Relativizando e negligenciando os princípios estabelecidos na Lei de
Moisés, Salomão tomou para si mulheres estrangeiras que lhe perverteram o
bom senso, levando-lhe a prática e a promoção da idolatria. O clima de
insatisfação com a administração de Salomão havia se agravado entre as
tribos do norte pela alta carga de impostos que cobrava.
Foi neste contexto que a palavra de Deus veio a Salomão nos seguintes termos:
Foi neste contexto que a palavra de Deus veio a Salomão nos seguintes termos:
“Visto que assim procedestes e não guardaste a minha aliança, nem os
meus estatutos que te mandei, tirarei de ti este reino e o darei a teu
servo. Contudo, não o farei nos teus dias, por amor de Davi, teu pai; da
mão de teu filho o tirarei. Todavia, não tirarei o reino todo; darei
uma tribo a teu filho, por amor de Davi, meu servo, e por amor de
Jerusalém, que escolhi”. (1 Rs 11.11-13, ARA).
A sentença estava decretada. Deus estabelece e remove líderes, verdade esta negligenciada por muitos na atualidade, fato este evidenciado pela maneira com que lidam com os negócios do Reino.
A sentença estava decretada. Deus estabelece e remove líderes, verdade esta negligenciada por muitos na atualidade, fato este evidenciado pela maneira com que lidam com os negócios do Reino.
Mas, quem seria este servo de Salomão a quem Deus daria parte do Reino?
Seu nome, Jeroboão, filho de Nebate, efraimita de Zereda, homem
corajoso, habilidoso e aplicado em suas responsabilidades e trabalho.
Enquanto servia a Salomão na edificação de Milo, suas qualidades fizeram
com que ele alcançasse a confiança do rei, conquistando assim o cargo
de supervisor do trabalho forçado da casa de José.
Foi durante esse tempo que a vontade de Deus para com Jeroboão lhe foi claramente manifesta:
Foi durante esse tempo que a vontade de Deus para com Jeroboão lhe foi claramente manifesta:
“Sucedeu, nesse tempo, que, saindo Jeroboão de Jerusalém, o encontrou o
profeta Aías, o silonita, no caminho; este se tinha vestido de uma capa
nova, e estavam sós os dois no campo. Aías pegou na capa nova que tinha
sobre si, rasgou-a em doze pedaços e disse a Jeroboão: Toma dez pedaços,
porque assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Eis que rasgarei o reino da
mão de Salomão, e a ti darei dez tribos. Porém ele terá uma tribo, por
amor de Davi, meu servo, e por amor de Jerusalém, a cidade que escolhi
de todas as tribos de Israel. Porque Salomão me deixou e se encurvou a
Astarote, deusa dos sidônios, a Quemos, deus de Moabe, e a Milcom, deus
dos filhos de Amom; e não andou nos meus caminhos para fazer o que é
reto perante mim, a saber, os meus estatutos e os meus juízos, como fez
Davi, seu pai. Porém não tomarei da sua mão o reino todo; pelo
contrário, fá-lo-ei príncipe todos os dias da sua vida, por amor de
Davi, meu servo, a quem elegi, porque guardou os meus mandamentos e os
meus estatutos. Mas da mão de seu filho tomarei o reino, a saber, as dez
tribos, e tas darei a ti. E a seu filho darei uma tribo; para que Davi,
meu servo, tenha sempre uma lâmpada diante de mim em Jerusalém, a
cidade que escolhi para pôr ali o meu nome.” (1 Rs 11.29-36, ARA)
Todo o texto exalta a soberania de Deus evidenciada na força e modo dos
verbos empregados: “rasgarei”, “darei”, “tomarei”, “fá-lo-ei”, “elegi”.
