terça-feira, 5 de março de 2013

Jonas: Entre a Justiça e a Misericórdia

Jonas: Entre a Justiça e a Misericórdia


"Veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim. Jonas se dispôs, mas para fugir da presença do SENHOR, para Társis; e, tendo descido a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e embarcou nele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do Senhor."  Jonas 1:1-3

         A história do profeta Jonas tem momentos ao mesmo tempo dramáticos e curiosos, a começar por esta passagem quando é chamado pelo Senhor para ir à cidade de Nínive.
         Nínive era a capital do império assírio, portanto, terra de gentios. As características do povo de Nínive apontavam para uma nação pagã, habitada por gente cruel e terrivelmente pecadora, com um detalhe: eram os assírios inimigos históricos do povo de Israel.

         A missão do profeta Jonas era ir a esta cidade e pregar contra os seus pecados, anunciando-lhe o juízo de Deus sobre ela. A reação de Jonas parece engraçada, mais revela o quanto a missão que o Senhor lhe dava mostrava-se dura para ele. Jonas, então, vai para Társis, uma cidade espanhola, com a ingênua pretensão de fugir do alcance dos olhos de Deus, como se isso fosse possível!
         Sendo Nínive como era, dá para imaginar como deve ter batido o coração de Jonas ao ouvir do Senhor qual seria a sua tarefa! Era como se os palestinos recebessem hoje a ordem de ir aos judeus e lhes pregar uma mensagem de arrependimento. Era como se pedissem aos judeus massacrados pelo holocausto que fossem aos nazistas alemães para lhes entregar uma profecia de Deus que poderia resultar na própria salvação dos seguidores de Hitler. Ou ainda como se fosse ordenado aos iraquianos que fossem promover a mudança de atitude dos americanos apenas com uma pregação de arrependimento. Era também com se falassem aos americanos para ir aos membros da Al Qaeda e lhes anunciar que precisavam voltar atrás em suas atitudes.
         Todos sabem a história e, mesmo que tentasse fugir para Társis, após parar na barriga de um grande peixe, Jonas acaba em Nínive e, agora obediente à voz do Senhor, prega para aquele povo. Jn 3:4 narra:
"Começou Jonas a percorrer a cidade caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida."  Jonas 3.4

         Para a surpresa de Jonas, aquele povo pagão se arrepende dos seus pecados. O verso 5 do cap.3 diz:
"Os ninivitas creram em Deus, e proclamaram um jejum, e vestiram-se de panos de saco, desde o maior até o menor."  Jonas 3.5

        Já o verso 6 mostra que aquela mensagem tocou também o coração de quem governava os assírios ninivitas:
"Chegou esta notícia ao rei de Nínive; ele levantou-se do seu trono, tirou de si as vestes reais, cobriu-se de pano de saco e assentou-se sobre cinza."  Jonas 3.6

         Sinais externos que antes eram vistos apenas no povo escolhido de Deus passaram a ser contemplados no povo de Nínive, pois aqueles assírios proclamaram um jejum, vestiram-se em panos de saco e assentaram-se sobre cinzas.
         O resultado do arrependimento dos ninivitas foi a misericórdia de Deus sobre eles, Jn 3:10 diz:
"Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez."  Jonas 3.10

         O resultado da sua própria pregação provocou em Jonas um sentimento de descontentamento. Jonas queria que a justiça de Deus fosse executada sobre aquele povo e não Sua misericórdia, queria também que a sua profecia fosse levada à prática e não o perdão do Senhor. Afinal, os pecados daquela gente eram os mais cruéis, inclusive os cometidos sobre os concidadãos de Jonas. Ao orar a Deus, o profeta revela a razão pela qual não queria ir à Nínive:

"E orou ao Senhor e disse: Ah! SENHOR! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te arrependes do mal. Peço-te, pois, ó Senhor, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que viver." ( Jn 4:2-3).

         Jonas preferia a morte a ver aquele povo salvo. Na sua mente não era justo que gente que matou, violentou e humilhou seus irmãos judeus fosse salva, eles tinham mais é que morrer!
         O profeta não queria ir àquela nação justamente porque sabia que Deus era "clemente e misericordioso," ele não queria correr o "risco" de que os assírios moradores de Nínive se convertessem do seu mau caminho.
         É incrível como este sentimento de Jonas permanece vivo em muitos corações ainda hoje! Não é difícil encontrarmos pessoas que defendem a morte para os criminosos, que pensam que a melhor solução seria exterminar do nosso meio aqueles que não se enquadram no nosso padrão de comportamento. Querem a justiça, não a misericórdia.
         Não estou propagando que não devemos ansiar por justiça, mas estou querendo mostrar o quanto nós somos falhos em exercer misericórdia.
         Você já parou para imaginar que nós somos como os assírios de Nínive: muito mais carentes da graça de Deus do que de Sua justiça? Você já pensou o que seria de nós se, em vez de misericórdia, o Senhor exerce sobre nós a Sua ira?
         O profeta Jeremias falou que
"as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos" (Lm 3:22),

        é em função de termos um Deus clemente que nós não perecemos!         A palavra misericórdia vem da junção de dois termos do latin que querem dizer miséria e coração. Isso nos mostra que Deus colocou seu coração nos miseráveis e a condição de pecadores nos faz assim, miseráveis. Paulo, ao mencionar a sua falibilidade, exclamou: "Miserável homem que eu sou!..." (Rm 7:24 - ARC)
         Enquanto justiça significa dar a cada um o que merece, misericórdia significa dar a cada pessoa o que ela precisa.
         Jonas não conseguia entender que a graça de Deus se estende a todas as criaturas. Jn 4:6-11 conta-nos o seguinte:

"Então, fez o Senhor Deus nascer uma planta, que subiu por cima de Jonas, para que fizesse sombra sobre a sua cabeça, a fim de o livrar do seu desconforto. Jonas, pois, se alegrou em extremo por causa da planta. Mas Deus, no dia seguinte, ao subir da alva, enviou um verme, o qual feriu a planta, e esta se secou. Em nascendo o sol, Deus mandou um vento calmoso oriental; o sol bateu na cabeça de Jonas, de maneira que desfalecia, pelo que pediu para si a morte, dizendo: Melhor me é morrer do que viver! Então, perguntou Deus a Jonas: É razoável essa tua ira por causa da planta" Ele respondeu: É razoável a minha ira até à morte. Tornou o Senhor: Tens compaixão da planta que te não custou trabalho, a qual não fizeste crescer, que numa noite nasceu e numa noite pereceu; e não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda, e também muitos animais?"  Jonas 4.6-11

         Esta passagem mostra que o profeta soube dá mais valor a uma árvore do que a quem foi criado à imagem e semelhança de Deus. Deus, ao contrário, lhe mostrou que aquelas suas 120 mil criaturas em Nínive precisavam mais da misericórdia dEle do que da Sua ira.
         Na oração do Pai Nosso Jesus nos mostrou que por recebermos graça, precisamos dar graça, por recebermos perdão, precisamos perdoar. Porque recebemos misericórdia da parte de Deus, devemos dispensar misericórdia àqueles que Deus ama tanto quanto a nós, ainda que no nosso olhar eles mereçam sofrer. É só lembrar que recebemos de Deus o que nós precisamos e não o que nós merecemos.


"Veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim. Jonas se dispôs, mas para fugir da presença do SENHOR, para Társis; e, tendo descido a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e embarcou nele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do Senhor."  Jonas 1:1-3

         A história do profeta Jonas tem momentos ao mesmo tempo dramáticos e curiosos, a começar por esta passagem quando é chamado pelo Senhor para ir à cidade de Nínive.
         Nínive era a capital do império assírio, portanto, terra de gentios. As características do povo de Nínive apontavam para uma nação pagã, habitada por gente cruel e terrivelmente pecadora, com um detalhe: eram os assírios inimigos históricos do povo de Israel.

