domingo, 22 de março de 2015
sexta-feira, 20 de março de 2015
OS SINAIS
OS
SINAIS
Em sua
Palavra, o Senhor nos mostra sinais inequívocos que antecederão a sua volta.
Esses sinais, de acordo com o próprio Mestre, são oferecidos para evitar que os
cristãos sejam enganados. Quando falamos de “volta de Jesus”, nos referimos à
única volta mencionada por Ele em seu sermão profético, na qual se dará o
encontro entre Ele e seus escolhidos: sua vinda logo após a grande tribulação.
O apóstolo
Paulo, em sua primeira epístola aos tessalonicenses, valoriza a luz trazida
pelas revelações divinas a respeito do fim:
“Mas vós, irmãos, já não estais em trevas,
para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão” (1 Ts 5:4).
Já o
profeta Daniel escreve, referente ao tempo do fim:
“E
ele disse: Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até ao
tempo do fim. Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados; mas os
ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios
entenderão.” (Dn 12:9-10)
Neste
contexto, estar atento à Palavra é o caminho para entender e não ser enganado.
O desconhecimento das Escrituras trará, invariavelmente, erro e engano. Por
isso, se faz necessário que o verdadeiro servo do Senhor conheça sua Palavra!
O
OBJETIVO DOS SINAIS
Logo no
começo de seu sermão profético, no qual Jesus detalha vários sinais que
antecedem a sua volta, Ele começou com a seguinte frase: “Acautelai-vos, que
ninguém vos engane” (Mt 24:4). A seguir, Ele explica o porquê do aviso: “Porque
muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos” (Mt
24:5). Consequentemente, o propósito dos sinais revelados é impedir que os
verdadeiros servos do Senhor, cientes e amantes de sua Palavra, sejam
enganados. Essa é a finalidade dos sinais revelados e, neste contexto, se faz
necessário que nós estejamos constantemente atentos a esses sinais. Caso
contrário, corremos o risco de sermos enganados.
Nas Palavras
de Jesus, fica implícito que o engano será disseminado por pessoas que chamarão
para si alguma missão ou revelação divina (falsos profetas) ou se
auto-declararão “ungidos” ou “escolhidos” (cristos).
É
interessante notar que Jesus menciona tais enganadores no plural, revelando que
muitos surgirão trazendo tais enganos, e isso realmente tem ocorrido durante
toda a história. Em quase todas as épocas e, principalmente nos últimos
séculos, temos observado o surgimento de muitos enganadores, os quais alegam ter
uma missão divina, mas cujos ensinamentos se opõem às verdades ensinadas por
Jesus.
Obviamente,
a Palavra revela que no fim dos tempos surgirão dois homens que, de certa
forma, significarão o clímax da existência de todos esses enganadores. Trata-se
do anticristo, o iníquo ou a besta (1 Jo 2:18, 2 Ts 2:3-4, Ap 13:1-10) e do
falso profeta (Ap 13:11-18, Apocalipse 19:20). Porém, gostaríamos de chamar a
atenção de nossos leitores sobre uma questão que, de acordo com aquilo que
entendemos, assume uma importância fundamental...
SEQÜÊNCIA
DO ENGANO
Partimos da
premissa de que, no sermão profético ministrado por Jesus no Monte das
Oliveiras e registrado em Mateus 24 (entre outras passagens), o Senhor mantém
uma ordem lógica dos acontecimentos. Notem que no começo do sermão, como já
mostramos, o Mestre alerta seus discípulos a respeito do surgimento de “falsos
cristos”. Logo após, Ele vai descrevendo eventos numa seqüência lógica:
princípio de dores (versículos 6-8) , perseguição à Igreja (versículos 9-10),
apostasia e pregação mundial do evangelho (versículos 12-14), abominação da
desolação (versículos 15-20), grande tribulação (versículos 21-27) e volta de
Cristo (versículos 29-31). É uma seqüência linear!
Então, levando em consideração essa ordem
lógica revelada por Cristo em seu sermão profético, notamos algo interessante.
O Mestre relaciona a presença e atuação de “falsos cristos” e “falsos profetas”
em 3 momentos cruciais das épocas retratadas em seu sermão registrado em Mateus
24:
1. Num
aspecto geral (versículos 5). Jesus, logo no começo do sermão profético,
associa o engano ao surgimento de “falsos cristos” ou pessoas dizendo “eu sou o
cristo”. Cremos que, ao usar esses conceitos logo no início de seu sermão
profético, o Senhor revela o principal propósito do sermão em si, que é o de
alertar e o de situar seus servos em meio aos acontecimentos, colocando a
existência do engano e daqueles que enganam (os “falsos cristos”) como algo que
se repetiria durante toda a história, até a sua vinda.
2. No
momento de perseguição, relacionado ao princípio de dores (versículo11). Note
que, depois de descrever os eventos que fazem parte do princípio de dores,
Jesus diz: “Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão;
e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome” (Mt 24:9). Logo após
revelar essa perseguição executada “por todas as nações”, o Mestre relaciona
mais uma vez o surgimento de engano: “E surgirão muitos falsos profetas, e
enganarão a muitos” (Mt 24:11). Aqui nos deparamos com duas possíveis linhas de
interpretação para entender o porquê deste segundo aviso dado pelo Mestre a
respeito do surgimento de enganadores. Ou o Senhor estava usando uma repetição
para dar ênfase à existência do engano, ou o Senhor relacionou de forma
específica essa segunda menção aos enganadores ao momento que Ele estava
abordando dentro do sermão.
Levando em
consideração a seqüência lógica adotada pelo Mestre no sermão profético, cremos
que Ele nos alerta a respeito dos “falsos profetas” num momento diretamente
relacionado ao começo da perseguição mundial contra a Igreja.
Há uma
passagem no livro de Jeremias, na qual o profeta retrata a existência de falsos
profetas, os quais, diante das profecias divinas que revelam destruição, juízo,
perseguição e tribulação, profetizam “paz”. Note que o profeta revela que “nos
últimos dias entendereis isso claramente”...Vejamos o texto:
“Assim
diz o SENHOR dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas, que
entre vós profetizam; fazem-vos desvanecer; falam da visão do seu coração, não
da boca do SENHOR. Dizem continuamente aos que me desprezam: O SENHOR disse: Paz
tereis; e a qualquer que anda segundo a dureza do seu coração, dizem: Não
virá mal sobre vós. Porque, quem esteve no conselho do SENHOR, e viu, e
ouviu a sua palavra? Quem esteve atento à sua palavra, e ouviu? Eis que saiu
com indignação a tempestade do SENHOR; e uma tempestade penosa cairá cruelmente
sobre a cabeça dos ímpios. Não se desviará a ira do SENHOR, até que execute e
cumpra os desígnios do seu coração; nos últimos dias entendereis isso
claramente.” (Jr 23:16-20)
Ainda
falando dos mesmos “últimos dias”, o apóstolo Paulo nos mostra:
“Porque
virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos
ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;
e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” (2 Tm 4:3-4)
Vemos então
que está profetizado na Palavra do Senhor que nos últimos tempos se levantarão
falsos profetas, os quais trarão uma mensagem agradável aos sentidos (conforme
às conscupiscências de cada um), ou seja, uma mensagem de bem-estar imediato,
conformismo com este mundo e propícia à satisfação dos desejos humanos, negando
qualquer possibilidade de sofrimento, perseguição e juízo para a Igreja. Um
evangelho completamente distinto ao ensinado e vivido pela Igreja Primitiva.
Fica aqui a nossa reflexão: Será que já não estamos presenciando isso? Vemos
com muita estranheza o fato de que, na ante-sala dos eventos tribulacionais,
muitos que se intitulam “cristãos” nem sequer abordam esses temas apocalípticos
em suas reuniões...Pelo contrário! Semeia-se subliminarmente a idéia de que é
possível viver um paraíso já neste mundo e que qualquer hipótese se
experimentar os eventos relacionados à perseguição profetizada pelo próprio
Cristo em Mt 24:9-10, não se aplicam a nossa época! Será que somos mais
“especiais” que Pedro, Paulo, Tiago, Estevam, etc? Ou será que tais “profecias
agradáveis” fazem parte do engano já profetizado para os últimos tempos?...