Somente Ele é absolutamente capaz de decidir quem governa, comanda,
preside e serve ao seu povo em posição de autoridade. Estatutos e
regimentos internos de igrejas e convenções, apesar de suas importantes
funções em termos organizacionais e normativos, não prevalecem diante da
determinação e escolha soberana de Deus. Para Jeroboão ele disse:
“Tomar-te-ei, e reinarás sobre tudo o que desejar a tua alma; e serás
rei sobre Israel”. (1 Rs 11.37, ARA)
Não há no texto condicionante alguma para a decisão de Deus. Ele disse,
ele faria. O Senhor iria intervir na história se apropriando de
situações e circunstância para fazer com que a sua vontade se cumprisse.
Jeroboão seria rei.
Creio firmemente, e tenho experiência própria, de que o Senhor ainda
cumpre na íntegra as suas promessas na vida daqueles a quem escolhe
soberanamente e graciosamente para servir ao seu povo. Deus nem sempre
trabalha seguindo a lógica humana. O seu candidato nem sempre é o
candidato do povo ou de algum ministério. Entendo também, que por razões
que estão acima de nossa compreensão limitada e humana, Deus permite
que homens não vocacionados ou chamados por Ele ocupem cargos de
liderança sobre o seu povo. Mas, se engana quem pensa que Deus ficará
alheio a todas as armações, esquemas, articulações sujas e jeitinhos que
norteiam atualmente boa parte dos processos eletivos e sucessórios em
igrejas e convenções de ministros evangélicos no Brasil. No tempo certo,
Deus intervirá com juízo e disciplina sobre aqueles que o desonra, que
pisam sobre a sua Palavra promovendo os mais abomináveis atos e
escândalos. Sim, creio firmemente que Deus cumprirá na íntegra o que
prometeu a seus servos! Deus cumprirá em nós a sua vontade soberana.
Deus concedera a Jeroboão um grande privilégio e responsabilidade.
Caberia a ele zelar e honrar a escolha soberana de Deus. O Senhor
advertiu o futuro rei, afirmando que a sua prosperidade no trono estaria
condicionada a sua obediência plena:
“Se ouvires tudo o que eu te ordenar, e andares nos meus caminhos, e
fizeres o que é reto perante mim, guardando os meus estatutos e os meus
mandamentos, como fez Davi, meu servo, eu serei contigo, e te edificarei
uma casa estável, como edifiquei a Davi, e te darei Israel”. (1 Rs
11.38, ARA)
Observe que Jeroboão precisaria se submeter ao que já estava estabelecido em termos de estatutos e mandamentos (Palavra escrita), e ao que Deus ordenaria e orientaria circunstancialmente (Palavra oralizada), durante o exercício de sua liderança.
Ao saber dos fatos acima, Salomão procurou matar a Jeroboão, que estrategicamente fugiu para o Egito, para ali aguardar o trabalhar de Deus. Bom é aguardar o trabalhar e o tempo de Deus. Tenhamos a paciência e a confiança que o Senhor está neste momento trabalhando para nos colocar no lugar que disse que nos colocaria, aliás, lugares estes que geralmente não pedimos e não buscamos, mas que aceitamos por obediência e amor ao Senhor. Lugares e cargos, que apesar de outorgar algumas honras, são acompanhados por muito labor e sofrimento.
Observe que Jeroboão precisaria se submeter ao que já estava estabelecido em termos de estatutos e mandamentos (Palavra escrita), e ao que Deus ordenaria e orientaria circunstancialmente (Palavra oralizada), durante o exercício de sua liderança.
Ao saber dos fatos acima, Salomão procurou matar a Jeroboão, que estrategicamente fugiu para o Egito, para ali aguardar o trabalhar de Deus. Bom é aguardar o trabalhar e o tempo de Deus. Tenhamos a paciência e a confiança que o Senhor está neste momento trabalhando para nos colocar no lugar que disse que nos colocaria, aliás, lugares estes que geralmente não pedimos e não buscamos, mas que aceitamos por obediência e amor ao Senhor. Lugares e cargos, que apesar de outorgar algumas honras, são acompanhados por muito labor e sofrimento.
