quarta-feira, 22 de agosto de 2012

As testimunhas de jeová


As Testemunhas-de-jeová

As "Testemunhas-de-jeová" formam uma das seitas que mais crescem atualmente. Em face do seu proselitismo incontrolável, e do grande mal causado por seus ensinos à vida do crente, necessário se faz estudá-la.

I. RESUMO HISTÓRICO DO JEOVISMO
Charles Taze Russell, fundador da seita "Testemunhas de Jeová", nasceu no Estado da Pensilvânia, Estados Unidos, no ano de 1854. Perturbado pela doutrina das penas eternas, tornou-se simpatizante da doutrina adventista, a qual abraçou posteriormen­te. Como Russell possuía pontos de vista muito pessoais, princi­palmente quanto à maneira e ao objetivo da vinda de Cristo, não demorou haver divergência entre seus pontos de vista e os dos líderes adventistas. Nessa época, em parceria com um adventista de nome N.H. Barbour, escreveu um livro. Essa amizade, porém, durou pouco, pois logo se separaram, após uma acalorada discus­são quanto à doutrina da expiação. Um ano após, em 1872, Russell lança os fundamentos do seu movimento, inicialmente com os nomes "Torre de Vigia de Sião" e "Arauto da Presença de Cristo".

1.1. As Idéias de Russell
Russell vivia em freqüentes choques com as autoridades e os tribunais, dos quais nem sempre se saía bem. Censurou as igrejas e seus líderes como porta-vozes do engano e como instrumentos do diabo. Para preparação dos seus discípulos, escreveu uma obra intitulada Estudos nas Escrituras, sobre a qual o próprio Russell declarou ousadamente que seria melhor que ela fosse lida do que lida a Bíblia sozinha. Contudo, mais tarde, ele mesmo chamou de "imaturos" alguns de seus escritos primitivos.
Russell foi um homem de mau procedimento. Casou-se em 1879. Várias vezes foi levado ao tribunal por sua própria esposa, em face de maus tratos que sofria dele. Não podendo ela suportá-lo mais, abandonou-o em 1887, dele divorciando-se em 1913. Viu-se muitas vezes em apuros com a justiça devido a escândalos financeiros.

1.2. JOSEPH FRANKLIN RlJTHERFORD
Charles Taze Russell morreu a 9 de novembro de 1916, sendo substituído pelo juiz Joseph Franklin Rutherford.
Rutherford excedeu em muito a atuação do próprio Russell, fundador da seita. Logo no princípio da sua gestão, fundou a re­vista Despertai, com uma tiragem mensal que vai a um milhão de exemplares. Esteve por vários meses na cadeia por causa de alegadas "atividades antiamericanas", no inicio da entrada dos Estados Unidos na Primeira Grande Guerra. Isto contribuía mais para que Rutherford e seus seguidores tivessem maior ódio da "or­ganização do diabo" (como tratavam toda e qualquer espécie de organização política ou religiosa que se opunha aos seus ensinos e às doutrinas). Rutherford morreu a 8 de janeiro de 1942, com 72 anos de idade.

1.3. Nathan H. Knorr
Com a morte de Rutherford, Nathan H. Knorr assumiu a os liderança da seita. No início do seu mandato escreveu um ensaio com o título: "Testemunhas-de-jeová dos Tempos Modernos", com a afirmação: "Deus Jeová é o organizador de suas testemunhas sobre a terra". Prosseguindo, diz que o nome da organização deri­va-se da passagem de Isaías 43.10: "Vós sois minhas testemunhas, diz Jeová".

1.4. Escravos de um Sistema
As Testemunhas-de-jeová demonstram um zelo incomum em tornarem conhecidas as suas doutrinas, pelo que se dedicam ao máximo à venda de livros e revistas, de porta em porta. Além de se dedicarem com afinco a esse trabalho, quase todos dão uma parce­la de cooperação na disseminação das doutrinas da seita. W.J. Schenell, ex-testemunha", diz que as "testemunhas" ficam sob constantes pressões e com medo mortal dos seus líderes. Por exem­plo: se não venderem suficiente literatura, serão rebaixados à "clas­se de maus servos", ou "servos inúteis".

1.5. Expansão da Seita
Já em 1949, o Anuário das Igrejas Americanas trazia o seguinte: "As testemunhas-de-jeová têm grupos em quase todas as ci­dades dos Estados Unidos, bem como em outras partes do mun­do, com o propósito de estudar a Bíblia. Não fazem relatório de seus membros, nem anotam a assistência às reuniões. Reúnem-se em salões alugados e não constróem templos para o seu pró­prio uso".
A maior parte dos seus esforços é gasta procurando alcançar pessoas já membros de igrejas evangélicas, cujos preceitos eles põem em dúvida por meio de ensinos subversivos. Enviam os seus representantes para os campos missionários estrangeiros, onde, às vezes, entram em conflito com as autoridades.

II. A DOUTRINA DA TRINDADE
Poucos aspectos da doutrina cristã têm sofrido tantos ataques das "testemunhas-de-jeová" quanto a doutrina da Trindade. O que eles pensam e dizem sobre este tema é abundantemente mostrado nos seus livros, revistas e palestras, como vemos a seguir.

2.1. O Cúmulo do Absurdo
"Satanás deu origem à doutrina da trindade" (Seja Deus Verdadeiro, p. 81).
"Um contemporâneo de Teófilo na África Setentrional, o escritor latino chamado Tertuliano, da cidade de Cartago, de­fronte a Itália, escreveu uma defesa de sua religião e introduziu nos seus escritos a palavra trinitas, que quer dizer 'trindade'. Daquele tempo em diante a doutrina trinitária veio a infectar cada vez mais a crença dos cristãos professos. Tal doutrina é absolutamente alheia ao verdadeiro Cristianismo. Nem se en­contra a palavra trias nas inspiradas Escrituras gregas cristãs, tampouco se acha a palavra trinitas, nem mesmo na tradução latina da Bíblia, a Vulgata" (Que tem Feito a Religião Pela Humanidade? p. 261).
"Ninrode casou-se com sua mãe Semíramis, e assim, num sen­tido, ele é seu próprio pai e seu próprio filho. Aqui está a origem da doutrina da trindade" (Russell, Estudos nas Escrituras).