Chegamos à
conclusão que os “falsos profetas”, mencionados pelo Senhor em Mt 24:11, são
enganadores específicos que se levantarão ou, em alguns casos, já se
levantaram, no período relacionado ao princípio de dores, com o objetivo de
apresentar um evangelho deturpado à Igreja, levando-a a ficar despreparada para
a perseguição mundial e institucional que se aproxima. É hora de ficarmos
atentos aos sinais, “comer” a Palavra e não dar ouvidos a falsos profetas que
tentam negar aquilo que está profetizado. Pouco antes de ser martirizado, o
apóstolo Paulo deixa um de seus derradeiros conselhos ao jovem Timóteo:
“Sofre,
pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. Ninguém que milita
se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para
a guerra.” (2 Tm 2:3-4)
3. Em plena
grande tribulação (versículo 24). Se continuarmos sendo coerentes com a linha
de interpretação adotada (seqüência lógica de acontecimentos), veremos que, em
determinado momento do sermão profético, Jesus começa a detalhar a grande
tribulação. O Mestre esclarece que será uma tribulação sem precedentes (Mt
24:21) e que tal tribulação antecederá imediatamente sua gloriosa volta (Mt
24:29).
Inserida na
narração da grande tribulação, o Senhor volta a mencionar a presença de
enganadores. A exemplo do que fez no começo do sermão profético (Mt 24:4-5) e
no cenário relacionado è perseguição da Igreja “por todas as nações” (Mt
24:11), o Mestre volta a relacionar o surgimento de enganadores, agora
inseridos numa realidade diferente, que é a grande tribulação. Vejamos:
“Porque haverá então grande
aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há
de haver. E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria;
mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias. Então, se alguém
vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito. Porque
surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e
prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vo-lo
tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não
saiais. Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis. Porque, assim
como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também
a vinda do Filho do homem.” (Mt 24:21-27).
Note que no
contexto da grande tribulação, os “falsos cristos” e “falsos profetas” terão a
capacidade de fazer “tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora,
enganariam até os escolhidos”, capacidades que não são mencionadas nos casos
anteriores... Sem dúvidas, o surgimento desses enganadores, inseridos em plena
grande tribulação, estará diretamente associado ao surgimento e atuação do
anticristo e do falso profeta, fazendo com que o poder de atuação desses
enganadores seja muito maior.
É interessante perceber que,
atrelado ao aviso sobre o surgimento desses enganadores em plena grande
tribulação, com um poder de engano muito maior do que os anteriores, o Senhor
Jesus dá uma descrição de como será sua gloriosa volta: “Assim como o
relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda
do Filho do homem”. Ao mesmo tempo, alerta aos discípulos a não irem atrás
de “aparições” de falsos cristos e falsos profetas: “Se vos disserem: Eis
que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da casa; não
acrediteis”. Tudo isso nos leva a uma conclusão. Durante a grande
tribulação poderá haver “simulacros” de vinda ou arrebatamento, inseridos nos
sinais malignos que serão operados na época. Simulacros tão convincentes que,
se possível fora, enganaria até os escolhidos!
Imaginemos
uma Igreja perseguida e seus membros sendo literalmente caçados em todo o
mundo. Estamos falando de pessoas que, não obstante terem nascido de novo e
viverem no Espírito, sob um intenso avivamento que a perseguição institucional
contra a Igreja certamente ocasionará, são seres humanos, sujeitos a fraquezas.
Por isso, o alerta especial dado por Jesus é tão importante nesse contexto. Um
hipotético “aparecimento” ou “vinda” de Jesus dentro do cenário tribulacional,
poderá ludibriar aqueles que estarão sendo perseguidos e que não estão atentos
aos sinais profetizados na Palavra! Fica aqui nosso alerta também aos irmãos
midi-tribulacionistas (os que crêem que o arrebatamento se dará em meio à
tribulação). Jesus revela que em meio à grande tribulação haverá “aparições” e
“chamados” para irem após falsos cristos e falsos profetas, num nível de engano
tão profundo que, se possível fora, enganaria até os escolhidos. Não podemos,
então, descartar o simulacro maligno de arrebatamento ou vinda de Jesus em meio
à grande tribulação. Mais uma vez, queremos alertar nossos irmãos
midi-tribulacionistas, aos pré-tribulacionistas e a todos em geral.
COMO
NÃO SER ENGANADO?
Os
escolhidos, aqueles que amam a Palavra e estão atentos aos sinais deixados pelo
Mestre, já têm as armas para não serem enganados no contexto da grande
tribulação. Essa é a grande finalidade do sermão profético proferido por Jesus.
Aquele que seguir à risca o que está determinado na Palavra e ficar atento aos
sinais, não correrá o risco de ser ludibriado por nenhum engano satânico.
Como já
comentamos, quando o Mestre menciona os enganadores que surgirão na grande
tribulação, Ele mostra com será a volta dele, a qual será diferente a qualquer
simulacro maligno:
“Porque, assim como o relâmpago sai do
oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do
homem.” (Mt 24:27)
A vinda de
Jesus será como um relâmpago, visto em toda a extensão dos céus. O próprio
Jesus revela quando e como ocorrerá isso:
“E, logo depois da aflição daqueles dias, o
sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as
potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do
homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem,
vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus
anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde
os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.” (Mt 24:29-31).
Vemos,
então, o Senhor Jesus detalhando que logo após a grande tribulação haverá uma
penumbra geral no planeta. Uma escuridão nunca antes vista. Neste cenário de
escuridão total, aparecerá o sinal de Jesus, “como um relâmpago que sai do
oriente e se mostra até o ocidente”. Tal sinal, de acordo com o Mestre, gerará
a lamentação de todas as tribos da terra, as quais tinham delegado seu poder e
soberania à besta, e todos verão a vinda gloriosa de Jesus. Resta a nós
estarmos atentos a esses sinais, deixados amorosamente pelo Senhor para servir
de “luz” em meio à perdição tribulacional.
Cremos que
esses ensinamentos deveriam ser mais abordados no meio cristão, já que estamos
vivendo no limiar do desfecho deles. Vemos com preocupação que tais informações
deixadas por Jesus para situar seus servos em meio aos acontecimentos
tribulacionais, com o objetivo de não serem enganados, são esquecidos ou
relegados a um segundo plano, principalmente devido à concepção
pré-tribulacionista, a qual torna tais avisos e alertas do Mestre sem sentido
para os cristãos em geral, já que, de acordo com o modelo pré-tribulacionista,
a Igreja já não estará na Terra no período tribulacional.
Nabal: O Insensato
Nabal: O Insensato
1 Samuel 25:2-40
Agnóstico e Ateu.
“O Inconseqüente”
Introdução:
· Nabal era um descendente de Calebe que morava em Maom (1Sm 25),
a atual Maim, situada a 11 Kms a sudeste de Hebrom.
· Era “mui poderoso e tinha três mil ovelhas e mil cabras… mas era
duro e maligno nas suas obras”.
· Durante as suas vagueações, Davi chegou ao local onde Nabal morava
e, ouvindo que ele estava prestes a tosquiar as suas ovelhas, enviou-lhe
dez dos seus homens a pedir-lhe “o que achares à mão para os teus
servos”.
· O tempo da tosquia era uma ocasião de mostrar hospitalidade e boa
vontade entre os proprietários de rebanhos. O pedido de Davi era
apenas o que qualquer xeique árabe teria solicitado, mesmo nos tempos
modernos, para proteção dos rebanhos de outrem. Nabal, entretanto,
fiel ao significado de seu nome ("louco") insultou os mensageiros de
Davi. Amontoou insultos contra Davi, como se fosse um ninguém. Não
admira, pois, que Davi tenha ficado indignado e tenha marchado contra
Nabal com 400 homens armados de espadas (12-13).
