sexta-feira, 15 de novembro de 2013

ISRAEL E AS SERPENTES PEÇONHENTAS

 Israel e as Serpentes Peçonhentas



Deus emancipou o povo de Israel da sua escravidão no Egito por meio de um líder corajoso e íntegro, Moisés. Este conduziu os israelitas até o monte Sinai, onde se acamparam por um ano. Durante esse tempo, Deus deu ao povo escolhido uma lei especial e instruções para preparar tudo que seria necessário para adorar ao Senhor - um templo móvel conhecido como tabernáculo, todos os seus móveis e altares, e sacerdotes treinados e equipados para serem intermediários entre Deus e seu povo.

Quando tudo estava pronto, Deus mandou que continuassem sua viagem sentido Canaã para tomar posse de Canaã, a terra prometida gerações antes a Abraão. Devido à falta de confiança no Senhor, Israel não saiu do deserto para entrar na terra por 40 anos. Quando o fim desse período se aproximava, a nação recomeçou sua jornada para Canaã. A viagem foi difícil, e começaram a reclamar contra Moisés e contra o próprio Senhor.

Deus castigou a nação ingrata com uma praga de serpentes que começaram a morder os israelitas. Muitos morreram, e os outros se arrependeram e pediram a misericórdia do Senhor.

O Senhor mandou que Moisés fizesse uma serpente de bronze e a colocasse numa haste. Qualquer pessoa mordida que olhasse para a serpente seria curada. Desta maneira, a praga cessou. Pode-se ler essa história em Números 21:4-9.

Aprendemos lições importantes destes acontecimentos:

O pecado leva à morte. Gostaríamos de evitar o assunto, mas qualquer estudo honesto e completo da Bíblia nos obrigará a encarar esse fato. Desde o pecado de Adão e Eva no jardim do Éden, Deus tem reforçado a lição da consequência do pecado. Em Romanos, um dos livros mais ricos da Bíblia, o apóstolo Paulo dedicou os primeiros capítulos à explicação de vários aspectos do problema do pecado. Entre os pontos apresentados está esta afirmação do resultado da desobediência à vontade de Deus: “porque o salário do pecado é a morte...” (Romanos 6:23).


No caso dos israelitas que murmuravam contra Deus, o resultado imediato foi a morte física de alguns, mas a consequência maior do pecado é a morte espiritual, a separação de Deus (veja Efésios 2:1,12).

Deus deseja perdoar os pecadores e cancelar a consequência do pecado. 700 anos depois da praga de serpentes, Isaías escreveu: “Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” (Isaías 55:7). Outro profeta judeu escreveu: “Acaso, tenho eu prazer na morte do perverso? — diz o SENHOR Deus; não desejo eu, antes, que ele se converta dos seus caminhos e viva?” (Ezequiel 18:23).

O pecador precisa voltar para Deus para ser perdoado. Os israelitas que reclamaram contra Deus e Moisés se arrependeram: “Veio o povo a Moisés e disse: Havemos pecado, porque temos falado contra o SENHOR e contra ti; ora ao SENHOR que tire de nós as serpentes. Então, Moisés orou pelo povo” (Números 21:7). Quase 1.500 anos depois, o Salvador enviado do céu afirmou o mesmo requisito: o perdão depende do arrependimento (Lucas 13:3,5).

A serpente de bronze prefigurou a salvação em Jesus Cristo! João 3:16, um versículo que afirma o amor de Deus em mandar Jesus como Salvador, é um dos textos mais conhecidos do Novo Testamento. Mas muitos não sabem que este texto usa a serpente de bronze como figura que representa Jesus: “E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna. Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:14-16; veja Isaías 45:22).

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