sexta-feira, 20 de março de 2015

Nabal: O Insensato

Nabal: O Insensato 
1 Samuel 25:2-40 
                                                                   Agnóstico e Ateu
O Inconseqüente

Introdução: 
· Nabal era um descendente de Calebe que morava em Maom (1Sm 25), 
a atual Maim, situada a 11 Kms a sudeste de Hebrom. 
· Era “mui poderoso e tinha três mil ovelhas e mil cabras… mas era 
duro e maligno nas suas obras”. 
· Durante as suas vagueações, Davi chegou ao local onde Nabal morava 
e, ouvindo que ele estava prestes a tosquiar as suas ovelhas, enviou-lhe 
dez dos seus homens a pedir-lhe “o que achares à mão para os teus 
servos”. 
· O tempo da tosquia era uma ocasião de mostrar hospitalidade e boa 
vontade entre os proprietários de rebanhos. O pedido de Davi era 
apenas o que qualquer xeique árabe teria solicitado, mesmo nos tempos 
modernos, para proteção dos rebanhos de outrem. Nabal, entretanto, 
fiel ao significado de seu nome ("louco") insultou os mensageiros de 
Davi. Amontoou insultos contra Davi, como se fosse um ninguém. Não 
admira, pois, que Davi tenha ficado indignado e tenha marchado contra 
Nabal com 400 homens armados de espadas (12-13). 
Nabal ofendeu-se com o pedido e disse de um modo insultuoso: “Quem é Davi 
e quem é o filho de Jessé?” (expressão idiomática da época para se referir a um 
João-ninguém). Em 1Sm 25, informou-se Abigail (a mulher de Nabal) do fato e 
logo se deu conta do perigo que o seu lar estava correndo. 
I. A SABEDORIA DE ABIGAIL VS A INSENSATEZ DE NABAL 
(1Sm 25.14-35). 
Abigail era mulher tão cheia de sabedoria e atrativa quanto seu marido era 
insensato e repulsivo. Quando foi informada, por um de seus servos, como os 
homens de Davi tinham sido insultados por seu marido, ela imediatamente 
começou a agir. O servo calorosamente reconheceu a proteção que havia recebido 
dos homens de Davi: De muro em redor nos serviram, assim de dia como de noite 
(15-16). 
1. Ela dirigiu-se rapidamente para o campo de Davi, levando consigo 
imensas provisões (1Sm 25:18). Abigail intercedeu tão cortês e 
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persuasivamente, que a ira de Davi foi aplacada e ele lhe disse: 
“Bendito o Senhor Deus de Israel, que hoje te enviou ao meu 
encontro”.
2. Quando voltou para casa, viu que o marido se mostrava incapaz de 
compreender a situação, devido à bebedeira e só no dia seguinte lhe 
explicou o que acontecera. Ele ficou atordoado com o perigo a que 
ficara exposto, devido à sua conduta. “E se amorteceu nele o seu 
coração e ficou ele como pedra”. Dez dias depois, “feriu o Senhor a 
Nabal e este morreu” (1Sm 25:37, 38). 
Davi havia concedido a Nabal uma proteção especial; o havia honrado; 
indiretamente o fez prosperar; o saudou abençoando; mas, não encontrou em 
Nabal a hospitalidade desejada, nem generosidade necessária, tão pouca, a gratidão 
para com os benefícios recebidos. 
Durante muito tempo, os pastores de Nabal tinham levado suas ovelhas para 
pastar nos campos de Davi. Lá, receberam segurança, proteção e muitas vezes 
comida. Agora, Davi e seus homens, andando pelo deserto de Basã, precisaram de 
alimento. Nabal, a quem a Bíblia descreve como homem “duro e maligno em todo o 
seu trato”, negou-se a ajudar aquele de quem sempre recebera ajuda. Isso 
encolerizou Davi. Tomando quatrocentos homens, ele partiu para destruir o ingrato 
e malvado Nabal. 
Davi vem para matar Nabal pelo encoberto do monte (20). Uma 
fenda ou vale estreito e profundo onde Abigail avançava, sem poder ser vista. Davi 
e seus homens vinham montados, descendo pela colina defronte, furiosos de 
indignação e prometendo completo aniquilamento. 
Seguindo a fórmula usual dos juramentos, a Septuaginta diz: "Assim faça 
Deus a Davi" (22), e não aos inimigos de Davi, como diz no hebraico e nesta versão 
também. Abigail, ao inteirar-se da atitude insensata do marido, saiu ao encontro de 
Davi, levando comida em abundância. Assim, conseguiu apaziguar a ira do futuro 
rei de Israel. A Bíblia descreve Abigail como sendo mulher de “bom 
entendimento”. Entendimento, entre outras coisas, é a capacidade de 
descomplicar a vida, de fazê-la simples, de evitar problemas e criar soluções. Mas, 
do marido de Abigail, Nabal, a Bíblia o chama de filho de belial, perverso, maligno 
e insensato. Abigail, muito sinceramente e com grande tato, apresentou suas 
desculpas (24-25), e prosseguiu: "Ora, meu senhor, assim como Jeová vive, e tua 
alma vive, foi Yahweh que te impediu de cair em culpa de sangue e de te salvares 
com tua própria mão..." (26). Ela rogou que sua bênção ("presentes") fossem 
aceitos, como prova do perdão de Davi (27). Atada no feixe dos que vivem (29). 
Uma figura derivada do costume de atar coisas valiosas numa saca, e que descreve 
o grande cuidado do Senhor por Davi. Este ficou profundamente comovido e 
bendisse a Deus por tê-lo salvo do crime que tencionava praticar, e bendisse Abigail 
por tê-lo livrado de vir com sangue (33). 
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II. A INSENSATEZ DE NABAL O MATOU. 
Quando Abigail retornou ao Carmelo, onde havia um banquete, encontrou 
