quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

As Sete Prisões do Diabo e as Três Chaves de Deus

As Sete Prisões do Diabo e as Três Chaves de Deus


Texto: Salmos 142.7 - João 9.12

Introdução

Há momentos em nossas vidas que as adversidades e a tribulação são maiores que as nossas forças. Este Salmo foi escrito quando Davi se escondia de Saul nas cavernas de Adulão. Essas cavernas eram consideradas por Davi como verdadeiras prisões, devidos os dez anos que ele passou confinado dentro delas. Quantas vezes, Davi deve ter pensado, que a sua esperança já estava no limite? Quantas vezes Davi não sentiu medo, solidão, desespero, ou quem sabe desanimado? Às vezes, entramos em uma profunda depressão da qual é praticamente impossível sairmos sozinhos.

Nestes momentos, podemos recorrer ao Senhor como Davi fez. Ele expressou os seus mais íntimos sentimentos para Deus quando estava se sentindo atormentado. É nessas horas que precisamos da providencia de Deus, para que Ele faça o que não conseguimos fazer: nos livrar das aflições, colocando sobre nós uma coluna de nuvem de dia e uma coluna de fogo de noite. Como então, não clamarmos por esse extraordinário socorro pedindo para Deus nos ajudar?.

Amados, alguma vez você já se sentiu sozinho, achando que ninguém está se importando com o que está acontecendo em sua volta?. Pois é, este salmo quando foi escrito, o salmista por certo, deveria estar se sentindo assim. Cheio de amargura, fraqueza, solidão, exausto, ou quem sabe, envolto numa situação desesperadora, sentindo suas forças quase no fim!. Todavia, podemos perceber que a esperança de Davi permanecia no Senhor como seu refúgio, e sua única saída!. O crente em sofrimento, não deve ficar em silêncio, mas clamar a Deus, pois Ele tem a promessa para nos consolar e socorrer em tempos de necessidade!.

As pessoas em desespero contam seus dramas, expõe os seus problemas, mas não pensam e não priorizam a oração em sua vida!. Compram livros de auto- ajuda, fazem terapias, participam de campanhas, mas não lêem a bíblia e só vão à igreja quando se sentem angustiado!. Nos cultos, pulam, dançam, sapateiam, falam línguas, mas quando chegam em casa tudo volta ao que era antes!. Os seu olhos espirituais já não acreditam que existe cura para as suas feridas, libertação ou solução para os seus problemas. Afinal, a Bíblia fala ou não de um Deus que ouve e atende o clamor da súplica dos aflitos (Sl.116.1)?.

Amados, é comum encontrarmos nas igrejas pessoas azedas, explosivas, grossas, malcriadas, que usam o direito de se irar para ofender, encolerizar, agredir e abusar dos outros. A maioria não só fica nervosa, mas extrapola, passa o limite, perde o equilíbrio e o bom senso. Parte delas, até parecem um balão de festa infantil. Nem precisam de muita provocação para explodir, basta uma pequena alfinetada para que isso aconteça!.

A palavra de Deus nos revela Sete Prisões que o inimigo intentará para derrotar o crente. Em contrapartida, a Bíblia também diz que há Três Remédios de Deus para curar e nos libertar dessas prisões. Vamos avivar o nosso espírito de sabedoria, abrir nossos olhos espirituais, para que nosso coração seja iluminado e com isso, possamos sair fortalecidos, encorajados, animados e curados como verdadeiros vencedores de Cristo!.

A PRIMEIRA PRISÃO - A AMARGURA Hb.12.15

A amargura é um sentimento que demonstra a falta de um espírito de reconciliação e ressentimentos intensos, e que podem ser verificada pelas nossas atitudes. A pessoa amargurada na igreja, não pode entrar na presença de Deus nem em oração!. E para sabermos se estamos amargurados ou não, é só observarmos as nossas diversas posturas. E quais são? É só verificamos se estamos maquinando maneiras de nos vingarmos na primeira oportunidade, se há recordação dos mais íntimos detalhes de um eventual dano que nos fizeram há muito tempo; se nos ofendemos por pouca coisa, ou se queremos justificar o nosso erro dizendo todo tempo : “EU SEMPRE TENHO RAZÃO”.

O sinal mais forte de quem está amargurado, é quando lemos a Bíblia, e consciente ou “quase inconsciente”, só gostamos de aplicar a Palavra para as outras pessoas, e nunca para nós!. O amargurado nunca se considera que está errado!!.

A SEGUNDA PRISÃO - A INVEJA Pv.24.1

A inveja é considerada como um gigante que aflige a alma de maneira tão terrível que pode levar o homem à prática de ações danosas tanto no corpo como na alma. A inveja é um misto de ódio, desgosto, pesar e ciúmes pelo bem e felicidade de outrem. O invejoso sente um violento desejo de possuir o bem alheio.

Em I Tm. 6.4 - O apóstolo Paulo aconselhou Timóteo a ficar longe daqueles que queriam ganhar dinheiro com a pregação e daqueles que transformavam o ensino do evangelho em disputas que causavam contendas na igreja. Eles inventavam novidades que não os levariam a uma vida santa e piedosa. Paulo então alerta Timóteo que as pessoas soberbas, são cheias de presunção e “deliram acerca de questões e contendas de palavras”, provocando invejas, maldades, e questionamentos levianos.

A TERCEIRA PRISÃO – O CIÚME I Co.3.3-4

É necessário distinguir os diferentes tipos de ciúme e sua natureza, de acordo com quem o sente. Esse inimigo da alma atormenta as pessoas fazendo-as viver em temores, iras, inseguranças e complexos. O ciúme pode até ter um sentido positivo quando podemos defini-lo como “o cuidado vigilante e afetuoso em uma relação de compromisso e fidelidade mútua”. É somente nesses casos!!.O ciúme tem um lado negativo muito forte. Provoca um sentimento de inferioridade, deixando a pessoa se sentindo abandonada ou trocada por outra. Sentem-se inseguras em relação às pessoas, considerando-se inferior.

Não esquece as feridas de outrora e das más experiências vividas no passado. Cria nas pessoas um sentimento de desconfiança e temor. O ciúme causa a falta de perdão, e quando não perdoamos a quem nos engana, temos sempre a tendência de pensar o pior sobre esta pessoa!. Na igreja primitiva, o ciúme causou alguns transtornos. Paulo impactava o povo com suas pregações, mas acabou despertando ciúmes nos religiosos (At.5.17; 13-45; 17.5). Não podemos deixar brotar em nosso coração esse tipo de sentimento perverso!.

A QUARTA PRISÃO – A INCREDULIDADE Hb. 11-6

A incredulidade é um pecado que nos priva de bênçãos e fere o coração de Deus. Ser incrédulo equivale a desconfiarmos do próprio Deus. De que o incrédulo desconfia? Da vontade de Deus não acreditando que a vontade de Deus seja perfeita e agradável. Desconfia da proteção e sustento de Deus, da disciplina do Senhor achando que não é útil para ele. Desconfia do amor de Deus, pois sabemos que quando cremos em Seu amor por nós, se dissipam as dúvidas e os temores (I Jo.4.16-19).

O incrédulo por ser desconfiado, destrói facilmente as relações pessoais. Vê nas outras pessoas, verdadeiros inimigos potenciais. E quase todas as suas ações são acompanhadas de denúncias e acusações. A desconfiança é diferente da prudência. Em Hb. 3.19 diz assim – “E não puderam entrar por causa da incredulidade”. Veja o contraste em Hb. 4.3 – “Nós porém, que cremos entramos no descanso”.

Se olharmos e analisarmos as dificuldades dessa vida com nossos próprios olhos, mediante nossas forças ou sem confiarmos no Senhor, sempre virão os temores e as ansiedades. A incredulidade é ofensa para Deus e nos faz perder as bênçãos que Ele tem para nós. Então, se tivermos fé, teremos também a paz e o descanso!.

