sexta-feira, 22 de março de 2013

A Cana Trilhada e o Pavio Que Fumega

A Cana Trilhada e o Pavio Que Fumega


"A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega" Is 42:3

Através da simbologia da cana trilhada e do pavio que fumega, Deus revela Seu amor e misericórdia para com os caídos, machucados, carentes de uma nova vida.

À beira da estrada, nas trilhas de canaviais é o lugar onde se acumulam canas desprendidas dos pés, arrastadas pelos fortes ventos, fáceis de serem pisadas e descartadas em razão do estado de estrago. Não é bem o tipo de cana que agricultores usariam para obtenção de lucro ou mesmo preparo de alimento. Mas Deus diz: "essa cana me interessa, não a lançarei no lixo, assim mesmo, como está Eu me servirei dela, Meu poder restaurador é maior que a conspiração de morte."
Pavio fumegando nos fala de forças que se esvaem, de fogo que se apaga, de vidas que outrora foram repletas de sonhos, fé e esperança, mas que se perderam em algum lugar , chegando próximas de um fim. E Deus diz: " Não permitirei que encerre sua missão de iluminar, antes farei reviver a chama".

Essa mensagem nos convida a viver um novo tempo que ressurge pelas mãos Divinas do Pai, atento às "insignificantes" coisas da vida que sob um olhar humano nada valem a não ser para serem descartadas. Mas Deus em infinita misericórdia; das cinzas, do monturo, ergue o necessitado.
Levanta o pobre do pó, e do monturo levanta o necessitado. Para o fazer assentar com os príncipes, mesmo com os príncipes do seu povo. Salmos 113:7-8

Se hoje você se sente assim como "a cana trilhada e o pavio que fumega" o convido a entregar tudo a Deus em um gesto de fé e reconhecimento de incapacidade humana. Deus quer você, como está. Ele passeia entre os canaviais para ajuntar o que está em pedaços. Ele restaura as trilhas, desobstrui os caminhos para uma nova visão.
Lembre-se de Jó, em seu estado miserável: perdera família, saúde, amigos, enfim, uma "cana trilhada, pavio fumegando" experimentando as dores mais terríveis das adversidades, mas do fundo da alma, de um lugar onde Satanás não pode tocar, Jó arrancou forças para crer:
"Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus." Jó 19:25,26.
Reúna suas forças e arranque do fundo da alma a mesma confissão feita por Jó. Da mesma forma que a restauração chegou para Jó, chegará para você também. Deus se apraz em fazer o bem a um coração que clama e confia em Seu socorro.

Lembre-se ainda da prostituta Raabe, o testemunho dessa mulher aumenta minha fé, conforta meu coração a não se entregar a mágoas, angústias, rancor e tudo o mais que seja veneno para meus ossos. Raabe estava "na trilha do canavial". Uma vida sem sentido, dormindo e acordando para viver as mesmas coisas fúteis inerentes a quem faz do corpo comércio. Mas do fundo da alma, encontrou forças e pela fé entregou a vida e a família aos cuidados do Senhor.

"Pela fé Raabe, a meretiz,não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias"Hb 11.31
E o que dizer de Noemi? Amargurada por ver a morte ceifar as pessoas que mais amava, vazia, faminta e desprezada, parte em fuga de um lugar a outro, com esperança de nova vida. Noemi estava abalada "na trilha do canavial, pavio fumegando" mas ainda lhe restara a fé que confessava no íntimo da alma, no que Deus lhe foi fiel.

“Ele te será Recriador da alma...” Rt.  4:15

A palavra "recriador" vem de shub que significa: “Voltar”, “ir de encontro ao ponto de partida, em sentido espiritual”; “arrepender-se”.  Deus mudou a direção da vida de Noemi, arrancou a dor, concedeu-lhe alegria. O Deus que ela servia não a desamparou em momento algum, apesar dos pesares.

Esse é o tempo da restauração para sua vida. Deus é esse Recriador da alma que sente prazer por nos socorrer, simplesmente porque nos ama. E ele ama, em todo o tempo, mesmo e principalmente quando achamos que não merecemos Seu amor.

Em Cristo

quinta-feira, 14 de março de 2013

A Morte do Grão de Trigo

A Morte do Grão de Trigo


“Em verdade, em verdade vos digo; se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só, mas se morrer, produz muito fruto”. João 12:24.

Jesus fala para os gregos que estavam em Jerusalém: “Ora entre os que subiram para adorar durante a festa, haviam alguns gregos; que se dirigiram a Felipe e rogaram: queremos ver Jesus” João 12: 20-21. O grão de trigo, foi uma simbologia empregada, para explicar sobre vida e morte e também morte e ressurreição. Esses temas, eram motivo de contenda entre gregos e judeus. Para os gregos, a morte era algo terrível, pois o corpo era valioso precisava irradiar a beleza da alma, do bom e do belo que estava impregnado na cultura desse povo, como essência de valores éticos. Bom e belo não necessariamente tinha a ver com estética, mas com ética, caráter, sabedoria.