Nabal completamente embriagado. Mas na manhã seguinte, quando ela lhe relatou 
o perigo por que havia passado, suas violentas emoções provocaram-lhe um ataque 
de paralisia (37). Ele ainda viveu por mais dez dias, mas então faleceu, pois feriu 
o Senhor a Nabal (38). Era o julgamento de Deus sobre Nabal, e embora o 
Senhor tivesse empregados meios naturais para matar Nabal, o relato bíblico deixa 
claro que foi o próprio Deus quem o feriu. 
Quanto à ação de Davi, após a morte de Nabal, casando-se com Abigail, 
estavam de conformidade com o costume dos chefes orientais, os quais, quando 
desejavam certa mulher, mandavam-na buscar para o palácio e ela implicitamente 
obedecia. Também tomou Davi a Ainoã de Jezreel, para ser sua esposa (43) isto é, 
da Jezreel perto de Maom. Dessa maneira Davi mostra que os costumes das cortes 
orientais já estavam começando a ser imitados em Israel. Enquanto reinou em 
Hebrom, Davi teve seis esposas (1Cr 3.1-3). 
III. O PERIGO DA INSENSATEZ A LUZ DA BÍBLIA. 
· Não há no Antigo Testamento um termo hebraico próprio para 
expressar o conceito de um homem insensato, o que chamamos hoje 
em dia de agnóstico ou ateu. Em Salmos 14.1, o nabal, isto é, 
“o louco”, “insensato” é aquele que vive como se Deus não 
existisse, ou como que, por não possuir o conhecimento 
de Deus, ele diz: Onde está o teu Deus! (cf. Sl 53.1/ Sl 115:1-
2). Este é o louco que blasfema contra o Senhor (Sl 74.18). O povo 
de Israel também é definido como “am nabal”, isto é, “povo 
insensato, agnóstico e ateu” em razão de não reconhecer os grandes 
benefícios proporcionados pelo Senhor Deus de Israel (Dt 32.6). 
Nestas referências, o termo hebraico nabal designa, provavelmente, não 
alguém que está sinceramente convicto de que Deus não existe, mas que está mal 
orientado quanto à existência de Deus por causa da sua própria consciência 
pervertida pelo pecado. O texto da Septuaginta traduziu o nome Nabal por: Um 
Homem como Cão. Tradução grega do texto hebraico – verte o termo hebraico 
citado por aphron, ou seja, “tolo”, “ignorante”. A expressão grega “Ouk estin 
Theos”, isto é, “Não há Deus” denuncia o estado de completa ignorância e tolice 
de quem assim pensa e vive. O agnosticismo e o ateísmo tanto prático quanto 
teórico é, segundo as Escrituras, a principal causa da corrupção e degeneração do 
homem (Sl 14; 53; Rm 1.18-32). 
Sendo Nabal é a figura do “insensato”, do homem inconseqüente que vive 
como se Deus não existisse ou que O confunde com a criação ou com os demais 
deuses fabricados pela imaginação perversa dos homens ímpios; Nabal possui um 
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“coração insensato” (Rm 1.21). No original a expressão “coração 
insensato” (asynetos kardia), é literalmente, “sem entendimento de coração”. 
Se considerarmos o termo kardia de acordo com idiomatismo hebraico, 
podemos afirmar que o agnóstico e ateu são expressões sociais do homem 
que a bíblia chama de insensato; pois o insensato é “aquele que vive sem o 
conhecimento de Deus”. E, pelo que se depreende de uma leitura atenciosa de 
Romanos 1.18-32, o agnóstico e o ateu são expressões da ignorância que não 
conhece o Deus único e verdadeiro. Vários termos empregados por Paulo se 
relacionam diretamente à falta de episteme ou conhecimento (consciência) correto 
acerca de Deus. 
Um hindu, por exemplo, fica com a consciência pesada quando mata uma 
vaca. Mas não se importa em sacrificar seus filhos nem se impressiona quando as 
viúvas são obrigadas a se lançar sobre as piras onde os corpos de seus falecidos 
maridos estão sendo cremados. A consciência se adapta às normas morais de seu 
ambiente. Assim era Nabal, um homem de ânimo covarde; e, quando se 
compenetrou de quão perto de uma morte súbita a sua loucura o havia conduzido, 
pareceu achar-se atacado de uma paralisia ou derrame cerebral. Receoso de que 
Davi ainda o estava para prosseguir com seus intuitos de vingança, encheu-se ele 
de terror, e prostrou-se em uma condição miserável de irremediável 
insensibilidade. Dez dias depois, morreu. A vida que Deus lhe dera tinha sido 
apenas uma maldição para o mundo. Em meio a seu regozijo e alegria, Deus lhe 
dissera como disse ao homem rico da parábola: "Esta noite te pedirão a tua 
alma” (Lc 12:20).
IV. IMPLICAÇÔES CONCLUSIVAS: 
· Davi entendeu que não há espiritualidade em se opor aos 
tolos. Devemos nos sujeitar a Deus, Ele exercerá a 
vingança pelos seus ungidos. 
1. O louco arruma problemas para si mesmo e para os seus. 
2. Tais problemas por vezes, são os outros que tem que 
resolver por ele. 
3. O louco é sempre vítima de si mesmo. 
4. Será que a maioria dos problemas que 
enfrentamos não são resultados da nossa própria 
insensatez?
5. Os Pecados de Nabal: (Não honrar o nome da família que 
pertencia, viver como si Deus não existisse e afrontar o 
ungido de Deus, o rei Davi). 
6. Outros pecados de Nabal: 
· Sua Extravagância o matou. (bêbedo). 
· Seu Apetite era seu deus, comia desordenadamente. (glutonaria). 
· Sua Afronta ao Ungido de Deus, trouxe o juízo rápido sobre si 
mesmo. (rebelião e insensatez). 