2.2. Conceito Inconsistente
O ensino jeovista de que Tertuliano inventou a doutrina da Trindade é injusto, tendencioso e mau. Viria ao caso perguntar­mos: "Newton inventou a lei da gravidade ou simplesmente elucidou-a?" A mesma pergunta deve ser feita quanto à pessoa de
Tertuliano relativamente à doutrina da Trindade: "Tertuliano inventou a doutrina da Trindade ou simplesmente interpretou-a?"
Por exemplo, o fato de Martinho Lutero ter defendido a dou­trina da justificação pela fé e a do sacerdócio universal dos crentes não significa que ele as inventou.
É evidente que a palavra trindade não se encontra na Bíblia, como também nela não se encontram expressões como "testemunhas-de-jeová" e "Salão do Reino", porém, a Bíblia contém a idéia básica da doutrina da Trindade. Não descartamos a possi­bilidade de que Tertuliano tenha sido o primeiro dos escritores da Igreja a usar a palavra Trindade (três em um), com o objetivo de dar forma a uma verdade implícita do Gênesis ao Apocalipse. Devemos ter em mente, no entanto, que descobrir uma verdade não é a mesma coisa que inventar a verdade. A verdade não se inventa, descobre-se.

2.3. A Trindade nas Escrituras
A idéia da Trindade faz-se presente nos seguintes casos men­cionados na Bíblia Sagrada:
a. Criação do homem (Gn 1.26).
b. Conclusão divina quanto à capacidade do conhecimento do homem a respeito do bem e do mal (Gn 3.22).
c. Confusão das línguas, em Babel (Gn 11.7).
d. Visão e chamamento de Isaías (Is 6.8).
e. Batismo de Jesus no Jordão (Mt 3.16,17).
f. A Grande Comissão de Jesus (Mt 28.19).
g. Distribuição dos dons espirituais (1 Co 12.4-6).
h. Bênção apostólica (2 Co 13.13).
i. Descrição paulina da unidade da fé (Ef 4.4-6).
j. Eleição dos santos (1 Pe 1.2).
1. Exortação de Judas (Jd vv.20,21).
m. Dedicatória das cartas às sete igrejas da Ásia (Ap 1.4,5).

Tanto no Antigo como no Novo Testamento, títulos divinos são atribuídos às três Pessoas da Trindade: a) a respeito do Pai (Êx 20.2); b) a respeito do Filho (Jo 20.28); c) a respeito do Espírito Santo (At 5.3,4).

Cada Pessoa da Trindade é descrita na Bíblia, como:
·        Onipresente
·        Onipotente
·        Onisciente
·        Criador
·        Eterno
·        Santo
·        Santificador
·        Fonte da vida eterna
·        Mestre
·        Capacitado a ressuscitar mortos
·        Inspirador
·         Dos profetas
·        Salvador
·        Supridor de ministros à Igreja

O Pai
O Filho
O Espírito
Jr 23.24
Ef 1.20-23
Sl 139.7
Gn 17.1
Ap 1.8
Rm 15.19
At 15.18
Jo 21.17
1 Co 2.10
Gn 1.1
Jo 1.3
Jó 33.4
Rm 16.26
Ap 22.13
Hb 9.14
Ap 4.8
At 3.14
Jo 1.33
Jd 24.25
Hb 2.11
1 Pe 1.2
Rm 6.23
Jo 10.28
Gl 6.8
Is 48.17
Mt 23.8
Jo 14.26
1 Co 6.14
Jo 2.19
1 Pe 3.18
Hb 1.1
2 Co 13.3
Mc 13.11
Tt 3.4
Tt 3.6
Jo 3.8
Jr 3.15
Ef 4.11
At 20.28

III. POR JEOVÁ E CONTRA CRISTO
Quanto à Pessoa de Cristo, a doutrina das "testemunhas-de-jeová" é essencialmente ariana, e se identifica muito bem com di­ferentes correntes heréticas surgidas nos primeiros séculos da his­tória da Igreja.

3.1. Rejeição da Divindade de Cristo
Quanto à Pessoa e à divindade de Jesus Cristo, dizem os jeovistas:
"Este [Jesus Cristo], não era Jeová Deus, mas estava 'existin­do na forma de Deus'. Como assim? Ele era uma pessoa espiritu­al, assim como 'Deus é Espírito'; era poderoso, mas não Todo-poderoso como o é Jeová Deus: também ele existia antes de todas as outras criaturas de Deus porque foi o primeiro filho que Jeová Deus trouxe à existência. Por isso é chamado 'o Filho unigênito' de Deus, porque Deus não teve associado ao trazer à existência o seu unigênito Filho... Ele não é o autor da criação de Deus; mas, depois de Deus o haver criado como primogênito, usou-o como seu obreiro associado ao trazer à existência todo o resto da cria­ção" (Seja Deus Verdadeiro, pp. 34,35).

Em resumo, o que se conclui deste ensino herético é que Jesus Cristo:
a. não é Deus;
b. em sua vida humana foi simplesmente uma pessoa espiritual;
c. não é Todo-poderoso;
d. foi criado pelo Pai, como criadas foram as demais coisas;
e. não é o autor da Criação.

3.2. A Bíblia Enfatiza a Divindade de Cristo
O testemunho geral das Escrituras é que:
a. Cristo é Deus (Jo 1.1; 10.30,33,38; 14.9,11; 20.28; Rm 9.5; Cl 1.15; 2.9; Fp 2.6; Hb 1.3; 2 Co 5.19; 1 Pe 1.2; 1 Jo 5.2; Is 9.6).
b. Cristo é Todo-poderoso (Mt 28.18; Ap 1.8).
c. Cristo não foi criado, pois é eterno (Jo 1.18; 6.57; 8.19,58; 10.30,38; 14.7,9,10,20; 16.28; 17.21).
d.  Cristo é o autor da Criação (Jo 1.3; Cl 1.16; Hb 1.2,10;
Ap3.14).

Concepção russelita da queda da Grande Babilônia

Muitas afirmações feitas no Antigo Testamento a respeito de Jeová são cumpridas e interpretadas no Novo Testamento, referin­do-se a Jesus Cristo. Compare:
Isaías 40.3,4 com Lucas 1.68,69,76
Êxodo 3.14 com João 8.56-58
Jeremias 17.10 com Apocalipse 2.23
Isaías 60.19 com Lucas 2.32
Isaías 6.10 com João 12.37-41
Isaías 8.12,13 com 1 Pedro 3.14,15
Isaías 8.13,14 com 1 Pedro 2.7,8
Números 21.6,7 com 1 Coríntios 10.9
Salmos 23.1 com João 10.11; 1 Pedro 5.4
Ezequiel 34.11,12 com Lucas 19.10
Deuteronômio 6.16 com Mateus 4.10.