A morte do grão do trigo, significava morrer para o mundo, para a filosofia grega, que dominava o pensamento na época. Morrer, era renascer para Cristo Jesus, pela fé em Seu nome. O grão de trigo, lançado em terra, para se transformar em planta, se despe de sua casca, se desnuda e ressurge com nova aparência (por dentro e por fora). Sim, de fato, esse grão conservará alguns de seus elementos, porém terá renascido para uma nova vida em que dará origem a muitos outros grãos. É uma simbologia fantástica, tão simples e complexa ao mesmo tempo, porque nos diz sobre eternidade com Deus e isso é o que de maior há no mundo inteiro, e coube em um pequenino grão de trigo, cuidado pelas firmes mãos de Jesus!

Jesus poderia ter usado o exemplo de qualquer outro grão, mas ao falar sobre trigo, Ele também fala de si mesmo: Trigo é pão. Ele era o Pão da vida, que haveria de morrer e ressuscitar ao terceiro dia. Deixaria a aparência física de homem, nascido de mulher, para receber um corpo glorioso e ser elevado ao céu. Atos 1: 6-9. Isso tudo era loucura para gregos e também judeus que ficavam divididos quando o assunto era morte e ressurreição. Saduceus e fariseus divergiam quanto a isso: “Pois os saduceus declaram não haver ressurreição, nem anjo, nem espírito; ao passo que os fariseus admitem todas essas coisas" (At 23.8).Mas Jesus não falava para acariciar egos, agradar homens e sistemas, Ele falava a verdade, Ele é a Verdade: “senhores gregos, se vieram até Jerusalém para me ver, saibam que é preciso morrer, para viver. É preciso se despir do velho mundo, velho homem e se revestir de eternidade pela renúncia ao pecado, pelo arrependimento que lhes mostrará quem sou.“

Ver Jesus, era o pedido dos gregos. Ver Jesus, é o que muitos também pedem em nossos dias. E para que isso aconteça é necessário não apenas uma viagem de um lugar a outro, de uma igreja a outra, de uma filosofia a outra, de religião em religião, de superstição. Para ver Jesus, é necessário amá-lo, mais que tudo. E se O amamos, guardamos Seus mandamentos que O colocam como centro de nossa vida, vontades e tudo o mais:

“ Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo, preserva-la-á para a vida eterna” João 12:25.

Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.
1 Coríntios 1:21-23

Evangelho é puro e simples, poderoso e transformador. O maior sinal presente no Evangelho é o do novo homem, esse que pela graça divina e poder do Espírito Santo, é transformado. Não façamos como os fariseus, que buscavam sinais e os gregos a sabedoria. Mas busquemos a Jesus Cristo e Ele nos dará a sabedoria e os sinais. Decretemos “a morte do grão de trigo” e o novo nascimento se fará realidade em nós. Agricultores e especialistas em trigo, escreveram:
"Grãos de trigo são pequenos, de forma oval, com uma fenda no sentido do comprimento e recobertos por uma casca dura. No interior da casca, encontram-se o amido e o glúten, substâncias que, além de preciosas para a alimentação, dão à planta a força necessária para que ela cresça."

Vejam, a transformação do grão em planta é visível, mas acontece primeiramente no interior, porque lá no íntimo do grão é que está a força necessária para seu desenvolvimento. E tudo começa em nosso coração, primeiramente ele é transformado e consequentemente, nossas ações, atitudes se tornam visíveis aos homens gerando tantas e tantas sementes que irão servir de pão para outras vidas, porque na nova vida, Jesus está. A decisão de mudar é nossa, a transformação é obra de Deus. O grão tem a vida em si mesmo, mas não brotaria em forma de planta, se não houvesse quem o regasse, cuidasse para não ser arrancado da terra, pisado e lançado fora como inútil. E assim é Cristo para conosco, aquele que se entrega a Ele é aperfeiçoado para ressuscitar no último dia.

“Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição; Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado. Porque aquele que está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos;Sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre ele.Romanos “.6:5-9

Oração: Senhor Deus, preciso de Sua ajuda para me tornar uma nova pessoa a seguir e obedecer Tua Palavra. Não almejo sinais, nem sabedoria, mas a Tua face, Tua vida em mim e tudo o mais será transformado, e assim os sinais seguirão aos que creem e a sabedoria estará em minha boca. Perdoa meus pecados, me arrependo de coração por ter sido desobediente a Ti. Toma-me como um grão de trigo e me refaz, para glória d
e Seu nome, amém.

A Espiritualidade e a Transformação da Interioridade

A Espiritualidade e a Transformação da Interioridade


Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai que está nos céus”. Mt 5.16

Introdução
Vivemos no século das aparências. Em épocas assim, o grande desafio é manter uma espiritualidade da intimidade. Estamos vivendo um angustiante dilema: viver pela Palavra numa sociedade da imagem. Nessa geração do exterior, a distância entre a ética e a estética é muito tênue. Muitos sacrificam sua intimidade em busca da afirmação da massa popular, dos aplausos, das multidões. Essa religiosidade da superficialidade tem feito raízes secarem. Richard Foster escreveu: “A superficialidade é a maldição de nosso tempo”. Em nome dessa superficialidade, muitos morrem asfixiados sem a atmosfera da profundidade. O mesmo Richard Foster afirmou: “Na sociedade contemporânea, o nosso adversário se especializa em três coisas: ruído, pressa e multidões”.