Nabal ofendeu-se com o pedido e disse de um modo insultuoso: “Quem é Davi
e quem é o filho de Jessé?” (expressão idiomática da época para se referir a um
João-ninguém). Em 1Sm 25, informou-se Abigail (a mulher de Nabal) do fato e
logo se deu conta do perigo que o seu lar estava correndo.
I. A SABEDORIA DE ABIGAIL VS A INSENSATEZ DE NABAL
(1Sm 25.14-35).
Abigail era mulher tão cheia de sabedoria e atrativa quanto seu marido era
insensato e repulsivo. Quando foi informada, por um de seus servos, como os
homens de Davi tinham sido insultados por seu marido, ela imediatamente
começou a agir. O servo calorosamente reconheceu a proteção que havia recebido
dos homens de Davi: De muro em redor nos serviram, assim de dia como de noite
(15-16).
1. Ela dirigiu-se rapidamente para o campo de Davi, levando consigo
imensas provisões (1Sm 25:18). Abigail intercedeu tão cortês e
“Bendito o Senhor Deus de Israel, que hoje te enviou ao meu
encontro”.
2. Quando voltou para casa, viu que o marido se mostrava incapaz de
compreender a situação, devido à bebedeira e só no dia seguinte lhe
explicou o que acontecera. Ele ficou atordoado com o perigo a que
ficara exposto, devido à sua conduta. “E se amorteceu nele o seu
coração e ficou ele como pedra”. Dez dias depois, “feriu o Senhor a
Nabal e este morreu” (1Sm 25:37, 38).
Davi havia concedido a Nabal uma proteção especial; o havia honrado;
indiretamente o fez prosperar; o saudou abençoando; mas, não encontrou em
Nabal a hospitalidade desejada, nem generosidade necessária, tão pouca, a gratidão
para com os benefícios recebidos.
Durante muito tempo, os pastores de Nabal tinham levado suas ovelhas para
pastar nos campos de Davi. Lá, receberam segurança, proteção e muitas vezes
comida. Agora, Davi e seus homens, andando pelo deserto de Basã, precisaram de
alimento. Nabal, a quem a Bíblia descreve como homem “duro e maligno em todo o
seu trato”, negou-se a ajudar aquele de quem sempre recebera ajuda. Isso
encolerizou Davi. Tomando quatrocentos homens, ele partiu para destruir o ingrato
e malvado Nabal.
Davi vem para matar Nabal pelo encoberto do monte (20). Uma
fenda ou vale estreito e profundo onde Abigail avançava, sem poder ser vista. Davi
e seus homens vinham montados, descendo pela colina defronte, furiosos de
indignação e prometendo completo aniquilamento.
Seguindo a fórmula usual dos juramentos, a Septuaginta diz: "Assim faça
Deus a Davi" (22), e não aos inimigos de Davi, como diz no hebraico e nesta versão
também. Abigail, ao inteirar-se da atitude insensata do marido, saiu ao encontro de
Davi, levando comida em abundância. Assim, conseguiu apaziguar a ira do futuro
rei de Israel. A Bíblia descreve Abigail como sendo mulher de “bom
entendimento”. Entendimento, entre outras coisas, é a capacidade de
descomplicar a vida, de fazê-la simples, de evitar problemas e criar soluções. Mas,
do marido de Abigail, Nabal, a Bíblia o chama de filho de belial, perverso, maligno
e insensato. Abigail, muito sinceramente e com grande tato, apresentou suas
desculpas (24-25), e prosseguiu: "Ora, meu senhor, assim como Jeová vive, e tua
alma vive, foi Yahweh que te impediu de cair em culpa de sangue e de te salvares
com tua própria mão..." (26). Ela rogou que sua bênção ("presentes") fossem
aceitos, como prova do perdão de Davi (27). Atada no feixe dos que vivem (29).
Uma figura derivada do costume de atar coisas valiosas numa saca, e que descreve
o grande cuidado do Senhor por Davi. Este ficou profundamente comovido e
bendisse a Deus por tê-lo salvo do crime que tencionava praticar, e bendisse Abigail
por tê-lo livrado de vir com sangue (33).
3
II. A INSENSATEZ DE NABAL O MATOU.
Quando Abigail retornou ao Carmelo, onde havia um banquete, encontrou
Nabal completamente embriagado. Mas na manhã seguinte, quando ela lhe relatou
o perigo por que havia passado, suas violentas emoções provocaram-lhe um ataque
de paralisia (37). Ele ainda viveu por mais dez dias, mas então faleceu, pois feriu
o Senhor a Nabal (38). Era o julgamento de Deus sobre Nabal, e embora o
Senhor tivesse empregados meios naturais para matar Nabal, o relato bíblico deixa
claro que foi o próprio Deus quem o feriu.
Quanto à ação de Davi, após a morte de Nabal, casando-se com Abigail,
estavam de conformidade com o costume dos chefes orientais, os quais, quando
desejavam certa mulher, mandavam-na buscar para o palácio e ela implicitamente
obedecia. Também tomou Davi a Ainoã de Jezreel, para ser sua esposa (43) isto é,
da Jezreel perto de Maom. Dessa maneira Davi mostra que os costumes das cortes
orientais já estavam começando a ser imitados em Israel. Enquanto reinou em
Hebrom, Davi teve seis esposas (1Cr 3.1-3).
III. O PERIGO DA INSENSATEZ A LUZ DA BÍBLIA.
· Não há no Antigo Testamento um termo hebraico próprio para
expressar o conceito de um homem insensato, o que chamamos hoje
em dia de agnóstico ou ateu. Em Salmos 14.1, o nabal, isto é,
“o louco”, “insensato” é aquele que vive como se Deus não
existisse, ou como que, por não possuir o conhecimento
de Deus, ele diz: Onde está o teu Deus! (cf. Sl 53.1/ Sl 115:1-
2). Este é o louco que blasfema contra o Senhor (Sl 74.18). O povo
de Israel também é definido como “am nabal”, isto é, “povo
insensato, agnóstico e ateu” em razão de não reconhecer os grandes
benefícios proporcionados pelo Senhor Deus de Israel (Dt 32.6).
Nestas referências, o termo hebraico nabal designa, provavelmente, não
alguém que está sinceramente convicto de que Deus não existe, mas que está mal
orientado quanto à existência de Deus por causa da sua própria consciência
pervertida pelo pecado. O texto da Septuaginta traduziu o nome Nabal por: Um
Homem como Cão. Tradução grega do texto hebraico – verte o termo hebraico
citado por aphron, ou seja, “tolo”, “ignorante”. A expressão grega “Ouk estin
Theos”, isto é, “Não há Deus” denuncia o estado de completa ignorância e tolice
de quem assim pensa e vive. O agnosticismo e o ateísmo tanto prático quanto
teórico é, segundo as Escrituras, a principal causa da corrupção e degeneração do
homem (Sl 14; 53; Rm 1.18-32).
Sendo Nabal é a figura do “insensato”, do homem inconseqüente que vive
como se Deus não existisse ou que O confunde com a criação ou com os demais
deuses fabricados pela imaginação perversa dos homens ímpios; Nabal possui um
4
“coração insensato” (Rm 1.21). No original a expressão “coração
insensato” (asynetos kardia), é literalmente, “sem entendimento de coração”.
Se considerarmos o termo kardia de acordo com idiomatismo hebraico,
podemos afirmar que o agnóstico e ateu são expressões sociais do homem
que a bíblia chama de insensato; pois o insensato é “aquele que vive sem o
conhecimento de Deus”. E, pelo que se depreende de uma leitura atenciosa de
Romanos 1.18-32, o agnóstico e o ateu são expressões da ignorância que não
conhece o Deus único e verdadeiro. Vários termos empregados por Paulo se
relacionam diretamente à falta de episteme ou conhecimento (consciência) correto
acerca de Deus.