3.3. Provada a Divindade de Cristo
Atributos inerentes a Deus Pai relacionam-se harmoniosamente com Cristo, provando a sua divindade. Deste modo a Bíblia apre­senta-o como:
• O Primeiro e o Último (Is 41.4; Cl 1.15,18; Ap 1.17; 21.6).
• Senhor dos senhores (Ap 17.14).
• Senhor de todos e Senhor da Glória (At 10.36; 1 Co 2.8).
• Rei dos reis (Is 6.1-5; Jo 12.41; 1 Tm 6.15).
• Juiz (Mt 16.27; 25.31,32; 2 Tm 4.1; At 17.31). •Pastor (SI 23.1; Jo 10.11,12).
• Cabeça da Igreja (Ef 1.22).
• Verdadeira Luz (Lc 1.78,79; Jo 1.4,9).
• Fundamento da Igreja (Is 28.16; Mt 16.18).
• O Caminho (Jo 14.6; Hb 10.19,20). •A Vida(Jo 11.25; 1 Jo 5.11,12).
• Perdoador de pecados (SI 103.3; Mc 2.5; Lc 7.48,50).
• Preservador de tudo (Hb 1.3; Cl 1.17).
• Doador do Espírito Santo (Mt 3.11; At 1.5).
• Onipresente (Ef 1.20-23).
• Onipotente (Ap 1.8).
• Onisciente (Jo 21.17).
• Santificador(Hb2.11).
• Mestre (Lc 21.15; Gl 1.12).
• Ressuscitador de si mesmo (Jo 2.19).
• Inspirador dos profetas (1 Pe 1.17).
• Supridor de ministros à Igreja (Ef 4.11).
• Salvador (Tt 3.4-6).

3.4. Jesus, O Verbo Divino
Na. Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs, versão bíblica forjada pelas "testemunhas-de-jeová", lê-se João 1.1, assim: "No princípio era a Palavra e a Palavra estava com Deus e a Palavra era um deus". Note o final da expressão: "... um deus".
Entre as famosas traduções da Bíblia conhecidas hoje, pelo menos «dezenove delas afirmam que "A Palavra era Deus"; não "deus" com "dl" minúsculo, ou "um deus" qualquer. Veja, por exemplo:
• KING JAMES VERSION - A Palavra era Deus.
•THE NEW INTERNATIONAL VERSION (A Nova Versão Internacional) - A Palavra era Deus.
• ROTHERHAM - A Palavra era Deus.
• DOUAY - A Palavra era Deus.
• JERUSALÉM BIBLE (A Bíblia de Jerusalém) - A Palavra era Deus.
• AMERICAN STANDARD VERSION (Versão Padrão Ame­ricana) - e a Palavra era Deus.
• REVISED STANDARD VERSION (Versão Padrão Revis­ta) - e a Palavra era Deus.
• YOUNG'S LITERAL TRANSLATION OF THE BIBLE (Tradução Literal da Bíblia, de Young) - e a Palavra era Deus.
• THE NEW LIFE TESTAMENT (O Testamento da Nova Vida) - a Palavra era Deus.
• MODERN KING JAMES VERSION (Versão Moderna da King James) - a Palavra era Deus.
• NEW TRANSLATION - DARB Y (Nova Tradução) - a Pala­vra era Deus.
• NUMERIC ENGLISH NEW TESTAMENT - a Palavra era Deus.
• THE NEW AMERICAN STANDARD BIBLE (A Nova Bí­blia Padrão Americana) - e a Palavra era Deus.
• THE NEW TESTAMENT IN MODERN SPEECH -WEYMOUTH (O Novo Testamento em Linguagem Moderna) - e a Palavra era Deus.
• THE NEW TESTAMENT IN BASIC ENGLISH (O Novo Testamento em Inglês Básico) - e a Palavra era Deus.
• THE NEW TESTAMENT IN MODERN ENGLISH -MONTGOMERY (O Novo Testamento em Inglês Moderno) - e a Palavra era Deus.
• THE NEW TESTAMENT IN ENGLISH (Phillips) - essa Palavra estava com Deus e era Deus.
• THE BERKLEY VERSION (A Versão de Berkley) - e a Pa­lavra era Deus.
• EMPHATIC DIAGLOTT (Publicação das testemunhas-de-jeová) - e o Logos era Deus.
Quatro traduções não usam exatamente a expressão "a Pala­vra era Deus", mas evidenciam a divindade de Cristo conforme o texto de João 1.1. São elas:
• AN EXPANDED TRANSLATION - WEST (Uma Tradução Ampliada) - e a Palavra era, quanto à sua essência, divindade ab­soluta.
• THE AMPLIFIED BIBLE (A Bíblia Ampliada) - e a Palavra era o próprio Deus.
• LIVING BIBLE (A Bíblia Viva) - antes que algo mais exis­tisse, existia Cristo com Deus. Ele sempre tem vivido e é Ele o próprio Deus.
• LAMSA - E Deus era essa Palavra.
Quatro traduções não ensinam claramente a divindade de Cris­to, conforme João 1.1. São elas:
• MOFATT - O Logos era divino.
• TODAVS ENGLISH VERSION (Versão em Inglês de Hoje) - e Ele era o mesmo que Deus.
• GOODSPEED - A Palavra era divina.
• NEW ENGLISH BIBLE (Nova Bíblia Inglesa) - e o que Deus era, a Palavra era.
Apenas quatro traduções, negam a divindade de Cristo em João 1.1. São elas:
• THE NEW WORLD TRANSLATION OF THE HOLY SCRIPTURES (Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagra­das) - e a Palavra era um deus.
• EMPHATIC DIAGLOTT (tradução interlinear do grego) - e um deus era a Palavra.
• THE KINGDOM INTERLINEAR OF THE SCRIPTURES
(Tradução do Reino, Interlinear, das Escrituras Gregas) - e deus era a Palavra.
• THE KINGDOM INTERLINEAR (A Interlinear do Reino) - e a Palavra era um deus.
Todas estas últimas quatro versões citadas são publicadas e distribuídas pelas testemunhas-de-jeová.