APRENDENDO COM AS BEM ABENTURANÇAS.

O texto de Mateus 5.1-12 trata das “bem-aventuranças” (do grego: makarismós – “felicidade”, ou “felizes”). Elas constituem a base de uma espiritualidade interior plena. São grandiosas promessas de Jesus aos que decidirem servi-lo. Essas bem-aventuranças formam uma abençoada unidade. Assim como o fruto do Espírito (G1 5.22,23), apesar de composto (nove graças), ser único, as bem-aventuranças também seguem essa lógica divina. São distintas, porém unas. Cada uma delas descreve uma qualidade da espiritualidade interior com reflexos na exterioridade. Desenvolver uma ou outra, sem a completude, nos coloca em um perigoso desequilíbrio.

a) Um chamado para andar na direção oposta Jesus pronuncia as bem-aventuranças para um povo que acalentava um sentimento de vingança contra Roma. Curiosamente, o Mestre propõe uma inversão: Ele chama essas bem-aventuranças de “felicidade dos infelizes”. O escritor Walter Kasper afirma que “os escritos sapienciais gregos e judaicos declaram bendito o homem que tem filhos obedientes, uma boa esposa, amigos fiéis, sucesso e assim por diante. Jesus, entretanto, fez uma interpretação contrária”. Ele chama de felizes os que, do ponto de vista do povo e da sapiência grega e judaica, eram infelizes. Jesus chama de felizes aqueles que, na exterioridade, não podem ser vistos como felizes. Mas, em sua interioridade são os mais felizes da face da terra.

b) A alegria de uma história pessoal digna de louvor – No versículo 12, Jesus diz: “Regozijai-vos e alegrai-vos, porque grande é o vosso galardão nos céus, pois assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós”. Jesus mostra aos discípulos a alegria que encara a história e afirma a segurança em Deus. Depois de mostrar aos discípulos circunstâncias dolorosas e promessas grandiosas, o Mestre os convida à alegria, ao gozo de uma história pessoal digna de louvor. Ele afirma que os que vivem esse contexto existencial das bem-aventuranças, desfrutam do legado dos profetas, tornam-se ecos históricos de vidas que amavam a Deus.

SERMÃO DO MONTE E A INTERIORIDADE

O Sermão do Monte é um discurso inigualável proferido por Jesus num lugar elevado para o norte e oeste do mar da Galiléia (Mt. 5-7). Ele trabalha com rara profundidade a questão da transformação do caráter, da revolução da interioridade. Originalmente, caráter significava “gravação”. O ato de gravar, deixar marcas, sinais indeléveis em determinados objetos, com o intuito de distinguir uns dos outros. Mais tarde, o caráter passou a ter significado moral. Assim, o caráter de um indivíduo tem qualidades marcantes que o diferenciam dos outros. Os fariseus trabalhavam toda sua teologia com base no exterior, porém Jesus lança na interioridade, nas dimensões mais íntimas do caráter.

a) Uma revolução de dentro para fora- Do ponto de vista de Jesus, o reino de Deus inicia-se por uma revolução interior, na qual o “eu” é destronado pela renúncia, a vontade própria é eliminada, e a vontade soberana de Deus, “assim como é feita nos céus” (Mt 6.10), se toma a nossa vontade, e o seu propósito sublime, se torna o grande objetivo de nossa vida, conferindo real sentido à nossa existência. Jesus apela para uma vida plena dentro da alma, do lado de dentro do ser, nos recônditos secretos de cada ser. Jesus abomina as teologias farisaicas das aparências (Mt 6.6,16; 7.1,21).

b) Fortificando a espiritualidade comunitária – A espiritualidade do secreto nos habilita para o exercício de uma espiritualidade verdadeira em público, sem o artifício das máscaras, mas com originalidade, autenticidade. Uma advertência precisa ser feita: se buscamos os lugares públicos porque não suportamos o quarto solitário, vamos permanecer solitários nos lugares públicos. Embora a espiritualidade do secreto seja excelente, carecemos da comunhão. A espiritualidade que não conduz à comunhão transforma o lugar secreto no lugar da morte.

c) Uma nova forma de viver o Sermão do Monte nos convoca a unir em nossa experiência existencial a justiça que se manifestou no Sinai, temperada pela misericórdia que brilhou no Calvário. A purificação abrange a vida toda. Passamos a viver uma vida digna de ser chamada “cristã”. Vivemos abertos aos grandes sentimentos de Deus, às grandes realidades da graça. Mesmo em dias difíceis como os atuais, temos o desafio de “iluminar e salgar” (Mt 5.13-16), nos tomar os elementos diferenciadores da vida.