O Profeta Miquéias I - Um Retrato Atual da Corrupção Miquéias 1 e 2

O Profeta Miquéias I - Um Retrato Atual da Corrupção
Miquéias 1 e 2





O estudo dos profetas menores constitui-se numa das maiores experiências para um salvo no Senhor Jesus, pois retrata a realidade do mundo no qual Deus deseja ser o Deus que governa o Seu povo e mostra como o Seu povo reage e responde às iniciativas divinas. Estes panoramas são fundamentais para entendermos hoje quem é Deus, como Ele age e o que espera de nós, seu povo.

É um fato conhecido que os nomes no Antigo Testamento e em especial dos profetas, tinha um significado que se relacionava como o tema geral da missão profética do profeta. Neste caso, iniciando com Miquéias, o que quer dizer: “Quem é como Jeová?”, Deus nos quer mostrar, começando pelo nome do profeta, de que não há Deus igual ao único Deus soberano – Jeová. O tema do livro é: “Deus castiga a fim de abençoar”.

O período durante o qual o profeta Miquéias viveu vai de 750 a 686 a.C., profetizando antes da queda de Samaria (722 a.C.), durante os reinados dos reis Jotão, Acaz e Ezequias. Era conhecido como Morascita, pois era originário de Moresgate, vila pobre na Filistia, cerca de 35 km a oeste de Jerusalém, provavelmente morrendo como viveu: um homem pobre. Foi contemporâneo com Oséias, ativo no Reino do Norte e com Isaías, ativo em Jerusalém (Mq 1:1; Os 1:1; Is 1:1). Jeremias (26:18) se refere a ele em anos posteriores. Encontram-se detalhes deste ministério em 2 Reis 18:13 a 19:36.

Miquéias é o único profeta menor que falou aos dois reinos: do Norte e do Sul (Israel e Judá). Jeremias se refere a ele como testemunha corajosa e fiel, informando que Judá ouviu sua voz e se arrependeu (Jr 26:18-19). Miquéias viu os erros de sua própria classe social, o povo simples, tornando-se o grande profeta da reforma social.

Em sua abertura profética Miquéias menciona pelo menos 10 cidades e vilas perto de onde morava e as alertou de calamidades eminentes. O significado dos nomes destas cidadelas elevam o efeito da forma poética de sua mensagem: Gate significa cidade do choro; Afra = casa da poeira; Safira = cidade beleza. Podendo estes versos ser traduzidos na seguinte maneira: “Cidade do choro, não chores; Casa da poeira, rola-te a ti mesma na poeira; Cidade-beleza, vá para o cativeiro com tua beleza em vergonha”. As outras cidades são: Aco: cidade do conto; Zaanã: (cidade da marcha), significando que os habitantes desta cidade não marcharão; Bete-Ezel: (casa do lado) = o lamento da cidade vizinha; Marote (amargo, maligno) = o mal desceu de Jeová; Laquis (cidade do cavalo) = amarre tua carruagem à besta ágil, ó habitante (feminino) da cidade do cavalo; Aquezibe (engano, mentira) = as casas da cidade-mentira serão uma mentira aos reis de Israel; Maressa (possuidor, conquistador) = se refere à Assíria na conquista do Reino do Norte (Israel).

Por um tempo Miquéias permaneceu perto de sua cidade natal, mas Samaria (capital do reino do Norte - Israel) e Jerusalém (capital do reino do Sul - Judá) se tornaram os alvos principais de suas profecias. Ele profetizou a invasão de Salmaneser, com a queda de Samaria em 722 a.C. (1:6-7) resultando na dispersão de Israel; a invasão de Senaqueribe, e a invasão de Judá em 702 a.C. (1:9-16); a grande destruição de Jerusalém em 586 a.C. (3:12 e 7:13) com início do cativeiro Babilônico (4:10); o retorno do cativeiro babilônico (4:18; 7:11, 14-17) que se deu sob a direção de Esdras e Neemias. O nascimento de Jesus em Belém (5:2), cerca de 700 anos após sua profecia; o cessar das profecias e alguns eventos do futuro mais distante.

Os 3 primeiros capítulos de Miquéias formam o grupo da “Declaração de juízo” por parte de Deus sobre o Seu povo. Em 1:9 Miquéias se refere a “uma ferida incurável”, referindo-se à queda do reino do Norte sob o domínio dos Assírios, referido em 2 Reis 18:9 a 19:37.  Este primeiro capítulo de Miquéias é uma denúncia da casa de Israel pelos seus pecados e pela sua contaminação de Judá e Jerusalém. Os capítulos 2 e 3 são uma descrição de detalhes em apoio à acusação geral. A maior denúncia do profeta era o pecado da opressão e denunciou os ricos indolentes e negligentes como sendo os maiores culpados. A prosperidade que se desenvolveu dos longos anos de reinado de paz sob Uzias, criaram uma nova classe de pessoas ricas. Enfatuados com sua repentina fortuna, tornaram-se gananciosos por mais ganhos. Estes exploradores ricos não poderiam ter oprimido os pobres se não tivessem sido protegidos no seu crime pelos governadores, que Deus havia nomeado para guardar os direitos dos pobres.

Apesar de paz e prosperidade serem situações almejáveis, a realidade trouxe consigo o seu lado ominoso e agourento. Os ricos começavam a imitar os estilos de vida das nações pagãs.  Quando os peões do campo encontravam dificuldade em produzir os bens exigidos pela luxúria, os proprietários ricos de terras tomavam as suas propriedades e posses, influenciavam as decisões da justiça subornando os juízes. Os peões dos campos de agricultura desempregados iam para as cidades procurando abrigo. Pela primeira vez na história hebréia se via uma séria superpovoação que ameaçava as grandes cidades, juntamente com a miséria e doenças que acompanhavam a pobreza.

A condição religiosa da nação Israelita como um todo, ainda era mais séria. O povo de Deus havia sido liberado do Egito sob a liderança de Moisés e recebeu um lar em Canaã a fim de que pudessem viver como “um reino de sacerdotes e nação santa” (Ex 19:6). No monte Sinai foi celebrado uma aliança em que cultuariam e obedeceriam apenas ao único e verdadeiro Deus e O serviriam e apenas a Ele obedecendo às Suas leis. Uma vez ocupando Canaã, entretanto, descobriram que seus habitantes praticavam uma das formas mais depravadas de religião que o mundo jamais conheceu.  Era a religião de Baal e seu consorte Anate, em quatro festivais principais durante o ano. Estas celebrações eram constituídas de ritos orgásticos e degradantes que incluíam a prostituição cerimonial, bebedeiras, incesto, homossexualidade e assaltos violentos. Os sacerdotes cananeus sancionavam estas atividades como legítimos atos de culto, ocorrendo estes muitas vezes no entremeio de árvores que cercavam os santuários nos cumes dos montes.

