quarta-feira, 16 de abril de 2014

Como Reconhecer uma Seita?

Estudo Bíblico Como Reconhecer uma Seita?


Existem milhares de religiões neste mundo, e obviamente nem todas são certas. O próprio Jesus advertiu seus discípulos de que viriam falsos profetas usando Seu nome, e ensinando mentiras, para desviar as pessoas da verdade (Mateus 24.24). O apóstolo Paulo também falou que existem pessoas de consciência cauterizada, que falam mentiras, e que são inspirados por espíritos enganadores (1 Timóteo 4.1-2).

Nós chamamos de seitas a essas religiões. Não estamos dizendo que to­dos os que pertencem a uma seita são deson­estos ou mal intencionados. Existem muitas pessoas sinceras que caíram vítimas de falsos profetas. Para evitar que isto ocorra conosco, devemos ser capazes de distinguir os sinais característicos das seitas. Embora elas sejam muitas, possuem pelo menos cinco marcas em comum:

(1) Elas têm outra fonte de autori­dade além da Bíblia. Enquanto que os cristãos admitem apenas a Bíblia como fonte de conhecimento verdadeiro de Deus, as seitas adotam outras fontes. Algumas forjaram seus próprios livros; outras aceitam revelações diretas da parte de Deus; outras aceitam a palavra de seus líderes como tendo autoridade divina. Outras falam ainda de novas revelações dadas por anjos, ou pelo próprio Jesus. E mesmo que ainda citem a Bíblia, ela tem autoridade inferior a estas revelações.

(2) Elas acabam por diminuir a pessoa de Cristo. Embora muitas seitas falem bem de Jesus Cristo, não o consideram como sendo ver­dadeiro Deus e verdadeiro homem, nem como sendo o único Salvador da humanidade. Reduzem-no a um homem bom, a um homem di­vinizado, a um espírito aperfeiçoa­do através de muitas encarnações, ou à mais uma manifestação diferente de Deus, igual a outros líderes religiosos como Buda ou Maomé. Freqüentemente, as seitas colocam outras pessoas no lugar de Cristo, a quem adoram e em quem confiam.

(3) As seitas ensinam a salvação pelas obras. Essa é uma característica universal de todas as seitas. Por acreditarem que o homem é intrinsecamente bom e capaz de por si mesmo fazer o que é preciso para salvar a sua alma, pregam que ele pode acumular méritos e vir a merecer o perdão de Deus, através de suas boas obras praticadas neste mundo. Embora as seitas sejam muito diferentes em sua aparência externa, são iguais neste ponto. Algumas falam em fé, mas sempre entendem a fé como sendo um ato humano meritório. E nisto diferem radicalmente do ensi­no bíblico da salvação pela graça mediante a fé.

(4) As seitas são exclusivistas quanto à salvação. Pregam que somente os membros do seu grupo religioso poderão se salvar. Enquanto que os cristãos reconhecem que a salvação é dada a qualquer um que arrependa-se dos seus pecados e creia em Jesus Cristo como único Senhor e Salvador (não importa a denominação religiosa), as seitas ensinam que não há salvação fora de sua comunidade.

(5) As seitas se consideram o grupo fiel dos últi­mos tempos. Elas ensinam que re­ceberam algum tipo de ensino se­creto que Deus havia guardado para os seus fiéis, perto do fim do mundo. É interessante que toda vez que nos aproximamos do fim de um milênio, cresce o número de seitas afirman­do que são o grupo fiel que Deus reservou para os últimos dias da humanidade.

Podemos e devemos ajudar as pes­soas que caíram vítimas de alguma seita. Na carta de Tiago está es­crito que devemos procurar ganhar aqueles que se desviaram da ver­dade (Tiago 5.19-20). Para isto, entretanto, é preciso que nós mes­mos conheçamos profundamente nossa Bíblia bem como as doutri­nas centrais do Cristianismo. Mais que isto, devemos ter uma vida de oração, em comunhão com Cristo, para recebermos dele poder e amor e moderação.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

ISRAEL E AS SERPENTES PEÇONHENTAS

 Israel e as Serpentes Peçonhentas



Deus emancipou o povo de Israel da sua escravidão no Egito por meio de um líder corajoso e íntegro, Moisés. Este conduziu os israelitas até o monte Sinai, onde se acamparam por um ano. Durante esse tempo, Deus deu ao povo escolhido uma lei especial e instruções para preparar tudo que seria necessário para adorar ao Senhor - um templo móvel conhecido como tabernáculo, todos os seus móveis e altares, e sacerdotes treinados e equipados para serem intermediários entre Deus e seu povo.

Quando tudo estava pronto, Deus mandou que continuassem sua viagem sentido Canaã para tomar posse de Canaã, a terra prometida gerações antes a Abraão. Devido à falta de confiança no Senhor, Israel não saiu do deserto para entrar na terra por 40 anos. Quando o fim desse período se aproximava, a nação recomeçou sua jornada para Canaã. A viagem foi difícil, e começaram a reclamar contra Moisés e contra o próprio Senhor.

Deus castigou a nação ingrata com uma praga de serpentes que começaram a morder os israelitas. Muitos morreram, e os outros se arrependeram e pediram a misericórdia do Senhor.

O Senhor mandou que Moisés fizesse uma serpente de bronze e a colocasse numa haste. Qualquer pessoa mordida que olhasse para a serpente seria curada. Desta maneira, a praga cessou. Pode-se ler essa história em Números 21:4-9.