A QUINTA PRISÃO – A AVAREZA Mt.6.24-33

Podemos defini-la como o desejo desmedido de acumular riquezas; é um desejo intenso de ter mais, uma fome excessiva de possuir que nunca satisfaz. Não é necessário que alguém seja rico para ser avarento; há pessoas que tem pouco, porém seu coração está cheio de avareza, desejo e cobiça. O desejo de Deus é que sejamos prósperos em todas as coisas. Em III Jo.1.2 nos mostra que o Senhor deseja abençoar-nos para que vivamos tranqüilos, porém o que Ele decididamente não quer é que nosso coração esteja posto nas riquezas e nos desejos deste mundo.

O avarento é seduzido e enganado pelas riquezas deste mundo, sem perceber o quão passageiro é o desfrute dessas coisas. Igual ao jovem rico (Mc.1.17-31). Ele não estava disposto a renunciar a tudo para seguir Jesus. O avarento não tem a real consciência do tempo desta vida, e da inutilidade de acumular riquezas neste mundo. O Senhor Jesus ilustra esta verdade com uma parábola que se encontra em Lc.12.13-21 e Mt. 6.19-20.

A SEXTA PRISÃO – O AMOR AO PODER Jo. 13.1-15

Uma das maiores propostas do mundo é nos fazer viver conforme a sua vanglória: a vaidade da vida!. Os que não conhecem a Deus, se consideram pessoas “importantes” só porque exerce algum tipo poder, e com isso gostam de se sentirem honradas, famosas, dignas, respeitadas e reconhecidas. Porem, aqueles que pertencem ao reino de Deus, devem ser diferentes. Este texto nos mostra um ensino não muito confortável para os líderes que consideram difícil servir as pessoas que tem posições inferiores às deles.

O homem sem Cristo ama exercer autoridade sobre seus semelhantes (Mt.20.25-26). O homem natural gosta de dominar seu próximo e se dispor dele; isso alimenta seu orgulho e o faz sentir-se poderoso. Os que amam o poder e a glória, como era o caso dos escribas e fariseus, gostam de desfrutar de honras, méritos, homenagens e reconhecimentos. E você, como trata aqueles que trabalham ou vivem sob seu comando?

Amados, o servo de Deus pode até ser desprezado neste mundo, porém no caminho de Deus, é ele que vai ser exaltado!. Deus não quer que sejamos chefes ou capatazes. Deus exalta o servo desprezado, o que não olha para as coisas deste mundo: como o poder, o status, os privilégios do dinheiro, a celebridade, a riqueza e o brilho da fama. Deus exalta aquele que renuncia todas as glória vãs para ser servo de seus irmãos.

A SÉTIMA PRISÃO – O PECADO Sl.32.3-4

Pecar é praticar todos os tipos de atos, palavras ou pensamentos que transgridam as leis de Deus. É tudo aquilo que fazemos ou deixamos de fazer, pensamos ou falamos, e que não estão em perfeita harmonia com o andar de Jesus. O pecado tem uma natureza destrutiva, pois além de dominar o ser humano, acaba nos afastando daquele que é a Fonte da Vida e da Bênção. O pecado tanto é um ato como também é uma condição. É um ato quando praticado por alguém (Ez.18.20ª); é uma condição quando se trata de o homem ser descendente de Adão (Rm.5.12). O pecado submete o ser humano a situações tão humilhantes, que chega a levar a pessoa a se tornar um escravo do mal!. A pessoa é enganada de tal forma, que acaba gostando daquilo que pratica. Mesmo reconhecendo o seu erro, não possui forças para se libertar (Rm.6.16).

Irmãos, Deus não condena ninguém, mas sabemos que o pecado traz para o homem a condenação (Jo.12.48). É comum hoje em dia as pessoas se desculparem de suas faltas dizendo: “ninguém é perfeito”. Infelizmente, são poucas as pessoas que percebem a gravidade da situação que se encontram. Deus revelou à humanidade a forma pela qual devemos viver, mas são bem poucos os que lhe obedecem!.

Para aqueles que permanecem em Cristo até o fim, não haverá condenação, diz a bíblia (Rm.8.1). Você quer se livrar do pecado? Então ouça isto: Deus quer que o homem se arrependa – isto é, que sinta tristeza pelo pecado cometido (At.2.38). Que confesse o pecado - Isto é, admitir o seu erro, a sua culpa, contando para Deus as faltas cometidas e pedir perdão (Rm.10.9-10). Que deixe o pecado – isto é, não continuar na prática do erro (Sl.32.1 – Pv. 28.13).

AS TRÊS CHAVES DE DEUS

– “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes” (Mt.9.12).

Jesus está interessado em salvar todos os pecadores, os que ferem e os que se encontram feridos por outros. Jesus conhecendo a seriedade de nosso estado, veio para destronar as ações do diabo, compartilhando as Boas Novas com os pobres, os imorais, os solitários, os excluídos, os ricos, os populares, os poderosos, os doentes os depressivos, e todos aqueles que estão com a alma aprisionada pelas coisas desse mundo.. Diante disso, Jesus oferece especialmente para nós, as Três Chaves para a nossa cura e a nossa libertação das garras do diabo. Vejamos então:

A PRIMEIRA CHAVE – O PODER DA PALAVRA DE DEUS - Sl.107.20


A Palavra de Deus é fogo que queima, purifica, é martelo que quebra o pecado e o orgulho humano. É espada que corta, arranca toda culpa e ressentimento do coração do hoAmados, o maior poder que há no mundo não é o poder das bombas e mísseis, não é o poder dos militares, não é o poder dos aviões supersônicos, não é o poder dos gigantescos tanques de guerra, nem mesmo o poder dos enormes navios porta-aviões, nem ainda o poder dos políticos, ou qualquer outra potência mundial!. O maior poder que há no mundo é o poder da palavra de Deus, o único e verdadeiro Deus, e depois D’ELE não existe outro!. A Palavra de Deus tem poder e autoridade para mudar, transformar, salvar, restaurar e curar as pessoas que crêem nela como sua única regra de fé.
mem. A Palavra de Deus penetra como uma poderosa sonda no mais íntimo do nosso ser, para introduzir o remédio da cura da alma, o perdão dos pecados e juntamente trazer o alimento espiritual para crescer, amadurecer e moldar o caráter cristão na vida daqueles que receberam a Cristo. Assim como a sonda médica extrai líquidos retidos no organismo do enfermo, assim é a Palavra de Deus extrai qualquer pensamento, palavras ou ações que não estão em sintonia com Deus e sua Palavra, levando-nos a uma relação pessoal e mais íntima com o nosso Criador.

A SEGUNDA CHAVE – O SANGUE DE JESUS – Ap.12.1

O derradeiro golpe atingiu Satanás quando Jesus derramou o seu sangue pelos nossos pecados. A vitória foi conquistada através de sacrifícios – a morte de Cristo em nosso lugar. A Terra recebeu o sangue de vários homens santo, porém nada aconteceu. Mas quando Jesus derramou o seu precioso sangue, ou seja, a sua própria vida, Cristo abriu para nós uma fonte de autoridade capaz de pagar, quitar os nossos problemas espirituais, mesmo os mais críticos e cruéis. Foi o amor que levou Cristo a morrer por nós, e esse amor é o mesmo que enviou o Espírito Santo para viver em nós e nos guiar todos os dias. Isso significa que a sua obra é contínua para a nossa santificação e purificação dos nossos pecados.

Quando entregamos e nos comprometemos nossa vida a Cristo, pode ter certeza que terá uma reserva de poder para usar todos os dias quando tiver de enfrentar desafios, lutas, perigos, dificuldades e provações. Podemos enfentar o diabo sem temê-lo ou fugir dele, mas servir lealmente a Cristo que é o único que poderá nos trazer a vitória (Rm.8.34-39).

A TERCEIRA CHAVE – A PRESENÇA DO ESPÍRITO SANTO

Amados, podemos ver nitidamente a distinção entre os dois estilos de vida dos que seguem a Jesus: os que tem a presença do Espírito Santo, e os que não têm a presença do Espírito Santo. Os que não tem, são os crentes medrosos, receosos, acanhados, fracos e temerosos. Ao contrário dos que tem a presença do Espírito Santo, são os crentes que frutificam, são os ousados, os destemidos, os corajosos e os atrevidos.