3.5. Depoimento da Teologia
Das dezenove traduções mencionadas, que afirmam que "a Palavra era Deus", pelo menos treze delas foram feitas por piedo­sos cristãos. Quanto aos tradutores das versões citadas pelas teste­munhas-de-jeová, as quais afirmam que "a Palavra era um deus", põe-se em dúvida a sanidade espiritual dos seus tradutores, inclu­sive se tinham mesmo algum conhecimento das línguas originais das Escrituras. De maneira especial, a Emphatic Diaglott, citada pelas "testemunhas" com maior freqüência, foi feita por Benjamin Wilson, cristadelfiano, membro de uma seita falsa.
A esperteza das "testemunhas" não conhece limites, seja quan­do têm de torcer a Bíblia, seja falsificando as traduções ou interpolando textos de obras alheias.
Em um artigo intitulado "Uma Tradução Errada e Chocante", o doutor Julios R. Mantey, escreve:
"A Manual Grammar of the Greek New Testament, do qual sou co-autor, é citado pelos tradutores do apêndice da Tradução do Reino, Interlinear, das Escrituras Gregas. Eles citaram-me fora do contexto. Apuradas pesquisas descobriram ultimamente abun­dante e convincente evidência de que a tradução de João 1.1 por 'deus era a Palavra' ou 'a Palavra era um deus' não tem qualquer apoio gramatical."
Em carta de 11 de julho de 1974, encaminhada à Sociedade Torre de Vigia, quartel-general das testemunhas-de-jeová, escreve o doutor Mantey: "Não existe qualquer afirmação na nossa gra­mática que alguma vez quisesse implicar que 'um deus' era a tra­dução admissível em João 1.1... Não revela erudição, nem mesmo é razoável traduzir João 1.1 por 'a Palavra era um deus'. A ordem das palavras tornou obsoleta e incorreta tal tradução. A vossa cita­ção da regra de Colwell é inadequada, porque indica apenas parte das suas conclusões... Ambos os eruditos escreveram que, quando pretendiam dar a idéia indefinida, os escritores dos Evangelhos colocavam regularmente o nome predicativo depois do verbo, e tanto Colwell como Harner afirmaram que Theos, em João 1.1, não é indefinido e não deve ser traduzido por 'um deus. Os escri­tores da Torre de Vigia parecem ser os únicos a advogar tal tradu­ção agora. A evidência contra eles parece de 99%.
"Em vista dos fatos precedentes, principalmente por me terdes citado fora do contexto, peço-vos por meio desta que não volteis a citar A Manual Grammar ofthe Greek New Testament, como fazeis há 24 anos. Peço ainda que, de agora em diante, não me citeis, nem a mim nem a esta obra, em qualquer das vossas publicações.
"Também, que pública e imediatamente apresenteis descul­pas na revista Torre de Vigia, uma vez que as minhas palavras não tiveram nenhuma relevância no que toca à ausência do artigo an­tes de Theos, em João 1.1", conclui o doutor Mantey.
Se João 1.1 quisesse dizer "a Palavra era um deus", o apóstolo teria usado no grego a palavra theios, que significa "um deus", um ser meio divino; em vez de Theos (Deus), que João usou conscien­temente.
O doutor James L. Boyer, do Seminário Teológico da Graça, de Winona Lake, Indiana, Estados Unidos, escreveu: "Para um estudante familiarizado com a língua grega, João 1.1 é a expressão mais forte possível da absoluta divindade da Palavra, muito mais do que seria com o uso do artigo. O fato de não ser usado o artigo no grego descreve, qualifica e enfatiza a natureza e a característica do substantivo usado. O emprego do artigo particulariza e identifica, aponta para o indivíduo. Se João tivesse escrito o artigo defini­do com a palavra Deus, teria significado que a Palavra e Deus eram o mesmo indivíduo, uma negação da Trindade. Mas ao em­pregar a Palavra Deus sem o artigo, diz qual é o caráter da Palavra. Ele é Deus. Ele é alguém cujo caráter é descrito pela palavra Deus".
Concepção russelita do paraíso terrestre no porvir

IV DERROCADA ESCATOLÓGICA
Embora nada de proveitoso haja no sistema doutrinário das testemunhas-de-jeová, existem aspectos nele que são por demais absurdos. Queremos nos referir em particular a alguns desses as­pectos da sua doutrina escatológica, ou seja, a doutrina das últi­mas coisas.

4.1. A Segunda Vinda de Cristo
Afirmam as testemunhas-de-jeová:
"Cristo Jesus vem, não em forma humana, mas como criatura espiritual e gloriosa... Ele vem, portanto, desta vez, não em humi­lhação, não na semelhança dos homens, mas em sua glória, e to­dos os anjos com ele.
"Alguns podem citar as palavras dos anjos: 'Esse Jesus que dentre vós foi recebido no céu, assim virá do modo como o vistes ir para o céu' (At 1.11). Notem, porém, que este texto não diz que ele virá com a mesma aparência, ou no mesmo corpo, mas somen­te do mesmo modo" (Seja Deus Verdadeiro, pp. 184,185).

4.2. O Armagedom e o Governo de Cristo
"A batalha do grande dia do Deus Todo-poderoso (o Armagedom) terminará em 1914, com a derrocada completa do governo do mundo... e o pleno estabelecimento do reino de Cris­to" (Russell, Estudos nas Escrituras, vol. II, pp. 101,170).
Segundo o ensino de Russell, Cristo voltou à Terra e começou o seu governo de paz no ano de 1914.

4-3- O Juízo Final
"Na primavera de 1918, veio o Senhor, e começou o juízo, primeiro da 'casa de Deus' e depois das nações deste mundo" (Seja Deus Verdadeiro, p. 284).

4.4. Objeções Bíblicas a Esse Ensino
Ensinar que Cristo será invisível por ocasião da sua segunda vinda, e que Ele estará dotado de outro corpo que não seja o corpo da sua ressurreição, é ensino contrário a muitas passagens das Es­crituras, dentre as quais se destacam Zacarias 12.10; Mateus 24.30 e Apocalipse 6.15-17.
Quanto ao dia em que se dará a vinda de Cristo, diz Mateus 24.36: "A respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai". — Como, pois, o saberão essas falsas testemunhas-de-Jeová?
Vendo fracassada a sua previsão quanto à segunda vinda de Cristo, Russell arquitetou uma alteração à sua falsa teoria: "A data era correta, porém, equivoquei-me quanto à forma; o reino não terá caráter material e visível, como havia anunciado, mas será espiritual e invisível" (Seja Deus Verdadeiro, pp. 22,25).
Tendo chegado a data anunciada por Russell, em lugar da paz milenária do reino de Cristo, rebentou no mundo a Primeira Guerra Mundial, que enlutou milhares e milhares de famílias em toda a Terra.