OS PERIGOS DA VISIBILIDADE

Charles Haddon Spurgeon, considerado “o príncipe dos pregadores”, em um sermão sobre a “figueira infrutífera” (Mt 21.18-22), disse que “o maior problema daquela figueira é que ela ocupava uma posição de destaque (Mt. 21.19), melhor seria para aquela figueira que tivesse nascido longe da estrada, na encosta de algum monte, mas nunca à beira do caminho, ao alcance da visão de Jesus”. A visibilidade estéril é a frustração de muitos ministérios. No Sermão do Monte, o Mestre faz questão de destruir qualquer vestígio de uma espiritualidade baseada na visibilidade.

a) A síndrome do sucesso: o mal do personalismo – Muitos são os que foram infectados pelo vírus do personalismo. Gente que promove uma espiritualidade marqueteira, mercantilizada, que vende a alma no banco diabólico do lucro. George MacDonald escreveu: “o homem falhará desgraçadamente em qualquer coisa que faça sem Deus, ou, mais desgraçadamente ainda, terá sucesso”.

b) A multidão e o indivíduo Jesus gastou mais tempo com indivíduos do que com multidões. Hoje, muitos vivem numa busca obsessiva pelas multidões. Fázem de tudo para que seus nomes sejam lembrados nos encontros de multidões, mas quase nunca estão nos ajuntamentos de “dois ou três” (Mt. 18.20). O problema da multidão é que ela despersonaliza. Não se pode estabelecer um relacionamento íntimo com uma multidão, conseqüentemente, não podemos confiar na multidão. A mesma multidão que recebeu Jesus, em sua entrada triunfal em Jerusalém, ao som de “Hosana” (Mt 21.9), pediu Barrabás (Mt 27.20-25).

c) A guerra dos egos O escritor clássico C. S. Lewis dizia que “o egoísmo é o estado mental completamente anti-Deus”. Uma interioridade transformada é aquela em que o ego é redimido, onde podemos viver a segurança da humildade. Muitos, em nome do ego, perdem sua paz de espírito, negociam sua integridade. Em nome do ego, um querubim virou demônio, igrejas promissoras perderam seu testemunho histórico. Púlpito não é palco, igreja não é mercado nem teatro. A verdadeira espiritualidade subjuga o ego lavando-o sempre no sangue do Cordeiro. Quando nosso ego é destronado, a graça flui, e quando as portas perigosas do ego se fecham, as maravilhosas portas da eternidade se abrem.

Descobertas da NASA provam que descrição bíblica sobre a criação é “cientificamente precisa”

Descobertas da NASA provam que descrição bíblica sobre a criação é “cientificamente precisa”Descobertas da NASA provam que descrição bíblica sobre a criação é “cientificamente precisa.




A ciência e a religião por muitas vezes tem versões diferentes para os mesmos fatos, e em muitas questões, as teorias se opõem completamente ao que a Bíblia diz.

Uma pesquisa encomendada pela NASA acaba de dar sentido ao versículo 2 do primeiro capítulo de Gênesis: “E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo”.
Dados coletados por um satélite científico protoplanetário, que circunda o sistema estelar CoKu Tau 4, na constelação de Touro, levaram à conclusão de que planetas como a Terra se formam na escuridão de refugo e detritos da sua estrela central, coincidindo com a descrição do livro de Gênesis, que prega que o planeta era sem forma e vazio em seus estágios iniciais de desenvolvimento.
Os cientistas da NASA afirmaram ainda, segundo informações do PRNewsWire, que a descrição bíblica do livro de Gênesis é “incrivelmente precisa, tendo em vista o fato de que a palavra hebraica traduzida ‘dia’ (yom) pode significar vários períodos de tempo, e não apenas um período de 24 horas”, o que coincidiria com o relato bíblico de que Deus criou o mundo em “dias”.
Essas descobertas da Nasa também revelaram que como um planeta amadurece dentro de seu casulo empoeirado de forma gradual, acaba sugando toda a poeira entre ele e o sol, o que seria compatível com o que o livro de Gênesis diz no versículo três: “Haja luz”, que a ciência trata como “Luz difusa”.
Segundo o PRNewsWire, somente nos últimos estágios de formação do planeta, a luz do sol, já existente, a lua e as estrelas seriam visíveis da Terra: “Esta informação corresponde a Gênesis 1:16, para o dia quatro da criação, quando se olha pelo contexto do idioma hebraico. ‘E Deus passou a fazer (‘a-sah’) os dois grandes luminares [...] e também as estrelas’. A palavra hebraica ‘a-sah’ não significa criar, mas sim para realizar, ou levar a termo”, escreveu Paul Hutchins no portal.
Os dados da NASA mostram que a Terra foi formada a partir de resíduos e detritos do sol, e que a luz surgiu lentamente em etapas, na forma exata que foi descrita em Gênesis, e fazendo a passagem bíblica ser reconhecida como “cientificamente precisa quando lida no contexto de sua linguagem original, o hebraico”.

domingo, 10 de março de 2013

CUIDADO COM O FERMENTO

CUIDADO COM O FERMENTO
À procura da verdade, no meio da confusão religiosa
"Vede e acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus"
[Mattityahu (Mateus) 16:6]
     Quando Yahushua proferiu estas palavras de advertência aos seus apóstolos, ele se apoiou em milhares de anos de significado simbólico da palavra "fermento". Quando entendemos o uso deste termo na Palavra de Yahuh, podemos ver algumas aplicações da sua advertência, que são importantes para nossos esforços ao servir a Yahuh.