Como vasos de Deus, não podemos permanecer vazios, inúteis e fracos. Precisamos estar cheios do Espírito Santo para cumprirmos o ideal do Senhor que é nos levar a amar e a glorificarmos a Deus mais do que antes, e a termos uma maior e intensa comunhão com Cristo. A presença do Espírito Santo nos ajuda a abandonar o pecado, e a não seguir a vontade da carne. Dá a direção certa, aumenta o nosso repúdio às diversões pecaminosas e prazeres ímpios. Refreia nossos desejos pelas buscas egoístas e honrarias terrenas, além de nos livrar de todo o engano do diabo!.

Conclusão

Amados, essa mensagem nasceu para aquelas pessoas que precisam de esperanças, de uma fonte de força e de coragem. São irmãos que se sentem prisioneiros, com a alma doente, aflita, minguada, encarcerada, e por alguma razão não sabem como sair dessa prisão. São para as pessoas que estão com suas almas encarceradas, e com as suas vidas dominado pelas ações do diabo. Infelizmente, são pessoas que estão com suas vidas arrasadas, com a família despencando ladeira abaixo, derrota em cima de derrota, e se tornando verdeira palmatória do diabo!.

Amados, o diabo está desesperadamente tentando recrutar o maior número possível de forças inimigas para aumentar seu exército. Fuja, escape, afaste-se, evite todas essas armadilhas e os laços que ele tem preparando para o povo de Deus. Fica o alerta!.

Que a sua vida seja cada vez mais enriquecida das bênçãos do Senhor.
Em Nome de Jesus Cristo!.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Balaão e a Teologia sob Demanda

Balaão e a Teologia sob Demanda


Aquele que se dizia "o profeta dos olhos abertos" era, na verdade, o teólogo do olho grande e gordo

Balaão era um profeta sagaz e um tanto matreiro. Se fosse apenas profeta, a desgraça não seria tanta. Acontece, porém, que o filho de Beor era ainda um teólogo competente. Torcendo um artigo de fé aqui, minimizando uma proposição doutrinária mais além, ia ele enchendo as algibeiras com o ouro dos incautos. E os seus arremedos, justiça seja feita, eram capazes de convencer até os mais avisados.

Embora domiciliado em Petor, às margens do Eufrates, fazia, vez por outra, uns volteios pelo Oriente Médio, a fim de oferecer serviços e préstimos. Ontem, tanto quanto hoje, havia sempre alguém querendo amaldiçoar alguém. E, para isso, estava disposto a pagar-lhe muito bem.

Enfim, o profeta Balaão teologizava sob demanda. Assemelhava-se ao escritor que, certa vez, recebeu a incumbência de escrever um artigo sobre uma polêmica autoridade. Ao receber o dinheiro, perguntou: “A matéria é a favor ou contra?”

Suas mandingas eram bem articuladas e certeiras. Amaldiçoou Balaão alguém? Amaldiçoado está! Foi por isso que Balaque trouxe-o de tão longe e inflacionou-lhe generosamente o cachê. Afinal, o rei moabita estava caído de angústias com a aproximação dos filhos de Israel que, desde o longínquo Sinai, marchavam resolutamente às suas portas. E, pelo ritmo de seu avanço, nenhum exército seria capaz de frear-lhe a andadura. Segundo imaginava, aquela gente, de tão numerosa, lamberia todos os recursos de sua terra. E isso ele jamais haveria de admitir.

Balaque bem sabia que Balaão era venal e sem caráter. Todavia, era competente no que fazia e tinha um preço até razoável. Além de venal, pagável. Não seria difícil contratá-lo.
Já advertido pelo Senhor, o profeta, de início, mostrou alguma refração às propostas do moabita. Como bom teólogo, sabia que é impossível florescer maldições onde as bênçãos já frutificam. Por isso, todas as vezes que armava o cenário para amaldiçoar Israel, acabava por abençoá-lo. E isso começou a impacientar Balaque. Afinal, contratara-o para destruir os hebreus. Mas o feiticeiro, inexplicavelmente, estava virando-se contra o dono do feitiço.
O interessante é que Balaão possuía também um lado poeta e lírico que, elegantemente, deixa transparecer nas profecias que, por três vezes, profere sobre o futuro messiânico de Jacó. Ele sabia trabalhar tão bem as palavras, que Moisés foi inspirado a registrá-las no quarto livro do Pentateuco. Num dos trechos de seu maravilhoso e subido poema, chega a ser autobiográfico: “Então, proferiu a sua palavra e disse: Palavra de Balaão, filho de Beor, palavra do homem de olhos abertos, palavra daquele que ouve os ditos de Deus e sabe a ciência do Altíssimo; daquele que tem a visão do Todo-Poderoso e prostra-se, porém de olhos abertos: Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro que ferirá as têmporas de Moabe e destruirá todos os filhos de Sete” (Nm 24.15-17).

A ganância, contudo, veio a ter mais rimas que a poesia. Na verdade, Balaão não estava disposto a perder o ouro de Balaque; oportunidade como aquela não costuma repetir-se. Não é sempre que se tem um Êxodo pela frente, nem um povo grande e abençoado a atravessar-lhe o caminho. Além do mais, ali estava um rei aflito, e prestes a dar-lhe até metade de seus tesouros.

Balaão, segundo suas próprias palavras, era o profeta dos olhos abertos. Mas, para mim, ele era o teólogo do olho grande e gordo: estava sempre disposto a corromper e a ser corrompido. Eis porque resolveu, apesar das relutâncias iniciais, atender à demanda final de Balaque.

Já que não podia levar a maldição a Israel, poderia ao menos trazer até Israel a maldição. A equação era bem simples. Sabendo ele que Deus tem um caráter justo e santo, ensinaria Balaque a tirar proveito dessa proposição. E, para tanto, o rei moabita não precisaria escrever monografia alguma; era só explorar a pornografia que estava ao seu alcance. Mesmo porque, aquele monarca medroso e bufão nenhuma capacidade acadêmica demonstrava ter.
Sim, tudo era muito simples. Mas a receita só Balaão possuía. Para amaldiçoar Israel, Balaque só precisaria espalhar umas prostitutas cultuais pelo arraial hebreu, e o problema estaria resolvido para os moabitas. Mas, para os israelitas, estaria só começando.

Foi o que aconteceu. As desavergonhadas, introduzidas sorrateiramente no acampamento do Senhor, puseram-se a induzir os varões hebreus a se prostituírem e a comerem alimentos sacrificados aos ídolos. De repente, aquele povo separado e santo em nada diferia das nações de Canaã. O episódio, que passaria à história como o Caso de Baal-Peor, custaria muito caro aos filhos de Israel. Num só dia, o Senhor matou vinte e quatro mil homens. O fato jamais seria esquecido. Séculos depois, ainda era mencionado pelos santos profetas como advertência à comunidade hebreia.

Balaão não foi o único a fazer teologia, nem a profetizar sob demanda. Seus discípulos e seguidores, igualmente irracionais em seu amor pelo ouro de Balaque, fazem-se moucos até mesmo à voz da jumenta. Não obstante, sempre acabam por encontrar generosos púlpitos e cátedras.

Nos domínios de Acabe, eram liberalmente pagos, a fim de profetizar o que o monarca queria ouvir. Nenhum deles tinha coragem, ou disposição, de dizer que o rei estava nu. Já em Judá, no tempo de Jeremias, achavam-se arrolados na folha de pagamento do funcionalismo público. E, na Igreja Primitiva, além dos imitadores de Balaão, havia também os nicolaitas, que, de paróquia em paróquia, iam teologizando por encomenda. Com mão certeira, semeavam o pecado, a rebeldia e a dissolução entre os santos.