         A missão do profeta Jonas era ir a esta cidade e pregar contra os seus pecados, anunciando-lhe o juízo de Deus sobre ela. A reação de Jonas parece engraçada, mais revela o quanto a missão que o Senhor lhe dava mostrava-se dura para ele. Jonas, então, vai para Társis, uma cidade espanhola, com a ingênua pretensão de fugir do alcance dos olhos de Deus, como se isso fosse possível!
         Sendo Nínive como era, dá para imaginar como deve ter batido o coração de Jonas ao ouvir do Senhor qual seria a sua tarefa! Era como se os palestinos recebessem hoje a ordem de ir aos judeus e lhes pregar uma mensagem de arrependimento. Era como se pedissem aos judeus massacrados pelo holocausto que fossem aos nazistas alemães para lhes entregar uma profecia de Deus que poderia resultar na própria salvação dos seguidores de Hitler. Ou ainda como se fosse ordenado aos iraquianos que fossem promover a mudança de atitude dos americanos apenas com uma pregação de arrependimento. Era também com se falassem aos americanos para ir aos membros da Al Qaeda e lhes anunciar que precisavam voltar atrás em suas atitudes.
         Todos sabem a história e, mesmo que tentasse fugir para Társis, após parar na barriga de um grande peixe, Jonas acaba em Nínive e, agora obediente à voz do Senhor, prega para aquele povo. Jn 3:4 narra:
"Começou Jonas a percorrer a cidade caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida."  Jonas 3.4

         Para a surpresa de Jonas, aquele povo pagão se arrepende dos seus pecados. O verso 5 do cap.3 diz:
"Os ninivitas creram em Deus, e proclamaram um jejum, e vestiram-se de panos de saco, desde o maior até o menor."  Jonas 3.5

        Já o verso 6 mostra que aquela mensagem tocou também o coração de quem governava os assírios ninivitas:
"Chegou esta notícia ao rei de Nínive; ele levantou-se do seu trono, tirou de si as vestes reais, cobriu-se de pano de saco e assentou-se sobre cinza."  Jonas 3.6

         Sinais externos que antes eram vistos apenas no povo escolhido de Deus passaram a ser contemplados no povo de Nínive, pois aqueles assírios proclamaram um jejum, vestiram-se em panos de saco e assentaram-se sobre cinzas.
         O resultado do arrependimento dos ninivitas foi a misericórdia de Deus sobre eles, Jn 3:10 diz:
"Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez."  Jonas 3.10

         O resultado da sua própria pregação provocou em Jonas um sentimento de descontentamento. Jonas queria que a justiça de Deus fosse executada sobre aquele povo e não Sua misericórdia, queria também que a sua profecia fosse levada à prática e não o perdão do Senhor. Afinal, os pecados daquela gente eram os mais cruéis, inclusive os cometidos sobre os concidadãos de Jonas. Ao orar a Deus, o profeta revela a razão pela qual não queria ir à Nínive:

"E orou ao Senhor e disse: Ah! SENHOR! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te arrependes do mal. Peço-te, pois, ó Senhor, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que viver." ( Jn 4:2-3).

         Jonas preferia a morte a ver aquele povo salvo. Na sua mente não era justo que gente que matou, violentou e humilhou seus irmãos judeus fosse salva, eles tinham mais é que morrer!
         O profeta não queria ir àquela nação justamente porque sabia que Deus era "clemente e misericordioso," ele não queria correr o "risco" de que os assírios moradores de Nínive se convertessem do seu mau caminho.
         É incrível como este sentimento de Jonas permanece vivo em muitos corações ainda hoje! Não é difícil encontrarmos pessoas que defendem a morte para os criminosos, que pensam que a melhor solução seria exterminar do nosso meio aqueles que não se enquadram no nosso padrão de comportamento. Querem a justiça, não a misericórdia.
         Não estou propagando que não devemos ansiar por justiça, mas estou querendo mostrar o quanto nós somos falhos em exercer misericórdia.
         Você já parou para imaginar que nós somos como os assírios de Nínive: muito mais carentes da graça de Deus do que de Sua justiça? Você já pensou o que seria de nós se, em vez de misericórdia, o Senhor exerce sobre nós a Sua ira?
         O profeta Jeremias falou que
"as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos" (Lm 3:22),

        é em função de termos um Deus clemente que nós não perecemos!         A palavra misericórdia vem da junção de dois termos do latin que querem dizer miséria e coração. Isso nos mostra que Deus colocou seu coração nos miseráveis e a condição de pecadores nos faz assim, miseráveis. Paulo, ao mencionar a sua falibilidade, exclamou: "Miserável homem que eu sou!..." (Rm 7:24 - ARC)
         Enquanto justiça significa dar a cada um o que merece, misericórdia significa dar a cada pessoa o que ela precisa.
         Jonas não conseguia entender que a graça de Deus se estende a todas as criaturas. Jn 4:6-11 conta-nos o seguinte:

"Então, fez o Senhor Deus nascer uma planta, que subiu por cima de Jonas, para que fizesse sombra sobre a sua cabeça, a fim de o livrar do seu desconforto. Jonas, pois, se alegrou em extremo por causa da planta. Mas Deus, no dia seguinte, ao subir da alva, enviou um verme, o qual feriu a planta, e esta se secou. Em nascendo o sol, Deus mandou um vento calmoso oriental; o sol bateu na cabeça de Jonas, de maneira que desfalecia, pelo que pediu para si a morte, dizendo: Melhor me é morrer do que viver! Então, perguntou Deus a Jonas: É razoável essa tua ira por causa da planta" Ele respondeu: É razoável a minha ira até à morte. Tornou o Senhor: Tens compaixão da planta que te não custou trabalho, a qual não fizeste crescer, que numa noite nasceu e numa noite pereceu; e não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda, e também muitos animais?"  Jonas 4.6-11

         Esta passagem mostra que o profeta soube dá mais valor a uma árvore do que a quem foi criado à imagem e semelhança de Deus. Deus, ao contrário, lhe mostrou que aquelas suas 120 mil criaturas em Nínive precisavam mais da misericórdia dEle do que da Sua ira.
         Na oração do Pai Nosso Jesus nos mostrou que por recebermos graça, precisamos dar graça, por recebermos perdão, precisamos perdoar. Porque recebemos misericórdia da parte de Deus, devemos dispensar misericórdia àqueles que Deus ama tanto quanto a nós, ainda que no nosso olhar eles mereçam sofrer. É só lembrar que recebemos de De
us o que nós precisamos e não o que nós merecemos.

Escravos de orelhas furadas

Escravos de Orelhas Furadas


Aquele pois que o filho libertar, verdadeiramente será livre João 8:36
No antigo Israel, os escravos hebreus, pagavam suas dívidas através do trabalho. A força, os sonhos, toda a vida era dedicada ao seu senhor. Em Êxodo, vemos uma determinação divina para que os escravos fossem libertos no sétimo ano de serviço: "Quando você adquirir um escravo hebreu, ele servirá seis anos; no sétimo ano ele sairá livre, sem pagamento." (Êxodo 21:2). O regime de escravidão no mundo hebreu, existia por dois principais motivos: pobreza extrema e dívidas.


Alguns escravos se apegavam tanto a seus senhores que poderiam optar por voluntariamente se entregarem como escravos daqueles senhores até o final de suas vidas, sem volta para a liberdade. Como um sinal da entrega, esses escravos furavam a orelha."Então, o seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta ou à ombreira, e o seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre", Êxodo 21:6. Escravos de orelha furada simbolizavam uma união de serviço e amor.

Um detalhe, é que escravos hebreus nunca eram chamados de escravos, mas servos. Escravos, sem direito a liberdade eram os não-judeus, especialmente os cananeus. Não se sabe ao certo porque as leis de escravidão eram mais rígidas para estrangeiros, o certo é que tanto judeus, como não judeus, falharam gravemente no modo de tratar seus servos e escravos. No livro do profeta Jeremias (Capitulo 34) Deus adverte: "Vós resistis em libertar seus servos".

O mundo físico e espiritual também forma seus escravos e resiste em libertá-los e Deus nos convida através de Seu Filho Jesus a sermos servos. Esta servidão é o oposto da escravidão que exaure as forças humanas em causa alheia. Entregamos-nos a Jesus, como Senhor porque Ele pagou nossas dívidas, nos tornando livres do opressor. Este é o que oprime em carga de culpa e infelicidade, aprisionando a alma em serviço de delito a liberdade. Jesus é a nossa liberdade. Não precisamos realizar grandes obras, ajuntar exorbitantes quantias, nos esmerar em ser o melhor ou o mais belo. O mérito dessa liberdade não é nosso, mas de Deus.

E nesse plano eterno e por vezes incompreensível, Ele estabelece um novo conceito de servidão, onde a liberdade é a moeda que nos estabelece. O céu pagou nossa dívida com o inferno. Já não pertencemos mais ao domínio do mal. Somos cheios de defeitos, e ainda assim amados com incondicional amor. Se antes o simbolismo da escravidão voluntária era a orelha furada, na nova aliança é um coração circuncidado, renovado, inteiramente entregue ao Reino.“Se, pois o Filho vos libertar verdadeiramente sereis livres” Jo 8:36.


No Mar do Esquecimento

Nada em nós é suficiente para nos reconciliar com Deus. Apenas em Cristo recebemos a grande dádiva da justiça. Se Ele é justo, e habita em nós, nos tornamos justos naquilo que somos nEle: “Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” Rm 5:9. Não precisamos temer a culpa, Ele nos faz livres! Tudo que precisamos é receber as promessas em nosso ser e prosseguir confiando naquEle que nos resgatou. “Eu, eu mesmo sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro” Is 43:25.