Salomão morreu, e Roboão, seu filho, reinou em seu lugar. Por esse tempo, Jeroboão retornou do Egito e se uniu ao povo clamando ao novo rei por uma administração mais justa e humana. A insensatez e a insensibilidade de Roboão diante do pedido (1 Rs 12.14) agravou o descontentamento do povo. A explicação do episódio é narrada da seguinte maneira:
“O rei, pois, não deu ouvidos ao povo; porque este acontecimento vinha do Senhor, para confirmar a palavra que o Senhor tinha dito por intermédio de Aias, o silonita, a Jeroboão, filho de Nebate”. (1 Rs 12.15, ARA)
Deus estava trabalhando em meio às circunstâncias.
Indignado pela dureza das palavras de Roboão, o povo das tribos do Norte
romperam com o rei, provocando uma rebelião generalizada, para em
seguida, conforme a palavra do Senhor, fazerem de Jeroboão rei sobre
eles. Tal atitude só não causou um grande derramamento de sangue por
causa da intervenção divina (1 Rs 12.24).
Jeroboão, filho de Nebate, efraimita de Zereda, e cuja mãe era mulher viúva, ocupava agora o lugar que o Senhor lhe tinha reservado. Para se manter rei, e contar com a contínua bênção de Deus, só precisava obedecer aos mandamentos e estatutos do Senhor, e seguir as suas orientações.
Um fato, porém, começou a preocupar e a intrigar Jeroboão. Uma vez que a Casa do Senhor, lugar de adoração, se encontrava em Jerusalém, e que esta estava sob o governo de Roboão, pensou o seguinte:
“Se este povo subir para fazer sacrifícios na Casa do Senhor, em Jerusalém, o coração dele se tornará a seu senhor, a Roboão, rei de Judá; e me matarão e tornarão a ele, ao rei de Judá.” (1 Rs 12.27)
Jeroboão, filho de Nebate, efraimita de Zereda, e cuja mãe era mulher viúva, ocupava agora o lugar que o Senhor lhe tinha reservado. Para se manter rei, e contar com a contínua bênção de Deus, só precisava obedecer aos mandamentos e estatutos do Senhor, e seguir as suas orientações.
Um fato, porém, começou a preocupar e a intrigar Jeroboão. Uma vez que a Casa do Senhor, lugar de adoração, se encontrava em Jerusalém, e que esta estava sob o governo de Roboão, pensou o seguinte:
“Se este povo subir para fazer sacrifícios na Casa do Senhor, em Jerusalém, o coração dele se tornará a seu senhor, a Roboão, rei de Judá; e me matarão e tornarão a ele, ao rei de Judá.” (1 Rs 12.27)
Observe que o pensamento racional de Jeroboão colocava em dúvida a
palavra e a fidelidade daquele que lhe escolhera, que lhe estabelecera
na condição de rei, e que lhe fizera promessas de estabilidade, o
Senhor. Jeroboão passou a entender que a sua permanência no governo
dependia primeiramente (e talvez exclusivamente) do estado do coração do
povo, e não da soberana vontade de Deus. Dessa forma, precisaria dar um
“jeito” de impedir tal coisa. Em sua loucura, em vez de cair de joelhos
diante do Senhor, confessando a sua incredulidade e pedindo-lhe uma
direção, buscou conselhos com quem não tinha condições de sabiamente lhe
orientar.
Temos aqui mais um claro retrato de situações que são vivenciadas nos dias atuais, onde líderes, diante do medo de serem removidos dos lugares que Deus os colocou (partindo deste pressuposto), agem de acordo com as suas racionalizações, e passam a seguir as orientações de conselheiros em pior situação espiritual que a deles. Em vez de confiarem em Deus, e de buscar a direção do altíssimo, buscam um caminho alternativo. Neste caminho alternativo, seguem a lógica maquiavélica de que os fins justificam os meios quando a posição do “príncipe” é aparentemente ameaçada.