Jesus odiava as obras dessa gente.
Hoje, esses tais obreiros podem ser contados aos milhares. Tanto aqui, como lá fora, comportam-se como os sofistas que, na Grécia antiga, eram tidos como inteligentes e sábios. Eles andejavam por toda a parte, discorrendo sobre os mais variados e ignorados assuntos. Um deles, que não entendia nada de guerra, propôs-se certa vez a ensinar estratégia a um experimentado general. Não é o que ocorre em nossos arraiais? Às vezes, surge, não se sabe de onde, um neófito com ares doutorais e que nunca pastoreou um rebanho, dizendo como se deve tanger o redil e tocar o aprisco. Mas, na verdade, o que mais querem é a lã das pobres e desamparadas ovelhas.

Eles não são nada baratos. Exorbitam nos cachês e carregam nas exigências. Por isso, sempre pregam o que os seus contratantes querem ouvir. Sabem que, se forem verdadeiros no púlpito, poderão sair de muitos templos como mentirosos. E esse risco não querem correr. Assim, deixam de ser homens de Deus para se fazerem homens do povo. Como abismo atrai abismo, também não vêem dificuldade em sustentar a iniquidade, desde que esta encha-lhes os bolsos.

E, assim, passam a vida a produzir uma teologia ímpia, mentirosa e sofismática. Aqui, esvaziam a divindade de Cristo. Ali, tiram a autoridade da Bíblia. Mais além, negam o arrebatamento da Igreja. Ainda, não satisfeitos, espalham entre o os santos costumes exóticos e detestáveis. Terminado o culto, vão embora cheios, deixando atrás de si um rebanho vazio.

Não fomos chamados a fazer teologia sob demanda. Convocou-nos o Senhor a proclamar a sua Palavra. E, para isso, temos de ser íntegros, corajosos e jamais perder o dom do amor. Quem ama, fala a verdade, pois uma mentira, bem trabalhada teologicamente, é bastante para levar todo um rebanho ao inferno.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Elias, o Tisbita

Elias, o Tisbita


Texto Básico: 1Rs 17:1-7

“E  ele lhes disse: Qual era o trajo do homem que vos veio ao encontro e vos falou estas palavras? E eles lhe disseram: Era um homem vestido de pelos e com os lombos cingidos de um cinto de couro. Então, disse ele: É Elias, o tisbita” (2Rs 1:7,8).

INTRODUÇÃO

ato de que era oriundo de uma localidade citada apenas nos relatos relacionados à sua vida, Tisbi, nos arredores de GilUm dos homens mais enigmáticos da Bíblia é, sem dúvida, o profeta Elias. Sobre sua origem pouco se sabe, além do feade. Apesar de sua origem humilde, era um homem que estava diante do Senhor (1Rs 17:1). Estar diante de Deus é a melhor posição para quem deseja ter um ministério frutífero. Quando Acabe se deparou com o profeta Elias, surgido do nada, encontrou uma pessoa simples, vestido de forma simples, com uma mensagem simples, mas que estava, acima de tudo, diante de Deus. Sua mensagem foi direta e contundente; ele foi direto com o rei Acabe, mostrando que Deus estava irritado com as atitudes do monarca.

Acabe acreditava que Baal era o responsável por enviar a chuva e trazer plantações que alimentassem toda a nação. Se isso era verdade, então Israel realmente não precisava do Senhor. Mas Deus estava naquele momento usando Elias para dizer ao rei que o Deus de Israel faria com que a nação passasse por privações por causa de sua idolatria. E a estiagem duraria pelo menos três anos, tempo suficiente para amolecer o coração do povo e mostrar-lhe que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó era o Deus que abençoava o povo com suas dádivas.

Após desafiar o rei, Elias se tornou conhecido em todo o reino, e foi procurado por Jezabel em diversos lugares. A obediência de Elias o preservou em segurança das mãos de Jezabel nos anos de seca, e o preparou para os próximos desafios que iria enfrentar para que o povo retornasse aos caminhos do Senhor. Temos habilidade de imitar esse grande homem de Deus?

I. A IDENTIDADE DE ELIAS

A Bíblia Sagrada não nos dá conhecimento sobre a vida de Elias antes do inicio de seu Ministério, o que vem demonstrar que a Palavra de Deus tem o intuito de revelar aquilo que é pertinente à salvação do homem. Elias aparece nas páginas das Escrituras em 1Reis 17:1 e de forma repentina, sem qualquer explicação, nem mesmo da sua genealogia, como é costumeiro fazer-se quando se trata, pelo menos, de personagens da história de Israel. É apresentado apenas como “Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade”.

Elias foi profeta do Reino do Norte, nos reinados de Acabe e do seu filho Acazias. O nome Elias, que significa “o Senhor é meu Deus”, fala da convicção inabalável que destacou esse profeta (1Rs 18:21,39). A vida dele girou em torno do conflito entre a religião do Senhor e a religião de Baal. Sua missão era levar os israelitas a reconhecerem sua apostasia e reconduzi-los à fidelidade ao Deus de Israel (1Rs 18:21,36,67). Elias era pois um restaurador e um reformador, empenhado em restabelecer o concerto entre Deus e Israel.

Elias tinha um traje característico, diferente daqueles usados pelas pessoas de seu tempo, tanto que bastava a descrição desta vestimenta para identificá-lo, a saber: “…um homem vestido de pêlos e com os lombos cingidos de um cinto de couro…” (cf. 2Rs 1:8). Isto nos dá a entender que Elias deveria ter uma vida mais ou menos retirada da comunidade, uma espécie de “eremita” no deserto. No entanto, embora Elias demonstre, pelos seus trajes e pela forma repentina com que se apresenta na história sagrada, que deveria viver um tanto quanto retirado da comunidade, não é correto dizer que haja respaldo bíblico para dizer que vivia isolado dos demais homens do seu tempo. Pelo que podemos observar do texto sagrado, percebemos que Elias tinha uma relação bem próxima aos chamados “filhos dos profetas”, ou seja, aos jovens que se dedicavam ao estudo da Palavra de Deus e a uma vida de serviço ao Senhor nas “escolas de profetas”, cuja origem remonta aos tempos de Samuel (1Sm 10:5;19:20). Com efeito, as páginas sagradas permitem-nos vislumbrar que Elias tinha um estreito relacionamento com estes grupos (2Rs 2:2,4), sendo até possível que Elias tenha sido uma figura proeminente de tais grupos quando se apresentou ao rei Acabe, o que, aliás, explicaria a facilidade com que tenha conseguido se apresentar ao rei.

Apesar de tão parcos conhecimentos a respeito de Elias antes do início do embate com Acabe, Jezabel e os responsáveis pelo culto de Baal, tais informações já nos são preciosas no sentido de se mostrar que alguém, para ser usado eficazmente pelo Senhor, precisa ter três pontos que havia na vida de Elias: um distanciamento do mundo, fidelidade a Deus e um comprometimento com a Palavra de Deus. Aliás, a fidelidade inabalável de Elias a Deus e o comprometimento com a sua Palavra, faz dele um exemplo de fé, destemor e lealdade a Deus, ante a intensa oposição e perseguição às falsas religiões e aos falsos profetas.

II. O MINISTÉRIO DO PROFETA ELIAS

1.  Sua vocação e chamada. A vocação de Elias é logo percebida quando o vemos colocar Deus como a fonte de suas enunciações proféticas: “Tão certo como vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou” (1Rs 17:1). Em outra passagem bíblica Elias diz que suas ações obedeciam diretamente a uma determinação divina (1Rs 18:36). Somente um profeta chamado diretamente pelo Senhor poderia falar dessa forma.

Mas, o que é vocação? Vocação é o apelo (chamado) de Deus a uma pessoa. Ele faz seu convite a cada pessoa, homem ou mulher, independente de raça, cor, idade, ou posição social. No trabalho do Senhor, é Ele quem sabe verdadeiramente escolher a pessoa certa para a missão que Ele determinar. Quando assim o faz, certamente, o caminho à vitória é certo e inevitável. Elias foi levantado por Deus para transmitir mensagens à nação de Israel(o reino do norte, o reino das dez tribos), à época do rei Acabe, considerada uma das piores do povo de Israel. Nesta época a vida espiritual do povo de Israel estava muito aquém do padrão estabelecido por Deus. Mas, mesmo nos momentos de decadência espiritual, Deus não deixa o seu remanescente sem profeta.