Aprendemos lições importantes destes acontecimentos:

O pecado leva à morte. Gostaríamos de evitar o assunto, mas qualquer estudo honesto e completo da Bíblia nos obrigará a encarar esse fato. Desde o pecado de Adão e Eva no jardim do Éden, Deus tem reforçado a lição da consequência do pecado. Em Romanos, um dos livros mais ricos da Bíblia, o apóstolo Paulo dedicou os primeiros capítulos à explicação de vários aspectos do problema do pecado. Entre os pontos apresentados está esta afirmação do resultado da desobediência à vontade de Deus: “porque o salário do pecado é a morte...” (Romanos 6:23).


No caso dos israelitas que murmuravam contra Deus, o resultado imediato foi a morte física de alguns, mas a consequência maior do pecado é a morte espiritual, a separação de Deus (veja Efésios 2:1,12).

Deus deseja perdoar os pecadores e cancelar a consequência do pecado. 700 anos depois da praga de serpentes, Isaías escreveu: “Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” (Isaías 55:7). Outro profeta judeu escreveu: “Acaso, tenho eu prazer na morte do perverso? — diz o SENHOR Deus; não desejo eu, antes, que ele se converta dos seus caminhos e viva?” (Ezequiel 18:23).

O pecador precisa voltar para Deus para ser perdoado. Os israelitas que reclamaram contra Deus e Moisés se arrependeram: “Veio o povo a Moisés e disse: Havemos pecado, porque temos falado contra o SENHOR e contra ti; ora ao SENHOR que tire de nós as serpentes. Então, Moisés orou pelo povo” (Números 21:7). Quase 1.500 anos depois, o Salvador enviado do céu afirmou o mesmo requisito: o perdão depende do arrependimento (Lucas 13:3,5).

A serpente de bronze prefigurou a salvação em Jesus Cristo! João 3:16, um versículo que afirma o amor de Deus em mandar Jesus como Salvador, é um dos textos mais conhecidos do Novo Testamento. Mas muitos não sabem que este texto usa a serpente de bronze como figura que representa Jesus: “E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna. Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:14-16; veja Isaías 45:22).

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

JEREMIAS E A VARA DE AMENDOEIRA

Jeremias e a Vara de Amendoeira


"Ainda veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Que é que vês, Jeremias? E eu disse: Vejo uma vara de amendoeira. E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir". (Jeremias 1:11,12) 

Amendoeira é uma palavra hebraica, "shoked", e significa "vigilante". Esta árvore é da família das rosáceas, de semente oleaginosa, e é a primeira planta a florescer na primavera. É como se ela ficasse vigiando o fim do inverno e o início da primavera, e quando ocorre o equinócio da primavera, a amendoeira é a primeira a brotar! Daí seu nome de vigilante.
Deus estava dizendo a Jeremias: Eu sou como a amendoeira que vigia a primavera. Eu estou vigiando para que as minhas palavras se cumpram. E você Jeremias deve aprender a ser vigilante como é a amendoeira. 

Na simbologia bíblica "vara" significa "pessoa". Em João 15:5 Jesus afirmou: "Vós sois as varas..." Portanto "vara de amendoeira" significa: pessoa vigilante.

As profecias do Antigo testamento são expressas das seguintes maneiras: Verbal, Factual e simbólica.

1. Verbal - Quando ela é falada. "Assim diz o Senhor..." Assim se faz um enunciado do que vai suceder ou uma observação de Deus. 

2. Factual - É quando um fato, algo que sucede, que é histórico, real, concreto, é apontado como um evento também a suceder no futuro. A páscoa é um fato histórico, real, mas já era um anúncio profético da obra do Senhor Jesus Cristo.

3. Simbólica - Quando um símbolo é tomado como sendo uma mensagem. Muitas vezes a simbólica vem através de atos ou palavras. Como Jeremias e a vara de amendoeira.

Quando Deus deu a Jeremias a visão da vara de amendoeira, ele alertava para a vigilância, pois a Palavra de Deus iria se cumprir, quer Jeremias quisesse ou não. Não que Deus fosse ruim, mal, mas porque Ele já sabia do pecado de Judá. Jeremias jamais poderia se intimidar por se achar uma criança, ou incapaz, e deixar de anunciar o que Deus iria mandar.

O cristão deve ser vigilante, não somente porque "Jesus vai voltar" mas também em anunciar as Boas Novas do Reino, pois sabemos que a Palavra de Deus irá se cumprir, quer o mundo queira ou não. E já tem se cumprido! Não podemos nos intimidar diante de pessoas da alta sociedade, ou de pessoas que tem "pensamento positivo" sobre o mundo e a vida, mas anunciar que Jesus está voltando, e que este mundo (kosmos=sistema de coisas) tem um prazo estabelecido por Deus.

"Prega a palavra". Esta foi a ordem dada a Timóteo. "...instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes..." (2 Timóteo 4:2) Esta Palavra não nos ensina a sermos incovenientes, em que em qualquer lugar devamos ficar 24 horas pregando sem parar, se tornando um crente chato. Mas de ter o compromisso de dever anunciar nas horas certas, que é chegado o Reino dos Céus. Que o Senhor Jesus derramou na cruz do calvário sangue puro para nos salvar. Nunca deixar de falar!