Olhando Para Cruz

Tem dias que me sinto um fracasso: Fiz o que não devia, falei na hora errada, enfim... A culpa tenta me roubar à paz, como se um dedo gigante estivesse apontado para mim: Que tipo de cristã é você? Você errou, Deus está zangado com você! Raposinhas na vinha... Mas ao olhar para a cruz, recebemos perdão e vitória para termos paz, apesar dos insucessos, porque Ele nos diz: Fostes justificados pelo meu sangue! Aleluia! Chamei-te para a liberdade! “Não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão” Gl 5:1 . Veja, na cruz sua orelha foi furada. Os pregos que transpassaram Jesus, feriram também sua alma em culpa e arrependimento, e Ele fez isso para que o fraco se tornasse forte, entende? A fortaleza não é nossa, mas de Cristo. A cruz e o sangue nos redime e por isso a graça transparece em nós, os crentes, até mesmo e especialmente pelo que nos falta.

Orelhas Furadas

Imagino os servos israelitas andando no meio do seu povo, com orelhas furadas. Sem emitir som, ou gesto, sem alarde, todos identificavam: "Eis um escravo, quem é teu senhor?" Assim se faz ao cristão, suas obras o denunciam: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne; vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim” Gl 2:20. Lembram do profeta Eliseu? A sunamita o recebia em sua casa para alimentar-lhe, seu comportamento chamou-lhe à atenção: "E ela disse a seu marido: Eis que tenho observado que este que sempre passa por nós é um santo homem de Deus" II Rs 4:9. O servo de Cristo, deixa sua marca por onde passa.

Libertos da Escravidão

Saiba que Deus o ama e te convida a ser um escravo de orelha furada, que mesmo sendo liberto continua servindo Seu Senhor, por amor. Ele pagou sua dívida, livrando-o do inferno, perdoando toda sua culpa. Ele te chama para algo novo e melhor, para a liberdade. Uma condição que o mundo jamais pode proporcionar. Uma paz, que a nada pode se comparar. Tudo que é necessário é um coração. Seu coração entregue a confessar: “Senhor Jesus me perdoa e me ajuda a prosseguir em novidade de vida, seja meu Senhor, eis-me aqui como servo”. Que Deus te abençoe e não temas porque nEle somos livres!

domingo, 3 de março de 2013

Ana um Modelo de Mulher de Deus

Ana um Modelo de Mulher de Deus


Na atualidade, as mulheres se submetem a todo o tipo de sacrifício físico estético de beleza, de regime, visando se tornar uma mulher modelo com um corpo capaz de atrair a atenção principalmente das pessoas de sexo oposto e com isso, ir para mídia e se tornar conhecida pelo mundo afora adquirindo fama e dinheiro.

No entanto, nós queremos nesta oportunidade apresentar-lhes uma mulher que nos serve de modelo bíblico a ser seguido.
Estou me referindo a Ana ela é descrita no Antigo Testamento, como uma mulher de fé, a mãe do profeta Samuel. Ela era estéril e após orar ao Deus de Israel, teve sua madre aberta para conceber não apenas um, mas seis filhos.

Uma pequena passagem sobre a história de Ana me chama atenção: “Então se levantou Ana, depois que comeram e beberam em Siló...” I Sm 1:9

Ana é um exemplo a ser seguido, alguém que não se conformou com a situação de derrota e desprezo, reuniu forças, “se levantou” e sabiamente se dirigiu ao lugar certo, na hora certa. A vida de Ana, não ia tão bem.
Seu esposo Elcana, tinha outra mulher chamada Penina. Todos os anos, quando Elcana subia a Siló para sacrificar ao Senhor, ele era acompanhado pelas duas esposas e filhos.

Ana, porém sempre se abatia de tristeza e dor pelas humilhações provocadas pela rival que se achava melhor e mais amadas por ter filhos: “E sua rival excessivamente a provocava, para irritar; porque o Senhor lhe tinha cerrado a madre”( I Sm 1:6). A situação se repetia ano após ano, o que provocava intensa tristeza em Ana que “chorava e não comia” I Sm 1:7.

Amada pelo esposo, mas insatisfeita e infeliz por não ter filhos, Ana, é o retrato de milhões de mulheres que sofrem a esterilidade nas diversas áreas da vida.
É o retrato das mulheres que não se sentem amada o bastante, que pedem exclusividade em seus relacionamentos. A infeliz Ana representa a mulher que ama, mas desconhece o poder desse amor. Que tem fé, mas erra em buscar o caminho do milagre. A infeliz Ana olha para todas as circunstâncias e se acha pequena, inútil e impotente.

“Então se levantou Ana, depois que comeram e beberam em Siló...”( I Sm 1.9)

A esposa de Elcana resolve enxugar as lágrimas e partir em busca da felicidade.

A fé de Ana fora despertada pelas muitas lembranças das maravilhas realizadas pelo Senhor dos Exércitos.

O mesmo Deus que abriu o mar vermelho libertou os hebreus, concedeu um herdeiro a Sara e Abraão, mesmo quando estes já estavam ultrapassados em idade, era o Deus de Ana.
Ela internalizou o amor de Deus por ela, a sua condição de filha, de herdeira das promessas, do justo que vive pela fé e não por vista.

A partir daquele momento, tudo mudaria. Já não seriam as palavras da rival Penina que governariam Ana.

Aquela afronta que inundava seu pensamento e coração, gerando mágoa e dor, enfraquecendo o ser, seria deixada para trás para dar lugar a Palavra de Deus.

“Ela orou com amargura de alma, orou ao Senhor e chorou abundantemente”( I Sm 1.10)

Quando uma mulher chora

“ Como a mãe consola o filho, Eu também consolarei vocês.” (Is 66. 13)
Tal como lemos no texto acima, podemos dizer que a Bíblia compara o amor de Deus com o amor de mãe. Em Jesus o amor de Deus tomou forma humana e nele temos o consolo do perdão, da esperança e da vida eterna no céu.

No entanto, a pergunta de Jesus: “Mulher, por que choras? - Conforme o texto de Jo 20:15 – faz-nos refletir sobre as referência ao choro na Bíblia e, especialmente, sobre os que falam do choro de mulheres.

Há ocasiões em que as mulheres precisam ser corajosas: numa separação ou ao ficar viúvas e também como mãe cristã, ela sabe e aprende a lutar pelo filho mesmo quando este ainda está no ventre. E luta mesmo!

Na história de Ana, em I Sm 1. 7-10, vemos que a condição da mulher é mais difícil e penosa no relacionamento conjugal, especialmente quando essa é trocado por outra, pois isso machuca, levando ao choro.

Ana, todas as vezes que subia a Casa do Senhor, tinha a outra a irritando, pelo que chorava e não comia. Então Elcana, seu marido, lhe questionava: “Ana, por que choras? E por que não comes? E por que estás de coração triste? Não te sou eu melhor do que dez filhos?”
Ana levantava-se triste e com amargura de alma, orando ao Senhor e chorava abundantemente. Ela fez um voto ao Senhor e pediu um filho varão. Nasceu-lhe Samuel e foi consagrado a Deus.

Vemos que o verbo chorou, traduzido na Bíblia, é usado de diferentes maneiras. Encontramos no Antigo Testamento a acepção de chorar de alegria – Gn 29:11 – mas a ênfase recai sobre o aspecto de imploração ou reclamação em Jz 14:16-17.

Da mesma forma encontramos em Ester Et 8:3 – e Ana – I Sm 1:7-10 – o choro acompanhando pedidos, sendo usado para implorar para serem atendidas.

Outra forma que encontramos de choro é a que vemos relatada na história da mulher de Sansão – esta usava o choro como mecanismo de manipulação – sendo essa mulher pagã, lança-se ao choro ao lado, é claro, do charme e da chantagem para conseguir o que queria. Esse tipo de choro é ilegítimo e, normalmente não resolve nada, levando apenas a desilusão.

Os problemas têm solução ! O que “mata” é tomar uma posição errada nessas horas. Não chore mulher – aprenda a tomar outras atitudes:

- Comece a trabalhar, valorize sua vida – estude!
- Respeite a atitude do outro.
- Converse sobre sua dificuldade com alguém.
- Aprenda a confiar em Deus, pois Ele é misericordioso.
- Seja uma mulher de fé e coragem como Abigail – I Sm 25

O problema de um impasse é nosso, e é nosso! É interessante observarmos a nossa reação diante dos obstáculos incontáveis que nos aparecem – aquelas coisas que provocam o choro, mas pense: “Mulher, por que choras?”
Se estiver chorando pelo motivo errado é bom parar. E logo! Caso contrário você corre o risco de sofrer uma grande decepção. Jesus chorou. (Jo 11:35) Chorar é bom.

