial, empresarial, espiritual fora da vontade de Deus traz tanto desconforto quanto espinho nos olhos. Tanto sofrimento como aguilhão nas ilhargas. Uma aliança precipitada traz grande perturbação. Israel sofreu por causa dessas alianças.

  • Porque os levaria à própria destruição
 
“… e a ira do Senhor se acenderia contra vós outros e depressa vos destruiria” (Deuteronômio 7.4).

         A desobediência tem um preço alto. Ela provoca a ira de Deus e produz derrota e destruição. O povo de Israel sofreu e precisou ser arrancado da sua terra e lançado num cativeiro doloroso para abandonar suas alianças espúrias e desvencilhar-se da idolatria dos outros povos.

II. A ESTRATÉGIA PARA UMA ALIANÇA PROIBIDA

         As nações mais numerosas e poderosas que estavam no caminho de Israel lutaram e resistiram a Josué e o povo de Deus com armas (Js 9.1,2), mas os Gibeonitas dissimularam (Js 9.3-13). Quais foram as armas da dissimulação?

  • O fingimento – Js 9.4,5
 
“Usaram de estratagema, e foram, e se fingiram embaixadores, e levaram sacos velhos sobre os seus jumentos e odres de vinho, velhos, rotos e consertados; e nos pés, sandálias velhas e remendadas e roupas velhas sobre si; e todo o pão que traziam para o caminho era seco e bolorento” (Js 9.4,5).

         Fingir é ser uma coisa e parecer outra. É ser uma pessoa e demonstrar outra. É aparentar uma coisa e ser outra. Os gibeonitas foram atores. Demonstraram um papel, mas estavam enganando.
         Satanás disfarçou-se de serpente para tentar Eva no Éden. Ele veio com palavras doces, com promessas sedutoras, oferecendo vantagens extraordinárias. O diabo é um embusteiro. Ele promete vida e paga com a morte. O pecado é uma fraude.

  • A mentira – v. 6
        “… chegamos duma terra distante; fazei, pois, agora, aliança conosco” (Josue 9.6).
         Uma das armas do inimigo é a mentira. O diabo enganou Eva no Éden com uma mentira: “É assim, que Deus disse? É certo que não morrereis”. Onde a verdade é sacrificada, a aliança torna-se espúria. O diabo é o pai da mentira. Quem se envolve com mentira põe o pé numa estrada de vergonha, de opróbrio, de escravidão e morte.

  • A sedução e a pressão – v. 6
        “… fazei, pois, agora, aliança conosco” (Js 9.6).
         A pressa é um grande perigo quando se trata de fazer uma aliança. A impaciência é um caminho arriscado. Quem tem pressa, diz o adágio popular, come cru. Os gibeonitas tinham pressa. Eles não queriam dar tempo para Josué investigar a verdade.
         Josué caiu na cilada ao firmar com os gibeonitas uma aliança sem tempo para investigar, sem tempo para consultar ao Senhor. Muitos ainda agem precipitadamente hoje em seus negócios, em seus investimentos, no namoro e até mesmo no casamento.

  • A esperteza – v. 7,8          
        Quando os gibeonitas perceberam que os homens de Israel estavam lhes desmascarando, se voltaram para Josué para conversar só com ele, o líder. Deram a ele um crédito maior e dessa maneira o induziram a agir sem o consenso.
         Há determinados elogios e preferências que são armadilhas do inimigo para insuflar nosso ego. O pecado que o diabo mais gosto é o pecado da vaidade.

  • As meias respostas – v. 8-13
         Josué perguntou: “Quem sois vós? Donde sois?” (Js 9.8). À primeira pergunta, eles não responderam. À segunda pergunta, eles mentiram. Eles tergiversaram, desconversaram, ludibriaram. As coisas de Deus são claras, são íntegras. Onde as pessoas precisam desconversar, esconder, tapear fica evidentemente que Deus não está presente. Deus é luz. Ele não pactua com o que é escuso.

  • A linguagem piedosa – v. 9

“Teus servos vieram duma terra mui distante, por causa do nome do Senhor, teu Deus” (Js 9.9).

         Josué deu valor ao que eles disseram sem consultar a Deus. Usaram o nome de Deus, sem estar interessados nele. Somos facilmente enganados quando as pessoas vêm usando o nome de Deus. O diabo é mais astuto quando vem vestido de piedade.
         Muitos jovens quando estão interessados em namorar uma moça, se interessam pelas coisas de Deus, freqüentam a igreja e até lêem a Bíblia. Mas depois do casamento, revelam seu total desinteresse pelas coisas de Deus.