O Fermento do Erro

Os usos simbólicos da palavra "fermento", na Palavra de Yahuh, são geralmente negativos. O fermento frequentemente representou o mal e o erro. Podemos traçar nos escritos da primeira aliança o desenvolvimento destes significados da palavra "fermento". O uso do fermento era proibido durante a festa doa pães ázimos, a festa em que os israelitas comemoravam a libertação da nação judaica da servidão egípcia (Shemoth (Êxodo) 12:15 – “Sete dias comereis pães ázimos; ao primeiro dia tirareis o fermento das vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, desde o primeiro até ao sétimo dia, aquela alma será cortada de Yashurum (Israel)”]. De fato, os israelitas não tinham permissão para incluir fermento nos sacrifícios feitos a Ulhim. Em Wayriqra (Levítico) 2:11, Yahuh disse: "Nenhuma oferta de manjares, que fizerdes a Yahuh teu Ulhim, se fará com fermento; porque de nenhum fermento, e de mel nenhum queimareis por oferta a Yahuh". Baseando-se neste ensino da Tora de que o fermento representava alguma coisa má, impura e inaceitável por Yahuh, Yahushua e Shaul (Paulo) se referiram às falsas doutrinas como fermento. Yahushua advertiu contra o fermento o falso ensinamento dos fariseus e dos saduceus [Mattityahu (Mateus) 16:12 – “Então compreenderam que não dissera que se guardassem do fermento do pão, mas da doutrina dos fariseus”]. Shaul (Paulo) disse que aqueles que tentavam persuadir os discípulos a se voltarem contra a pratica da lei de Moisés (a sã doutrina) espalhavam o fermento [Galutyah (Gálatas) 5:4-9 – “Separados estais do Mashiach, vós os que vos justificais pela lei; da misericórdia tendes caído. Porque nós pelo espírito da fé aguardamos a esperança da justiça. Porque em Yahushua HaMashiach nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor. Corríeis bem; quem vos impediu, para que não obedeçais à verdade? Esta persuasão não vem daquele que vos chamou.Um pouco de fermento leveda toda a massa”].
     O fermento também representava a influência corruptora da imoralidade. Shaul (Paulo) se referiu ao problema da imoralidade sexual entre os discípulos de Corinto em termos duros e perguntou: "Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa?" Qorintyah Alef (1Coríntios) 5:6. Deixada sem correção, a ação do fermento da imoralidade pode se espalhar e corromper a congregação inteira.

Sacrifícios Sem Fermento

     Exatamente como o povo de Yahuh no primeiro pacto tinham que oferecer sacrifícios ázimos (isto é, sem fermento) e puros, hoje Ulhim espera que nossos sacrifícios espirituais sejam livres de impurezas. Para ajudar-nos a apreciar este fato, Ulhim nos deu o exemplo do sacrifício perfeito e sem pecado oferecido por seu Mashiach. Os das tribos dispersas de Yashurum (Yisrael) de hoje celebram a festa dos pães ázimos (15/01ao 21/01) com pães ázimos e ervas amargas, porque isto também o Mashiach utilizou na comunhão modelo com seus apóstolos. Quando consideramos o simbolismo do fermento, fica aparente que nenhum outro tipo de pão poder ser satisfatório. Temos que imitá-lo e também sermos verdadeiramente sem fermento Qorintyah Alef (1Coríntios) 5:7 – “Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque o Mashiach, nossa páscoa, foi sacrificado por nós”]. Uma congregação que é sem fermento e pura não permite imoralidade ou falso ensinamento. Qorintyah Alef (1Coríntios) 5:9-13 – “Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; Isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Yahuh julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo”].

A Importância de Ser Moralmente Sem Fermento

Nossa sociedade é, infelizmente, cheia do fermento de imoralidade. A desonestidade, a cobiça e a sensualidade têm corrompido as vidas de inúmeras pessoas e ameaçam cada um de nós, todos os dias. Os jornais estão cheios de relatos da corrupção no Governo. As revistas e os filmes tiram lucro da exploração do pecado sexual. Yahushua nos chama para sermos luzes e para mudar este mundo escuro e corrompido Mattityahu (Mateus) 5:14-16 – “Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Ulhim, que está nos céus”.
     Porém, muitos que afirmam estarem seguindo o exemplo de Yahushua estão ignorando esta determinação. Enquanto proclamam estão se atualizando com um mundo em mudança, algumas congregações vão aprovando certas práticas claramente condenáveis, como o adultério [Luka (Lucas) 16:18” Qualquer que deixa sua mulher, e casa com outra, adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido, adultera também]; e o comportamento homossexual [Romiyah (Romanos) 1:26-27 – [Qorintyah Alef (1Coríntios) 6:9-11 – “Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Yahuh? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Yahuh. E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Mashiach Yahushua, e pelo espírito de santidade do nosso Ulhim”]. Onde Yahuh exigia santidade, estas igrejas modernas a substituem por uma atitude tolerante que aceita, o câncer mortal do pecado e encoraja a morte espiritual eterna. [Romiyah (Romanos) 6:23 – “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Yahuh é a vida eterna, por intermédio de Yahushua nosso Mashiach”]. O fermento está agindo, corrompendo os justos.