O profeta comparou tal exploração dos pobres a um festival de canibais. Após isto Miquéias denunciou os falsos profetas que estavam por detrás dos políticos ricos e corruptos. Vivendo da liberalidade e generosidade dos ricos indolentes e agindo em favor de um governo depravado, imoral e corrupto, os falsos profetas justificavam os perversos para uma recompensa, fechando os olhos aos seus vícios e maldades, compartilhando na sua corrupção.

Diante da fé mergulhada no secularismo, humanismo e influência de religiões orientais pagãs, com as perversões morais sendo exibidas e a bandeira do “status de direitos” sendo levantada sem fundamentação nas obrigações (como nos tempos de Miquéias), hoje com comunicações sem precedentes, encontramos o mesmo quadro da época, porém gigantescamente ampliado. Os cristãos são ignorantes do conteúdo das Escrituras Sagradas; os princípios de viver uma vida santa não são explicitados; um espírito galopante de oposição a regulamentos éticos e morais se faz presente e finalmente, os cristãos são levados a pensarem que, por estarem salvos, são superiores aos outros, daí cometem adultérios, são indiferentes ao ensino do evangelho e a experiência religiosa (especialmente nos aspectos de um emocionalismo expresso) é colocada acima dos preceitos e da disciplina por amor.

A ignorância e a fuga das responsabilidades que vem antes dos direitos e privilégios é fomentada por um crescente número de políticos, pensadores liberais e líderes religiosos que não somente aprovam estas situações como também as fomentam, visando o lucro fácil e domínio dos mais fracos que são então assim explorados. As igrejas cristãs, por questão de comodidade e falsa simpatia, se acomodam a situações incestuosas e homossexuais em franca violação da Palavra de Deus. O sistema judicial cada vez mais em franca oposição ao exercício paternal e maternal de disciplinar os filhos, a relaxação das leis a fim de abraçar e apoiar grupos de defesa da franca imoralidade sob o título de direitos sem fundamenta-los e sem indicar a sua origem e não declarando suas obrigações de origem. Os conceitos orientalistas esotéricos e místicos, filosofias voltadas para o eu (individualismo exclusivista) são cada vez mais adotados nos ensinos evangélicos, tais como na prática das artes marciais, dos exercícios de tratamentos alternativos de cunho religioso orientalista, a defesa prioritária dos direitos do “eu” sob a bandeira de que temos o direito de sermos felizes e realizados sem se olhar a base na qual isto é construído e das obrigações e deveres nos quais tal liberdade e direito deve ser construído. Uma total ignorância dos princípios bíblicos a tal ponto de se pregar que hoje há diversas éticas, uma para cada situação, derrubando completamente a universalidade e atemporalidade dos preceitos bíblicos.

Vemos assim que os tempos de Miquéias são repetidos hoje, apontando os mesmos problemas morais e espirituais apenas com a velocidade e mundialidade maiores.


Diante deste quadro, Miquéias pronunciou o estado de doença incurável, ainda assim implorando por prevalência da justiça antes de ser tarde demais. Mas a história nos mostra que a justiça de Deus não falha, pois todas as ameaças foram cumpridas historicamente marcadas, pois Deus não se deixa escarnecer. Por isto mais cedo ou mais tarde havemos de dar contas do que fazemos, aprovamos, pensamos e dizemos.
O Profeta Miquéias II – Ameaça e Esperança

Miquéias 3 e 4



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Em continuidade ao estudo de Miquéias, abordamos a segunda parte do livro profético, os capítulos 4 e 5, que formam o conjunto da “promessa prometida”, ou seja: a Libertação! Após proclamar o julgamento sobre ambos, Israel e Judá, indiciando os malfeitores, o profeta anuncia um dia melhor e brilhante. Ele descreve a era áurea de paz perpétua na qual todas as nações da terra participarão, onde todo homem sentará debaixo de sua própria vinha e figueira sem medo da opressão ou perda de propriedade. Estes versos são freqüentemente citados hoje em dia em sustentação da paz universal, sem reconhecimento do fato de que o “Ele” ao qual o profeta se refere é o Príncipe da Paz, que tem que ser entronizado em Jerusalém antes do milênio de paz poder ser uma realidade.

É uma sensação emocionante saber que estes pregadores hebreus de 25 séculos passados podiam nos contar – hoje – de coisas que ainda estão por acontecer. Os capítulos 4 e 5 mostram que estas coisas ainda são futuro e aguardam o reino milenar. O cap. 4 indica o Reino Futuro (os pontos essenciais do reino) e o cap. 5 mostra o Futuro Rei.

No cap. 4:1 notamos “nos últimos dias” e no v.2 “muitas nações”, que são outras e não Israel, que vão ser parte do Reino Messiânico. Porém em 4:9 notamos a mudança do tempo futuro para o tempo presente: “Agora por que choras” e v.10 “porque agora sairás” e no v.11 “Agora se acham muitas nações contra ti” e em 5:1 “Agora ... por-se-á” e no v.3 “os entregará até o tempo em que” que é a vinda de Cristo.

A grande profecia messiânica de Miquéias prediz o lugar de nascimento do nosso Senhor Jesus. Apesar de ter sido proferida 700 anos antes do nascimento do Messias, ela é uma das 4 profecias maiores relativas a este evento. A profecia de Siloé, em Gn 49:10, designa a tribo de Judá; a profecia de Natan (2 Sam 7:26) revela a casa de Davi. A visão das setenta semanas em Daniel anuncia o tempo; em Mq 5:2 temos a notável revelação do lugar de nascimento – Belém. Esta profecia foi a resposta dada a Herodes quando perguntou onde Cristo haveria de nascer (Mt 2:3-6).