Um hindu, por exemplo, fica com a consciência pesada quando mata uma
vaca. Mas não se importa em sacrificar seus filhos nem se impressiona quando as
viúvas são obrigadas a se lançar sobre as piras onde os corpos de seus falecidos
maridos estão sendo cremados. A consciência se adapta às normas morais de seu
ambiente. Assim era Nabal, um homem de ânimo covarde; e, quando se
compenetrou de quão perto de uma morte súbita a sua loucura o havia conduzido,
pareceu achar-se atacado de uma paralisia ou derrame cerebral. Receoso de que
Davi ainda o estava para prosseguir com seus intuitos de vingança, encheu-se ele
de terror, e prostrou-se em uma condição miserável de irremediável
insensibilidade. Dez dias depois, morreu. A vida que Deus lhe dera tinha sido
apenas uma maldição para o mundo. Em meio a seu regozijo e alegria, Deus lhe
dissera como disse ao homem rico da parábola: "Esta noite te pedirão a tua
alma” (Lc 12:20).
IV. IMPLICAÇÔES CONCLUSIVAS:
· Davi entendeu que não há espiritualidade em se opor aos
tolos. Devemos nos sujeitar a Deus, Ele exercerá a
vingança pelos seus ungidos.
1. O louco arruma problemas para si mesmo e para os seus.
2. Tais problemas por vezes, são os outros que tem que
resolver por ele.
3. O louco é sempre vítima de si mesmo.
4. Será que a maioria dos problemas que
enfrentamos não são resultados da nossa própria
insensatez?
5. Os Pecados de Nabal: (Não honrar o nome da família que
pertencia, viver como si Deus não existisse e afrontar o
ungido de Deus, o rei Davi).
6. Outros pecados de Nabal:
· Sua Extravagância o matou. (bêbedo).
· Seu Apetite era seu deus, comia desordenadamente. (glutonaria).
· Sua Afronta ao Ungido de Deus, trouxe o juízo rápido sobre si
mesmo. (rebelião e insensatez).
1 Samuel 25:2-40
Agnóstico e Ateu.
“O Inconseqüente”
Introdução:
· Nabal era um descendente de Calebe que morava em Maom (1Sm 25),
a atual Maim, situada a 11 Kms a sudeste de Hebrom.
· Era “mui poderoso e tinha três mil ovelhas e mil cabras… mas era
duro e maligno nas suas obras”.
· Durante as suas vagueações, Davi chegou ao local onde Nabal morava
e, ouvindo que ele estava prestes a tosquiar as suas ovelhas, enviou-lhe
dez dos seus homens a pedir-lhe “o que achares à mão para os teus
servos”.
· O tempo da tosquia era uma ocasião de mostrar hospitalidade e boa
vontade entre os proprietários de rebanhos. O pedido de Davi era
apenas o que qualquer xeique árabe teria solicitado, mesmo nos tempos
modernos, para proteção dos rebanhos de outrem. Nabal, entretanto,
fiel ao significado de seu nome ("louco") insultou os mensageiros de
Davi. Amontoou insultos contra Davi, como se fosse um ninguém. Não
admira, pois, que Davi tenha ficado indignado e tenha marchado contra
Nabal com 400 homens armados de espadas (12-13).
Nabal ofendeu-se com o pedido e disse de um modo insultuoso: “Quem é Davi
e quem é o filho de Jessé?” (expressão idiomática da época para se referir a um
João-ninguém). Em 1Sm 25, informou-se Abigail (a mulher de Nabal) do fato e
logo se deu conta do perigo que o seu lar estava correndo.
I. A SABEDORIA DE ABIGAIL VS A INSENSATEZ DE NABAL
(1Sm 25.14-35).
Abigail era mulher tão cheia de sabedoria e atrativa quanto seu marido era
insensato e repulsivo. Quando foi informada, por um de seus servos, como os
homens de Davi tinham sido insultados por seu marido, ela imediatamente
começou a agir. O servo calorosamente reconheceu a proteção que havia recebido
dos homens de Davi: De muro em redor nos serviram, assim de dia como de noite
(15-16).
1. Ela dirigiu-se rapidamente para o campo de Davi, levando consigo
imensas provisões (1Sm 25:18). Abigail intercedeu tão cortês e
2persuasivamente, que a ira de Davi foi aplacada e ele lhe disse:
“Bendito o Senhor Deus de Israel, que hoje te enviou ao meu
encontro”.
2. Quando voltou para casa, viu que o marido se mostrava incapaz de
compreender a situação, devido à bebedeira e só no dia seguinte lhe
explicou o que acontecera. Ele ficou atordoado com o perigo a que
ficara exposto, devido à sua conduta. “E se amorteceu nele o seu
coração e ficou ele como pedra”. Dez dias depois, “feriu o Senhor a
Nabal e este morreu” (1Sm 25:37, 38).
Davi havia concedido a Nabal uma proteção especial; o havia honrado;
indiretamente o fez prosperar; o saudou abençoando; mas, não encontrou em
Nabal a hospitalidade desejada, nem generosidade necessária, tão pouca, a gratidão
para com os benefícios recebidos.
Durante muito tempo, os pastores de Nabal tinham levado suas ovelhas para
pastar nos campos de Davi. Lá, receberam segurança, proteção e muitas vezes
comida. Agora, Davi e seus homens, andando pelo deserto de Basã, precisaram de
alimento. Nabal, a quem a Bíblia descreve como homem “duro e maligno em todo o
seu trato”, negou-se a ajudar aquele de quem sempre recebera ajuda. Isso
encolerizou Davi. Tomando quatrocentos homens, ele partiu para destruir o ingrato
e malvado Nabal.
Davi vem para matar Nabal pelo encoberto do monte (20). Uma
fenda ou vale estreito e profundo onde Abigail avançava, sem poder ser vista. Davi
e seus homens vinham montados, descendo pela colina defronte, furiosos de
indignação e prometendo completo aniquilamento.
Seguindo a fórmula usual dos juramentos, a Septuaginta diz: "Assim faça
Deus a Davi" (22), e não aos inimigos de Davi, como diz no hebraico e nesta versão
também. Abigail, ao inteirar-se da atitude insensata do marido, saiu ao encontro de
Davi, levando comida em abundância. Assim, conseguiu apaziguar a ira do futuro
rei de Israel. A Bíblia descreve Abigail como sendo mulher de “bom
entendimento”. Entendimento, entre outras coisas, é a capacidade de
descomplicar a vida, de fazê-la simples, de evitar problemas e criar soluções. Mas,
do marido de Abigail, Nabal, a Bíblia o chama de filho de belial, perverso, maligno
e insensato. Abigail, muito sinceramente e com grande tato, apresentou suas
desculpas (24-25), e prosseguiu: "Ora, meu senhor, assim como Jeová vive, e tua
alma vive, foi Yahweh que te impediu de cair em culpa de sangue e de te salvares
com tua própria mão..." (26). Ela rogou que sua bênção ("presentes") fossem
aceitos, como prova do perdão de Davi (27). Atada no feixe dos que vivem (29).
Uma figura derivada do costume de atar coisas valiosas numa saca, e que descreve
o grande cuidado do Senhor por Davi. Este ficou profundamente comovido e
bendisse a Deus por tê-lo salvo do crime que tencionava praticar, e bendisse Abigail
por tê-lo livrado de vir com sangue (33).
3
II. A INSENSATEZ DE NABAL O MATOU.
Quando Abigail retornou ao Carmelo, onde havia um banquete, encontrou
Nabal completamente embriagado. Mas na manhã seguinte, quando ela lhe relatou
o perigo por que havia passado, suas violentas emoções provocaram-lhe um ataque
de paralisia (37). Ele ainda viveu por mais dez dias, mas então faleceu, pois feriu
o Senhor a Nabal (38). Era o julgamento de Deus sobre Nabal, e embora o
Senhor tivesse empregados meios naturais para matar Nabal, o relato bíblico deixa
claro que foi o próprio Deus quem o feriu.