Devemos vigiar também sobre a volta do Senhor Jesus Cristo. Mas não apenas esperar com medo, ou porque "o mundo vai se acabar", etc, como se seguir ao Senhor fosse por medo ou pressão. Mas obedecer ao "ide", pois bem aventurado o servo que o Senhor assim o encontrar fazendo. 

Muitos pensam que falaram de Jesus em vão, que foram alvos de piadas, zombarias, e arrependem-se até de terem falado sobre Deus. Se o amado leitor não sabe a semente da amendoeira é chamada de "um despertar". Ela permanece nas ondas do mar por meses, e quando a maré enche, é lançada pelas ondas na praia, e se torna uma árvore enorme. A palavra de Deus nunca volta vazia. O nosso trabalho nunca é vão no Senhor Jesus Cristo. A semente da Palavra de Deus que você lançou em algum coração, um dia a maré enche. Um dia essa semente germina. Um dia desses ela se torna uma linda árvore. Saiba que o tempo de Deus não é nosso tempo. Seja vigilante como é a amendoeira. Seja o primeiro a falar. Seja o primeiro a dizer: Jesus é bom. E esses frutos, mesmo que demorem, eles irão se transformar em lindas árvores para a Glória do Senhor Jesus!

O DIABO PODE TOCAR EM UM HOMEM DE DEUS?

O Diabo Pode Tocar em um Homem de Deus?


Pode o crente ficar possuído por demônio? ou Pode um crente ficar possesso, endemoninhado?

Bem, ao tratar deste assunto, o qual deve ser ponto de dúvida de muitos outros, o tratarei levando em conta, não crentes nominais, denominacionais ou meramente religiosos, mas sim, levando em conta, os verdadeiros homens de Deus, os quais entenderam a mensagem do Evangelho (que Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores e por essa razão foi crucificado e, posteriormente, ressuscitou) e, recebendo tão maravilhosa revelação, se converteram a Jesus Cristo, arrependidas de seus pecados.

Que minhas explanações a seguir venham a revelar minha posição (e, segundo creio, posição bíblica) a respeito do assunto aqui referido.

1 – O verdadeiro crente é propriedade exclusiva de Deus – 1 Pe. 2.9.

Se é exclusiva, só Deus tem direito de usufruto desta propriedade. Só Deus tem o direito sobre a vida do verdadeiro crente.

Deus tem lavrada uma Escritura, onde está escrito, com o sangue de Jesus, que TODO VERDADEIRO CRENTE É PROPRIEDADE EXCLUSIVA DE DEUS.

2 – O verdadeiro crente é selado com o Santo Espírito da promessa – Ef. 1.13.

Se um selo real, de um mero mortal, não podia ser violado; o que se dirá do selo de Deus? Quando nossos inimigos espirituais tentam investir contra o verdadeiro crente, eles logo vêem o Selo de Deus, e tremem. O Selo Real está impresso na alma do verdadeiro crente e de forma alguma pode ser violado. O verdadeiro crente é marcado com o próprio Espírito de Deus.

3 – O verdadeiro crente é Santuário de Deus; local onde Deus habita – 1 Co. 3.16-17; 6.19.

Se Deus está habitando a “Casa”, então não há lugar para o Diabo e/ou demônios.

2 Co. 6.14-16 também traz luz sobre esta questão para nós:

“Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse:

Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.

Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso”.

O texto garante que:

“Não há comunhão há da luz com as trevas”;
”Não há harmonia, entre Cristo e o Maligno”.

Mas, também assevera que:

”Não pode haver sociedade entre a justiça de Deus e a iniqüidade do mundo”; “Não pode haver união entre crente e incrédulo”; “Não pode haver ligação entre o santuário de Deus e os ídolos falsos”. O verdadeiro crente observa estas coisas como uma ordenança do Senhor e não como um ponto de vista de Deus, o qual pode ser contrariado.

E, temos que lembrar o que a Escritura diz, em 1 Samuel 15.22-23:

“Porém Samuel disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra?

Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitais a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti”.

A desobediência à Palavra de Deus tem o mesmo peso de se praticar feitiçaria. E nós sabemos com quem a feitiçaria tem parte neste mundo – Satanás.

O verdadeiro crente busca obedecer a Deus em tudo e não apenas no que lhe convier. Quem procede desta forma, será guardado de toda investida do Diabo e/ou de seus demônios. Contra este, todas as investidas malignas, serão frustradas.

4 – O verdadeiro crente, portanto, tem dentro de si, Aquele que é maior do que o diabo – 1 Jo. 4.4.

Como um mais fraco poderá render ao mais forte, sendo o mais forte Deus?Jesus conta que para um valente venha a tomar uma casa, ele tem que ser mais valente que o que já está na casa –  Lucas 11.21-22.

Maior é o que está dentro do verdadeiro crente do que o que está fora dele. Como o Diabo e/ou seus demônios poderão saquear a “casa” onde Deus está? Satanás que está fora de mim, não pode em nada contra Deus que está dentro de mim.

O verdadeiro crente não pode ser possesso porque o Espírito de Deus habita dentro dele. O Diabo e/ou os demônios não podem entrar nele porque Deus está dentro dele.

5 – O verdadeiro crente tem autoridade e poder sobre o diabo e sobre os demônios – Lc. 10.17-19.