Observa-se que entre a primeira metade do v.5:3 e sua segunda parte, entra em existência o tempo presente (que vivemos hoje, a era da igreja), que o profeta Miquéias não pode ver. O restante do capítulo olha para a Era do Reino ainda futura, isto é, a Sua segunda vinda.

Para Miquéias a fidelidade à aliança com Deus era fundamental. A idolatria e apostasia eram males graves que deveriam ser resistidos pela nação caso quisesse sobreviver. O povo da aliança tinha que refletir a própria natureza de Deus em termos de justiça, fidelidade, misericórdia e santidade. Apesar da comunidade ter pecado, um Deus de amor iria perdoar a iniqüidade na base de um arrependimento sincero e renovaria a fraternidade entre Ele mesmo e Seu povo. Os ensinos de Miquéias estão em pleno acordo com a dos seus contemporâneos: Amós, Oséias e Isaías, mas a sua contribuição doutrinária específica se relaciona com as promessas do Messias.

Como mestre da retidão, Miquéias via que a idolatria, corrupção e injustiça tinham profundas raízes na condição espiritual da nação. Ele procurava ensinar as exigências de Deus, alertar o povo do juízo de Deus e assegurar-lhes das promessas de Deus aos que restariam fiéis. Miquéias apresenta as exigências de Deus; os juízos de Deus e as promessas de Deus para Seu povo.

As exigências de Deus para Seu povo são:

1.     Deus requer que Seus filhos ajam com justiça com relação a todas as pessoas, porque esta é a característica da ação de Deus para com eles.
2.     A misericórdia deve ser um componente reconhecível da atitude mental e espiritual de Seu povo. A palavra hebraica para misericórdia é difícil de se traduzir em apenas uma palavra, porque descreve o amor todo envolvente e altruísta de Deus do qual procede toda e qualquer forma de atividade divina.
3.     Em vez de procedimentos arrogantes e levantando uma independência imprópria, o povo deve se arrepender da sua rebelião contra a aliança e fazer a vontade de Deus conscientemente e continuamente em humilde obediência.

Os juízos de Deus sobre Seu povo são:

1.     Os líderes rebeldes do povo de Deus têm responsabilidade de ajudar o povo de Deus lembrar o que Deus havia feito para redimí-los e ensiná-los o que Deus espera de cada. Os líderes que rejeitarem sua responsabilidade enfrentarão as maldições da aliança de Deus (Dt 28:15-68).
2.     Os líderes políticos não têm o direito de explorar o povo, tratando-o como escravo ao invés de irmãos e irmãs. Deus protege e salva as vítimas da exploração e injustiça, ajuntando debaixo de Sua liderança aqueles que são fiéis aos Seus mandamentos. Os líderes injustos irão encarar a destruição.
3.     Dedicação aos males espirituais e sociais significa que qualquer esperança de salvação deve ser precedida por um período de punição pelos pecados. Apenas após as maldições da aliança por causa da desobediência e infidelidade é que o povo de Deus poderá olhar para o Deus justo mostre Sua misericórdia aos pecadores penitentes.

As promessas de Deus para Seu povo são:

1.     Juízo pela desobediência. Quando o povo de Deus é rebelde para o arrependimento de sua desobediência, Deus fica sem alternativa para uma punição drástica. Este destino é inimaginável para pessoas que pensam que por causa do relacionamento da aliança, Deus irá protegê-los e livrá-los independente de quão desobedientes, idólatras e pervertidos se tornarem.
2.     A vinda do Messias – na Sua palavra Deus anuncia presságios de desastres ainda mais severos com esperança para um futuro. Salvação e esperança são os temas principais de Deus. A salvação é alcançada pelo Messias, que irá instituir um tempo de paz e prosperidade quando o povo de Deus viver em obediência à vontade de Deus (4:1-5; 5:4). Miquéias é o profeta mais explícito do Antigo Testamento, na predição do lugar de nascimento do Messias a uns 700 anos antes do evento realmente acontecer (5:2 compare com Mt 2:5-6). Qualquer que for o futuro reservado para Judá, aqueles que ficarem fiéis à aliança tem esta maravilhosa garantia de que Deus estaria enviando Seu próprio libertador.
3.     A salvação vindoura - a própria promessa do Messias era a garantia de que um Deus de amor iria sustentar o Seu povo através das tribulações e juízos. Em última análise Ele os levaria a um verdadeiro arrependimento. Isto feito, Deus estaria derramando Suas bênçãos sobre o povo. O remanescente fiel será governado por um Rei messiânico que purificaria Seu povo do pecado e instituiria a paz e justiça na terra. Então o povo de Deus se tornará um modelo a fim de que todos os povos pudessem imitá-los e testemunhariam a verdadeira natureza do Deus da aliança.

Aprendemos com Miquéias algumas lições para nós hoje, e que se caracterizam da seguinte forma:

1.     Deus exige que Seu povo aja com justiça para com todos, porque esta é a característica das ações de Deus com Seu povo. Este tipo de agir transmite esperança futura.
2.     Misericórdia deve ser uma parte reconhecível da atitude mental e espiritual dos filhos de Deus.
3.     Ao invés de conduta arrogante e exibindo independência imprópria, o povo deve se arrepender de sua rebelião contra Deus.
4.     Os líderes religiosos carregam a responsabilidade de ajudar o povo de Deus a lembrar o que Ele fez pela nossa redenção e ensinar o que Deus espera de cada um de nós.

Continuando os aspectos daquilo que devemos aprender e incorporar em nossa maneira de pensar (chamado ‘mudança de mente’), o profeta Miquéias apresenta as seguintes considerações para nós nos dias atuais:

1.     Viver sob a aliança bíblica é distintivo – é obediência ao senhorio de Deus em Cristo;
2.     Na base do amor de Deus, Ele provê as nossas necessidades;
3.     Esta vida deve ser vivida em submissão à conhecida e revelada vontade de Deus, e tem que ser santa;
4.     Os privilégios da vida da aliança são equiparados com obrigações iguais;
5.     O crente (nascido de novo) deve manter uma vida de fé distintiva, que está fundamentada na inspiração e autoridade normativa das Escrituras.