  • A astúcia – v. 9,10 e verso 3
        Os gibeonitas relataram os grandes feitos de Deus no Egito, e aos dois reis amorreus que Moisés derrotara, mas não fez menção de Jericó e Ai, para dar a idéia que de fato vinham de muito longe.
         Cuidado com o engano do pecado. Cuidado com os argumentos aparentemente insofismáveis do inimigo. Acautele-se.

III. O PERIGO DE SE FAZER UMA ALIANÇA SEM CONSULTAR A DEUS NAS COISAS QUE PARECEM ÓBVIAS – v. 14,15

 
“Então, os israelitas tomaram da provisão e não pediram conselho ao Senhor. Josué concedeu-lhes paz e fez com eles a aliança de lhes conservar a vida; e os príncipes da congregação lhes prestaram juramento” (Js 9.14,15).

         Josué fez distinção entre coisas importantes que carecem de oração e coisas insignificantes, óbvias que não precisa consultar a Deus.
         A nossa lógica e bom senso levam-nos facilmente para o mau caminho, quando deixamos de depender de Deus.
         Este texto mostra a fraqueza da sabedoria humana. Devemos buscar o conselho de Deus mesmo naquelas coisas para parecem claras e óbvias.
         Há sempre o perigo da autoconfiança: “O que confia no seu próprio coração é insensato”(Pv 28.26). Vejamos alguns exemplos:

          – Ló escolheu as campinas do Jordão e foi morar com a família na cidade de Sodoma. Lá, ele perdeu seus bens, sua mulher, seus genros e sua honra.
         Abraão – Passou 13 anos de silêncio (Gn 16.15,16; 17.1-5). Nenhum aparecimento do Senhor, nenhum altar erigido, nenhuma tenda, nenhum sacrifício. Foram 13 anos em branco. Depois, Deus lhe aprece e diz: “Anda na minha presença”. Confia em mim. Creia em mim. O que eu falei eu cumprirei. Não preciso da sua ajuda.
          Pedro – Quando Jesus decidiu ir para a cruz, Pedro o reprova. Sem consultar a Jesus, o expõe a uma situação complicada e é duramente repreendido por Jesus.
         Gibeão quer dizer pequeno monte e nos alerta contra as pequenas coisas que nos impedem de andar com Deus. Sansão, o homem mais forte do VT foi vencido por uma mulher cujo nome significa fraqueza (Dalila). As pequenas coisas podem nos impedir de viver uma vida cristã normal.
         Josué fez aliança com os gibeonitas de poupar-lhes a vida sem consultar a Deus. Ficou preso a uma aliança que jamais deveria ter feito. Sofreu sem poder tirar o jugo de sobre si e do seu povo.

IV. AS CONSEQUÊNCIAS DE SE FAER UMA ALIANÇA PRECIPITADA

1.Mesmo que você não busque a Deus e faça alianças precipitadas, Deus as ratifica – v. 19,20

        Quantas sociedades que jamais deveriam ter sido firmadas! Quantos acordos que jamais deveriam ter sido assinados! Quantos namoros que jamais deveriam ter começado! Quantos casamentos que jamais deveriam ter sido consumados!
         Muitos buscam a saída do divórcio, dizendo: “Meu casamento acabou porque não foi Deus quem me uniu”. Se você não leva a sério a aliança que você fez, Deus leva.
         Veja o que escreveu o profeta Malaquias:
 
“O Senhor foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança” (Ml 2.13,14).

2.Gera murmuração e descontentamento no meio do povo de Deus – v. 18

         Decisões precipitadas acarretam amargas conseqüências. Alianças irrefletidas fazem o povo sofrer. Quando a liderança age sem oração, há um descontentamento no meio do povo. Josué e os príncipes da congregação fizeram uma aliança com os gibeonitas sem consultar a Deus e tomaram a decisão errada e agora o povo está sofrendo as conseqüências e murmurando.

3.O povo de Deus precisa se envolver com lutas a favor daqueles contra quem deviam lutar – Js 10.6,7

         Josué está travando uma batalha que não era sua. Está drenando suas energias num trabalho que não era seu. Eles estão pagando o preço de terem feito uma decisão apressada, uma aliança irrefletida. Eles estão defendendo quem precisariam desalojar daquela terra.
         Quantas noites de sono perdidas. Quantas horas de choro e lágrimas vertidas. Quantas dores e contorções da alma sofridas. Quanto prejuízo financeiro acarretado.

4.O povo de Deus é açoitado com a ira divina quando viola a aliança feita, mesmo que irrefletidamente – v. 20

         A quebra de uma aliança é algo que Deus reprova. É melhor não fazer um voto do que votar e não cumprir. Josué e o povo ficaram presos a uma aliança que não deveriam ter feito. Tornaram-se obrigados a defender quem deveriam atacar. Ficaram ligados com quem não deveriam ter relações.
         A quebra daquela aliança era agora uma atitude mais condenável aos olhos de Deus do que o estabelecimento da própria aliança. O rompimento da aliança implicava na manifestação da própria ira de Deus.