E, para quem tenha alguma dúvida se este poder é para todos os que crêem – Mc. 16.17-18.

Como pode alguém ficar possesso por alguém sobre quem tem autoridade e poder, no Nome de Jesus, para submeter?

Ao verdadeiro crente foi concedido poder e autoridade sobre o Diabo e os demônios. Os agentes do mal não só, não podem tomar a vida do verdadeiro crente, como, por ele (o verdadeiro crente) eles (os agentes do mal) ainda são repreendidos e expulsos das pessoas que estão sob sua possessão. Em meu nome (disse Jesus) expulsarão demônios.

O verdadeiro crente exclama com a mesma alegria dos 70 ao retornarem da missão para a qual foram enviados:

“Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome” – Lucas 10.17.

6 – Quanto ao verdadeiro crente, o Maligno não o toca – 1 Jo. 5.18.

Se Deus guarda o verdadeiro crente, como o Maligno poderia penetrar-lhe o corpo?

Escute esta verdade:
Quanto ao verdadeiro crente, o Diabo e/ou seus demônios não podem tocá-lo de forma espontânea; Sim, os agentes do mal não têm liberdade para tocar um verdadeiro filho de Deus.

Pois Deus é quem o guarda.

Por favor, não me venham dizer que o Diabo tocou a Jó como bem quis e quando bem quis.

O Diabo não pôde tocar em nada de Jó nem em Jó senão sob a permissão de Deus, pois Deus havia cercado Jó, a casa de Jó e tudo que Jó possuía, com uma “cerca” de poder espiritual – Jó 1.10.

Não vamos tratar aqui sobre o por quê De Deus ter permitido a Satanás tocar em Jó; no entanto, uma coisa é certa, Satanás entendia que quem está “cercado” por Deus, ele não tem livre acesso. Deus guarda o verdadeiro crente e o Maligno não o toca.

Qual é a advertência bíblica quanto aos cuidados que devemos ter com o Diabo e os demônios?

1 – Nunca deixe a “Casa” vazia, abandonada – Mt. 12.43-45.

O que isto tem a ver com o assunto. Tudo, pois fala sobre possessão demoníaca. Qual é a advertência então?

Certamente, esta passagem pode ser dirigida à pessoa que experimentou uma mudança de vida quando creu em Jesus Cristo através do Evangelho.

Aqui se aplica a verdade que “aquele que está em Cristo é uma nova pessoa; as coisas antigas passaram e tudo se fez novo” – 2 Coríntios 5.17.

Pois fala de “casa varrida/limpa” = Purificação de pecados; Também, purificação do coração, da mente, em relação à sujeira que se alojou em nós, provenientes dos valores e princípios do mundo que jaz na maldade;

Fala de “casa ornamentada” = Fala de uma nova “decoração”; Novos valores e princípios, agora, relativos ao Reino dos Céus.

Então, qual é o problema desta “casa”?

O problema é que ela está vazia, abandonada.

E o que isto quer dizer? O que significa?

A – Significa que não podemos nos afastar da presença de Deus.
Sim, fomos salvos pela graça de Deus para andarmos no Caminho da Graça sem jamais retrocedermos dele.

Deixar a “casa” vazia é negligenciar tão grande salvação.

Hebreus 2.1-3:
“Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?”

quinta-feira, 20 de junho de 2013

GUERRA ESPIRITUAL

INTRODUÇÃO

O diabo não vem senão para matar, roubar e destruir. Ele odeia o homem porque este foi criado à imagem e semelhança de Deus. O Diabo não escolhe idade nem respeita ninguém. Portanto, o crente deve estar preparado para lutar contra os principados, o príncipe das trevas deste século e as hostes espirituais da maldade.

GUERRA  É:
Luta armada entre nações ou partidos. Conflito, combate, peleja, oposição, hostilidade.


I. NA BATALHA ESPIRITUAL TEMOS DE CONHECER O INIMIGO

Na Bíblia, ele é mencionado como:
1.1 — Pai da mentira
Esta paternidade é única. Somente ele recebe (João 8.44).
1.2 - Diabo
É aquele que divide, calunia, separa. É o espírito supremo do mal. Homicida (João 8.44).
1.3 — Belial
Aquele que é indigno. Perverso (2 Coríntios 6.15).
1.4 — Dragão
Tem asas de águia, patas de leão e cauda de serpente (Apocalipse 12.9). Satanás tem agilidade, força e sagacidade.
1.5 — Satanás
Quer dizer adversário. Ele é o inimigo do homem e de Deus (1 Pedro 5.8; Apocalipse 20.2).
1.6 — Maligno
Aquele cuja essência do seu caráter é má (1 João 5.18,19).
1.7— Príncipe das potestades do ar
‘Segundo o qual em outro tempo andastes” (Efésios 2.2).
1.8 — deus deste século
Ele cegou o entendimento dos incrédulos (2 Coríntios 4.4).

II. ALGUMAS ARMAS UTILIZADAS POR SATANÁS:

2.1 —A astúcia (2 Coríntios 11.3);
2.2 —A vontade da carne (Efésios 2.3);
2.3 –A fúria (Mateus 8.28);
2.4 — O suicídio (Marcos 9.21,22);
2.5 — O engano (Apocalipse 12.9);
2.6 — A língua (Tiago 3.8-11).