Assim, meu amigo e amiga ouvintes, todas estas considerações surgem quando olhamos as promessas de Deus em meio a um juízo severo, pois Deus corrige a quem ama. Como está o teu nível de compromisso com a vida nos moldes bíblicos, considerando que os dias de hoje não se diferenciam dos dias de então, especialmente no que se refere a desvios, reprimendas e esperança?

Rogo para que Deus venha a te iluminar o entendimento, com o propósito de que você também veja e entenda toda a dimensão e recursos do Reino de Deus que já podemos experimentar hoje enquanto aqui vivemos. Assuma você também um compromisso de seriedade e fidelidade com a Palavra de Deus, e assim Ele poderá te abençoar abundantemente.


O Profeta Miquéias III – A Visão do Messias Miquéias 5 a 7

O Profeta Miquéias III – A Visão do Messias
Miquéias 5 a 7

 





Neste estudo final sobre Miquéias estaremos focalizando as questões Messiânicas além das que já foram abordadas nos estudos anteriores e alguns pontos na perspectiva de exortação ao arrependimento. Estes últimos capítulos (6 e 7) foram escritos na forma de um diálogo entre Jeová e Seu povo. O ponto alto destes apelos se encontra em 6:8, que diz: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça e ames a misericórdia, e Andes humildemente com o teu Deus?” A aplicação teológica desta declaração é que: a) Deus exige porque Ele é Deus; b) Ele revela porque Ele é bom; e c) Ele redime porque Ele é Amor. Podemos afirmar com segurança que as declarações em 6:1-8 formam a essência da verdadeira religião!

Notamos que em todo o livro de Miquéias, apesar do pecado ser frontalmente atacado e desmascarado, a justiça e juízo de Deus serem claramente anunciados, vemos inconfundivelmente a misericórdia de Deus em ação nas promessas de um futuro livramento definitivo e governo de paz e justiça. Fica muito claro que Deus não admite e não tolera permanência em pecados e violações de Seus princípios santos de viver, mas que a justiça não é a primeira preocupação de Deus, mas, sim, a redenção oferecida por intermédio de Jesus Cristo.

Ainda neste capítulo (6:7-8) Miquéias mostra que o sacrifício expiatório e redentivo de Jesus (compare com Is 1:10-17) deram mais prazer a Deus do que fazendas, plantações, moradias ou sacrifício humano. Muito mais do que coisas aparentes, Deus deseja que as pessoas tenham um relacionamento fraternal com Ele e uns com os outros. Demonstra-se aqui a futilidade do culto ritualístico que se baseia no pensamento de que o favor divino pode ser alcançado através da oferta de sacrifícios a Deus. A mudança espiritual e transformação moral é que verdadeiramente diferenciam a redenção do povo de Deus.

No cap. 7 se encontra a mensagem central de Miquéias (7:18-19) que é: “Juízo no presente & Bênção futura!” O foco desta bênção futura está no fato de que este Deus é um Deus que perdoa e esquece! Mas ao lado destas realidades, encontra-se neste capítulo (vs. 7-9) um dos melhores desdobramentos da Salvação do ponto de vista de um santo do Antigo Testamento. Neste capítulo final destacam-se os pontos de preocupação de Deus, identificados no caráter ético da vida cristã, na confissão de pecados e na misericórdia de Deus, a libertação e salvação do povo que se arrepende e confessa, caracterizando-se esta salvação na base do perdão divino.

Aprendemos aqui que a igreja dos dias de hoje tem que aprender velhas lições, que no passado eram tidas e cridas como base fundamental de um viver que agrada a Deus. Como a Palavra de Deus é a mesma ontem, hoje e para sempre, os preceitos são os mesmos em qualquer tempo e lugar que estejamos vivendo. Portanto, os ensinos contemporâneos de Miquéias, para a igreja e as pessoas, são:

1.     A vida sob os preceitos das alianças bíblicas é distintiva; é impossível confundir-se ou não se notar uma pessoa que vive em acordo com os preceitos bíblicos, de acordo com as normas do Reino de Deus;
2.     Nesta base, a vida fundamentada nas alianças, o Deus de amor garante a provisão para as necessidades humanas e Sua bênção sobre a vida do salvo; Deus não deixa os Seus à mingua;
3.     A vida deve ser vivida em submissão à conhecida e revelada vontade de Deus, deve ser santa como Deus é santo (Lv 11:44 e 1 Pd 1:16); Deus nos deu todos os meios e recursos para vivermos segundo a Sua santa vontade – que é a presença do Espírito de Deus em nosso coração;
4.     Os privilégios da vida da aliança são igualados com obrigações equivalentes. O salvo deve testemunhar da santidade de Deus, da Sua misericórdia e justiça na sociedade, ministrando aos oprimidos e explorados, protestando contra injustiça social. Nota-se que isto são tarefas e obrigações do indivíduo salvo na sociedade em testemunho do caráter da obra e pessoa de Deus; não é tarefa da igreja como um todo.
5.     O salvo em Cristo (crente) deve manter uma fé distinta que repousa na inspiração e autoridade da Palavra de Deus. O cristão verdadeiro deve proclamar e centralidade de Jesus como nosso Messias, Salvador e Senhor, e olhar para a Sua segunda vinda em glória para estabelecimento final do Reino de Deus.

Miquéias enfatizou a necessidade de justiça e paz. Qual um advogado, apresentando o caso de Deus contra Israel e Judá, seus líderes e seu povo. Através do livro estão profecias acerca de Jesus, o Messias, que irá ajuntar o povo em uma nação. Ele será seu rei e governador, agindo misericordiosa-mente com o povo. Miquéias torna claro que Deus odeia a falta de benignidade, idolatria, injustiça e rituais vazios – e Ele, Deus, ainda odeia isto hoje e odiará por toda a eternidade. Mas, Deus está disposto a perdoar os pecados de qualquer que se arrepender.