4.5. Ordem dos Eventos Escatológicos
A escatologia russelita é mais uma prova inconteste de quão herética é a seita das testemunhas-de-jeová. Ao contrário da escatologia russelita, a Bíblia apresenta os eventos escatológicos na seguinte ordem:
a. O arrebatamento da Igreja.
b. O comparecimento dos crentes diante do Tribunal de Cris­to, as Bodas do Cordeiro no céu, e a Grande Tribulação na Terra.
c. Batalha do Armagedom.
d. Manifestação de Cristo em glória com os seus santos e anjos.
e. Julgamento das nações.
f. Prisão de Satanás por mil anos.
g. Inauguração do reino milenar de Cristo na Terra.
h. Soltura de Satanás por um breve espaço de tempo, mas logo será novamente preso para todo o sempre, i. Juízo do Grande Trono Branco, j. Estabelecimento de novo céu e da nova Terra.
Ninguém em sã consciência se atreveria a afirmar que já tenha ocorrido qualquer um desses eventos na Terra. Quando ocorreu o arrebatamento da Igreja? Onde estão agora o novo céu e a nova Terra?
Diante de todo este disparate e desrespeito demonstrado por parte das testemunhas-de-jeová quanto à Palavra de Deus, vale a pena lembrar as palavras de Apocalipse 22.18,19:
"Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste li­vro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e se alguém tirar qual­quer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa, e das coisas que se acham escritas neste livro".

V. SÍNTESE DOUTRINÁRIA DAS "TESTEMUNHAS"
A doutrina das testemunhas-de-jeová forma uma grande miscelânea mais bem identificada pela desordem e pela negação que lhe são peculiares. Atente para os seguintes aspectos desta doutrina:

5.1. A Alma do Homem
"Os cientistas e cirurgiões não foram capazes de encontrar no homem nenhuma prova determinante de imortalidade. Não po­dem encontrar nenhuma evidência indicativa de que o homem possui uma alma imortal... Assim, vemos que a pretensão de que o homem possui uma alma imortal, e que, portanto, difere das bes­tas, não é bíblica" (Seja Deus Verdadeiro, pp. 56,59).

5.2. 0 Inferno
"A doutrina de um inferno ardente onde os iníquos, depois da morte, são torturados para sempre, não pode ser verdadeira, prin­cipalmente por quatro razões: 1) está inteiramente fora das Escri­turas; 2) é irracional; 3) é contrária ao amor de Deus; 4) é repug­nante à justiça" (Seja Deus Verdadeiro, p. 79).

5.3. A Igreja
"Em Apocalipse 14.1,3, a Bíblia é terminante ao predizer que o total final da igreja celeste será de 144.000, segundo o decreto de Deus" (Seja Deus Verdadeiro, p. 112). Daí surgiu o falso ensi­no de que só 144.000 salvos irão para o céu.

5.4. Refutação Desse Ensino:
A doutrina das "testemunhas" quanto à alma humana apóia-se em teorias de homens sem Deus. O inequívoco testemunho das Escrituras é que o homem não só foi feito alma vivente, mas tam­bém possui uma alma imortal, o que o faz diferente das demais criaturas da Terra.
É evidente que "alma" na Bíblia nem sempre significa a mes­ma coisa, e que a variação do seu significado depende muito das circunstâncias em que a palavra é usada, como por exemplo mos­tram os seguintes casos:
a. A alma como o próprio sangue (Lv 17.14).
b. A alma como a pessoa em si mesma (Gn 46.22). c A alma como a própria vida (Lv 22.3).
d. A alma como o espírito e o coração (Dt 2.30).
e. A alma como elemento distinto do espírito e do corpo (Hb 4.12; 1Ts5.23; Jó 12.10; 27.3; 1 Pe 2.11; Mt 10.28).

5.5. Sheol, Hades, Geena e Tártaro
A palavra "inferno" na Bíblia tem significados que variam de acordo com o texto em que é citado. Há quatro palavras na Bíblia na Edição Revista e Atualizada, que são traduzidas por "inferno":
Sheol - o mundo dos mortos (Dt 32.22; SI 9.17; etc).
Hades - é a forma grega para o hebraico Sheol, e significa o lugar das almas que partiram deste mundo (Mt 11.23; Lc 10.15; Ap 6.8).
Geena - termo usado para designar um lugar de suplício eterno (Mt 5.22,29,30; Lc 12.5).
Tártaro - o mais profundo do abismo no Hades; significa encerrar no suplício eterno (2 Pe 2.4; Dn 12.2).

Nenhuma destas palavras significa "sepultura". A palavra hebraica para "sepultar" é queber (Gn 50.5), e a grega é mnemeion. E verdade que a palavra hebraica sheol algumas vezes está traduzida como "sepultura" em algumas de nossas Bíblias em português, mas isso se dá por força de uma tradução equivocada.
Quanto às quatro alegações das "testemunhas", de que a dou­trina referente ao inferno não pode ser verdadeira, respondemos: 1) E um assunto largamente tratado ao longo da Bíblia Sagrada. 2) Ainda que irracional à mente embotada das "testemunhas", não o é à mente do crente que crê na veracidade das Escrituras. 3) É compatível com o amor de Deus, que hoje apela aos homens. 4) É compatível com a justiça divina, que tem reservado o céu para os salvos e o inferno para os pecadores impenitentes.

5.6. Só 144.000?
O ensino jeovista de que só 144.000 salvos formarão a igreja triunfante é contrário às seguintes passagens das Escrituras:
• "Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguarda­mos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo" (Fp 3.20).
• "Depois destas cousas vi, e eis grande multidão que nin­guém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, di­zendo: Ao nosso Deus que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação" (Ap 7.9,10).

VI. A MENTIRA DESMASCARADA
As "testemunhas" têm suas mentes entorpecidas pelo erro, perversão e engano do diabo. De tanto blasfemarem de Deus e da sua Palavra é-lhes quase impossível se deixarem iluminar pela luz do Evangelho. Eles foram programados, "educados" e robotizados para crerem nas mentiras e embustes de Russell, Rutherford e Knorr, líderes jeovistas. Todos, em vida, dizendo-se detentores de conhecimentos que os faziam mestres do hebraico e do grego, lín­guas originais da Bíblia, foram desmascarados e levados à vergo­nha pública por parte de tribunais de suas épocas.