III. OS NÍVEIS DE BATALHA ESPIRITUAL:

3. 1 — Nível individual
Quando Judas traiu Jesus, Satanás estava presente e conhecia o seu coração (Lucas 22.3).
3.2 — Nível coletivo
O diabo procura atingir a igreja e a família (Atos 5.1-11).
3.3 — Nível local
O Diabo sabe o nome da rua e o bairro onde o crente mora. Ele também atua nessas regiões (1 Pedro 5.8).
3.4 — Nível nacional
É desejo de Satanás que o povo permaneça na miséria, e o país entre em colapso político, econômico, moral e espiritual (Apocalipse 20.2,3).
3.5 — Nível espiritual
O anjo trouxe a resposta a Daniel no 21° dia dc jejum deste profeta, porque foi travada uma batalha espiritual entre Miguel e Satanás, que impedia que a resposta à oração de Daniel chegasse a ele (Daniel 10.12,13). Essa batalha aconteceu no mundo cósmico.

IV. ORDEM HIERÁRQUICA DO REINO DAS TREVAS

Os demônios estão organizados em:
4.1 — Principados e potestades
Demônios que comandam milhares de outros demônios (Efésios 6.12).
4.2 — Príncipe das trevas
Este trabalha diretamente contra o Reino de Deus e a Igreja (Daniel 10.13; João 16.11).
4.3 — Hostes espirituais  da maldade
Estão preparados para atacar a qualquer hora e em qualquer
lugar onde a batalha for mais renhida.
4.4 — Entidades malignas
Eles provocam as guerras entre as nações (Lucas 21.10). Atacam pessoas, famílias, cidades e países.
4.5 — Reino das trevas
É uma organização de demônios que trabalha unida (Mateus 12.25,26).

V. SEIS VERDADES SOBRE A BATALHA ESPIRITUAL:

5.1 — Satanás já foi derrotado por Jesus
Maior é o que está em nós (1 João 4.4).
5.2 — O crente está debaixo do senhorio de Deus
A Bíblia usa termos figurados para falar sobre a proteção de Deus à Sua Igreja (Salmo 9 1.4-10).
5.3 — Nada pode derrotar o crente
Se Deus é por nós, quem será contra nós? (Romanos 8.31-39).

EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL

Uma das experiências mais fortes que tive foi quando lutei das 13 horas às 18h30 para expulsar uma casta de demônios do corpo de um rapaz. Chegou um momento em que percebi que eu não tinha mais força e sentei-me, fragilizado. Quando os demônios perceberam a minha fragilidade, sentiram-se numa posição superior à minha. Deram um salto e falaram: Você não pode conosco. Vamos matá-lo’
Mas o Espírito Santo falou ao meu coração: “Diga para o diabo que, se ele passar por cima de quem está com você, ele lhe tocará’: Quando eu falei isso, o endemoninhado foi abaixando as mãos e arriando o corpo, e disse: “Eu não posso’ E o rapaz ficou liberto.
O Diabo não pode nos tocar porque temos a marca do sangue de Cristo.
5.4 —A Igreja é um. testemunho vivo
O diabo conhece o poderio e a soberania da Igreja de Cristo
(Efésios 3.10,11).
5.5 — O diabo será derrubado definitivamente
Ele nunca mais poderá nos atacar (Apocalipse 12.10).
5.6—A nossa luta contra o inundo espiritual não é contra a carne
e o sangue (Efésios 6.12).

VI. LINHAS DA BATALHA ESPIRITUAL

Há três fatores vitais em uma guerra espiritual: a linha de frente, a retaguarda e a linha de suprimento. Não podemos pelejar contra o Diabo na linha de frente, se a nossa retaguarda estiver desprotegida.

NOTA CULTURAL
Em 1973, as nações árabes resolveram fazer um ataque de surpresa contra os judeus no dia em que estes festejavam o Yom Kippur o dia mais solene do culto festivo anual de Israel, que é dedicado à limpeza e à recuperação da pureza espiritual com a prática do jejum e da oração.
Conta à história que foi exatamente neste dia, quando os judeus estavam, desprevenidos, que o Egito montou uma estratégia de guerra. Atravessou o canal de Suez e pressionou os israelitas pela linha de frente para retomar a península do Sinai que ele havia perdido na guerra de 1967.
Porém, o exército egípcio acabou cercado pelos israelitas, que deram a volta pelo Kairo e o atacaram por trás não lhe dando nenhuma chance de defesa. Tudo isto porque os egípcios atuaram muito bem na linha de frente, mas deixaram a retaguarda sem proteção.

VII. CINCO ARMAS PESSOAIS QUE DEVEM SER USADAS NA GUERRA ESPIRITUAL, E QUE NOS AJUDAM NA LINHA DE FRENTE, NA RETAGUARDA, E NA LINHA DE SUPRIMENTO:

7.1 — O nome de Jesus Cristo (Marcos 16.15)
NA LINHA DE FRENTE: o crente expulsa os demônios em nome de Jesus (Marcos 16.L7b).
NA RETAGUARDA: Os crentes “...pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera não fará dano algum...” (Marcos 16.18a).
NA LINHA DE SUPRIMENTO: Os crentes “...falarão novas línguas...” (Marcos 16.17c).
7.2 — O sangue de Jesus (Apocalipse 12.11)
NA LINHA DE FRENTE: Os crentes “...venceram pelo sangue do Cordeiro...” (Apocalipse 12.lla).
NA RETAGUARDA. Os crentes foram comprados com o precioso sangue de Jesus (1 Pedro 1.18,19), e o Diabo não os pode tocar.
NA LINHA DE SUPRIMENTO: o sangue e o corpo de Jesus são bebida e comida (João 6.53-56). O sangue é a principal via de nutrientes para as células. O sangue de Jesus Cristo também é o principal meio para que a Igreja seja fortalecida. É por isso que a Igreja tem vencido o maligno.
7.3 — O escudo da fé (Efésios 6.16)
NA LINHA DE FRENTE: a fé é a vitória que vence o mundo (1 João 5.4).
NA RETAGUARDA: a fé é o escudo que nos protege dos dardos inflamados do maligno (Efésios 6.16).
7.4 —A Palavra de Deus (Efésios 6.1 7b)
NA LINHA DE FRENTE: Jesus citou a Palavra de Deus para atacar Satanás (Mateus 4.1-10).
NA RETAGUARDA: a Palavra de Deus é uma arma de defesa. Jesus também se defendeu de Satanás (Mateus 4.1-10).
NA LINHA DE SUPRIMENTO: a Palavra de Deus é mais doce do que o mel (Salmo 119.103).
7.5 —A intercessão
Esta é uma arma fundamental que muitos crentes têm desprezado. Significa pedir, rogar, clamar por outrem. Os princípios da intercessão:
1) quando obedecemos à Palavra de Deus, a oração é respondida (Mateus 6.5,6);
2) quando intercedemos por alguém, estamos concordando com ele (Mateus 18.19);
3) quando oramos por alguém, isto tem poder (Tiago 5.16);
4) quando oramos por algum irmão, estamos demonstrando que participamos da Igreja, que é o Corpo de Cristo, e que nos preocupamos com ele (1Coríntios 12.26); 5) quando oramos, estamos cumprindo o grande mandamento da Bíblia, que é amar a Deus e ao próximo (Mateus 22.37-39).
NA LINHA DE FRENTE: quem ora está combatendo (Romanos 15.30).
NA RETAGUARDA: a igreja fazia constante oração por Pedro, que estava preso (Atos 12.5). Jesus usou a Palavra de Deus para atacar Satanás (Mateus 4.1-10).
NA LINHA DE SUPRIMENTO: a igreja orou para que a porta da Palavra se abrisse para Paulo Colossenses 4.3). Precisamos ajudar os pastores em oração, pois o Diabo quer ridicularizar a Igreja.

CONCLUSÃO

Quando Satanás passa pelo mundo e vê os prostibulos, as maldades, a pornografia, a licenciosidade etc, diz: “Isto tudo me pertence”. Porém, quando o diabo depara-se com a Igreja de Cristo, lembra-se de que tem alguém mais forte do que ele. Isto é o que quer dizer Paulo em Efésios 3.10: “...para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida de todo o principado e potestade...” Existe Alguém mais poderoso que desfaz as obras do diabo  Jo; 3- 8.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Apocalipse um Livro, Uma Pessoa e um Plano Singular

Apocalipse um Livro, Uma Pessoa e um Plano Singular


Apocalipse 1:9-20

INTRODUÇÃO
O livro de Apocalipse pode ser sintetizado em nove características básicas:

1. É um livro centrado na Pessoa de Cristo – Este livro magnífica a grandeza e a glória de Cristo. Esse livro é a revelação de Jesus, da sua glória, da sua majestade e triunfo, e não simplesmente a revelação de eventos futuros.

2. É um livro aberto - João recebeu a ordem para não selar este livro (22:10), porque o povo de Deus necessita da mensagem que ele contém. Esse livro deveria ser lido nas igrejas em voz alta em culto público (1:3).

3. E um livro cheio de símbolos - Este é um livro claro para uns e misterioso para outros. Os símbolos eram janelas abertas para os salvos e fechadas para os ímpios. As símbolos são ricos: Cordeiro, noiva, nova Jerusalém.

4. É um livro de profecia - Este livro é uma profecia (1:3; 22:7,10,18-19) que assegura a vitória de Cristo e da igreja sobre todos os seus adversários, num tempo em que a igreja estava sendo perseguida. Ele nasceu num berço de aflição.

5. E um livro com uma bênção completa - Este livro fala de sete bem-aventuranças e sete é o número completo (1:3; 14:13; 16:15; 19:9; 20:6; 22:7; 22:7).

6. É um livro relevante - Este livro trata das coisas que em breve devem acontecer (1:3), porque o tempo está próximo (1:3). Veja também 22:7,10,12,20. Breve aqui não é imediatamente, mas pronto. Deus não mede o tempo como nós (2 Pe 3:10). Ninguém sabe o tempo da volta de Cristo, por isso, precisamos estar preparados.

7. É um livro majestoso -‘ Apocalipse é o livro do Trono. A palavra "trono” aparece 46 vezes no livro. Este livro magnífica a soberania de Deus. Cristo é apresentado em sua glória e domínio.

8. É um livro universal - João vê nações e povos (10:11; 11:9; 17:15) como parte do programa de Deus. Ele também vê a sala do trono no céu e ouve vozes vindas dos confins do universo.

9. É um livro apoteótico - Apocalipse é o clímax da Bíblia. Tudo que começou em Gênesis irá se completar e se consumar em Apocalipse. Jesus é o alfa e o ômega. Tudo o que ele começa, ele termina.