Não é fácil assumir um compromisso tão grande qual esse de Elias. Não sei se hoje existiria alguém com um quilate espiritual e compromisso com a Palavra de Deus à altura. O fato aqui é que Deus quando vocaciona algum servo seu para o desempenho de uma tarefa, seja para confortar ou confrontar, nada poderá se colocar no caminho de Deus. Elias foi enviado para confrontar, não confortar, e transmitiu a mensagem do Senhor a um rei que frequentemente rejeitava sua mensagem só porque ele a trazia. É interessante pensar nos incríveis milagres que Deus realizou através de Elias, mas faríamos bem em enfocar a comunhão que compartilhavam.

O Senhor tem tarefas para fazermos, mesmo quando sentimos medo e fracasso. Embora possamos desejar realizar milagres incríveis para o Senhor, devemos, em vez disso, enfocar o desenvolvimento de nossa comunhão com Ele. O verdadeiro milagre da vida de Elias foi a sua amizade extremamente pessoal com Deus. E este milagre também está disponível a nós.

2. A natureza do Ministério de Elias. A natureza do ministério de Elias é atestada pela inspiração e autoridade que o acompanhavam. Em muitas partes dos livros de Reis encontramos as marcas da inspiração profética no ministério de Elias. Essas são virtudes inerentes ao homem que é vocacionado por Deus à realização de seu serviço. Deus jamais chamaria o seu servo se lhe não dotasse de autoridade e inspiração. Foi assim que aconteceu com os apóstolos no inicio da igreja: Jesus os encheu de poder e inspiração para enfrentar as imensas dificuldades que eles teriam que enfrentar (cf At 1:8).

O primeiro livro de Reis atribui ao profeta Elias sete grandes milagres: faz cessar as chuvas; multiplica a comida da viúva; restaura à vida o filho da viúva; faz descer fogo do céu no monte Carmelo; restaura as chuvas; invoca fogo sobre soldados e divide as águas do Jordão. Assim como Elias predisse, aconteceu! Elias possuía inspiração e autoridade espiritual.  “Mas, não são somente os milagres e a inspiração divina os elementos autenticadores do ministério profético de Elias, o seu caráter também. As palavras de Elias eram autenticadas por suas ações. Os falsos profetas também possuem uma certa margem de acertos em suas predições, todavia as suas práticas distanciadas da Palavra de Deus são quem os desqualificam. Elias, portanto, possuía carisma e caráter. Podemos então dizer que o caráter pode não ter dado fama a Elias, mas com certeza lhe deu nome (1Rs 17.1); pode não lhe ter dado notoriedade, mas certamente lhe conferiu autoridade (1Rs 17.1); não o transformou em herói, mas o fez reconhecido como profeta (1Rs 17:2,3); e fez com que ele enxergasse Deus até mesmo onde aparentemente Ele não estava (1Rs 17:8-9 – foi sustentado por uma mulher, gentia, viúva e pobre)” (pr. José Gonçalves – Porção dobrada, CPAD).


III. ELIAS E A MONARQUIA

Na história do profetismo bíblico, principalmente nos períodos monárquicos dos reinos de Judá e de Israel(reino do Norte), observamos a ação dos profetas exortando, denunciando e repreendendo aos reis (cf 1Rs18:18). O livro de 1Reis mostra que o profeta Elias foi o primeiro a atuar dessa forma.

Elias, profeta do Senhor, natural de Gileade, foi o homem que Deus usou para falar contra as perversidades do reinado de Acabe e de sua mulher – a maléfica Jezabel. A punição de Deus sobre as atrocidades de Jezabel tinha chegado ao extremo. A rainha praticamente havia acabado com quase todos os profetas. O terror era espalhado sobre o reino. Baal tinha sido decretado como o deus de Israel. Para Jezabel a lei era seu desejo, a ordem era seu pensamento. Mas, a Palavra de Deus veio a Elias: “Então Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o Senhor Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra“(1Reis 17:1). A ordem de Deus foi imperativa, Elias tinha que chegar até o rei Acabe, e dizer as palavras que o Senhor havia ordenado. Imagine  a revolta de Jezabel, o descrédito, pois quem mandava no reino era ela. Quando Deus ordena alguma coisa para seus servos, não precisamos se preocupar com o futuro; Deus dirige tudo. Começava a punição de Deus através da seca. Foram três anos e meio sem chover. Animais mortos, a plantação não existia mais; a fome e as doenças proliferavam todo Israel.

O reinado de Acabe foi um período crucial para o povo da antiga nação de Israel(reino do Norte). Através da influencia da rainha Jezabel, e dos esforços de seus sacerdotes, o baalismo ameaçava extinguir a adoração a Deus tanto no Reino de Judá como no Reino de Israel. O próprio Acabe se tornou um adorador de Baal e construiu um templo para seu culto em Samaria, que foi ocupado pelas centenas de sacerdotes de Jezabel (1Rs 18:19). Ele construiu uma espécie de símbolo de Aserá, uma indicação de que o degradante culto à fertilidade estava instalado em Samaria. De certo modo, ele aparentemente tentou permanecer fiel a Deus (1Rs 21:27-29), mas a adoração a Baal era a sua verdadeira religião. Certamente, era uma época que exigia pessoas corajosas para que a causa do Senhor permanecesse viva, e Deus tinha à sua disposição a coragem de Elias.

Em épocas difíceis Deus levanta homens e mulheres dispostas a enfrentar as mais duras situações, e concede-lhes da sua graça para que cumpram seu ministério. Elias foi um profeta de seu tempo. Ele era uma pessoa disposta a, por Deus, enfrentar diversos desafios. Dentre suas características, encontramos a coragem. Esta fala sobre a intrepidez diante de situações hostis, como no caso do desafio aos profetas de Baal e Astarote (ao todo 850: 450 de Baal de 400 de Astarote – 1Rs 18:19). Aproximar-se do rei e dizer que não haveria chuva por um determinado número de anos e ser sustentado pelos corvos são atitudes que exigem coragem e fé.

Restaurar o altar do Senhor e encharcá-lo com água, para que a combustão do sacrifício fosse ainda mais difícil, também exigiu fé e coragem. Como se não bastasse, Elias ainda foi mantido por uma viúva, numa época em que a seca predominava e os recursos dessa mulher eram tão escassos que ela mesma disse que iria preparar a última refeição para ela e seu filho, e depois iriam morrer. Ele simplesmente obedeceu a Deus: “Levanta-te, vai para Sarepta, que pertence a Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei a uma mulher viúva ali que te sustente”(Rs 17:9). É preciso ter coragem para depender de Deus em situações bastante adversas e crer que Ele é responsável por nos sustentar.


IV. ELIAS E A LITERATURA BÍBLICA

No Antigo Testamento, a história de Elias encontra-se em 1Reis 17:1 até 2Reis 2:11. Ele também é mencionado em 2Crônicas 21:12-15; Malaquias 4:5,6. No Novo Testamento, em Mateus 11:14; 16:14; 17:3-13; 27:47-49; Lucas 1:17; 4:25,26; João 1:19-25; Romanos 11:2-4; Tiago 5:17,18.

CONCLUSÃO
Devemos aprender com Elias a ter disposição, prontidão em fazer a vontade de Deus. Elias não é visto titubear nenhuma vez. Mandado falar a Acabe de que não choveria, sem qualquer resistência atendeu ao chamado do Senhor, como também quando mandado a falar com o rei de que choveria, mesmo sabendo que seria hostilizado, como o foi. E como explicar que enfrentasse um povo totalmente idólatra, com 850 profetas, sozinho? Para Elias, o importante era saber que o que fazia era sob a direção divina. Ao contrário de outros profetas, que têm seu receio e titubeio registrados nas páginas sagradas, Elias é sempre determinado e bem disposto. Devemos ter este comportamento, enquanto salvos na pessoa de Jesus Cristo. Jesus era assim, determinado a cumprir a vontade do Pai (Hb 10:7,9). A propósito, este comportamento é requerido pelo Senhor de todos os Seus servos, apesar das adversidades da vida, pois assim nos diz: “…no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (João 16:33b).