6.1. Uma Tradução Infiel
Na impossibilidade de encontrar na Bíblia respaldo para os ab­surdos cridos e defendidos pelo jeovismo, alguns líderes desta seita manipularam a tradução de uma bíblia cheia de heresias, como for­ma de sacralizar os seus erros e embustes. Essa tradução recebeu o nome de Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas.
Por muitos anos foram mantidos em sigilo os nomes dos auto­res dessa tradução de fundo de quintal. Em um julgamento, em 1954, na Escócia, respondeu a "testemunha" F.W. Franz que a ra­zão de tal sigilo era porque o comitê de tradução queria que ela permanecesse anônima, e não buscava qualquer glória ou honra Para a obra da tradução, ostentando nomes ligados a ela. Mas o senhor William Cetnar, que trabalhou por vários anos na sede da
Sociedade Torre de Vigia, quartel-general das testemunhas-de-jeová, no Brooklyn, Nova Iorque, Estados Unidos, analisa o pro­blema e conclui dizendo que o anonimato dos tradutores da citada bíblia tem duplo significado: 1) As qualificações dos tradutores não podiam ser verificadas e avaliadas. 2) Não havia ninguém que assumisse a responsabilidade pela tradução. E a seguir, cita os nomes de Nathan H. Knorr, A. D. Schroeder, G. D. Gangas, M. Henschel, e do próprio F. W. Franz, como tradutores da citada bíblia, conforme dizem as "testemunhas", traduzida diretamente dos ori­ginais hebraico e grego (?).
6.2. O Mestre de Línguas que Ignorava Línguas
F.W. Franz, que se dizia mestre em hebraico, demonstrou ab­soluta ignorância quanto ao manejo da citada língua. Veja, por exemplo, a troca de perguntas e respostas entre o Procurador da Coroa Escocesa e o próprio Franz, retiradas de uma peça do julga­mento sofrido por Franz em novembro de 1954, na Escócia:

P. Também se familiarizou com o hebraico?
R. Sim...
P. Portanto, tem instrumentos lingüísticos substanciais à sua disposição?
R. Sim, para uso do meu trabalho bíblico.
P. Penso que o senhor é capaz de ler e seguir a Bíblia em hebraico, grego, latim, espanhol, português, alemão e francês...
R. Sim (Prova de Acusação p. 7)...
P. O senhor mesmo lê e fala hebraico, não é verdade?
R. Eu não falo hebraico.
P. Não fala?
R. Não.
P. Pode, o senhor mesmo, traduzir isto para o hebraico?
R. O quê?
P. Este quarto versículo do segundo capítulo de Gênesis.
R. O senhor quer dizer, aqui?
P. Sim.
R. Não, eu não tentaria fazer isso (Prova da acusação, p. 61).
(Não nos esqueçamos de que Franz é apontado entre os tradu­tores da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagrada, a Bí­blia jeovista.)

6.3. Russell Ignorava o Grego
Em 1912, o reverendo J.J. Ross, na época pastoreando a Igreja Batista de James Street, em Hamilton, Ontário, no Canadá, foi processado por Charles Russell (o pai espiritual das "testemunhas-de-jeová"), por haver publicado um panfleto: Alguns Fatos Sobre o Pretenso Pastor Charles T. Russell, no qual Ross garantia que Russell era ignorante no que diz respeito à língua grega; o que Russell considerou difamatório. No final do processo o reverendo Ross foi absolvido, ficando provadas as acusações feitas contra Russell.
A seguinte transcrição foi retirada ou trasladada dos autos do citado processo, e registra perguntas feitas pelo advogado Staunton (advogado de Ross) a Russell:

P. O senhor conhece o alfabeto grego?
R. Oh! Sim!
P. O senhor poderia me dizer os nomes dessas letras se as visse?
R. Algumas delas; talvez me enganasse com outras.
P. Poderia me dizer os nomes dessas que estão no alto da pági­na 447, que tenho em mãos?
R. Bem, não sei se seria capaz.
P. O senhor não conhece essas letras? Veja se as conhece.
R. "Meu caminho..."
(Ele foi interrompido nesse ponto e não lhe permitiram explicar.)
P. O senhor conhece a língua grega? R. Não.

6.4. Conclusão
Os incidentes aqui citados poderiam ser de nenhuma impor­tância, caso não soubéssemos que as testemunhas-de-jeová, feitas sob medida, possuem as mesmas habilidades de seus mestres quan­to à aplicação do velho truque que os faz passar por conhecedores das línguas originais da Bíblia. Dizer que sabem grego é uma coi­sa; prová-lo é coisa bem diferente.
Veja um método infalível de provar como as testemunhas-de-jeová nada conhecem de grego. Tome um Novo Testamento gre­go, e peça que qualquer um deles designe um determinado texto (João 3.16 é um exemplo). Facilmente você descobrirá que as tes­temunhas-de-jeová, a despeito de "sinceras", estão redondamente equivocadas e presas pelo engano do deus deste século, que, com sua astúcia, tem cegado o entendimento dos homens, de sorte que não sejam iluminados pela luz do Evangelho.


















terça-feira, 21 de agosto de 2012

DEÍSMO


DEÍSMO
Vem do latim deus, "deus". Os socianos introduziram o termo no século VI. Porém veio a ser aplicado a um movimento dos séculos XVII e XVIII, que enfatizava que o conhecimento sobre questões religiosas e espirituais vem através da razão, e não através da revelação, que sempre aparece como suspeita e como instrumento de fanáticos e de pessoas de estabilidade mental questionável. Vendo-se nisto a característica principal do deísmo, conhecimento através da razão e não sobrenatural. A isso podemos chamar de religião natural comum a todos, era uma garantia de uma convivência pacífica, que surge como um reflexo do iluminismo no campo religioso

CALVINISMO


CALVINISMO
Doutrina religiosa fundada por João Calvino. Ele nasceu em Noyon, em 1509 e morreu em Genebra em 1564.
Caracteriza-se pela origem democrática da autoridade religiosa (os ministros não são padres). Os principais fundamentos da doutrina estão contidos na obra de Calvino intitulada "Instituição da Religião Cristã". Calvino e seus seguidores, sustentavam a soberania absoluta de Deus, a justificação pela fé, e a predestinação. O Calvinismo não admite as cerimônias religiosas e nega com rigor a tradição; pela crença na predestinação acha inútil as obras para a salvação. Segundo Calvino, a fé se dá pela deposição de absoluta confiança em Deus. Os seguidores de Calvino, na França, passaram a ser chamados "huguenotes". Propagou-se a doutrina pela Holanda, Suíça, Hungria, Escócia e Estados Unidos. Do Calvinismo, originou-se o puritanismo e as demais igrejas protestantes.
Esta doutrina não foi aceita pelos sorbonistas, e Calvino foi perseguido e obrigado a deixar a Igreja Católica, fugindo para Basiléia.