Quanto à ação de Davi, após a morte de Nabal, casando-se com Abigail,
estavam de conformidade com o costume dos chefes orientais, os quais, quando
desejavam certa mulher, mandavam-na buscar para o palácio e ela implicitamente
obedecia. Também tomou Davi a Ainoã de Jezreel, para ser sua esposa (43) isto é,
da Jezreel perto de Maom. Dessa maneira Davi mostra que os costumes das cortes
orientais já estavam começando a ser imitados em Israel. Enquanto reinou em
Hebrom, Davi teve seis esposas (1Cr 3.1-3).
III. O PERIGO DA INSENSATEZ A LUZ DA BÍBLIA.
· Não há no Antigo Testamento um termo hebraico próprio para
expressar o conceito de um homem insensato, o que chamamos hoje
em dia de agnóstico ou ateu. Em Salmos 14.1, o nabal, isto é,
“o louco”, “insensato” é aquele que vive como se Deus não
existisse, ou como que, por não possuir o conhecimento
de Deus, ele diz: Onde está o teu Deus! (cf. Sl 53.1/ Sl 115:1-
2). Este é o louco que blasfema contra o Senhor (Sl 74.18). O povo
de Israel também é definido como “am nabal”, isto é, “povo
insensato, agnóstico e ateu” em razão de não reconhecer os grandes
benefícios proporcionados pelo Senhor Deus de Israel (Dt 32.6).
Nestas referências, o termo hebraico nabal designa, provavelmente, não
alguém que está sinceramente convicto de que Deus não existe, mas que está mal
orientado quanto à existência de Deus por causa da sua própria consciência
pervertida pelo pecado. O texto da Septuaginta traduziu o nome Nabal por: Um
Homem como Cão. Tradução grega do texto hebraico – verte o termo hebraico
citado por aphron, ou seja, “tolo”, “ignorante”. A expressão grega “Ouk estin
Theos”, isto é, “Não há Deus” denuncia o estado de completa ignorância e tolice
de quem assim pensa e vive. O agnosticismo e o ateísmo tanto prático quanto
teórico é, segundo as Escrituras, a principal causa da corrupção e degeneração do
homem (Sl 14; 53; Rm 1.18-32).
Sendo Nabal é a figura do “insensato”, do homem inconseqüente que vive
como se Deus não existisse ou que O confunde com a criação ou com os demais
deuses fabricados pela imaginação perversa dos homens ímpios; Nabal possui um
4
“coração insensato” (Rm 1.21). No original a expressão “coração
insensato” (asynetos kardia), é literalmente, “sem entendimento de coração”.
Se considerarmos o termo kardia de acordo com idiomatismo hebraico,
podemos afirmar que o agnóstico e ateu são expressões sociais do homem
que a bíblia chama de insensato; pois o insensato é “aquele que vive sem o
conhecimento de Deus”. E, pelo que se depreende de uma leitura atenciosa de
Romanos 1.18-32, o agnóstico e o ateu são expressões da ignorância que não
conhece o Deus único e verdadeiro. Vários termos empregados por Paulo se
relacionam diretamente à falta de episteme ou conhecimento (consciência) correto
acerca de Deus.
Um hindu, por exemplo, fica com a consciência pesada quando mata uma
vaca. Mas não se importa em sacrificar seus filhos nem se impressiona quando as
viúvas são obrigadas a se lançar sobre as piras onde os corpos de seus falecidos
maridos estão sendo cremados. A consciência se adapta às normas morais de seu
ambiente. Assim era Nabal, um homem de ânimo covarde; e, quando se
compenetrou de quão perto de uma morte súbita a sua loucura o havia conduzido,
pareceu achar-se atacado de uma paralisia ou derrame cerebral. Receoso de que
Davi ainda o estava para prosseguir com seus intuitos de vingança, encheu-se ele
de terror, e prostrou-se em uma condição miserável de irremediável
insensibilidade. Dez dias depois, morreu. A vida que Deus lhe dera tinha sido
apenas uma maldição para o mundo. Em meio a seu regozijo e alegria, Deus lhe
dissera como disse ao homem rico da parábola: "Esta noite te pedirão a tua
alma” (Lc 12:20).
IV. IMPLICAÇÔES CONCLUSIVAS:
· Davi entendeu que não há espiritualidade em se opor aos
tolos. Devemos nos sujeitar a Deus, Ele exercerá a
vingança pelos seus ungidos.
1. O louco arruma problemas para si mesmo e para os seus.
2. Tais problemas por vezes, são os outros que tem que
resolver por ele.
3. O louco é sempre vítima de si mesmo.
4. Será que a maioria dos problemas que
enfrentamos não são resultados da nossa própria
insensatez?
5. Os Pecados de Nabal: (Não honrar o nome da família que
pertencia, viver como si Deus não existisse e afrontar o
ungido de Deus, o rei Davi).
6. Outros pecados de Nabal:
· Sua Extravagância o matou. (bêbedo).
· Seu Apetite era seu deus, comia desordenadamente. (glutonaria).
· Sua Afronta ao Ungido de Deus, trouxe o juízo rápido sobre si
mesmo. (rebelião e insensatez).
O Profeta Miquéias I - Um Retrato Atual da Corrupção Miquéias 1 e 2
O Profeta Miquéias I - Um Retrato Atual da Corrupção
Miquéias 1 e 2
O estudo dos profetas menores constitui-se numa das
maiores experiências para um salvo no Senhor Jesus, pois retrata a realidade do
mundo no qual Deus deseja ser o Deus que governa o Seu povo e mostra como o Seu
povo reage e responde às iniciativas divinas. Estes panoramas são fundamentais
para entendermos hoje quem é Deus, como Ele age e o que espera de nós, seu
povo.
É um fato conhecido que os nomes
no Antigo Testamento e em especial dos profetas, tinha um significado que se
relacionava como o tema geral da missão profética do profeta. Neste caso,
iniciando com Miquéias, o que quer dizer: “Quem é como Jeová?”, Deus nos quer
mostrar, começando pelo nome do profeta, de que não há Deus igual ao único Deus
soberano – Jeová. O tema do livro é: “Deus castiga a fim de abençoar”.
O período durante o qual o
profeta Miquéias viveu vai de 750
a 686 a .C.,
profetizando antes da queda de Samaria (722 a .C.), durante os reinados dos reis Jotão,
Acaz e Ezequias. Era conhecido como Morascita, pois era originário de
Moresgate, vila pobre na Filistia, cerca de 35 km a oeste de Jerusalém,
provavelmente morrendo como viveu: um homem pobre. Foi contemporâneo com
Oséias, ativo no Reino do Norte e com Isaías, ativo em Jerusalém (Mq 1:1; Os
1:1; Is 1:1). Jeremias (26:18) se refere a ele em anos posteriores.
Encontram-se detalhes deste ministério em 2 Reis 18:13 a 19:36.
Miquéias é o único profeta menor
que falou aos dois reinos: do Norte e do Sul (Israel e Judá). Jeremias se
refere a ele como testemunha corajosa e fiel, informando que Judá ouviu sua voz
e se arrependeu (Jr 26:18-19). Miquéias viu os erros de sua própria classe
social, o povo simples, tornando-se o grande profeta da reforma social.
Em sua abertura profética
Miquéias menciona pelo menos 10 cidades e vilas perto de onde morava e as
alertou de calamidades eminentes. O significado dos nomes destas cidadelas
elevam o efeito da forma poética de sua mensagem: Gate significa cidade do
choro; Afra = casa da poeira; Safira = cidade beleza. Podendo estes versos ser
traduzidos na seguinte maneira: “Cidade
do choro, não chores; Casa da poeira, rola-te a ti mesma na poeira;
Cidade-beleza, vá para o cativeiro com tua beleza em vergonha”. As outras
cidades são: Aco: cidade do conto; Zaanã: (cidade da marcha), significando que
os habitantes desta cidade não marcharão; Bete-Ezel: (casa do lado) = o lamento
da cidade vizinha; Marote (amargo, maligno) = o mal desceu de Jeová; Laquis
(cidade do cavalo) = amarre tua carruagem à besta ágil, ó habitante (feminino)
da cidade do cavalo; Aquezibe (engano, mentira) = as casas da cidade-mentira
serão uma mentira aos reis de Israel; Maressa (possuidor, conquistador) = se
refere à Assíria na conquista do Reino do Norte (Israel).