O Fermento do Erro

sexta-feira, 8 de março de 2013

O Campo do Oleiro e as Trinta Moedas de Prata


O Campo do Oleiro e as Trinta Moedas de Prata



"Então Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, Dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo. E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi se enforcar. E os príncipes dos sacerdotes, tomando as moedas de prata, disseram: Não é lícito colocá-las no cofre das ofertas, porque são preço de sangue. E, tendo deliberado em conselho, compraram com elas o campo de um oleiro, para sepultura dos estrangeiros. Por isso foi chamado aquele campo, até ao dia de hoje, Campo de Sangue. Então se realizou o que vaticinara o profeta Jeremias: Tomaram as trinta moedas de prata, preço do que foi avaliado, que certos filhos de Israel avaliaram, E deram-nas pelo campo do oleiro, segundo o que o Senhor determinou."  Mateus 27:3-10

As trinta moedas

Era o valor estimado por um escravo Êx 21:32. Profeta Zacarias havia previsto com precisão a negociação de Judas, 520 anos antes de acontecer:

Porque eu lhes disse: Se parece bem aos vossos olhos, dai-me o meu salário e, se não, deixai-o. E pesaram o meu salário, trinta moedas de prata. O Senhor, pois, disse-me: Arroja isso ao oleiro, esse belo preço em que fui avaliado por eles. E tomei as trinta moedas de prata, e as arrojei ao oleiro, na casa do Senhor Zacarias 11:12-13

Quem comprou o campo: judas ou anciãos e sacerdotes judeus?

Há uma polêmica envolvendo esse tema, tudo porque no livro de Atos 1:15-19, Pedro relata que "Judas adquiriu um campo com o salário da iniquidade Aceldama, isto é, campo de sangue". Encontraremos muitas referências relacionando "campo de sangue" com Judas e sua morte.

Campos no Original Grego:

A palavra grega usada para descrever campo em Mateus 27 é "agros" =campo. No grego, o campo citado por Pedro em Atos é "chorion" = propriedade particular. A propriedade particular de Judas, pode ter sido comprada com dinheiro roubado, ele era tesoureiro e desonesto. O lugar ficou conhecido como "campo de sangue" por ter sido o local de seu suicídio:

"Ora, ele adquiriu um campo com o salário da sua iniquidade; e precipitando-se, caiu prostrado e arrebentou pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram. E tornou-se isto conhecido de todos os habitantes de Jerusalém; de maneira que na própria língua deles esse campo se chama Aceldama, isto é, Campo de Sangue".

Portanto, o campo adquirido por Judas, não é o mesmo descrito por Mateus.

Judas arrependido?

Existem dois tipos de arrependimento: Um para vida eterna e outro passageiro, que não produz salvação, mas: remorso, amargura. A infelicidade de Judas foi provocada por sua rebeldia em relação a Deus, seu amor ao dinheiro:

Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males I Tm 6:10

Deram-me mal pelo bem e ódio pelo seu amor. Põe acima de meu inimigo um impio, e Satanás esteja à sua direita. Sl 109:5-6 (sobre a traição de Judas)

Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte. 2 Coríntios 7:10

Jeremias ou Zacarias?

Mateus diz que a profecia da venda de Jesus por trinta moedas, pertence a Jeremias. Não são poucos os estudiosos da Bíblia que afirmam estar incorreta a citação: a profecia pertence a Zacarias e ponto final!

Não vejo, portanto contradição alguma em citar Jeremias e Zacarias como autores da profecia. Mateus apenas omite Zacarias, o que não quer dizer que tenha se enganado ou trocado o nome do profeta. Nos capítulos 18 e 19 do livro de Jeremias, encontramos clara referência a compra do "campo de Oleiro":

"Assim diz o Senhor: Vai e compra uma botija de oleiro, e leva contigo os anciãos do povo e os anciãos dos sacerdotes. E sai ao vale do filho de Hinom, que está à entrada da porta do Sol, e apregoa ali as palavras que eu te disser" Jr 19:1,2.


O "campo de sangue" adquirido pelos judeus, tem a mesma localização do citado por Jeremias : "Encontra-se em um nível terraço estreito na face sul do vale de Hinom. Seu nome moderno é Hak ed-damm ou Akeldamách

O vale de Hinom era um lugar de sacrifícios pagãos, crianças eram queimadas vivas no vale em oferenda a Maloque. Também chamado de "Tofete" ou "lugar alto" Jr 7:31

Akeldamách

A terra nesse lugar é rica em barro e antigamente o lugar era preferido dos oleiros para ajuntar a matéria prima de suas peças. A argila da região tem uma coloração forte vermelha. O campo foi utilizado como cemitério para não judeus. Muito barro foi retirado de Akeldamách por Helena de Constantinopla e proeminentes cristãos tanto para construção de casas como de sepulcros.