Também, com Elias aprendemos que se faz necessário termo uma contínua experiência pessoal com o Senhor. Devemos andar de fé em fé (Rm 1:17), num crescimento espiritual contínuo e ininterrupto. Os santos têm de se aperfeiçoar (Ef 4:12), necessitam crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador (2Pe 3:18). Os justos devem brilhar mais e mais (Pv 4:18). Nosso amor deve aumentar a cada dia (Fp 1:9).

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

AS QUATRO PROPOSTAS DO DIABO PARA PARAR O CRENTE

As Quatro Propostas do Diabo Para Parar o Crente!


Êxodo Cap. 8.25 e 8.28, - 10.07 e 10.24.

Estamos vivendo em tempos difíceis, tempos trabalhosos, tempos nos quais temos visto claramente o diabo agindo sobre a terra. Devemos em todo o tempo dizer não para as propostas de nosso adversário! Não podemos ficar só em palavras, temos que tomar uma atitude e jamais acatarmos as suas sugestões. Ele fica estudando dia a dia uma maneira para nos fazer cair, de parar a obra que Deus tem em nossas vidas.

Espalhados pelo mundo afora, existem templos satânicos, onde as pessoas tem ido para adorá-lo e levam todos os tipos de projetos importantes da sua vida para consagrarem a ele. Temos visto cada vez mais pessoas entregarem a sua alma em troca de riquezas na terra. Descaradamente o diabo tem conquistado cada vez mais adeptos em seu nome com aqueles que já não clamam mais pelas coisas do alto.
Quantas pessoas infelizmente estão ouvindo “a sua voz”, aceitando as suas propostas, confundindo pessoas fracas na fé, que já não se importam com o conhecimento da palavra de Deus. Nesses pactos vemos pessoas que se suicidam, sacrificam vidas humanas de crianças e animais, matam arrancando vísceras para dedicarem ao altar do diabo. No Brasil é absurdo o número de pessoas desaparecidas, e muitas delas não são encontradas. As crianças são as maiores vítimas. Inocentes e indefesas, são mortas e torturadas em rituais de sacrifícios dos adeptos do inferno.

Moisés nunca se curvou diante das propostas de Faraó, e com essa atitude Deus o honrou e libertou o seu povo das garras do faraó. Em Êxodo 8: 25,28; 10: 7, 10,24, nos falam das Quatro Propostas que Faraó (diabo) fez a Moisés.

A primeira proposta: Ex. 8:25 - Adorar a Deus nesta terra.

Faraó queria que Moisés tivesse compromisso com ele. Ele permitiria que os hebreus oferecessem sacrifícios, mas isto teria de ser nas redondezas. A ordem de Deus era clara: os hebreus deveriam deixar o Egito. Os crentes são muitas vezes persuadidos a obedecer às ordens de Deus apenas parcialmente, mas o compromisso e a obediência para com Deus não podem ser negociados. Os princípios e os decretos de Deus não podem ser mudados ou desobedecidos!.

Em se tratando de obediência a Deus, o meio termo não satisfaz. O objetivo do diabo era tirar Moisés do propósito do Senhor. A intenção de faraó era que Moisés saísse do centro da vontade de Deus. Pois a ordem do Senhor era que fosse oferecido sacrifício, que adorassem na terra que o Senhor lhes prometera.
Moisés, como servo de Deus, não aceitou a proposta do diabo. É assim que devemos agir a cada dia; dizer NÃO ao diabo. “Resisti ao diabo e ele fugirá de vós” (Tg 4:7). É o mesmo objetivo o diabo tem com as nossas vidas. Por isso ele sugestiona todos os dias que pequemos contra o Senhor.

A segunda proposta: Ex. 8:28 - Não ir longe.

Faraó (diabo) pede para Moisés que não fosse além do deserto, que os hebreus não se distanciassem demais, pois não queria que aquele povo ficasse demasiadamente longe de seu olhar. Há nessas palavras um plano diabólico arquitetado pelo faraó, que Moisés percebe de imediato a trama da proposta.
Mais uma vez, Moisés se nega a obedecer a voz do poderoso Faraó. Na verdade o plano de Faraó era para que os israelitas sacrificassem animais que, para os egípcios eram considerados sagrados, sendo portanto uma ofensa para aquele povo.
Moisés estava preocupado com a reação violenta que seria desencadeada ao sacrificar os animais tão próximos dos egípcios!. O diabo sabe que o crente cheio da unção, da palavra, e do poder de Deus, é uma ameaça para ele.

Por isso, essa expressão de não ir longe, Satanás quer que você pare; que não vá adiante. Enquanto o nosso Deus nos diz para avançarmos, para prosseguirmos.

Oséias 6:3 diz: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor”. Portanto, não devemos deixar que nada nos PARE. Para o diabo e suas sugestões, só lhes resta um lugar pra eles, que é debaixo dos nossos pés.

A terceira proposta: Ex. 10:7 - Que só os homens fossem adorar

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

TER UMA RELIGIÃO OU TER JESUS

Ter uma Religião ou Ter Jesus


         Vamos tentar aqui esclarecer o que significa ter uma religião, ou mais precisamente, ser uma pessoa religiosa.
         Antes de mais nada, informamos algo aqui muito interessante: quando Jesus esteve aqui em carne e osso, já existia no mundo de então mais de trezentas religiões e seitas. E as que existiam nos locais onde o Mestre pisou, todas elas tentaram ser uma pedra de tropeço para Jesus (fariseus, saduceus, zelotes, herodianos etc). Ou seja, todas elas somente quiseram atrapalhar a obra salvítica que Ele veio realizar.
         Para falar a verdade, elas não diferem em nada das muitas religiões que conhecemos hoje (mesmo algumas que se auto-denominam cristãs). Ainda vemos muitos "fariseus" (que virou sinônimo de hipócrita) modernos metidos a cumpridores de lei se auto-justificando por aí. São chamados também de sepulcros caiados.
         E no que deu tanta religiosidade, tanto zelo? No maior de todos os crimes já perpetrados pela humanidade a um homem justo: a morte por crucificação, que era dada na época somente aos piores criminosos e monstros. Mataram o Autor da vida, justamente Aquele que nos viera mostrar o caminho para o Céu, um caminho diferente e simples, apenas apertado e estreito, do qual tentamos nos desviar de todas as maneiras por causa de nossa religiosidade.
         Preferimos sempre escolher outro caminho, o nosso próprio caminho, o caminho da auto-justificação, do auto-conhecimento, do auto-renascimento, do auto-aperfeiçoamento, tudo à nossa própria maneira, para depois ainda pensarmos que somos os mais sabidões.
         Vejamos o que diz a Palavra de Deus a respeito disso:
Todavia, falamos sabedoria entre os perfeitos; não porém a sabedoria deste mundo, nem dos intelectuais deste mundo, que se aniquilam; mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos intelectuais deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca teriam crucificado o Senhor da glória (1Cor 2.6-8).

         Na verdade, Jesus em nenhuma parte da Bíblia diz que Ele é a religião que devemos seguir. Vemos sempre Ele afirmando que é O CAMINHO, A PORTA, A RESSURREIÇÃO, A VIDA, O BOM PASTOR, entre tantas alegorias por Ele pronunciadas, para nos dar a entender que fora dEle não há outro nem outra solução para o problema do pecado do homem que precisa ser resolvido diante de Deus. Jesus é o Criador, o resto é criatura.
         Por isso, se somos do tipo que vive se desculpando e se retraindo para poder afirmar: Eu já tenho a minha religião, estamos cometendo um grande equívoco que pode custar toda uma eternidade. Jesus não está oferecendo a nós mais uma religião, mas nos dando gratuitamente a salvação com garantia de uma vida abundante aqui e agora e eternamente.
         Se pararmos para pensar um pouquinho veremos que isso não existe em nenhuma religião do mundo e nunca houve.
         Jesus não nos diz que precisamos nascer e renascer em vários corpos por uma infinidade de vezes para que sejamos perfeitos. Isso é uma velha invenção do capeta que tem enganado a muitos que não examinam as Escriituras.
         Ora, ora, não vamos morrer com a nossa religião (porque meu pai, meu avô, meu bisavô, meu tataravô era assim), mas vamos verificar a veracidade do que nos diz o Senhor Jesus. Não nos custa nada.
    Por que deveríamos morrer na ignorância?
Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (João 8:32).