Por um tempo Miquéias permaneceu
perto de sua cidade natal, mas Samaria (capital do reino do Norte - Israel) e
Jerusalém (capital do reino do Sul - Judá) se tornaram os alvos principais de
suas profecias. Ele profetizou a invasão de Salmaneser, com a queda de Samaria
em 722 a .C.
(1:6-7) resultando na dispersão de Israel; a invasão de Senaqueribe, e a
invasão de Judá em 702 a .C.
(1:9-16); a grande destruição de Jerusalém em 586 a .C. (3:12 e 7:13) com
início do cativeiro Babilônico (4:10); o retorno do cativeiro babilônico (4:18;
7:11, 14-17) que se deu sob a direção de Esdras e Neemias. O nascimento de
Jesus em Belém (5:2), cerca de 700 anos após sua profecia; o cessar das
profecias e alguns eventos do futuro mais distante.
Os 3 primeiros capítulos de Miquéias formam o grupo da
“Declaração de juízo” por parte de Deus sobre o Seu povo. Em 1:9 Miquéias se
refere a “uma ferida incurável”, referindo-se à queda do reino do Norte sob o
domínio dos Assírios, referido em 2 Reis 18:9 a 19:37. Este primeiro capítulo de Miquéias é uma
denúncia da casa de Israel pelos seus pecados e pela sua contaminação de Judá e
Jerusalém. Os capítulos 2 e 3 são uma descrição de detalhes em apoio à acusação
geral. A maior denúncia do profeta era o pecado da opressão e denunciou os
ricos indolentes e negligentes como sendo os maiores culpados. A prosperidade
que se desenvolveu dos longos anos de reinado de paz sob Uzias, criaram uma
nova classe de pessoas ricas. Enfatuados com sua repentina fortuna, tornaram-se
gananciosos por mais ganhos. Estes exploradores ricos não poderiam ter oprimido
os pobres se não tivessem sido protegidos no seu crime pelos governadores, que
Deus havia nomeado para guardar os direitos dos pobres.
Apesar de paz e prosperidade
serem situações almejáveis, a realidade trouxe consigo o seu lado ominoso e
agourento. Os ricos começavam a imitar os estilos de vida das nações pagãs. Quando os peões do campo encontravam
dificuldade em produzir os bens exigidos pela luxúria, os proprietários ricos
de terras tomavam as suas propriedades e posses, influenciavam as decisões da
justiça subornando os juízes. Os peões dos campos de agricultura desempregados
iam para as cidades procurando abrigo. Pela primeira vez na história hebréia se
via uma séria superpovoação que ameaçava as grandes cidades, juntamente com a
miséria e doenças que acompanhavam a pobreza.
A condição religiosa da nação Israelita
como um todo, ainda era mais séria. O povo de Deus havia sido liberado do Egito
sob a liderança de Moisés e recebeu um lar em Canaã a fim de que pudessem viver
como “um reino de sacerdotes e nação
santa” (Ex 19:6). No monte Sinai foi celebrado uma aliança em que
cultuariam e obedeceriam apenas ao único e verdadeiro Deus e O serviriam e
apenas a Ele obedecendo às Suas leis. Uma vez ocupando Canaã, entretanto,
descobriram que seus habitantes praticavam uma das formas mais depravadas de
religião que o mundo jamais conheceu.
Era a religião de Baal e seu consorte Anate, em quatro festivais
principais durante o ano. Estas celebrações eram constituídas de ritos
orgásticos e degradantes que incluíam a prostituição cerimonial, bebedeiras,
incesto, homossexualidade e assaltos violentos. Os sacerdotes cananeus
sancionavam estas atividades como legítimos atos de culto, ocorrendo estes
muitas vezes no entremeio de árvores que cercavam os santuários nos cumes dos
montes.
O profeta comparou tal exploração
dos pobres a um festival de canibais. Após isto Miquéias denunciou os falsos
profetas que estavam por detrás dos políticos ricos e corruptos. Vivendo da
liberalidade e generosidade dos ricos indolentes e agindo em favor de um
governo depravado, imoral e corrupto, os falsos profetas justificavam os
perversos para uma recompensa, fechando os olhos aos seus vícios e maldades,
compartilhando na sua corrupção.
Diante da fé mergulhada no
secularismo, humanismo e influência de religiões orientais pagãs, com as
perversões morais sendo exibidas e a bandeira do “status de direitos” sendo
levantada sem fundamentação nas obrigações (como nos tempos de Miquéias), hoje
com comunicações sem precedentes, encontramos o mesmo quadro da época, porém
gigantescamente ampliado. Os cristãos são ignorantes do conteúdo das Escrituras
Sagradas; os princípios de viver uma vida santa não são explicitados; um
espírito galopante de oposição a regulamentos éticos e morais se faz presente e
finalmente, os cristãos são levados a pensarem que, por estarem salvos, são
superiores aos outros, daí cometem adultérios, são indiferentes ao ensino do
evangelho e a experiência religiosa (especialmente nos aspectos de um
emocionalismo expresso) é colocada acima dos preceitos e da disciplina por
amor.
A ignorância e a fuga das
responsabilidades que vem antes dos direitos e privilégios é fomentada por um
crescente número de políticos, pensadores liberais e líderes religiosos que não
somente aprovam estas situações como também as fomentam, visando o lucro fácil
e domínio dos mais fracos que são então assim explorados. As igrejas cristãs,
por questão de comodidade e falsa simpatia, se acomodam a situações incestuosas
e homossexuais em franca violação da Palavra de Deus. O sistema judicial cada
vez mais em franca oposição ao exercício paternal e maternal de disciplinar os
filhos, a relaxação das leis a fim de abraçar e apoiar grupos de defesa da
franca imoralidade sob o título de direitos sem fundamenta-los e sem indicar a
sua origem e não declarando suas obrigações de origem. Os conceitos
orientalistas esotéricos e místicos, filosofias voltadas para o eu
(individualismo exclusivista) são cada vez mais adotados nos ensinos
evangélicos, tais como na prática das artes marciais, dos exercícios de
tratamentos alternativos de cunho religioso orientalista, a defesa prioritária
dos direitos do “eu” sob a bandeira de que temos o direito de sermos felizes e
realizados sem se olhar a base na qual isto é construído e das obrigações e
deveres nos quais tal liberdade e direito deve ser construído. Uma total
ignorância dos princípios bíblicos a tal ponto de se pregar que hoje há
diversas éticas, uma para cada situação, derrubando completamente a
universalidade e atemporalidade dos preceitos bíblicos.
Vemos assim que os tempos de Miquéias
são repetidos hoje, apontando os mesmos problemas morais e espirituais apenas
com a velocidade e mundialidade maiores.
Diante deste quadro, Miquéias
pronunciou o estado de doença incurável, ainda assim implorando por prevalência
da justiça antes de ser tarde demais. Mas a história nos mostra que a justiça
de Deus não falha, pois todas as ameaças foram cumpridas historicamente
marcadas, pois Deus não se deixa escarnecer. Por isto mais cedo ou mais tarde
havemos de dar contas do que fazemos, aprovamos, pensamos e dizemos.
O
Profeta Miquéias II – Ameaça e Esperança
Miquéias 3 e 4
)
Em continuidade ao estudo de
Miquéias, abordamos a segunda parte do livro profético, os capítulos 4 e 5, que
formam o conjunto da “promessa prometida”, ou seja: a Libertação! Após
proclamar o julgamento sobre ambos, Israel e Judá, indiciando os malfeitores, o
profeta anuncia um dia melhor e brilhante. Ele descreve a era áurea de paz
perpétua na qual todas as nações da terra participarão, onde todo homem sentará
debaixo de sua própria vinha e figueira sem medo da opressão ou perda de
propriedade. Estes versos são freqüentemente citados hoje em dia em sustentação
da paz universal, sem reconhecimento do fato de que o “Ele” ao qual o profeta
se refere é o Príncipe da Paz, que tem que ser entronizado em Jerusalém antes
do milênio de paz poder ser uma realidade.