Em meio a uma predição esmagadora de destruição, Miquéias fornece esperança e consolação porque também descreve o amor de Deus. A verdade é que o julgamento vem apenas após inúmeras oportunidades para arrependimento, voltar-se para o verdadeiro culto e obediência – “agir justamente e amar a misericórdia, andando humildemente com teu Deus” (6:8). Mas mesmo em meio a um julgamento, Deus promete libertar, salvar, o pequeno número de pessoas que continuará seguindo-O. Ele diz: “Subirá diante deles o que abre o caminho; eles romperão, entrarão pela porta e sairão por ela; e o seu Rei irá adiante deles, e o Senhor à sua frente” (2:13). O rei é obviamente Jesus; e lemos em 5:2 que Ele será nascido como um bebê me Belém, uma vila obscura em Judá.

Como os outros profetas do Antigo Testamento, Miquéias vai muito mais além do juízo de Deus a Israel e Judá – o Messias viria e Seu reinado justo sobre a terra. Setecentos anos antes da encarnação de Cristo, Miquéias profetizou que nasceria em Belém (5:2). Vemos o cumprimento em Mt 2:4-6, onde os sacerdotes e escribas citam este versículo de Miquéias ao responderem a pergunta de Herodes acerca do lugar de nascimento do Messias. Miquéias também revelou que o reino messiânico seria um reino de paz (5:5, compare Ef 2:14-18), e que o Messias pastorearia o povo de Deus com justiça (5:4 cf João 10:1-16; Hb 13:20). As referências freqüentes de Miquéias à redenção futura revelam que o desejo e propósito constantes de Deus para com Seu povo é a salvação, não o juízo. Esta verdade se amplia no Novo Testamento (João 3:16).

Na medida em que você lê Miquéias, tente captar um vislumbre da ira de Deus em ação à medida que julga e pune o pecado. Veja o amor de Deus em ação na medida em que oferece vida eterna a todos que se arrependem e crêem. Então se decida a unir-se ao remanescente fiel do povo de Deus que vive de acordo com a Sua santa e eterna vontade.




MAIOR LÍDER MUÇULMANO DA ARÁBIA SAUDITA PEDE A DESTRUIÇÃO DE TODAS AS IGREJAS CRISTÃS

MAIOR LÍDER MUÇULMANO DA ARÁBIA SAUDITA PEDE A DESTRUIÇÃO DE TODAS AS IGREJAS CRISTÃS

O sheik Abdul Aziz bin Abdullah, o grão-mufti da Arábia Saudita, maior líder religioso do país onde Maomé nasceu, declarou que é “necessário destruir todas as igrejas da região.”

Tal comentário do líder muçulmano foi uma resposta ao questionamento de uma delegação do Kuwait, onde um membro do parlamento recentemente também pediu que igrejas cristãs fossem “removidas” do país.
O grão-mufti salientou que o Kuwait era parte da Península Arábica, e por isso seria necessário destruir todas as igrejas cristãs de lá.

“Como acontece com muitos muftis antes dele, o sheik baseou sua fala na famosa tradição, ou hadith, que o profeta do Islã teria declarou em seu leito de morte: ‘Não pode haver duas religiões na Península [árabe]’. Isso que sempre foi interpretado que somente o Islã pode ser praticado na região”, explicou Raymond Ibrahim, especialista em questões islâmicas.

A importância dessa declaração não deve ser subestimada, enfatiza Ibrahim: “O sheik Abdul Aziz bin Abdullah não é um líder muçulmano qualquer que odeia as igrejas. Ele é o grão-mufti da nação que levou o Islã para o mundo. Além disso, ele é o presidente do Conselho Supremo dos Ulemás  [estudiosos islâmicos] e presidente do Comitê Permanente para a Investigação Científica e Emissão de Fatwas.  Quando se trata do que o Islã prega, suas palavras são imensamente importantes “.

No Oriente Médio, os cristãos já estão enfrentando perseguição maior, incluindo a morte, nos  últimos meses. Especialmente nos países onde as facções militares islâmicas têm aproveitado o vácuo de poder criado pelas revoluções da chamada “Primavera árabe”, como Egito, Líbia e Tunísia, Jordânia, Marrocos, Síria e Iêmen.

Os cristãos coptas, por exemplo, que vivem no Egito há milênios estão relatando níveis mais elevados de perseguição de muçulmanos. No Norte de África, os muçulmanos prometeram erradicar o cristianismo em alguns países, como a Nigéria. No Iraque, onde os cristãos tinham algumas vantagens durante o governo de forte Saddam Hussein, populações cristãs inteiras fugiram. O Irã também tem prendido crentes e fechado igrejas mais do que de costume.

Ibrahim escreveu ainda em sua coluna: “Considerando a histeria que aflige o Ocidente sempre que um indivíduo ofende o Islã, por exemplo, uma pastor desconhecido qualquer,  imagine o que aconteceria se um equivalente cristão do grão-mufti, digamos o papa, declarasse que todas as mesquitas da Itália devem ser destruídas, imaginem o frenesi da mídia ocidental. Imediatamente todos os veículos gritariam insistentemente  “intolerância” e “islamofobia”, exigiriam desculpas formais e apelariam para uma reação dos políticos”.

O estudioso acredita que uma onda de perseguição sem precedentes está prestes a ser iniciada na região, que ainda testemunha Israel e Irã viverem ameaçando constantemente fazerem ataques. O resultado disso pode ser um conflito de  proporções globais.  