Atualmente no campo, existe um enorme sepulcro e um monastério, no centro uma larga coluna e um terraço que em seu lado sul fica o vale de Hinom (conforme descrito por Jeremias).

Simbologia de Akeldamách ou "Campo do Oleiro"

Alguma vez você já se perguntou por que as trinta moedas de prata conquistadas de forma inescrupulosa por Judas Iscariotes e ofertada no templo, compraram o "campo do oleiro"? 

Encontrei aqui uma mensagem fabulosa !! É claro que Jesus valia muito mais, infinita e eternamente mais que as trinta moedas! Seu sangue pagou uma dívida que nem todas as moedas do mundo seriam suficientes para pagar! Com Sua vida, Jesus pagou nossos pecados, nossa morte. Ele nos devolveu a liberdade e a vida eterna, aleluia!!

Vi no "campo de Oleiro" uma bela analogia: O dinheiro pago por um escravo iria resgatar muitos estrangeiros, torná-los novos, moldados, vasos nas mãos do Oleiro, chamado Jesus.

O campo, repleto de barro, serviria para sepultamento dos gentios, mas os gentios, não seriam mortos, sim restaurados como barro nas mãos do Oleiro. O campo de sangue, recebe esse nome, pela cor vermelha da terra e por representar a morte e derramamento de sangue de Jesus. Qual dos lugares pode receber o sangue de Jesus e não ser transformado por Ele?

O sangue de Jesus esteva nas portas das tendas dos israelitas quando da instituição da primeira Páscoa. Esteve representado na porta da meretriz Raabe (em um cordão vermelho) esteve em Akeldamách para salvação dos gentios!

Nenhum detalhe que envolveu a morte e ressurreição de Cristo foi vão. Da dor da morte e da alegria da ressurreição, a minha e a sua salvação. O "campo do Oleiro" também teve sua mensagem restauradora.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Reconstruíndo Com Pedras Queimadas - Neemias

Reconstruíndo Com Pedras Queimadas - Neemias


Não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força." Neemias 8:10
Neemias foi contemporâneo de Esdras. Ambos viveram em uma fase difícil da história de Israel, quando o povo havia sido levado cativo para Babilônia e os que ficaram na cidade de Jerusalém, conviviam com um cenário desastroso. A cidade estava destruída. Casas e muros derrubados, construções em pedras despedaçadas pelo contato com o fogo e fúria dos inimigos.

“Os sobreviventes, lá na província que escaparam do cativeiro estão em grande dificuldade e vergonha, o muro de Jerusalém é dividido, e as suas portas foram destruídas pelo fogo.” Ne 1:3

Copeiro do rei Artaxexes, considerado funcionário de confiança da corte, Neemias servia na capital de Susã, a 150 milhas do Rio Tigre, que atualmente é o Irã. Ele adquiriu permissão e favores do rei para voltar a Jerusalém e reconstruir a cidade e suas fortificações. O ano é aproximadamente 432 a. C. O que aprendemos com Neemias? Essa é mais uma narrativa Bíblica fortalecedora, restauradora! Neemias era um homem de fé e temor a Deus, morando em um luxuoso palácio, nada lhe faltava, mas seu coração desfalecia pelos compatriotas judeus. Ele deixa o palácio e segue em missão para Jerusalém. Um homem que revela a grandeza da intercessão, da oração humilde, sincera e cheia de amor ao próximo. Além disso, a capacidade de discernimento de Neemias é algo que devemos buscar a fim de não cedermos às ciladas do inimigo.

“À noite me levantei, e uns poucos homens, comigo; não declarei a ninguém o que o meu Deus me pusera no coração para eu fazer em Jerusalém .

Então, lhes disse: Estais vendo a miséria em que estamos, Jerusalém assolada, e as suas portas, queimadas; vinde, pois, reedifiquemos os muros de Jerusalém e deixemos de ser vergonha.” Neemias 2:12 e 17.