É uma sensação emocionante
saber que estes pregadores hebreus de 25 séculos passados podiam nos contar –
hoje – de coisas que ainda estão por acontecer. Os capítulos 4 e 5 mostram que
estas coisas ainda são futuro e aguardam o reino milenar. O cap. 4 indica o Reino
Futuro (os pontos essenciais do reino) e o cap. 5 mostra o Futuro
Rei.
No cap. 4:1 notamos “nos
últimos dias” e no v.2 “muitas nações”, que são outras e não Israel, que vão
ser parte do Reino Messiânico. Porém em 4:9 notamos a mudança do tempo futuro
para o tempo presente: “Agora por que
choras” e v.10 “porque agora sairás”
e no v.11 “Agora se acham muitas
nações contra ti” e em 5:1 “Agora ...
por-se-á” e no v.3 “os entregará até
o tempo em que” que é a vinda de Cristo.
A grande profecia messiânica
de Miquéias prediz o lugar de nascimento do nosso Senhor Jesus. Apesar de ter
sido proferida 700 anos antes do nascimento do Messias, ela é uma das 4
profecias maiores relativas a este evento. A profecia de Siloé, em Gn 49:10,
designa a tribo de Judá; a profecia de Natan (2 Sam 7:26) revela a casa
de Davi. A visão das setenta semanas em Daniel anuncia o tempo; em Mq
5:2 temos a notável revelação do lugar de nascimento – Belém. Esta
profecia foi a resposta dada a Herodes quando perguntou onde Cristo haveria de
nascer (Mt 2:3-6).
Observa-se que entre a primeira
metade do v.5:3 e sua segunda parte, entra em existência o tempo presente (que
vivemos hoje, a era da igreja), que o profeta Miquéias não pode ver. O restante
do capítulo olha para a Era do Reino ainda futura, isto é, a Sua segunda vinda.
Para Miquéias a fidelidade à
aliança com Deus era fundamental. A idolatria e apostasia eram males graves que
deveriam ser resistidos pela nação caso quisesse sobreviver. O povo da aliança
tinha que refletir a própria natureza de Deus em termos de justiça, fidelidade,
misericórdia e santidade. Apesar da comunidade ter pecado, um Deus de amor iria
perdoar a iniqüidade na base de um arrependimento sincero e renovaria a
fraternidade entre Ele mesmo e Seu povo. Os ensinos de Miquéias estão em pleno
acordo com a dos seus contemporâneos: Amós, Oséias e Isaías, mas a sua
contribuição doutrinária específica se relaciona com as promessas do Messias.
Como mestre da retidão,
Miquéias via que a idolatria, corrupção e injustiça tinham profundas raízes na
condição espiritual da nação. Ele procurava ensinar as exigências de Deus,
alertar o povo do juízo de Deus e assegurar-lhes das promessas de Deus aos que
restariam fiéis. Miquéias apresenta as exigências de Deus; os juízos de Deus e
as promessas de Deus para Seu povo.
As exigências de Deus
para Seu povo são:
1.
Deus requer que Seus filhos ajam com justiça com relação a todas as
pessoas, porque esta é a característica da ação de Deus para com eles.
2.
A misericórdia deve ser um componente reconhecível da atitude mental e
espiritual de Seu povo. A palavra hebraica para misericórdia é difícil de se
traduzir em apenas uma palavra, porque descreve o amor todo envolvente e
altruísta de Deus do qual procede toda e qualquer forma de atividade divina.
3.
Em vez de procedimentos arrogantes e levantando uma independência
imprópria, o povo deve se arrepender da sua rebelião contra a aliança e fazer a
vontade de Deus conscientemente e continuamente em humilde obediência.
Os juízos de Deus
sobre Seu povo são:
1.
Os líderes rebeldes do povo de Deus têm responsabilidade de ajudar o
povo de Deus lembrar o que Deus havia feito para redimí-los e ensiná-los o que
Deus espera de cada. Os líderes que rejeitarem sua responsabilidade enfrentarão
as maldições da aliança de Deus (Dt 28:15-68).
2.
Os líderes políticos não têm o direito de explorar o povo, tratando-o
como escravo ao invés de irmãos e irmãs. Deus protege e salva as vítimas da
exploração e injustiça, ajuntando debaixo de Sua liderança aqueles que são
fiéis aos Seus mandamentos. Os líderes injustos irão encarar a destruição.
3.
Dedicação aos males espirituais e sociais significa que qualquer
esperança de salvação deve ser precedida por um período de punição pelos
pecados. Apenas após as maldições da aliança por causa da desobediência e
infidelidade é que o povo de Deus poderá olhar para o Deus justo mostre Sua
misericórdia aos pecadores penitentes.
As promessas de Deus
para Seu povo são:
1.
Juízo pela desobediência. Quando o povo de Deus é rebelde para o
arrependimento de sua desobediência, Deus fica sem alternativa para uma punição
drástica. Este destino é inimaginável para pessoas que pensam que por causa do
relacionamento da aliança, Deus irá protegê-los e livrá-los independente de
quão desobedientes, idólatras e pervertidos se tornarem.
2.
A vinda do Messias – na Sua palavra Deus anuncia presságios de
desastres ainda mais severos com esperança para um futuro. Salvação e esperança
são os temas principais de Deus. A salvação é alcançada pelo Messias, que irá
instituir um tempo de paz e prosperidade quando o povo de Deus viver em
obediência à vontade de Deus (4:1-5; 5:4). Miquéias é o profeta mais explícito
do Antigo Testamento, na predição do lugar de nascimento do Messias a uns 700
anos antes do evento realmente acontecer (5:2 compare com Mt 2:5-6). Qualquer
que for o futuro reservado para Judá, aqueles que ficarem fiéis à aliança tem
esta maravilhosa garantia de que Deus estaria enviando Seu próprio libertador.
3.
A salvação vindoura - a própria promessa do Messias era a garantia de
que um Deus de amor iria sustentar o Seu povo através das tribulações e juízos.
Em última análise Ele os levaria a um verdadeiro arrependimento. Isto feito,
Deus estaria derramando Suas bênçãos sobre o povo. O remanescente fiel será
governado por um Rei messiânico que purificaria Seu povo do pecado e
instituiria a paz e justiça na terra. Então o povo de Deus se tornará um modelo
a fim de que todos os povos pudessem imitá-los e testemunhariam a verdadeira
natureza do Deus da aliança.
Aprendemos com Miquéias
algumas lições para nós hoje, e que se caracterizam da seguinte forma:
1.
Deus exige que Seu povo aja com justiça para com todos, porque esta é a
característica das ações de Deus com Seu povo. Este tipo de agir transmite
esperança futura.
2.
Misericórdia deve ser uma parte reconhecível da atitude mental e
espiritual dos filhos de Deus.
3.
Ao invés de conduta arrogante e exibindo independência imprópria, o
povo deve se arrepender de sua rebelião contra Deus.
4.
Os líderes religiosos carregam a responsabilidade de ajudar o povo de
Deus a lembrar o que Ele fez pela nossa redenção e ensinar o que Deus espera de
cada um de nós.
Continuando os aspectos
daquilo que devemos aprender e incorporar em nossa maneira de pensar (chamado
‘mudança de mente’), o profeta Miquéias apresenta as seguintes considerações
para nós nos dias atuais:
1.
Viver sob a aliança bíblica é distintivo – é obediência ao senhorio de
Deus em Cristo;
2.
Na base do amor de Deus, Ele provê as nossas necessidades;
3.
Esta vida deve ser vivida em submissão à conhecida e revelada vontade
de Deus, e tem que ser santa;
4.
Os privilégios da vida da aliança são equiparados com obrigações
iguais;
5.
O crente (nascido de novo) deve manter uma vida de fé distintiva, que
está fundamentada na inspiração e autoridade normativa das Escrituras.