Gospel Prime
Traduzido e adaptado de Arabian Business e WND

quinta-feira, 19 de março de 2015

Tabela de Dinheiro Pesos e Medidas



  • Tabela de Dinheiro Pesos e Medidas




  • DINHEIRO



  • Lepto (1/128 de um denário)

  • Moeda de cobre ou de bronze

  • Mt.12:42



  • Quadrante (1/64 de um denário)

  • Moeda romana de cobre

  • Mc.12:42



  • Asse (1/16 de um denário)

  • Moeda romana de cobre

  • Mt.10:29 - Centil



  • Drácma (Unidade básica)

  • Moeda grega de prata

  • Equivale a um denário

  • Lc.15:8



  • Denário (Unidade Básica)

  • Moéda romana de prata

  • Equivale a um Drácma

  • Mt.20:2



  • Didrácma 

  • Moeda grega de prata

  • Equivale a 2 drácmas

  • Mt.17:24



  • Tetradrácma 

  • Moeda grega de prata

  • Equivale a 4 drácmas

  • Mt.26:15



  • Estáter 

  • Moeda grega de prata

  • Equivale a 4 drácmas

  • Mt.17:27



  • Mina 

  • Moeda grega de ouro

  • Equivale a 100 denários

  • Lc.9:13



  • Talento 

  • Moeda de prata ou ouro

  • Equivale a 6.000 denários

  • Mt.15:25







  • PESOS



  • Siclo (Unidade básica )

  • Gn.24:22

  • Equivale atual 11,424 g 



  • Gera (1/20 de um siclo)

  • Êx.30:13

  • Equivale atual 571 g



  • Beca (meio siclo)

  • Êx.38:26

  • Equivale atual 5,712 g 



  • Mina (50 siclos)

  • Ed.2:69 

  • Equivale atual 571,2 g 



  • Talento (3000 siclos)

  • Ed.2:69 

  • Equivale atual 34,272 Kg 

  • Talento em Apocalipse 15:21 equivale a 40 Kg







  • CAPACIDADE 



  • Cabo (1/18 do Efa)

  • Equivalente atual 1 litro

  • 2Rs.6:25



  • Gômer (1/10 do efa)

  • Equivalente atual 1,76 litros

  • Êx.16:16



  • Alqueire (1/3 do efa)

  • Equivalente atual 5,87 litros

  • 2Rs.7:1



  • Efa (Unidade básica)

  • Equivalente atual 17,62 litros

  • Lv.19:36



  • Leteque (5 efas)

  • Equivalente atual 88,1 litros

  • Os.3:2



  • Coro (10 efas)

  • Equivalente atual 176,2 litros

  • Ed.7:22 ou ômer Ez.45.11





  • COMPRIMENTO



  • Dedo

  • Equivalente atual 1,8 cm

  • Jr.22:21



  • Quatro Dedos

  • Equivalente atual 7,4 cm

  • Êx.37:12



  • Palmo

  • Equivalente atual 22,2 cm

  • Êx.28:16



  • Côvado (Quatro palmos) 

  • Equivalente atual 44,4 cm

  • Gn.6:15



  • Braça (Quatro côvados)

  • Equivalente atual 1,8 cm

  • At.27:28



  • DISTÂNCIA



  • Jornada de um sábado 

  • 888m - At.1:12




Genesis


Gênesis


Chave: Princípio

Gênesis; Do grego genesis, origem.

Comentário:
Gênesis pode ser descrito com exatidão como o livro dos inícios. Pode ser dividido em duas porções principais. A primeira parte diz respeito à história da humanidade primitiva (caps. 1-11). A segunda parte trata da história do povo específico que Deus escolheu como o Seu próprio (caps.12-50), para si. O autor apresenta o material de forma extremamente simples. Oferece dez "histórias que podem ser prontamente percebidas segundo o esboço do livro. Algumas dessas histórias são breves e muito condensadas, mas, não obstante, ajudam a completar o conteúdo. É bem possível que o autor do livro tenha empregado fontes informativas, orais e escritas, pois seus relatos remontam à história mais primitiva da raça humana. Embora muito se tenha escrito sobre o assunto das possíveis fontes literárias do livro de Gênesis, há muitas objeções válidas que nos impedem de aceitar os resultados da análise destas "fontes".

O livro de Gênesis salienta, por todas as suas páginas, a desmerecida graça de Deus. Por ocasião da criação do mundo, a graça se exibe na maravilhosa provisão preparada por Deus para as Suas Criaturas. Na criação do homem, a graça de Deus se manifesta no fato que ao homem foi concedida até mesmo a semelhança com Deus. A Graça de Deus se evidencia até mesmo no dilúvio. Abraão foi escolhido, não por merecimento, mas antes, devido ao fato de Deus ser cheio de graça. Em todos os seus contatos com os patriarcas. Deus exibe grande misericórdia: sempre recebem muito mais favor do que qualquer deles poderia ter merecido.

Há uma outra importante característica do livro de Gênesis que não se pode esquecer, a saber, o modo eminentemente satisfatório pelo qual responde nossas perguntas sobre as origens. O homem sempre haverá de querer saber como o mundo veio à existência. Além disso, sente bem dolorosamente o fato de que alguma grande desordem caiu sobre o mundo, e gostaria de saber qual a sua natureza; em suma, preocupa-se em saber como o pecado e todas as suas tremendas consequências sobrevieram. E, finalmente, o homem precisa saber se existe alguma esperança básica e certa de redenção para este mundo e seus habitantes de que consiste essa esperança, e como veio a ser posse do homem.

Autor:
Ninguém pode afirmar com absoluta certeza que sabe quem escreveu o livro de Gênesis. Visto que Gênesis é o alicerce necessário para os escritos de Êxodo a Deuteronômio, e visto que a evidência disponível indica que Moisés escreveu esses quatro livros, é provável que Moisés tenha sido o autor do próprio livro de Gênesis. A evidência apresentada pelo Novo Testamento contribui para essa posição (cfe. especialmente João 5:46-47); Lucas 16:31; 24:44). Na tradição da Igreja, o livro de Gênesis tem sido comumente designado como Primeiro Livro de Moisés. Nenhuma evidência em contrário tem sido capaz de invalidar essa tradição.

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Traduzido por João Bentes, da Holman Study Bible, publicada pela A. J. Holman Co. de Philadelphia, Pa (EUA), cfe. A Bíblia Vida Nova, S.R. Edições Vida Nova, São Paulo, Brasil, 1980.


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