ANALOGIA DA FÉ


ANALOGIA DA FÉ
Era analogia antes que Karl Bath a substituisse pela analogia Fidei (analogia da fé), visto que a verdade religiosa é dada por Deus.
É um conceito Bíblico tirado de Romanos 12, (analogia tes pisteões) ou (metron pisteõs), que são palavras semelhantes "analogia da fé" e "medida da fé", representam um desenvolvimento do significado paulino original. Para a hermenêutica a analogia da fé conota que passagens bíblicas podem ser interpretadas com outras passagens porque nada dentro das escrituras podem se contradizer e tendo em vista que Deus é o autor das Escrituras. Para Agostinho a interpretação da das Escrituras não deve violar a fé. E Lutero usa termos quase semelhantes "o intérprete primário da Escritura deve ser ela própria", por isso as autoridades cristãs evitavam qualquer fonte fora das Escrituras. Para alguns pais da igreja passagens difíceis das escrituras são iluminadas pela fé ensinadas pela igreja, já o protestantismo da reforma é contra essa idéia imposta pelo catolicismo. Ainda como princípio exegético a analogia da fé sofre alguns abusos com significados que o autor bíblico não quis colocar no texto, por isso o intérprete de uma passagem bíblica deve se esforçar o máximo para extrair do texto o que realmente ele diz.

AGNOSTICISMO


AGNOSTICISMO
Doutrina que defende a incognoscibilidade de qualquer ordem de realidade desprovida de evidência lógica satisfatória. O termo foi criado por T.H. Huxley (1825 – 1895), para expressar o seu desprezo em face da atitude de certeza dogmática simbolizada pelas crenças dos antigos gnósticos. Nega a possibilidade de um conhecimento racional e certo de qualquer realidade transcendente. Para o agnosticismo a razão humana não pode adquirir uma ciência certa, a não ser das realidades apreendidas pela experiência sensível; apenas afirma que isso não se pode conhecer com certeza por meio da razão. Como sistema teológico foi condenado pelos apóstolos e pela Igreja. Sob qualquer forma que se apresente, o agnosticismo deve ser considerado segundo o sistema científico a que se amolda e também os pressupostos da teoria do conhecimento que adota.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA


ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA
Antropologia nasceu com o grego Heródoto, no século V a.C. que foi cognominado Pai da Antropologia. Antropologia Teológica é a doutrina do homem no que tange a Deus. Teve sua transformação em duas grandes transições: a do cosmo para Deus, quando o cristianismo suplantou a visão grega da realidade. A segunda é de Deus para o homem e ocorreu na época moderna em conseqüência da secularização e do ateísmo. Repentinamente Deus desaparece de cena e cede lugar ao homem. Sua transformação teve início no Renascimento. O espírito humano abre-se a um novo modo de ver e agir, um violento contraste com o precedente, enquanto o primeiro, o centro de todo interesse era Deis, agora o centro é o homem. A filosofia é ao mesmo tempo a testemunha fiel e artífice principal da transição do teocentrismo para o antropotismo. Vemos aí (Descartes, Hume, Spinosa). Mas Kant que atinge o momento conclusivo, afirmando que o homem não é mais simplesmente o ponto de partida, mas também o ponto de chegada da reflexão filosófica. Vemos também dois princípios que são supremos na antropologia teológica: São o arquitetônico e hermenêutico. O arquitetônico é o eixo do ordenamento de todos os eventos da história da salvação. O hermenêutico é a verdade primária a cuja luz a teologia procura compreender e interpretar um dos aspectos da história da salvação.

Estudo Bíblico: A Doutrina da Salvação


SOTERIOLOGIA (Doutrina da Salvação)