• Vejamos alguns pontos importantes deste livro para o nosso ensino: I. O ESCRITOR É APRESENTADO - V. 9

1. Um homem que tem comunhão e intimidade com os crentes da Ásia

• Ele se autodenomina irmão e companheiro. João não se sente melhor do que os demais irmãos nem se enaltece por ter recebido uma alta revelação (2 Co 12:17).

• A condição de porta-voz de Deus não anula a condição de irmão, co-igual.

2. Um homem que participa das alegrias e provas com a igreja

a) Tribulação - A tribulação é o quinhão do povo de Deus nesta era (Jo 16:33; At 14:22). A igreja está no meio do conflito entre o Reino de Deus e o Reino das trevas. A igreja sempre foi e será atribulada no mundo. Em Mateus 24 Jesus fala desse sofrimento de forma crescente: Os v. 4-8 descrevem o "princípio das dores", os v. 9-14 os "tormentos" na forma de perseguição aos discípulos, os v. 15-28 a "grande tribulação" como o auge, e os v. 29-31 os episódios "após a tribulação” que culminam na segunda vinda de Cristo. As perseguições desencadeiam traição e apostasia na igreja (Mt 24:10-12). Essa perseguição já havia começado no banimento do apóstolo.

b) Reino – A igreja é o povo sobre o qual o Reino já veio e que herdarão o Reino quando ele vier na sua plenitude; mas nesta posição a igreja é o objeto do ódio satânico, destinada a sofrer perseguição.

c) Perseverança em Jesus - Por causa desta perseguição e males nós precisamos ter uma perseverança triunfadora. "Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo" (Mt 24:13). Ainda não chegou o que havemos de ser. Ainda aguardamos o triunfo final. Nossos olhos estão fixados no Rei que vem. Somos a noiva que espera o noivo. Vivemos em grande expectativa! Todas essas dificuldades, entretanto, nós experimentaremos em Jesus, em união espiritual com ele. Só existe um caminho entre tribulação e o Reino, entre aflição e a glória, e este caminho é a paciência ativa.

II. AS CIRCUNSTÂNCIAS SÃO DESCRITAS - V. 9-11

1. O local é identificado

• João foi banido para a ilha de Patmos, uma colônia penal romana, onde se exilavam prisioneiros políticos. Ali esses prisioneiros perdiam todos os seus direitos civis e toda possessão material. Os prisioneiros eram obrigados a trabalhar nas minas daquela ilha, vestindo-se de trapos. A ilha ficava no Mar Egeu e tinha 16 km de comprimento por 10 km de largura, uma ilha nua, vulcânica, com elevações de até 300 metros.

2. A razão do exílio é declarada

• João é preso na ilha de Patmos por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo (v. 9). Possivelmente João foi acusado de subversão pelo governador da Ásia por pregar o Evangelho e testemunhar do senhorio de Cristo, num tempo em que o imperador Domiciano arrogava para si o título de Senhor e Deus. João é condenado a sofrer humilhações, prisão, fome e trabalhos forçados por amor à Palavra de Deus.

3. A forma da revelação é descrita

• João achou-se em espírito. Apesar de João estar fisicamente em Patmos, naquele dia do Senhor, achou-se também em espírito. A ilha do exílio transforma-se em porta do céu. Em Patmos ele enfrentou a dor do exílio, mas em espírito ele entrou na sala do trono. Em Patmos nós sofremos, mas em espírito, nós reinamos. Deus transforma nossas tragédias em triunfos gloriosos. Em Patmos João tocou o outro mundo. Não importa as circunstâncias, se você está no palácio ou na favela. O todo-poderoso pode sempre nos tocar e nos levar ao seu trono. O lugar do exílio tornou-se a ante-sala da glória. Ilustração: com o banimento Roma conseguiu resultado exatamente oposto – A rainha da Inglaterra em 1553 a 1558.

4. A revelação é dada para ser transmitida

João recebeu esta revelação no dia do Senhor, dia que a igreja celebra a vitória do seu Senhor sobre a morte e também o dia da esperança, que dirigia seus sentidos para a consumação e a renovação do mundo. Na solidão da ilha, isolado e exilado João ouve uma voz. Roma pôde até proibir João de ter contato com os seus irmão perseguidos, mas não pôde proibir João de ter contato com o trono de Deus. O mundo não pode proibir o nosso contato com o céu.

João ouve a voz por detrás dele grande voz como de trombeta A visão começa com uma audição. Por trás para que João não fosse confundido com vozes paralelas (Is 30:21). A trombeta fala de uma voz sobrenatural, poderosa, assustadora.

O que vês escreve em livro – A mensagem precisa ser registrada fielmente e perpetuamente. Essa ordem percorre todo o livro (2:8,12; 3:1,7,14;10:4;14:13;19:9;21:5). Isso eleva essa profecia a uma categoria normativa para toda a igreja em todos os tempos.

Todo o plano de Deus deve ser escrito - O verso 19 fala de coisas passadas, presentes e futuras. O livro de Apocalipse é atual em todo o tempo. Ele descreve o que já foi, o que é e o que há de vir.

Envia para as sete igrejas - Essas cidades eram sedes administrativas e já por isso áreas de concentração do culto ao imperador.