É permitido, sim, mas na ocasião certa e por motivos certos. Lembre-se:

“ Ao anoitecer pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã.”( Sl 30: 5 b).

Ana contou a Deus toda a sua causa, se derramou diante Dele. A direção certa, o gesto esperado e seu coração fora curado.

Quantas vezes, e por quanto tempo, mulheres na situação de Ana, relutam em buscar a Deus com todas as suas forças? Por acreditarem que sua miséria é fruto do destino, que é um mal merecido, ou então que não são boas o suficiente para buscarem o favor de Deus? Ana representa mulheres e mulheres, as que choram e as que se alegram.

As que buscam e têm fé, que vivem dignamente e ainda assim sofrem por alguma causa. As que são felizes apesar das “peninas” da vida.

Mas o que quero enfatizar na vida dessa grande serva de Deus é que ela buscou mudanças, não se conformou com o veredicto do mundo, do que afligia sua alma, do que era palpável.
A vida de Ana teve um marco e esse marco foi firmado por ela própria, pela fé e certeza do que se não via. Quando a amargura e as lágrimas invadem nossa vida tentando nos vencer é hora de recomeçar.

De seguir em outra direção, de buscar a Deus com todas as forças. O esposo de Ana e o sacerdote Eli, tentaram impedir sua busca pelo milagre, mas determinada ela não se deixou prender a nenhuma palavra humana: “Ana, por que choras não te sou melhor que dez filhos?”, disse Elcana.

Já o sacerdote Eli ao vê-la orar intensa e silenciosamente, movendo os lábios sem sair som disse: “Estás embriagada? Aparta de ti o vinho”. As duas situações poderiam ter levado Ana a desistir de buscar, mas não.
O mundo, as pessoas, as vozes humanas podem tentar convencer as “Anas” de que tudo deve ficar como está.

Esse pensamento, no entanto, é incapaz de medir sentimentos. Somente Deus, em Sua eterna misericórdia se compadece de nós. Ele não despreza, nem censura aquilo que nos incomoda, mas é Grande o bastante para cumprir em nós a Sua vontade, que excede todo entendimento.

Uma vontade que está acima de toda e qualquer circunstância. “Agindo eu quem impedirá?” (Is 43. 13) “Abrirei rios em lugares altos, e fontes no meio dos vales, tornarei o deserto em lagos de águas, e a terra seca em mananciais”( Is 41.18).
A todas as mulheres que se identificam com Ana, em sua tristeza e em sua alegria, ofereço essa mensagem, regada nos átrios do Senhor Deus de Israel, no firme sacrifício da Cruz e no poder que há no Nome de Jesus.

Muitas vezes Deus não nos dá o que pedimos porque nossas intenções não agradam o coração dele. Ele sabe que se nos der o que pedimos isso irá nos corromper e nos afastar dele.

Deus tem prazer em dar presentes aos seus filhos, mas muitas vezes não os dá porque sabe que não ainda não estamos prontos.

Quando conseguimos entender o que é esperar em Deus e devolver a ele o que é dele, então ele tem prazer em nos dar o que pedimos.
Que sejamos como Ana, mulher que amava e servia ao Senhor e que entendia que ele tinha o melhor para ela no tempo certo.

Que Deus nos abençoe e nos guarde em nome de Jesus, amém!

Jeroboão, O Líder Que Seguiu o Seu Próprio Caminho

Jeroboão, O Líder Que Seguiu o Seu Próprio Caminho


Relativizando e negligenciando os princípios estabelecidos na Lei de Moisés, Salomão tomou para si mulheres estrangeiras que lhe perverteram o bom senso, levando-lhe a prática e a promoção da idolatria. O clima de insatisfação com a administração de Salomão havia se agravado entre as tribos do norte pela alta carga de impostos que cobrava.

Foi neste contexto que a palavra de Deus veio a Salomão nos seguintes termos:


“Visto que assim procedestes e não guardaste a minha aliança, nem os meus estatutos que te mandei, tirarei de ti este reino e o darei a teu servo. Contudo, não o farei nos teus dias, por amor de Davi, teu pai; da mão de teu filho o tirarei. Todavia, não tirarei o reino todo; darei uma tribo a teu filho, por amor de Davi, meu servo, e por amor de Jerusalém, que escolhi”. (1 Rs 11.11-13, ARA).
A sentença estava decretada. Deus estabelece e remove líderes, verdade esta negligenciada por muitos na atualidade, fato este evidenciado pela maneira com que lidam com os negócios do Reino.


Mas, quem seria este servo de Salomão a quem Deus daria parte do Reino? Seu nome, Jeroboão, filho de Nebate, efraimita de Zereda, homem corajoso, habilidoso e aplicado em suas responsabilidades e trabalho. Enquanto servia a Salomão na edificação de Milo, suas qualidades fizeram com que ele alcançasse a confiança do rei, conquistando assim o cargo de supervisor do trabalho forçado da casa de José.
Foi durante esse tempo que a vontade de Deus para com Jeroboão lhe foi claramente manifesta:


“Sucedeu, nesse tempo, que, saindo Jeroboão de Jerusalém, o encontrou o profeta Aías, o silonita, no caminho; este se tinha vestido de uma capa nova, e estavam sós os dois no campo. Aías pegou na capa nova que tinha sobre si, rasgou-a em doze pedaços e disse a Jeroboão: Toma dez pedaços, porque assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Eis que rasgarei o reino da mão de Salomão, e a ti darei dez tribos. Porém ele terá uma tribo, por amor de Davi, meu servo, e por amor de Jerusalém, a cidade que escolhi de todas as tribos de Israel. Porque Salomão me deixou e se encurvou a Astarote, deusa dos sidônios, a Quemos, deus de Moabe, e a Milcom, deus dos filhos de Amom; e não andou nos meus caminhos para fazer o que é reto perante mim, a saber, os meus estatutos e os meus juízos, como fez Davi, seu pai. Porém não tomarei da sua mão o reino todo; pelo contrário, fá-lo-ei príncipe todos os dias da sua vida, por amor de Davi, meu servo, a quem elegi, porque guardou os meus mandamentos e os meus estatutos. Mas da mão de seu filho tomarei o reino, a saber, as dez tribos, e tas darei a ti. E a seu filho darei uma tribo; para que Davi, meu servo, tenha sempre uma lâmpada diante de mim em Jerusalém, a cidade que escolhi para pôr ali o meu nome.” (1 Rs 11.29-36, ARA)


Todo o texto exalta a soberania de Deus evidenciada na força e modo dos verbos empregados: “rasgarei”, “darei”, “tomarei”, “fá-lo-ei”, “elegi”. Somente Ele é absolutamente capaz de decidir quem governa, comanda, preside e serve ao seu povo em posição de autoridade. Estatutos e regimentos internos de igrejas e convenções, apesar de suas importantes funções em termos organizacionais e normativos, não prevalecem diante da determinação e escolha soberana de Deus. Para Jeroboão ele disse: “Tomar-te-ei, e reinarás sobre tudo o que desejar a tua alma; e serás rei sobre Israel”. (1 Rs 11.37, ARA)

Não há no texto condicionante alguma para a decisão de Deus. Ele disse, ele faria. O Senhor iria intervir na história se apropriando de situações e circunstância para fazer com que a sua vontade se cumprisse. Jeroboão seria rei.


Creio firmemente, e tenho experiência própria, de que o Senhor ainda cumpre na íntegra as suas promessas na vida daqueles a quem escolhe soberanamente e graciosamente para servir ao seu povo. Deus nem sempre trabalha seguindo a lógica humana. O seu candidato nem sempre é o candidato do povo ou de algum ministério. Entendo também, que por razões que estão acima de nossa compreensão limitada e humana, Deus permite que homens não vocacionados ou chamados por Ele ocupem cargos de liderança sobre o seu povo. Mas, se engana quem pensa que Deus ficará alheio a todas as armações, esquemas, articulações sujas e jeitinhos que norteiam atualmente boa parte dos processos eletivos e sucessórios em igrejas e convenções de ministros evangélicos no Brasil. No tempo certo, Deus intervirá com juízo e disciplina sobre aqueles que o desonra, que pisam sobre a sua Palavra promovendo os mais abomináveis atos e escândalos. Sim, creio firmemente que Deus cumprirá na íntegra o que prometeu a seus servos! Deus cumprirá em nós a sua vontade soberana.