5.O tempo não anula as alianças que fazemos, mesmo quando não consultamos o Senhor – 2 Sm 21.1-14

         400 anos depois da aliança firmada por Josué, o rei Saul matou os gibeonitas e nos dias do rei Davi houve fome de três anos consecutivos por causa da quebra dessa aliança.
         Ler o texto de 2Sm 21.1,2:
 
“Houve, em dias de Davi, uma fome de três anos consecutivos. Davi consultou ao Senhor, e o Senhor lhe disse: Há culpa de sangue sobre Saul e sobre a sua casa, porque ele matou os gibeonitas [...] os filhos de Israel lhes tinham jurado poupá-los, porém, Saul procurou destruí-los no seu zelo pelos filhos de Israel e de Judá”.  2Sm 21.1,2

         Dois resultados aconteceram em virtude da quebra dessa aliança:
        Em primeiro lugar, três anos de fome. O povo, a nação toda sofre. Crianças morrendo de fome, o gado perecendo nos pastos, prejuízos financeiros imensos, lares desesperados, em virtude da quebra de uma aliança firmada há 400 anos.
       Em segundo lugar, sete filhos do rei Saul enforcados. Os gibeonitas pediram sete filhos de Saul para serem enforcados, dois filhos de Rispa e cinco filhos de Merabe (2Sm 21.5-9). Só então, a ira de Deus se apartou de Israel (2Sm 21.14).

CONCLUSÃO

         Nós precisamos tomar dois cuidados básicos:

1.Tenha cuidado com as alianças que você faz, com aquilo que você promete.

         Não entre numa aliança seja sentimental, seja conjugal, seja comercial, seja profissional sem antes avaliar profundamente as implicações. Há pactos que jamais deveriam ter sido feitos. Há casamentos que jamais deveriam ter acontecido. Há parcerias que jamais deveriam ser travadas. Há sociedades que jamais deveriam ter sido estabelecidas.

Imagem de “Mulher montada na besta” estampará novas cédulas do Euro


Imagem de “Mulher montada na besta” estampará novas cédulas do Euro


Segundo a mitologia grega, a princesa fenícia Europa foi raptada e estuprada pelo rei dos deuses, Zeus. Seu nome ficou eternizado por dar nome ao continente que agora usará sua imagem nas cédulas de dinheiro.


Essa foi a imagem escolhida para, a partir do próximo ano, substituir janelas e portas nas notas como um recurso decorativo e também de segurança. “Retratos são utilizados em notas de todo o mundo e a pesquisa mostrou que as pessoas tendem a se lembrar de rostos. Existe melhor figura do que Europa para servir como o novo rosto do euro?”, questiona o chefe do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi.

Ela aparecerá pela primeira vez nas notas de 5 euros, e deverá ser gradativamente vista nas outras notas nos próximos anos. O rosto de Europa será mostrado como uma marca d’água e um holograma.

O Banco Central Europeu revelou este mês como as novas notas incluirão elementos de segurança melhorados. De acordo com o site do Banco Central Europeu, “ao inclinar-se a nota, o número esmeralda apresenta um efeito luminoso de movimento ascendente e descendente. Dependendo do ângulo de observação, o número também muda de cor passando de verde-esmeralda a azul escuro”.

A primeira série de notas marca a maior mudança na circulação do euro em 10 anos.

Um dos motivos para a mudança é o crescente número de notas falsificadas de euro que passaram a circular no continente nos últimos anos. A Europol, agência de polícia da União Europeia, com sede em Haia, disse que as autoridades apreenderam mais de € 19 milhões em dinheiro falso desde 2006.

Alheio a questão estética, diversos sites cristãos especializados em profecias levantaram a hipótese de que trata-se da “mulher monta na besta”, citada no Livro de Apocalipse. Um dos motivos é a crescente secularização da Europa, que restringe a fé cristã, mas demonstra maior tolerância com as manifestações muçulmanas, lembra o Prophecy News Watch.

Segundo o fórum de debates Rapture in the air, assim como Zeus, Satanás terá a capacidade de tomar a forma humana e enganar a todos durante a tribulação.

A mulher também pode ser vista em frente à sede da União européia em Bruxelas. Recentemente, em meio à crise do Euro, ganhou força a proposta de um governo e um exército unificado em toda a Europa para evitar novas crises econômicas.

Outros lembram que a bandeira da União Européia e suas 12 estrelas também são alusões a elementos dos capítulos 16, 17 e 18 do Livro de Apocalipse. 

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