Reedificar a cidade de Jerusalém representava também recobrar os ânimos dos moradores, a alegria de espírito, a comunhão espiritual com Deus. Jerusalém estava nua, desprotegida. Sem fronteiras, os inimigos adentravam livremente na cidade, saqueando o que restava, inclusive as vidas. Disse Jesus: “Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua nudez.” Ap 16:15. Essa situação é tão idêntica ao homem caído, entregue ao pecado. Sua alma fica refém do diabo que tem acesso livre às portas de seu coração. Neemias vem nos dizer que as fortalezas de pedra, destruídas e queimadas a fogo pelos inimigos, podem ser erguidas novamente, aleluia!
E sucedeu que, ouvindo Sambalate que edificávamos o muro, ardeu em ira, e se indignou muito; e escarneceu dos judeus .E falou na presença de seus irmãos, e do exército de Samaria, e disse: Que fazem estes fracos judeus? Permitir-lhes-á isto? Sacrificarão? Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas? Neemias 4:1-2
Sambalate é a imagem de Satanás, aquele que nos acusa e despreza na tentativa de nos fazer desistir . Seu desejo é como uma boca grande e sempre aberta para devorar dizendo palavras de derrota: “ pobres e fracos judeus, tudo que têm são montões de pedras queimadas que só servem para o lixo, até uma raposa derrubaria esses muros que pensam em reconstruir”. Querido leitor, essa é a missão do mal. Tal qual fez com Neemias faz conosco. Diz que não somos capazes, que somos pecadores, “pedras queimadas”. Seu prazer é ver muros derrubados, territórios saqueados, nus a frio e fome. Quando estivermos ouvindo essas vozes que surgem muitas vezes em forma de pensamento, ou através de “Sambalates”, saibamos de onde vem. Procuremos, assim como fez Neemias, orar , confiar e não desistir de agir conforme a Palavra.

A figura das pedras queimadas merece destaque.  Para Sambalate elas eram inúteis montões. Para Neemias, tinham valor tal qual as pedras originais. Essas pedras queimadas, podem ser eu e você, leitor. Feridos, decepcionados, vivendo adversidades. Pode ser quem um dia já se sentiu forte e feliz o bastante para ser muro sem brechas. Pode ser o que se levanta, se ergue, após seguidas derrotas. Pedras queimadas fala de vidas “passadas pelo fogo” e que aos olhos de muitos pode não ter valor, mas para Deus assim como para Neemias, elas podem reconstruir com a mesma força e utilidade de pedras virgens. Pedras queimadas em Jerusalém, fala de vida espiritual. Pessoas que já viveram com vigor a vida cristã e hoje não mais. Acredito que muitas são as pedras queimadas espalhadas pela igreja, necessitando serem ajuntadas e valorizadas para construírem (ou reconstruírem) fortalezas.

Neemias 4:7 E sucedeu que, ouvindo Sambalate e Tobias, e os árabes, os amonitas, e os asdoditas, que tanto ia crescendo a reparação dos muros de Jerusalém, que já as roturas se começavam a tapar, iraram-se sobremodo.

Muro feito com pedras queimadasEssa é uma fotografia de um muro reedificado com pedras queimadas, é perceptível a diferença de cor comparando-as com as pedras originais, elas são mais escuras. Esse muro fica em Banias 150 Km ao norte de Jerusalém. São séculos de construção e as pedras queimadas continuam firmes na sustentação da obra.  Neemias não descartou as pedras queimadas e viu que poderiam ser tão úteis quanto as demais, e ele estava certo. Sambalate estava furioso porque os muros se reerguiam, as brechas se fechavam, mas  Deus era com os construtores e a obra não parava. Neemias 4: 14 “ Não os temais! Lembrai-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai por vossos irmãos, vossos filhos, vossas filhas, vossas mulheres e vossas casas.”
Reconstruir os muros significava também reconstruir a vida familiar de muitos dos envolvidos na obra. Que grande, magnífica lição nos traz o livro de Neemias! Para cada vida restaurada espiritualmente, para cada pedra queimada assentada, muitas outras vidas beneficiadas! Não devemos desistir de buscar a Deus por causa da rudeza do mundo, da maldade das pessoas. Pelo contrário. Se desanimarmos na batalha, seremos a pedra inútil que “Sambalate” se alegrará em chutar e despedaçar até virar pó e se esvair como poeira. Nossa força não está em nós mesmos, mas no Senhor, grande e temível, o mesmo que foi com Neemias para vencer.

“Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco do mês de elul, em cinquenta e dois dias.” Neemias 6:15

"Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força." Neemias 8:10

A destruição se dá de forma tão rápida que às vezes é difícil de acreditar como em  pouco tempo as coisas tomaram proporção tão grande! O fogo que consome uma floresta, carros que se chocam na estrada, guerras armadas, tudo destrói em segundos e às vezes leva anos para ser reconstruído. Criticar como Sambalate é mais fácil que agir como Esdras, por essa causa, o mundo conspira contra os filhos de Deus. Os muros da cidade de Jerusalém foram reconstruídos, sob a liderança de Neemias, em 52 dias. Foram destruídos em no máximo uma semana. Se nós estamos hoje tal qual as pedras queimadas de Jerusalém, saibamos que somos preciosos para Deus. A força para se reerguer está no Senhor que se alegrará em nos colocar como alicerce em nossa casa, trabalho, enfim aonde formos. Sambalate armou muitas armadilhas para que Neemias fosse morto e parasse a obra, mas não teve sucesso porque nem por um minuto Neemias duvidou de que Deus era com ele para o bem: “ A boa mão do meu Deus era comigo” Ne 2:8.

Essa é a lição trazida pelas pedras queimadas erguidas nos muros da cidade de Jerusalém. Oro para que assim como tenha falado a mim, fale a tantos quantos o Senhor Deus enviar.

Deus o abençoe.

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