Deus concedera a Jeroboão um grande privilégio e responsabilidade. Caberia a ele zelar e honrar a escolha soberana de Deus. O Senhor advertiu o futuro rei, afirmando que a sua prosperidade no trono estaria condicionada a sua obediência plena:

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Estudo mostra quais são as capitais mais (e menos) evangélicas do Brasil

Estudo mostra quais são as capitais mais (e menos) evangélicas do Brasil


 



 


Estudo mostra quais são as capitais mais (e menos) evangélicas do Brasil A revista Exame publicou em seu site um levantamento sobre a presença de evangélicos em todas as capitais do Brasil. Os números organizados pela revista, que destaca a religião evangélica como a que mais cresce no país, listou o percentual de evangélicos presentes na capital de cada estado brasileiro, comparando o número aos de outras religiões.
Com 42,3 milhões de evangélicos no país, segundo o Censo 2010, a revista destacou que São Paulo é a cidade com maior número de evangélicos em todo o Brasil, com 2,3 milhões de fiéis. Porém esse número representa apenas 21,88% da população da cidade, o que coloca a capital paulista na longínqua 20ª posição da lista.
A capital com a maior proporção de evangélicos em termos percentuais é Rio Branco, capital do Acre. Totalizando 39,54% da população, o número de evangélicos na cidade quase se iguala ao número de católicos (40,44%), que é a religião com maior representatividade no país (64,6% da população).
No lado oposto do ranking está a capital do Rio Grande do Sul. Com apenas 11,65% de sua população composta por evangélicos, a cidade é a capital com o menor percentual de evangélicos em todo o país.
A lista listou também a presença de outras religiões, destacando Aracaju (SE) como tendo o maior percentual de católicos do país, com 70,89% de sua população. O número de pessoas que se declaram sem religião também foi medido, sendo esses mais numerosos em Salvador (BA), onde representam 17,28% da população.
Veja o ranking completo:
1ª Rio Branco (AC) – 39,54%
Evangélicos: 39,54% (120,8 mil pessoas)
Católicos: 40,44%
Espíritas: 1,02%
Umbanda e Candomblé: 0,05%
Outras: 3,25%
Sem religião: 15,51%

2ª Manaus (AM) – 35,19%
Evangélicos: 35,19% (577,2 mil pessoas)
Católicos: 54,1%
Espíritas: 0,76%
Umbanda e Candomblé: 0,09%
Outras: 3,02%
Sem religião: 6,74%

3ª Palmas (TO) – 32,77%
Evangélicos: 32,7% (68.189 mil pessoas)
Católicos: 54,56%
Espíritas: 1,84%
Umbanda e Candomblé: 0,02%
Outras: 3,18%
Sem religião: 7,79%

4ª Porto Velho (RO) – 32,16%
Evangélicos: 32,16% (126,4 mil pessoas)
Católicos: 48,75%
Espíritas: 1,16%
Umbanda e Candomblé: 0,11%
Outras: 3,26%
Sem religião:13,75 %

5ª Boa Vista (RR) – 32,09%
Evangélicos: 32,09% (82.624 mil pessoas)
Católicos: 46,96%
Espíritas: 3,62%
Umbanda e Candomblé: 0,15%
Outras: 4,27%
Sem religião: 14,89%

6ª Goiânia (GO) – 32,07%
Evangélicos: 32,07% (390,3 mil pessoas)
Católicos: 51,25%
Espíritas: 4,42%
Umbanda e Candomblé: 0,1%
Outras: 3,05%
Sem religião: 9%

7ª Campo Grande (MS) – 30,22%
Evangélicos: 30,22% (220,6 mil pessoas)
Católicos: 51,93%
Espíritas: 3,65%
Umbanda e Candomblé: 0,27%
Outras: 3,3%
Sem religião: 10,38%

8ª Vitória (ES) – 29,19%
Evangélicos: 29,19% (89,9 mil pessoas)
Católicos: 54,57%
Espíritas: 2,77%
Umbanda e Candomblé:0,16 %
Outras: 2,55%
Sem religião:10,61 %

9ª Belém (PA) – 28,24%
Evangélicos: 28,24% (365,3 mil pessoas)
Católicos: 62,32%
Espíritas: 1,6%
Umbanda e Candomblé: 0,2%
Outras: 2,14%
Sem religião: 5,35%

10ª Macapá (AP) – 26,59%
Evangélicos: 26,59% (95,4 mil pessoas)
Católicos: 65,33%
Espíritas: 0,61%
Umbanda e Candomblé: 0,12%
Outras: 1,92%
Sem religião: 5,35%

11ª Brasília (DF) – 26,58%
Evangélicos: 26,58% (632,8 mil pessoas)*
Católicos: 56,91%
Espíritas: 3,62%
Umbanda e Candomblé: 0,23%
Outras: 3,42%
Sem religião: 9,07%

* Considera todo o DF
12ª Cuiabá (MT) – 26,33%
Evangélicos: 26,33% (134,3 mil pessoas)
Católicos: 58,67%
Espíritas: 3,26%
Umbanda e Candomblé: 0,13%
Outras: 3,85%
Sem religião: 7,6%

13ª Recife (PE) – 24,8%
Evangélicos: 24,8% (357,4 mil pessoas)
Católicos: 54,74%
Espíritas: 3,68%
Umbanda e Candomblé: 0,25%
Outras: 2,23%
Sem religião: 14,21%

14ª Belo Horizonte (MG) – 24,6%
Evangélicos: 24,6% (551,3 mil pessoas)
Católicos: 60,32%
Espíritas: 4,15%
Umbanda e Candomblé: 0,17%
Outras: 2,66%
Sem religião: 7,95%

15ª Curitiba (PR) – 24,03%
Evangélicos: 24,03% (394,9 mil pessoas)
Católicos: 62,36%
Espíritas: 2,8%
Umbanda e Candomblé: 0,26%
Outras: 3,69%
Sem religião: 6,71%

16ª João Pessoa (PB) – 23,87%
Evangélicos: 23,87% (160,5 mil pessoas)
Católicos: 63,62%
Espíritas: 1,77%
Umbanda e Candomblé: 0,16%
Outras: 2,3%
Sem religião: 8,01%

17ª Maceió (AL) – 23,5%
Evangélicos: 23,5% (202,3 mil pessoas)
Católicos: 62,26%
Espíritas: 1,41%
Umbanda e Candomblé: 0,15%
Outras: 2,23%
Sem religião: 10,36%

18ª São Luís (MA) – 23,47%
Evangélicos: 23,47% (220,4 mil pessoas)
Católicos: 66,22%
Espíritas: 0,65%
Umbanda e Candomblé: 0,12%
Outras: 1,93%
Sem religião: 7,45%

19ª Rio de Janeiro (RJ) – 23,05%
Evangélicos: 23,05% (1,372 milhão de pessoas)
Católicos: 51,47%
Espíritas: 6,05%
Umbanda e Candomblé: 1,32%
Outras: 4,54%
Sem religião: 1,32%

20ª São Paulo (SP) – 21,88%
Evangélicos: 21,88% (2,306 milhão pessoas)
Católicos: 58,47%
Espíritas: 4,84%
Umbanda e Candomblé: 0,63%
Outras: 4,82%
Sem religião: 9,2%

21ª Fortaleza (CE) – 21,12%
Evangélicos: 21,12% (482 mil pessoas)
Católicos: 68,22%
Espíritas: 1,33%
Umbanda e Candomblé: 0,22%
Outras: 2,47%
Sem religião: 6,5%

22ª Natal (RN) – 20,65%
Evangélicos: 20,65% (155,5 mil pessoas)
Católicos: 67,64%
Espíritas: 1,86%
Umbanda e Candomblé: 0,08%
Outras: 1,89%
Sem religião: 7,79%

23ª Salvador (BA) – 19,42%
Evangélicos: 19,42% (487,4 mil pessoas)
Católicos: 51,94%
Espíritas: 3,33%
Umbanda e Candomblé: 1,08%
Outras: 6,57% (maior do Brasil)
Sem religião: 17,28% (maior do Brasil)

24ª Aracaju (SE) – 15,15%
Evangélicos: 15,15% (80,3 mil pessoas)
Católicos: 70,89% (maior do Brasil)
Espíritas: 2,81%
Umbanda e Candomblé: 0,41%
Outras: 2,39%
Sem religião: 8,12%

25ª Teresina (PI) – 13,25%
Evangélicos: 13,25% (100 mil pessoas)
Católicos: 79,13%
Espíritas: 0,88%
Umbanda e Candomblé: 0,15%
Outras: 2,06%
Sem religião: 4,4%

26ª Florianópolis (SC) – 12,81%
Evangélicos:12,81% (50,9 mil pessoas)
Católicos: 63,68%
Espíritas: 7,48% (maior do Brasil)
Umbanda e Candomblé: 0,66%
Outras: 3,39%
Sem religião: 11,76%

27ª Porto Alegre (RS) – 11,65%
Evangélicos: 11,65% (155 mil pessoas)
Católicos: 63,85%
Espíritas: 7,03%
Umbanda e Candomblé: 3,35% (maior do Brasil)
Outras: 3,64%
Sem religião: 10,38%

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

As Sete Prisões do Diabo e as Três Chaves de Deus

As Sete Prisões do Diabo e as Três Chaves de Deus


Texto: Salmos 142.7 - João 9.12

Introdução

Há momentos em nossas vidas que as adversidades e a tribulação são maiores que as nossas forças. Este Salmo foi escrito quando Davi se escondia de Saul nas cavernas de Adulão. Essas cavernas eram consideradas por Davi como verdadeiras prisões, devidos os dez anos que ele passou confinado dentro delas. Quantas vezes, Davi deve ter pensado, que a sua esperança já estava no limite? Quantas vezes Davi não sentiu medo, solidão, desespero, ou quem sabe desanimado? Às vezes, entramos em uma profunda depressão da qual é praticamente impossível sairmos sozinhos.