Assim, meu amigo e amiga ouvintes,
todas estas considerações surgem quando olhamos as promessas de Deus em meio a
um juízo severo, pois Deus corrige a quem ama. Como está o teu nível de
compromisso com a vida nos moldes bíblicos, considerando que os dias de hoje
não se diferenciam dos dias de então, especialmente no que se refere a desvios,
reprimendas e esperança?
Rogo para que Deus venha a
te iluminar o entendimento, com o propósito de que você também veja e entenda
toda a dimensão e recursos do Reino de Deus que já podemos experimentar hoje
enquanto aqui vivemos. Assuma você também um compromisso de seriedade e
fidelidade com a Palavra de Deus, e assim Ele poderá te abençoar
abundantemente.
O Profeta Miquéias III – A Visão do Messias Miquéias 5 a 7
O
Profeta Miquéias III – A Visão do Messias
Miquéias
5 a 7
Neste estudo final sobre
Miquéias estaremos focalizando as questões Messiânicas além das que já foram
abordadas nos estudos anteriores e alguns pontos na perspectiva de exortação ao
arrependimento. Estes últimos capítulos (6 e 7) foram escritos na forma de um
diálogo entre Jeová e Seu povo. O ponto alto destes apelos se encontra em 6:8,
que diz: “Ele te declarou, ó homem, o que
é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça e ames
a misericórdia, e Andes humildemente com o teu Deus?” A aplicação teológica
desta declaração é que: a) Deus exige
porque Ele é Deus; b) Ele revela
porque Ele é bom; e c) Ele redime
porque Ele é Amor. Podemos afirmar com segurança que as declarações em
6:1-8 formam a essência da verdadeira religião!
Notamos que em todo o livro
de Miquéias, apesar do pecado ser frontalmente atacado e desmascarado, a
justiça e juízo de Deus serem claramente anunciados, vemos inconfundivelmente a
misericórdia de Deus em ação nas promessas de um futuro livramento definitivo e
governo de paz e justiça. Fica muito claro que Deus não admite e não tolera
permanência em pecados e violações de Seus princípios santos de viver, mas que
a justiça não é a primeira preocupação de Deus, mas, sim, a redenção oferecida
por intermédio de Jesus Cristo.
Ainda neste capítulo (6:7-8)
Miquéias mostra que o sacrifício expiatório e redentivo de Jesus (compare com
Is 1:10-17) deram mais prazer a Deus do que fazendas, plantações, moradias ou
sacrifício humano. Muito mais do que coisas aparentes, Deus deseja que as
pessoas tenham um relacionamento fraternal com Ele e uns com os outros.
Demonstra-se aqui a futilidade do culto ritualístico que se baseia no
pensamento de que o favor divino pode ser alcançado através da oferta de
sacrifícios a Deus. A mudança espiritual e transformação moral é que
verdadeiramente diferenciam a redenção do povo de Deus.
No cap. 7 se encontra a
mensagem central de Miquéias (7:18-19) que é: “Juízo no presente &
Bênção futura!” O foco desta bênção futura está no fato de que este Deus é
um Deus que perdoa e esquece! Mas ao
lado destas realidades, encontra-se neste capítulo (vs. 7-9) um dos melhores
desdobramentos da Salvação do ponto de vista de um santo do Antigo Testamento.
Neste capítulo final destacam-se os pontos de preocupação de Deus,
identificados no caráter ético da vida cristã, na confissão de pecados e na
misericórdia de Deus, a libertação e salvação do povo que se arrepende e
confessa, caracterizando-se esta salvação na base do perdão divino.
Aprendemos aqui que a igreja
dos dias de hoje tem que aprender velhas lições, que no passado eram tidas e
cridas como base fundamental de um viver que agrada a Deus. Como a Palavra de
Deus é a mesma ontem, hoje e para sempre, os preceitos são os mesmos em
qualquer tempo e lugar que estejamos vivendo. Portanto, os ensinos contemporâneos
de Miquéias, para a igreja e as pessoas, são:
1.
A vida sob os preceitos das alianças bíblicas é distintiva; é
impossível confundir-se ou não se notar uma pessoa que vive em acordo com os
preceitos bíblicos, de acordo com as normas do Reino de Deus;
2.
Nesta base, a vida fundamentada nas alianças, o Deus de amor garante a
provisão para as necessidades humanas e Sua bênção sobre a vida do salvo; Deus
não deixa os Seus à mingua;
3.
A vida deve ser vivida em submissão à conhecida e revelada vontade de
Deus, deve ser santa como Deus é santo (Lv 11:44 e 1 Pd 1:16); Deus nos deu
todos os meios e recursos para vivermos segundo a Sua santa vontade – que é a
presença do Espírito de Deus em nosso coração;
4.
Os privilégios da vida da aliança são igualados com obrigações equivalentes.
O salvo deve testemunhar da santidade de Deus, da Sua misericórdia e justiça na
sociedade, ministrando aos oprimidos e explorados, protestando contra injustiça
social. Nota-se que isto são tarefas e obrigações do indivíduo salvo na
sociedade em testemunho do caráter da obra e pessoa de Deus; não é tarefa da
igreja como um todo.
5.
O salvo em Cristo (crente) deve manter uma fé distinta que repousa na
inspiração e autoridade da Palavra de Deus. O cristão verdadeiro deve proclamar
e centralidade de Jesus como nosso Messias, Salvador e Senhor, e olhar para a
Sua segunda vinda em glória para estabelecimento final do Reino de Deus.
Miquéias enfatizou a
necessidade de justiça e paz. Qual um advogado, apresentando o caso de Deus
contra Israel e Judá, seus líderes e seu povo. Através do livro estão profecias
acerca de Jesus, o Messias, que irá ajuntar o povo em uma nação. Ele será seu
rei e governador, agindo misericordiosa-mente com o povo. Miquéias torna claro
que Deus odeia a falta de benignidade, idolatria, injustiça e rituais vazios –
e Ele, Deus, ainda odeia isto hoje e odiará por toda a eternidade. Mas, Deus
está disposto a perdoar os pecados de qualquer que se arrepender.
Em meio a uma predição
esmagadora de destruição, Miquéias fornece esperança e consolação porque também
descreve o amor de Deus. A verdade é que o julgamento vem apenas após inúmeras
oportunidades para arrependimento, voltar-se para o verdadeiro culto e
obediência – “agir justamente e amar a misericórdia, andando humildemente com
teu Deus” (6:8). Mas mesmo em meio a um julgamento, Deus promete libertar,
salvar, o pequeno número de pessoas que continuará seguindo-O. Ele diz: “Subirá
diante deles o que abre o caminho; eles romperão, entrarão pela porta e sairão
por ela; e o seu Rei irá adiante deles, e o Senhor à sua frente” (2:13). O rei
é obviamente Jesus; e lemos em 5:2 que Ele será nascido como um bebê me Belém,
uma vila obscura em Judá.
Como os outros profetas do
Antigo Testamento, Miquéias vai muito mais além do juízo de Deus a Israel e
Judá – o Messias viria e Seu reinado justo sobre a terra. Setecentos anos antes
da encarnação de Cristo, Miquéias profetizou que nasceria em Belém (5:2). Vemos
o cumprimento em Mt 2:4-6, onde os sacerdotes e escribas citam este versículo
de Miquéias ao responderem a pergunta de Herodes acerca do lugar de nascimento
do Messias. Miquéias também revelou que o reino messiânico seria um reino de
paz (5:5, compare Ef 2:14-18), e que o Messias pastorearia o povo de Deus com
justiça (5:4 cf João 10:1-16; Hb 13:20). As referências freqüentes de Miquéias
à redenção futura revelam que o desejo e propósito constantes de Deus para com
Seu povo é a salvação, não o juízo. Esta verdade se amplia no Novo Testamento
(João 3:16).
Na medida em que você lê
Miquéias, tente captar um vislumbre da ira de Deus em ação à medida que julga e
pune o pecado. Veja o amor de Deus em ação na medida em que oferece vida eterna
a todos que se arrependem e crêem. Então se decida a unir-se ao remanescente
fiel do povo de Deus que vive de acordo com a Sua santa e eterna vontade.
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