         Por que não ser libertado pelo Rei Jesus? Ora, não vamos cometer também o mesmo engano dos fariseus que disseram a Jesus: Nunca fomos escravos de ninguém (João 8.33) Eles que já tinham sido escravos dos babilônios, dos persas, dos gregos, e agora eram escravos dos romanos. Mas não era desse tipo de liberdade que Jesus falava (e nos fala agora), mas da liberdade do espírito. Essa, para quem não sabe, é a verdadeira liberdade.
         Não vamos nos enganar: quem não serve a Jesus, serve ao diabo. Não há outra opção. Nem existe essa coisa de neutralidade e muito menos de "ficar em cima do muro".
         E aí? Será que devemos optar pela nossa religião ? Será que devemos ficar com a tradição que nossos pais nos legaram? Ou será que o ensinamento de nossos antepassados é mais importante que o ensino do Autor da vida?
         Oh, amigo, vamos deixar essa nossa religiosidade hipócrita de lado e vamos seguir apenas a Jesus, pois fora dEle não há a menor possibilidade de sermos salvos (Atos 4.12).TER

O FUTURO GOVERNO MUNDIAL

O Futuro Governo Mundial


     Dentro de pouco tempo, um governo cruel, perverso e totalitário, mas com um discurso impecável de paz, amor e fraternidade, tomará conta do planeta Terra. Nada pode impedir que isso aconteça. Os Estados Unidos, depois de um colapso repentino e misterioso, serão impotentes, um mero peão no desenrolar dos acontecimentos. Mas será que essa transformação será provocada pelos lendários Trilateralistas? Não! A conspiração é muito maior do que isso e poderosa demais para ser controlada pelos Trilateralistas.
         Há muitos rumores alarmistas de que importantes líderes políticos de Washington estariam envolvidos numa conspiração para trair os interesses nacionais dos Estados Unidos. Esses homens, todos membros ou ex-membros da Comissão Trilateral e/ou do Conselho de Relações Exteriores (CFR, em inglês), estariam trabalhando lado a lado com certos líderes comunistas importantes numa conspiração internacional para estabelecer um governo mundial [...]. Não há dúvida de que esses relatos têm um fundo de verdade. Mas as pessoas invariavelmente exageram quando se referem aos Trilateralistas e ao pessoal do CFR, parecendo atribuir onisciência e onipotência aos “internacionalistas”.
        De fato, membros de várias organizações políticas importantes, tanto nos EUA como no exterior, fazem parte de uma conspiração internacional para estabelecer um governo mundial. Mas será que isso é tão ruim assim? De que outra forma pode haver uma paz mundial justa e duradoura? Com certeza, um governo mundial não seria considerado algo ruim, mas sim a maior esperança de se evitar um holocausto nuclear. Porém, muitos argumentam que esse governo só poderia ser estabelecido através do sacrifício de liberdades preciosas para o Ocidente [...].
         Em vários de seus livros, H. G. Wells parece ter previsto com precisão assustadora os passos que levarão ao surgimento do futuro governo mundial. Embora defendesse um socialismo internacional benevolente, ele não tinha ilusões com relação ao Comunismo, que rejeitou com estas palavras:
 
Na prática, vemos que o Marxismo [...] recorre a atividades perniciosamente destrutivas e [...] é praticamente impotente diante de dificuldades materiais. Na Rússia, onde [...] o Marxismo foi testado [...] a cada ano fica mais claro que o Marxismo e o Comunismo são desvios que se afastam do caminho do progresso humano [...]. O principal erro dessa teoria é a suposição simplista de que pessoas em situação de desvantagem se sentirão compelidas a fazer algo mais do que a mera manifestação caótica e destrutiva de seu ressentimento [...]. Nós rejeitamos [...] a fé ilusória nesse gigante mágico, o Proletariado, que irá ditar, organizar, restaurar e criar [...].

         Em vez disso, Wells previu que a nova ordem mundial estaria nas mãos de “uma elite de pessoas inteligentes e com um pensamento religioso”. A religião desses conspiradores sinceros, que Wells explicou e confessou seguir, é exatamente o que a Bíblia descreve como a religião do futuro Anticristo! Mas poucas pessoas perceberão isso, pois todos estarão muito empenhados em salvar o mundo do holocausto nuclear. Seus objetivos serão tão sinceros e parecerão tão lógicos: uma paz genuína e duradoura só pode ser obtida através do controle mundial sobre os interesses nacionalistas que, de outra forma, geram disputas por territórios, recursos, riqueza e poder, provocando guerras para atingir seus objetivos [...].
         Criado pela mãe para ser evangélico, Wells tornou-se um apóstata inimigo de Cristo. Amigo íntimo de T. H. Huxley, Wells era ateu e ávido evolucionista. Porém, tinha uma religião, uma crença de que uma elite de homens-deuses evoluiria no tempo oportuno, “tomaria o mundo em suas mãos e criaria uma ordem racional”. O mundo seria transformado através dessa religião apóstata. Duvido que Wells soubesse que estava profetizando o cumprimento de uma profecia bíblica:
 
“Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição”.

        Entretanto, Wells parecia saber que isso não aconteceria em sua geração, mas ocorreria provavelmente na seguinte:      

Para a minha geração, desempenhar o papel de João Batista deve ser a maior ambição. Podemos proclamar e revelar o advento de uma nova fase da fé e do esforço humano. Podemos indicar o caminho cuja descoberta tem sido o trabalho de nossa vida [...]. Aqui – dizemos – está a base para um mundo novo.

        A idéia de um governo mundial está em circulação há muito tempo. A novidade hoje é o fato de que quase todo mundo está chegando à mesma conclusão e, no desespero do momento, milhões de pessoas estão fazendo algo a respeito [...]. Como H. G. Wells previu, a “conspiração” agora se tornou um movimento evidente que envolve centenas de milhões de “crentes”. A maioria desses “conspiradores declarados”, como Wells profetizou, tem em mente uma unidade mundial baseada mais no relacionamento interpessoal do que propriamente num governo, como querem os internacionalistas. A maior demonstração de que isso já é totalmente possível são as redes formadas por milhares de grupos de cidadãos comuns trabalhando em conjunto, no mundo inteiro, no novo e poderoso movimento pela paz. Isso também parece ter sido previsto por Wells, que escreveu:
 
“O que estamos procurando alcançar é a síntese, e esse esforço comunal é a aventura da humanidade”.

         Alguma coisa importante está tomando forma – um imenso e crescente movimento popular cujo caráter é mais religioso do que político, embora não no sentido comum da palavra. É uma nova espiritualidade, um misticismo grande demais para ser confinado nos limites estreitos de qualquer religião.
         O Dr. Fritjov Capra, brilhante físico-pesquisador da Universidade da Califórnia em Berkeley, declarou:
 
Vivemos hoje num mundo interconectado globalmente [...] que requer uma perspectiva ecológica [...] uma nova visão da realidade, uma transformação fundamental das nossas idéias, percepções e valores [...].

         É interessante o que H. G. Wells declarou, ao escrever sobre a “conspiração declarada” que acabaria por estabelecer a nova ordem mundial:
 
“Esta é a minha religião [...] a verdade e o caminho da salvação [...]. Ela já está se desenvolvendo em muitas mentes [...] uma imensa e esperançosa revolução na vida humana [...]”.