Nestes momentos, podemos recorrer ao Senhor como Davi fez. Ele expressou os seus mais íntimos sentimentos para Deus quando estava se sentindo atormentado. É nessas horas que precisamos da providencia de Deus, para que Ele faça o que não conseguimos fazer: nos livrar das aflições, colocando sobre nós uma coluna de nuvem de dia e uma coluna de fogo de noite. Como então, não clamarmos por esse extraordinário socorro pedindo para Deus nos ajudar?.

Amados, alguma vez você já se sentiu sozinho, achando que ninguém está se importando com o que está acontecendo em sua volta?. Pois é, este salmo quando foi escrito, o salmista por certo, deveria estar se sentindo assim. Cheio de amargura, fraqueza, solidão, exausto, ou quem sabe, envolto numa situação desesperadora, sentindo suas forças quase no fim!. Todavia, podemos perceber que a esperança de Davi permanecia no Senhor como seu refúgio, e sua única saída!. O crente em sofrimento, não deve ficar em silêncio, mas clamar a Deus, pois Ele tem a promessa para nos consolar e socorrer em tempos de necessidade!.

As pessoas em desespero contam seus dramas, expõe os seus problemas, mas não pensam e não priorizam a oração em sua vida!. Compram livros de auto- ajuda, fazem terapias, participam de campanhas, mas não lêem a bíblia e só vão à igreja quando se sentem angustiado!. Nos cultos, pulam, dançam, sapateiam, falam línguas, mas quando chegam em casa tudo volta ao que era antes!. Os seu olhos espirituais já não acreditam que existe cura para as suas feridas, libertação ou solução para os seus problemas. Afinal, a Bíblia fala ou não de um Deus que ouve e atende o clamor da súplica dos aflitos (Sl.116.1)?.

Amados, é comum encontrarmos nas igrejas pessoas azedas, explosivas, grossas, malcriadas, que usam o direito de se irar para ofender, encolerizar, agredir e abusar dos outros. A maioria não só fica nervosa, mas extrapola, passa o limite, perde o equilíbrio e o bom senso. Parte delas, até parecem um balão de festa infantil. Nem precisam de muita provocação para explodir, basta uma pequena alfinetada para que isso aconteça!.

A palavra de Deus nos revela Sete Prisões que o inimigo intentará para derrotar o crente. Em contrapartida, a Bíblia também diz que há Três Remédios de Deus para curar e nos libertar dessas prisões. Vamos avivar o nosso espírito de sabedoria, abrir nossos olhos espirituais, para que nosso coração seja iluminado e com isso, possamos sair fortalecidos, encorajados, animados e curados como verdadeiros vencedores de Cristo!.

A PRIMEIRA PRISÃO - A AMARGURA Hb.12.15

A amargura é um sentimento que demonstra a falta de um espírito de reconciliação e ressentimentos intensos, e que podem ser verificada pelas nossas atitudes. A pessoa amargurada na igreja, não pode entrar na presença de Deus nem em oração!. E para sabermos se estamos amargurados ou não, é só observarmos as nossas diversas posturas. E quais são? É só verificamos se estamos maquinando maneiras de nos vingarmos na primeira oportunidade, se há recordação dos mais íntimos detalhes de um eventual dano que nos fizeram há muito tempo; se nos ofendemos por pouca coisa, ou se queremos justificar o nosso erro dizendo todo tempo : “EU SEMPRE TENHO RAZÃO”.

O sinal mais forte de quem está amargurado, é quando lemos a Bíblia, e consciente ou “quase inconsciente”, só gostamos de aplicar a Palavra para as outras pessoas, e nunca para nós!. O amargurado nunca se considera que está errado!!.

A SEGUNDA PRISÃO - A INVEJA Pv.24.1

A inveja é considerada como um gigante que aflige a alma de maneira tão terrível que pode levar o homem à prática de ações danosas tanto no corpo como na alma. A inveja é um misto de ódio, desgosto, pesar e ciúmes pelo bem e felicidade de outrem. O invejoso sente um violento desejo de possuir o bem alheio.

Em I Tm. 6.4 - O apóstolo Paulo aconselhou Timóteo a ficar longe daqueles que queriam ganhar dinheiro com a pregação e daqueles que transformavam o ensino do evangelho em disputas que causavam contendas na igreja. Eles inventavam novidades que não os levariam a uma vida santa e piedosa. Paulo então alerta Timóteo que as pessoas soberbas, são cheias de presunção e “deliram acerca de questões e contendas de palavras”, provocando invejas, maldades, e questionamentos levianos.

A TERCEIRA PRISÃO – O CIÚME I Co.3.3-4

É necessário distinguir os diferentes tipos de ciúme e sua natureza, de acordo com quem o sente. Esse inimigo da alma atormenta as pessoas fazendo-as viver em temores, iras, inseguranças e complexos. O ciúme pode até ter um sentido positivo quando podemos defini-lo como “o cuidado vigilante e afetuoso em uma relação de compromisso e fidelidade mútua”. É somente nesses casos!!.O ciúme tem um lado negativo muito forte. Provoca um sentimento de inferioridade, deixando a pessoa se sentindo abandonada ou trocada por outra. Sentem-se inseguras em relação às pessoas, considerando-se inferior.

Não esquece as feridas de outrora e das más experiências vividas no passado. Cria nas pessoas um sentimento de desconfiança e temor. O ciúme causa a falta de perdão, e quando não perdoamos a quem nos engana, temos sempre a tendência de pensar o pior sobre esta pessoa!. Na igreja primitiva, o ciúme causou alguns transtornos. Paulo impactava o povo com suas pregações, mas acabou despertando ciúmes nos religiosos (At.5.17; 13-45; 17.5). Não podemos deixar brotar em nosso coração esse tipo de sentimento perverso!.

A QUARTA PRISÃO – A INCREDULIDADE Hb. 11-6

A incredulidade é um pecado que nos priva de bênçãos e fere o coração de Deus. Ser incrédulo equivale a desconfiarmos do próprio Deus. De que o incrédulo desconfia? Da vontade de Deus não acreditando que a vontade de Deus seja perfeita e agradável. Desconfia da proteção e sustento de Deus, da disciplina do Senhor achando que não é útil para ele. Desconfia do amor de Deus, pois sabemos que quando cremos em Seu amor por nós, se dissipam as dúvidas e os temores (I Jo.4.16-19).

O incrédulo por ser desconfiado, destrói facilmente as relações pessoais. Vê nas outras pessoas, verdadeiros inimigos potenciais. E quase todas as suas ações são acompanhadas de denúncias e acusações. A desconfiança é diferente da prudência. Em Hb. 3.19 diz assim – “E não puderam entrar por causa da incredulidade”. Veja o contraste em Hb. 4.3 – “Nós porém, que cremos entramos no descanso”.

Se olharmos e analisarmos as dificuldades dessa vida com nossos próprios olhos, mediante nossas forças ou sem confiarmos no Senhor, sempre virão os temores e as ansiedades. A incredulidade é ofensa para Deus e nos faz perder as bênçãos que Ele tem para nós. Então, se tivermos fé, teremos também a paz e o descanso!.

A QUINTA PRISÃO – A AVAREZA Mt.6.24-33

Podemos defini-la como o desejo desmedido de acumular riquezas; é um desejo intenso de ter mais, uma fome excessiva de possuir que nunca satisfaz. Não é necessário que alguém seja rico para ser avarento; há pessoas que tem pouco, porém seu coração está cheio de avareza, desejo e cobiça. O desejo de Deus é que sejamos prósperos em todas as coisas. Em III Jo.1.2 nos mostra que o Senhor deseja abençoar-nos para que vivamos tranqüilos, porém o que Ele decididamente não quer é que nosso coração esteja posto nas riquezas e nos desejos deste mundo.