III. A VISÃO É APRESENTADA

1. João tem a visão da Noiva de Cristo como a luz do Mundo – v. 12

Antes de ter a visão do Cristo exaltado, ele teve a visão da igreja. O mundo vê Cristo através da igreja e no meio da igreja. Isso significa que ninguém verá a Jesus em glória senão por meio da sua igreja aqui na terra. Você precisa da igreja. Precisa se congregar. O que é a igreja? Ela é a luz do mundo. Por isso, ele é candeeiro e estrela.

João vê a igreja em duas figuras: sete estrelas e sete candeeiros. Tanto a estrela como o candeeiro são luzeiros. Eles devem refletir luz. A igreja é a luz do mundo. Ela resplandece no mundo. Se uma lâmpada deixasse de proporcionar luz ela era afastada (2:5). A luz da igreja é emprestada ou refletida, como a da lua. Se as estrelas têm de brilhar e as lâmpadas luzir, elas devem permanecer na mão de Cristo e na presença de Cristo.

Os sete candeeiros são as sete igrejas, mas o que são os sete anjos (v. 16,20)? Anjos celestes, mensageiros, pastores ou uma figura da própria igreja? Hendriksen pensa que anjos aqui são os pastores. Mas este livro usa a palavra "anjos" 67 vezes e em nenhuma delas refere-se a seres humanos. Assim George Ladd entende que tanto os candeeiros como as estrelas falam da igreja como luzeiros de Deus no mundo. Cristo está não apenas entre a igreja, mas a têm em suas próprias mãos. Essas duas figuras, portanto, são um símbolo incomum para representar o caráter celestial e sobrenatural da igreja, seja através dos seus membros, seja através dos seus líderes.

2. João tem a visão do Noivo na sua glória excelsa – v. 13-18

• João vê dez características distintas do Noivo da igreja em sua glória e majestade:

1) Suas Vestes (v. 13) – Falam de Cristo como Sacerdote e Rei. Ele nos conduz a Deus e reina sobre nós.

2) Sua Cabeça (v. 14) – Falam da sua divindade, da sua santidade e da sua eternidade.

3) Seus Olhos (v. 14) Falam da sua onisciência que a tudo vê e perscruta. Ele é o juiz diante de quem tudo se desnuda.

4) Seus Pés (y.,1.5) Isso fala da sua onipotência para julgar os seus inimigos. Convém que ele reine até que ponha todos os seus inimigos debaixo dos seus pés (1 Co 15:23).

5) Sua Voz (v. 15) Isso fala do poder irresistível da sua Palavra, do seu julgamento. No seu juízo desfalecem palavras humanas. A voz de Cristo detém a última palavra e é a única a ter razão.

6) Sua Mão (v. 16) – A mão direita é a mão de ação, com a qual age e governa. Isso mostra o seu cuidado com a igreja. Ninguém pode arrebatar você das mãos de Cristo (Jo 10:28).

7) Sua Boca (v. 16) – Essa Palavra aqui não é o Evangelho, mas a Palavra do juízo. A única arma de guerra usada pelo Cristo conquistador no capítulo 19 é a Espada que saía da sua boca (19:5). Essa é a cena do tribunal, onde é proferida a sentença judicial, e precisamente sem contestação.

8) Seu Rosto (v. 16) – A visão agora não é mais de um Cristo servo, perseguido, preso, esbofeteado, com o rosto cuspido, mas do Cristo cheio de glória. A luz do sol supera o brilho dos candeeiros.

9) Sua Perenidade – O Primeiro e o Último (v. 17) – Ele é o criador, sustentador e consumador de todas as coisas. Ele cria, controla, julga e plenifica todas as coisas. Cristo aqui é enaltecido como vitorioso sobre o último inimigo, a morte.

10) Sua Vitória Triunfal (v. 18) – João está diante do Cristo da cruz, que venceu a morte. Ele não apenas está vivo, mas está vivo para sempre. Ele não só ressuscitou, ele venceu a morte e tem as chaves da morte e do inferno. Quem tem as chaves tem autoridade. Jesus recebeu do Pai toda autoridade no céu e na terra (Mt 28:18). Jesus tem não apenas a chave do céu (3:7), mas também a chave da morte (túmulo). Agora a morte não pode mais infligir terror, porque Cristo está com as chaves, podendo abrir os túmulos e levar os mortos à vida eterna.

CONCLUSÃO
• Esse parágrafo pode ser sintetizado em três aspectos: 1) 0 que João ouviu (v. 9-11); 2) O que João viu (v. 12-16) e o que João fez (v. 17-18). Os dois primeiros pontos já foram analisados. Vejamos agora, na conclusão, o último, o que João fez.

A reação de João diante da visão do Cristo da glória:
Profundo quebrantamento (v. 18) – "Quando o vi, cai a seus pés como morto". O mesmo João que debruçara no peito de Jesus, agora cai aos seus pés como morto. Isaías, Ezequiel, Daniel, Pedro e Paulo (Is 6:5; Ez 1:28; Dn 8:17; 10:9,11; Lc 5:8; At 9:3-4) passaram pela mesma experiência ao contemplarem a glória de Deus. Em nossa carne não podemos ver a Deus, pois ele habita em luz imarcescível (1 Tm 6:16). É impossível ver a glória do Senhor sem se prostrar. Ilustração: as pessoas que dizem cair diante da glória de Deus e se levantam do mesmo jeito.

2. Gloriosamente restaurado (v. 18)

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