No caso de Jeroboão, ele ofereceu ao povo um culto alternativo, que implicava na prática de idolatria (1 Rs 12.28-30), construiu nos altos santuários alternativos (1 Rs 12.31a) e constituiu sacerdotes alternativos, que não eram filhos de Levi (1 Rs 12.31b). Para finalizar, a seu bel-prazer, marcou dia e mês, e fez uma grande festa para celebrar a sua insensatez.
Temos aqui mais um claro retrato de situações que são vivenciadas nos dias atuais, onde líderes, diante do medo de serem removidos dos lugares que Deus os colocou (partindo deste pressuposto), agem de acordo com as suas racionalizações, e passam a seguir as orientações de conselheiros em pior situação espiritual que a deles. Em vez de confiarem em Deus, e de buscar a direção do altíssimo, buscam um caminho alternativo. Neste caminho alternativo, seguem a lógica maquiavélica de que os fins justificam os meios quando a posição do “príncipe” é aparentemente ameaçada.
No caso de Jeroboão, ele ofereceu ao povo um culto alternativo, que implicava na prática de idolatria (1 Rs 12.28-30), construiu nos altos santuários alternativos (1 Rs 12.31a) e constituiu sacerdotes alternativos, que não eram filhos de Levi (1 Rs 12.31b). Para finalizar, a seu bel-prazer, marcou dia e mês, e fez uma grande festa para celebrar a sua insensatez.
Para não perderem o reinado, algumas lideranças na atualidade oferecem
ao povo cultos e lugares sagrados alternativos, onde a adoração a Deus é
banida, e o foco se volta para os “objetos sagrados” ou para as
“necessidades humanas”. Para administrar e ministrar nos lugares
sagrados e em seus cultos alternativos, os tais líderes promovem uma
seleção de candidatos, que devem enviar o seu currículo, e assim, caso
aprovados, são aproveitados como “sacerdotes alternativos”. Os
“sacerdotes alternativos” se multiplicam a cada ano, principalmente em
período de eleição para presidente de igreja e convenção, na medida em
que são “consagrados” e “ordenados” para votar em quem os consagrou, ou
naquele que por ele é apoiado. Não importa a chamada (ou vocação
espiritual), mas o voto dos “sacerdotes alternativos”, que colocará ou
manterá o “rei” no poder.
Mesmo sendo punido e advertido pelo Senhor, Jeroboão resolveu seguir o seu caminho:
“Depois destas coisas, Jeroboão ainda não deixou o seu mau caminho; antes, de entre o povo tornou a constituir sacerdotes para lugares altos; a quem queria, consagrava para sacerdote dos lugares altos”. (1 Rs 13.33, ARA)
Infelizmente, há líderes que por mais que sejam alertados, não se converterão dos seus pecados. Para estes, o juízo divino é inevitável (1 Rs 13.34; 14.7-16).
Jeroboão foi agente de seu próprio fracasso. Ele teve a oportunidade, mas, não soube aproveitá-la. Jogou fora e destruiu com as próprias mãos o que poderia ter sido um belo governo. Maculou a sua biografia, tornando-se exemplo de como não se deve proceder na condição de líder estabelecido por Deus.
“Depois destas coisas, Jeroboão ainda não deixou o seu mau caminho; antes, de entre o povo tornou a constituir sacerdotes para lugares altos; a quem queria, consagrava para sacerdote dos lugares altos”. (1 Rs 13.33, ARA)
Infelizmente, há líderes que por mais que sejam alertados, não se converterão dos seus pecados. Para estes, o juízo divino é inevitável (1 Rs 13.34; 14.7-16).
Jeroboão foi agente de seu próprio fracasso. Ele teve a oportunidade, mas, não soube aproveitá-la. Jogou fora e destruiu com as próprias mãos o que poderia ter sido um belo governo. Maculou a sua biografia, tornando-se exemplo de como não se deve proceder na condição de líder estabelecido por Deus.
Senhor, faze-nos enxergar a nossa insensatez, e livra-nos do caminho de Jeroboão.
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