O avarento é seduzido e enganado pelas riquezas deste mundo, sem perceber o quão passageiro é o desfrute dessas coisas. Igual ao jovem rico (Mc.1.17-31). Ele não estava disposto a renunciar a tudo para seguir Jesus. O avarento não tem a real consciência do tempo desta vida, e da inutilidade de acumular riquezas neste mundo. O Senhor Jesus ilustra esta verdade com uma parábola que se encontra em Lc.12.13-21 e Mt. 6.19-20.

A SEXTA PRISÃO – O AMOR AO PODER Jo. 13.1-15

Uma das maiores propostas do mundo é nos fazer viver conforme a sua vanglória: a vaidade da vida!. Os que não conhecem a Deus, se consideram pessoas “importantes” só porque exerce algum tipo poder, e com isso gostam de se sentirem honradas, famosas, dignas, respeitadas e reconhecidas. Porem, aqueles que pertencem ao reino de Deus, devem ser diferentes. Este texto nos mostra um ensino não muito confortável para os líderes que consideram difícil servir as pessoas que tem posições inferiores às deles.

O homem sem Cristo ama exercer autoridade sobre seus semelhantes (Mt.20.25-26). O homem natural gosta de dominar seu próximo e se dispor dele; isso alimenta seu orgulho e o faz sentir-se poderoso. Os que amam o poder e a glória, como era o caso dos escribas e fariseus, gostam de desfrutar de honras, méritos, homenagens e reconhecimentos. E você, como trata aqueles que trabalham ou vivem sob seu comando?

Amados, o servo de Deus pode até ser desprezado neste mundo, porém no caminho de Deus, é ele que vai ser exaltado!. Deus não quer que sejamos chefes ou capatazes. Deus exalta o servo desprezado, o que não olha para as coisas deste mundo: como o poder, o status, os privilégios do dinheiro, a celebridade, a riqueza e o brilho da fama. Deus exalta aquele que renuncia todas as glória vãs para ser servo de seus irmãos.

A SÉTIMA PRISÃO – O PECADO Sl.32.3-4

Pecar é praticar todos os tipos de atos, palavras ou pensamentos que transgridam as leis de Deus. É tudo aquilo que fazemos ou deixamos de fazer, pensamos ou falamos, e que não estão em perfeita harmonia com o andar de Jesus. O pecado tem uma natureza destrutiva, pois além de dominar o ser humano, acaba nos afastando daquele que é a Fonte da Vida e da Bênção. O pecado tanto é um ato como também é uma condição. É um ato quando praticado por alguém (Ez.18.20ª); é uma condição quando se trata de o homem ser descendente de Adão (Rm.5.12). O pecado submete o ser humano a situações tão humilhantes, que chega a levar a pessoa a se tornar um escravo do mal!. A pessoa é enganada de tal forma, que acaba gostando daquilo que pratica. Mesmo reconhecendo o seu erro, não possui forças para se libertar (Rm.6.16).

Irmãos, Deus não condena ninguém, mas sabemos que o pecado traz para o homem a condenação (Jo.12.48). É comum hoje em dia as pessoas se desculparem de suas faltas dizendo: “ninguém é perfeito”. Infelizmente, são poucas as pessoas que percebem a gravidade da situação que se encontram. Deus revelou à humanidade a forma pela qual devemos viver, mas são bem poucos os que lhe obedecem!.

Para aqueles que permanecem em Cristo até o fim, não haverá condenação, diz a bíblia (Rm.8.1). Você quer se livrar do pecado? Então ouça isto: Deus quer que o homem se arrependa – isto é, que sinta tristeza pelo pecado cometido (At.2.38). Que confesse o pecado - Isto é, admitir o seu erro, a sua culpa, contando para Deus as faltas cometidas e pedir perdão (Rm.10.9-10). Que deixe o pecado – isto é, não continuar na prática do erro (Sl.32.1 – Pv. 28.13).

AS TRÊS CHAVES DE DEUS

– “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes” (Mt.9.12).

Jesus está interessado em salvar todos os pecadores, os que ferem e os que se encontram feridos por outros. Jesus conhecendo a seriedade de nosso estado, veio para destronar as ações do diabo, compartilhando as Boas Novas com os pobres, os imorais, os solitários, os excluídos, os ricos, os populares, os poderosos, os doentes os depressivos, e todos aqueles que estão com a alma aprisionada pelas coisas desse mundo.. Diante disso, Jesus oferece especialmente para nós, as Três Chaves para a nossa cura e a nossa libertação das garras do diabo. Vejamos então:

A PRIMEIRA CHAVE – O PODER DA PALAVRA DE DEUS - Sl.107.20


A Palavra de Deus é fogo que queima, purifica, é martelo que quebra o pecado e o orgulho humano. É espada que corta, arranca toda culpa e ressentimento do coração do hoAmados, o maior poder que há no mundo não é o poder das bombas e mísseis, não é o poder dos militares, não é o poder dos aviões supersônicos, não é o poder dos gigantescos tanques de guerra, nem mesmo o poder dos enormes navios porta-aviões, nem ainda o poder dos políticos, ou qualquer outra potência mundial!. O maior poder que há no mundo é o poder da palavra de Deus, o único e verdadeiro Deus, e depois D’ELE não existe outro!. A Palavra de Deus tem poder e autoridade para mudar, transformar, salvar, restaurar e curar as pessoas que crêem nela como sua única regra de fé.
mem. A Palavra de Deus penetra como uma poderosa sonda no mais íntimo do nosso ser, para introduzir o remédio da cura da alma, o perdão dos pecados e juntamente trazer o alimento espiritual para crescer, amadurecer e moldar o caráter cristão na vida daqueles que receberam a Cristo. Assim como a sonda médica extrai líquidos retidos no organismo do enfermo, assim é a Palavra de Deus extrai qualquer pensamento, palavras ou ações que não estão em sintonia com Deus e sua Palavra, levando-nos a uma relação pessoal e mais íntima com o nosso Criador.

A SEGUNDA CHAVE – O SANGUE DE JESUS – Ap.12.1

O derradeiro golpe atingiu Satanás quando Jesus derramou o seu sangue pelos nossos pecados. A vitória foi conquistada através de sacrifícios – a morte de Cristo em nosso lugar. A Terra recebeu o sangue de vários homens santo, porém nada aconteceu. Mas quando Jesus derramou o seu precioso sangue, ou seja, a sua própria vida, Cristo abriu para nós uma fonte de autoridade capaz de pagar, quitar os nossos problemas espirituais, mesmo os mais críticos e cruéis. Foi o amor que levou Cristo a morrer por nós, e esse amor é o mesmo que enviou o Espírito Santo para viver em nós e nos guiar todos os dias. Isso significa que a sua obra é contínua para a nossa santificação e purificação dos nossos pecados.

Quando entregamos e nos comprometemos nossa vida a Cristo, pode ter certeza que terá uma reserva de poder para usar todos os dias quando tiver de enfrentar desafios, lutas, perigos, dificuldades e provações. Podemos enfentar o diabo sem temê-lo ou fugir dele, mas servir lealmente a Cristo que é o único que poderá nos trazer a vitória (Rm.8.34-39).

A TERCEIRA CHAVE – A PRESENÇA DO ESPÍRITO SANTO

Amados, podemos ver nitidamente a distinção entre os dois estilos de vida dos que seguem a Jesus: os que tem a presença do Espírito Santo, e os que não têm a presença do Espírito Santo. Os que não tem, são os crentes medrosos, receosos, acanhados, fracos e temerosos. Ao contrário dos que tem a presença do Espírito Santo, são os crentes que frutificam, são os ousados, os destemidos, os corajosos e os atrevidos.

Como vasos de Deus, não podemos permanecer vazios, inúteis e fracos. Precisamos estar cheios do Espírito Santo para cumprirmos o ideal do Senhor que é nos levar a amar e a glorificarmos a Deus mais do que antes, e a termos uma maior e intensa comunhão com Cristo. A presença do Espírito Santo nos ajuda a abandonar o pecado, e a não seguir a vontade da carne. Dá a direção certa, aumenta o nosso repúdio às diversões pecaminosas e prazeres ímpios. Refreia nossos desejos pelas buscas egoístas e honrarias terrenas, além de nos livrar de todo o engano do diabo!.

Conclusão

Amados, essa mensagem nasceu para aquelas pessoas que precisam de esperanças, de uma fonte de força e de coragem. São irmãos que se sentem prisioneiros, com a alma doente, aflita, minguada, encarcerada, e por alguma razão não sabem como sair dessa prisão. São para as pessoas que estão com suas almas encarceradas, e com as suas vidas dominado pelas ações do diabo. Infelizmente, são pessoas que estão com suas vidas arrasadas, com a família despencando ladeira abaixo, derrota em cima de derrota, e se tornando verdeira palmatória do diabo!.