INTRODUÇÃO

A soteriologia trata da comunicação das bênçãos da salvação ao pecador e seu restabelecimento ao favor divino e à vida de Íntima comunhão com Deus. Esta doutrina pressupõe conhecimento de Deus como a fonte da vida, do poder e da felicidade da humanidade,e da completa obediência em que o homem está de Deus, para o presente e para o futuro. Desde que ela trata de restauração, redenção e renovação, só pode ser apropriadamente compreendida à luz da condição originária do homem, criado à imagem de Deus, e da subseqüente perturbação da adequada relação entre o homem e o seu Deus, perturbação causada pela entrada do pecado no mundo.A Ordem da Salvação (A Ordo Salutis) A ordo salutis descreve o processo pelo qual a obra de salvação, realizada em Cristo, É concretizada objetivamente nos corações e vida dos pecadores. Visa a descrever, em sua ordem lógica e também em sua interrelação, os vários movimentos do Espírito Santo na aplicação da obra de redenção. A ênfase não recai no que o homem faz, ao apropriar-se da graça de Deus,mas no que Deus faz, ao aplicá-lo.Pode-se levantar a questão sobre se a BÍBLIA alguma vez indica uma ordo salutis definida. A resposta é que, embora ela não nos dê explicitamente uma ordem da salvação completa, oferece-nos base suficiente para a referida ordem. A melhor aproximação a algo como uma ordo salutis na Escritura é a declaração e Paulo em (Rm 8:29,30). Alguns teólogos luteranos baseavam artificialmente a enumeração dos vários movimentos na aplicação da redenção em (At 26:17,18). Mas, conquanto a BÍBLIA não nos dê uma nítida ordo salutis ela faz duas coisas que nos ajudam a elaborar uma ordem. (1) Dá-nos uma completa e rica e numeração das operações do Espírito Santo na aplicação da obra realizada por Cristo a pecadores individuais, e das bênçãos da salvação comunicadas a eles. (2) Ela indica, em muitas passagens e de muitas maneiras, a relação que os diferentes movimentos satuantes na obra de redenção os mantêm uns com os outros. Ela ensina que somos justificados pela fé, e não pelas obras (Rm3:30 ; 5:1 ; Gl 2:16-20), que, sendo justificados, temos paz com Deus e acesso a ele, (Rm 5: 1,2) ; que ficamos livres do pecado para tornar-nos servos da justiça e para colhermos o fruto da santificação (Rm 6:18,22) ; que quando somos adotados como filhos, recebemos o Espírito, que nos dá segurança e também nos tornamos co-herdeiros com Cristo (Rm 8:15-17 ; Gl 4:4-6), que a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus(Rm 10:17), que a morte para a lei redunda em vida para Deus(Gl 2:19,20), que, quando cremos, somos selados com o Espírito de Deus (Ef 1:13,14), que È necessário andar de modo digno da vocação com que somos chamados (Ef 4:1,2) que, tendo obtido a justiça de Deus pela fé, participamos dos sofrimentos de Cristo, também do poder da ressurreição (Fp 3:9,10), e que somos gerados de novo mediante a Palavra de Deus, ( 1 Pe 1:23).Estas passagens e outras semelhantes indicam a relação dos vários movimentos da obra redentora, uns com os outros, e, assim,dão base para a elaboração de uma ordo salutis.Operações do Espírito Santo em Geral. A escritura nos ensina a reconhecer certa economia na obra de criação e redenção e autoriza o que falamos do Pai e da nossa criação, do Filho e da nossa redenção, e do Espírito Santo e da nossa santificação. O Espírito Santo não somente tem uma personalidade que lhe é própria, mas também tem um método peculiar de trabalho, e, portanto, devemos distinguir entre a obra de Cristo merecendo a salvação e a obra do Espírito Santo aplicando-a. Cristo Satisfez as exigências da justiça divina e mereceu todas as bênçãos da salvação. Mas sua obra ainda não está terminada. Ele a continua no céu, a fim de dar àqueles por quem Ele entregou Sua vida, a posse de tudo quanto mereceu por eles. Cristo mesmo indica a Íntima conexão quando diz :quando vier, porém o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade ; porque não falará por si mesmo, mas dir· tudo o que tiver ouvido, e vos anunciar· as cousas que hão de vir.Ele me glorificar· porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar, ( Jo 16:13,14). O Espírito que permanece nas criaturas e do qual a sua própria existência depende, provém de Deus e as liga a Deus, (Jó 32:8 ; 33:4 ; 34:14,15 ; Sl 104:29 ;Ts 42:5 ). Deus é chamado Deus (ou Pai) dos espíritos de toda carne (Nm 16:22, 27:16 ; Hb 12:9). O Espírito de Deus gera vida e leva a completar-se a obra criadora de Deus, (Jó 33:4,34:14,15 ; Sl 104 : 29,30, Is 42:5). A Escritura diz repetidamente que o Espírito do Senhor veio (poderosamente) sobre elesî,( Jz 3:10; 6:34; 11:29; 13:25; 14:6,19; 15:14). Na verdade,há um espírito no homem, e o sopro do Todo - poderoso o faz entendido, (Jó 32:8). O EspÌrito do Senhor fala por meu intermédio, e a sua palavra está na minha língua, (2 Sm 23:2).A Doutrina da Graça. Os ensinos da Escritura acerca da graça de Deus ressaltam o fato de que Deus distribui suas bênçãos aos homens de maneira livre e soberana, e não em consideração a algum mérito dos homens, que os homens devem todas as bênçãos da vida a um Deus benigno, perdoador e longânimo ; e especialmente que todas as bênçãos da obra da salvação são dadas gratuitamente por Deus, e de maneira nenhuma são determinada pelos supostos méritos dos homens e expressa claramente com as seguintes palavras. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé ; e isto não vem de nós é dom de Deus, não de obras, para que ninguém se glorie, (Ef 2:8,(). Ele deu forte ênfase ao fato de que a salvação não é pelas obras. (Rm 3:20-28; 4:16 ; Gl 2:16).A Graça de Deus na obra de redenção. Em primeiro lugar a graça é um atributo de Deus uma das perfeições divinas. É o livre, soberano e imerecido favor ou amor de Deus ao homem, no estado de pecado e culpa em que este se encontra, favor que se manifesta no perdão do pecado e no livramento de sua pena. A graça está relacionada com a misericórdia, de Deus, em distinção da Sua Justiça. Esta é a graça redentora no sentido mais fundamental da expressão. É a causa última do propósito eletivo de Deus, da justificação do pecador e da sua renovação espiritual; e È a prolífica fonte de todas as bênçãos espirituais e eternas. Em segundo lugar, o termo Graça é empregado como um designativo da provisão objetiva que Deus fez em Cristo para a salvação do homem. Cristo, como o mediador, È a encarnação viva da graça de Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós cheio de graça e de verdade, (Jo 1:14). Paulo tem em mente a manifestação de Cristo, quando diz: Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens (Tt 2:11). Diz João : A lei foi dada por intermédio de Moisés ; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo, (Jo 1:17). Em terceiro lugar, a palavra graça é empregada para designar o favor de Deus como é demonstrado na aplicação da obra de redenção pelo Espírito Santo. É aplicada ao perdão que recebemos na justificação, um perdão dado gratuitamente por Deus, (Rm 3:24 ; 5:2,21; Tt 3;15). mas, em acréscimo a isso, também é um nome compreensivo, abrangendo todos os dons da graça de Deus, as bênçãos da salvação e as graças espirituais que são acionadas nos corações e vidas dos crentes pela operação do Espírito Santo, (At 11:23; 18:27 ; Rm 5:17 ; 1 Co 15:10 ; 2 Co 9:14 ; Ef 4:7 ; Tg 4: 5,6 ; 1 pe 3:7).O espírito é chamado Espírito da graça, (Hb 10:29).Processo da Ordem da Salvação Regeneração - A regeneração consiste na implantação do principio da nova vida espiritual no homem, numa radical mudança da disposição dominante da alma, que, sob, a influencia do Espírito Santo, dá nascimento a uma vida que se move em direção a Deus. Em principio, esta mudança afeta o homem completo, o intelecto ( 1 Co 2:14; 2 Co 4:6 ; Ef 1:18;Cl 3:10 ), a vontade (Sl 110:3 ; Fp 2:13 ;2Ts 3:5; Hb 13:21), e os sentimentos ou emoções ( Sl 42:1,2; Mt 5:4 ; 1 Pe 1:8).No sentido mais restrito da palavra podemos dizer: Regeneração é o ato de Deus pelo qual o principio da nova vida é implantado no homem, e a disposição dominante da alma é tornada santa. Mas, a fim de incluir a idéia do novo nascimento, como também a da nova geração,será necessário complementar a definição com as seguintes palavras:È o primeiro exercício santo desta nova disposição é assegurado.Causa Eficiente da Regeneração 1 - A vontade Humana (Jo 5:42 ; Rm 3:9-18; 7:18,23; 8:7; 2 Tm 3:4)

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