         Existem evidências suficientes de que o que Wells previu está finalmente acontecendo. Isso não é obra do acaso e já está grande demais para ser controlado pelos Trilateralistas [...].
         Estamos diante não só de um futuro governo mundial, mas também de uma futura religião mundial. Na era espacial, ela precisará ter o aval da ciência. Mas que religião seria essa? Não é preciso ser nenhum gênio para perceber que, se a Bíblia chama seu líder de Anticristo, então ela tem que ser anticristã. Entretanto, o próprio Senhor Jesus avisou que esse homem fingiria ser o Cristo e que seu disfarce seria tão astuto e convincente que enganaria “se possível, os próprios eleitos”.

A VIÚVA DE SAREPTA

A Viúva de Sarepta


Então, veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo: Levanta-te, e vai a Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente. Então, ele se levantou e se foi a Sarepta; e, chegando à porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; e ele a chamou e lhe disse: Traze-me, peço-te, numa vasilha um pouco de água que beba. E, indo ela a buscá-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me, agora, também um bocado de pão na tua mão. Porém ela disse: Vive o SENHOR, teu Deus, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos e morramos. E Elias lhe disse: Não temas; vai e faze conforme a tua palavra; porém faze disso primeiro para mim um bolo pequeno e traze-mo para fora; depois, farás para ti e para teu filho. Porque assim diz o SENHOR, Deus de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará, até ao dia em que o SENHOR dê chuva sobre a terra. E foi ela e fez conforme a palavra de Elias; e assim comeu ela, e ele, e a sua casa muitos dias. Da panela a farinha se não acabou, e da botija o azeite não faltou, conforme a palavra do SENHOR, que falara pelo ministério de Elias. (1 Rs 17.8-16)

A PROVISÃO DE DEUS PARA OS SEUS MINISTROS

Deus cuida daqueles que chama para fazer a sua obra. O nosso sustento vem do Senhor.

Elias foi sustentado em tempos de crise, por aquele que não conhece crise, pois todas as coisas lhe pertencem:

[Salmo de Davi] Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam. (Sl 24.1)

Minha é a prata, meu é o ouro, diz o SENHOR dos Exércitos. (Ag 2.8)

Quando estamos na direção de Deus ele nos provê de maneira sobrenatural, agindo da forma que menos imaginamos. Deus mobilizou a criação e a natureza em favor de Elias através do serviço de corvos e das águas de um riacho (1 Rs 17.1-7). A criação obedece ao criador. Ele faz jumenta repreender profeta (Nm 22.25-30) e grandes peixes de salva-vidas e guias para os tais (Jn 1.17).

É Deus quem soberanamente domina e controla as forças da natureza. Ele é poderoso para provocar tempestades (Jn 1.4, 13), acalmar a sua fúria (Jn 1.15; Mt 8.23-27; Mc 4.35-41; Lc 8.22-25) e para intervir em seu curso natural (Êx 14.21-22; Js3.14-17; 2 Rs 2.8, 14). O Senhor é soberano sobre a natureza para fazer chover (Dt 28.12; 1Rs 18.41-45) ou para provocar estiagens (Dt 28.24; 1 Rs 17.1; 2 Cr 7.13).

Haverá sempre uma provisão do Senhor em cada etapa do ministério daqueles a quem ele vocaciona e comissiona. Sarepta seria o lugar de onde viria a próxima provisão de Deus para Elias, e através de quem ele menos poderia esperar.

A VIÚVA DE SAREPTA

No episódio que envolveu o profeta Elias e a viúva de Sarepta, aprendemos diversos princípios que podem, e que precisam ser aplicados à nossa vida, para que assim possamos abençoar e sermos abençoados:

- O princípio da obediência (v. 8-9): Não importa para onde o Senhor nos envie, devemos obedecê-lo e crer que ele já providenciou nosso sustento. Nos dias atuais, por muitos, a direção de Deus não é mais buscada ou obedecida, pois o que prevalece é a racionalização de que os melhores e grandes lugares (cidades, igrejas, etc.) é que garantirão um viver confortável, e a possibilidade de prosperidade material. Na realidade, esta é uma visão distorcida de ministério. O lugar da bênção de Deus sobre a nossa vida é aquele para onde ele nos envia.

- O princípio do anonimato (v. 9): “Ordenei a uma mulher viúva”. No Reino de Deus não é o tanto quanto aparecemos ou deixamos de aparecer que qualifica a nossa vida e ministério, mas a motivação com a qual realizamos a obra de Deus. A Bíblia e a história são repletas de anônimos que certamente terão seu galardão, e o reconhecimento de seu serviço na eternidade, concedidos pelas mãos daquele que é justo e verdadeiro (Ap 22.12). Além da mulher viúva, podemos citar como exemplo de anônimos a menina israelita que serviu na casa do grande general Sírio Namã (II Reis 5:1-6), as mulheres que doaram seus espelhos quando da confecção da pia de cobre do Tabernáculo em pleno deserto (Êxodo 30:17-21), profetas cujos nomes não são mencionados (1 Rs 13; 20.13-30), os quatro leprosos no episódio do terrível cerco da cidade de Samaria (II Reis7:3-11), a mãe de Rufo (Rm 16.13), os crentes da família de Narciso (Rm 16.11), os irmãos que estavam com Asíncrito, Fleonge, Hermas, Pátrobas e Hermes (Rm 16.14), os santos que estavam com Filólogos, Júlia, Olimpas e a irmã de Nereu (Rm 16. 15).

- O princípio da hospitalidade (v. 10-12): Elias pediu que a viúva lhe trouxesse água, e ela se prontificou em atender o profeta. Ainda nos dias de hoje há pessoas hospitaleiras, que sentem prazer em servir, mesmo quando os recursos são escassos, e quando não há muito conforto a oferecer. A expressão da viúva no v. 12 é bastante natural, pois fala de sua preocupação na condição de mãe, além de informar ao profeta que não tinha tanto quanto gostaria de ter para atendê-lo melhor.

- O princípio da generosa semeadura (v. 13): Os recursos de Deus são sementes. Pouco ou muito, são sementes. Deus em graça nos concede “sementes”. Sementes são recursos espirituais e materiais que o Senhor nos confia para realizarmos uma boa semeadura. Quando semearmos de maneira errada, com certeza passaremos por dificuldades e escassez. Um texto bíblico que nos mostra claramente como funciona a lei da semeadura e da colheita é 2 Coríntios 9.6-11. De que forma os princípios envolvidos na lei da semeadura e da colheita foram vivenciados no encontro de Elias com a viúva de Sarepta?

Em primeiro lugar, a semeadura é feita no campo, na roça ou no terreno do outro (daquele que necessita da semente), no caso aqui, a pouca semente que a viúva tinha deveria ser primeiro semeada na vida do profeta.

Em segundo lugar, semeamos nas outras vidas, mas colhemos em nós mesmos. Nossa colheita é proporcional a nossa semeadura. Apesar de ter semeado pouco, a viúva semeou do seu tudo, ou seja, proporcionalmente foi muito. Temos aqui um caso semelhante ao da oferta da viúva pobre (Mc 12.41-44).

Em terceiro lugar, a semeadura deve ser regada pela alegria e liberalidade. Não há sinal algum no texto de que a viúva contribuiu constrangida pelo profeta. Atualmente, há uma diversidade de ações constrangedoras e manipuladoras por parte de alguns “profetas”, que visam a todo o custo arrancarem ofertas de viúvas necessitadas, apelando para toda a sorte de artifícios. Elias não “apelou”, simplesmente transmitiu a mensagem de Deus com objetividade e clareza. A viúva entendeu a mensagem e obedeceu.

Em quarto lugar, a semeadura faz com que Deus nos dê em tudo toda suficiência, em todo o tempo, para superabundarmos (medida excedente) em toda a boa obra. A nossa generosidade em semear fará com Deus multiplique o nosso bom depósito, multiplicando com isso as sementes em nós e a semeadura por nós. O nosso enriquecimento espiritual e material terá sempre como objetivo a prática da generosidade, da liberalidade em socorrer, ajudar, contribuir, compartilhar (gr. haplotes). A viúva de Sarepta teve uma colheita abundante, que supriu a necessidade do profeta, dela e do seu filho por muitos dias.

videos cantinho da roça

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