Amados, o diabo está desesperadamente tentando recrutar o maior número possível de forças inimigas para aumentar seu exército. Fuja, escape, afaste-se, evite todas essas armadilhas e os laços que ele tem preparando para o povo de Deus. Fica o alerta!.

Que a sua vida seja cada vez mais enriquecida das bênçãos do Senhor.
Em Nome de Jesus Cristo!.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Balaão e a Teologia sob Demanda

Balaão e a Teologia sob Demanda


Aquele que se dizia "o profeta dos olhos abertos" era, na verdade, o teólogo do olho grande e gordo

Balaão era um profeta sagaz e um tanto matreiro. Se fosse apenas profeta, a desgraça não seria tanta. Acontece, porém, que o filho de Beor era ainda um teólogo competente. Torcendo um artigo de fé aqui, minimizando uma proposição doutrinária mais além, ia ele enchendo as algibeiras com o ouro dos incautos. E os seus arremedos, justiça seja feita, eram capazes de convencer até os mais avisados.

Embora domiciliado em Petor, às margens do Eufrates, fazia, vez por outra, uns volteios pelo Oriente Médio, a fim de oferecer serviços e préstimos. Ontem, tanto quanto hoje, havia sempre alguém querendo amaldiçoar alguém. E, para isso, estava disposto a pagar-lhe muito bem.

Enfim, o profeta Balaão teologizava sob demanda. Assemelhava-se ao escritor que, certa vez, recebeu a incumbência de escrever um artigo sobre uma polêmica autoridade. Ao receber o dinheiro, perguntou: “A matéria é a favor ou contra?”

Suas mandingas eram bem articuladas e certeiras. Amaldiçoou Balaão alguém? Amaldiçoado está! Foi por isso que Balaque trouxe-o de tão longe e inflacionou-lhe generosamente o cachê. Afinal, o rei moabita estava caído de angústias com a aproximação dos filhos de Israel que, desde o longínquo Sinai, marchavam resolutamente às suas portas. E, pelo ritmo de seu avanço, nenhum exército seria capaz de frear-lhe a andadura. Segundo imaginava, aquela gente, de tão numerosa, lamberia todos os recursos de sua terra. E isso ele jamais haveria de admitir.

Balaque bem sabia que Balaão era venal e sem caráter. Todavia, era competente no que fazia e tinha um preço até razoável. Além de venal, pagável. Não seria difícil contratá-lo.
Já advertido pelo Senhor, o profeta, de início, mostrou alguma refração às propostas do moabita. Como bom teólogo, sabia que é impossível florescer maldições onde as bênçãos já frutificam. Por isso, todas as vezes que armava o cenário para amaldiçoar Israel, acabava por abençoá-lo. E isso começou a impacientar Balaque. Afinal, contratara-o para destruir os hebreus. Mas o feiticeiro, inexplicavelmente, estava virando-se contra o dono do feitiço.
O interessante é que Balaão possuía também um lado poeta e lírico que, elegantemente, deixa transparecer nas profecias que, por três vezes, profere sobre o futuro messiânico de Jacó. Ele sabia trabalhar tão bem as palavras, que Moisés foi inspirado a registrá-las no quarto livro do Pentateuco. Num dos trechos de seu maravilhoso e subido poema, chega a ser autobiográfico: “Então, proferiu a sua palavra e disse: Palavra de Balaão, filho de Beor, palavra do homem de olhos abertos, palavra daquele que ouve os ditos de Deus e sabe a ciência do Altíssimo; daquele que tem a visão do Todo-Poderoso e prostra-se, porém de olhos abertos: Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro que ferirá as têmporas de Moabe e destruirá todos os filhos de Sete” (Nm 24.15-17).

A ganância, contudo, veio a ter mais rimas que a poesia. Na verdade, Balaão não estava disposto a perder o ouro de Balaque; oportunidade como aquela não costuma repetir-se. Não é sempre que se tem um Êxodo pela frente, nem um povo grande e abençoado a atravessar-lhe o caminho. Além do mais, ali estava um rei aflito, e prestes a dar-lhe até metade de seus tesouros.

Balaão, segundo suas próprias palavras, era o profeta dos olhos abertos. Mas, para mim, ele era o teólogo do olho grande e gordo: estava sempre disposto a corromper e a ser corrompido. Eis porque resolveu, apesar das relutâncias iniciais, atender à demanda final de Balaque.

Já que não podia levar a maldição a Israel, poderia ao menos trazer até Israel a maldição. A equação era bem simples. Sabendo ele que Deus tem um caráter justo e santo, ensinaria Balaque a tirar proveito dessa proposição. E, para tanto, o rei moabita não precisaria escrever monografia alguma; era só explorar a pornografia que estava ao seu alcance. Mesmo porque, aquele monarca medroso e bufão nenhuma capacidade acadêmica demonstrava ter.
Sim, tudo era muito simples. Mas a receita só Balaão possuía. Para amaldiçoar Israel, Balaque só precisaria espalhar umas prostitutas cultuais pelo arraial hebreu, e o problema estaria resolvido para os moabitas. Mas, para os israelitas, estaria só começando.

Foi o que aconteceu. As desavergonhadas, introduzidas sorrateiramente no acampamento do Senhor, puseram-se a induzir os varões hebreus a se prostituírem e a comerem alimentos sacrificados aos ídolos. De repente, aquele povo separado e santo em nada diferia das nações de Canaã. O episódio, que passaria à história como o Caso de Baal-Peor, custaria muito caro aos filhos de Israel. Num só dia, o Senhor matou vinte e quatro mil homens. O fato jamais seria esquecido. Séculos depois, ainda era mencionado pelos santos profetas como advertência à comunidade hebreia.

Balaão não foi o único a fazer teologia, nem a profetizar sob demanda. Seus discípulos e seguidores, igualmente irracionais em seu amor pelo ouro de Balaque, fazem-se moucos até mesmo à voz da jumenta. Não obstante, sempre acabam por encontrar generosos púlpitos e cátedras.

Nos domínios de Acabe, eram liberalmente pagos, a fim de profetizar o que o monarca queria ouvir. Nenhum deles tinha coragem, ou disposição, de dizer que o rei estava nu. Já em Judá, no tempo de Jeremias, achavam-se arrolados na folha de pagamento do funcionalismo público. E, na Igreja Primitiva, além dos imitadores de Balaão, havia também os nicolaitas, que, de paróquia em paróquia, iam teologizando por encomenda. Com mão certeira, semeavam o pecado, a rebeldia e a dissolução entre os santos.

Jesus odiava as obras dessa gente.
Hoje, esses tais obreiros podem ser contados aos milhares. Tanto aqui, como lá fora, comportam-se como os sofistas que, na Grécia antiga, eram tidos como inteligentes e sábios. Eles andejavam por toda a parte, discorrendo sobre os mais variados e ignorados assuntos. Um deles, que não entendia nada de guerra, propôs-se certa vez a ensinar estratégia a um experimentado general. Não é o que ocorre em nossos arraiais? Às vezes, surge, não se sabe de onde, um neófito com ares doutorais e que nunca pastoreou um rebanho, dizendo como se deve tanger o redil e tocar o aprisco. Mas, na verdade, o que mais querem é a lã das pobres e desamparadas ovelhas.

Eles não são nada baratos. Exorbitam nos cachês e carregam nas exigências. Por isso, sempre pregam o que os seus contratantes querem ouvir. Sabem que, se forem verdadeiros no púlpito, poderão sair de muitos templos como mentirosos. E esse risco não querem correr. Assim, deixam de ser homens de Deus para se fazerem homens do povo. Como abismo atrai abismo, também não vêem dificuldade em sustentar a iniquidade, desde que esta encha-lhes os bolsos.

E, assim, passam a vida a produzir uma teologia ímpia, mentirosa e sofismática. Aqui, esvaziam a divindade de Cristo. Ali, tiram a autoridade da Bíblia. Mais além, negam o arrebatamento da Igreja. Ainda, não satisfeitos, espalham entre o os santos costumes exóticos e detestáveis. Terminado o culto, vão embora cheios, deixando atrás de si um rebanho vazio.

Não fomos chamados a fazer teologia sob demanda. Convocou-nos o Senhor a proclamar a sua Palavra. E, para isso, temos de ser íntegros, corajosos e jamais perder o dom do amor. Quem ama, fala a verdade, pois uma mentira, bem trabalhada teologicamente, é bastante para levar todo um rebanho ao inferno.

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