sexta-feira, 24 de agosto de 2012

HUMANISMO


HUMANISMO
Na idade média no séc. XVI o que predominava era o teocentrismo; tudo era em nome de Deus ou seja (Deus era o centro de tudo), enquanto na renascença criaram o humanismo, o homem no centro de todas as coisas, o homem é a primazia (visão antropocêntrica); Protágoras afirmava que o homem é a medida de todas as coisas, de tal modo que segundo o humanismo, todas as considerações éticas, metafísicas e práticas dependem do homem, e não de forças cósmicas, dos deuses, etc. Assim, criou-se um filosofia relativista, sem valores fixos ou absolutos.
Foi assim cunhada a significação clássica do termo, ou aquele tipo de cultura e ênfase promovidos por certos filósofos gregos.
Durante a Renascença, homens como Petrarca e Erasmo de Roterdã retornaram às raízes gregas quanto a muitos valores; e assim foi rejeitado, pelo menos em parte, o modo de pensar que se desenvolvera no escolasticismo, com sua autoridade religiosa centralizada, que também caracterizava a Igreja medieval e a sociedade. Erasmo, naturalmente, como cristão, dava valor à missão de Cristo, tendo adicionado isso à sua clássica maneira de pensar sobre o homem. O humanismo cristão da Idade Média e da Renascença tem mostrado ser o único fundamento da liberdade pessoal e acadêmica da era moderna. O homem aparece como a base de todos os valores e de toda excelência bem como o objeto de todas as atividades. Augusto Conte foi o grande campeão dessa forma de humanismo. Ele fazia da humanidade o único objeto da nossa adoração.

HISTORICISMO


HISTORICISMO
Doutrina Histórica-Filosófica que define o pensamento como resultado cultural do processo histórico e reduz a realidade e sua concepção à história adotada por autores como Croce, Nietzesche, Conte e Simmel.
Essa palavra vem do termo alemão "historismus", uma palavra usada para se aplicar a uma ênfase exagerada sobre a história.
O termo foi cunhado por Mannheim e Troeltsch, da escola neokantiana; afirmava que "tudo é história", e Dilthey, argumentava que todos os historiadores escrevem como cativos de sua era e circunstâncias particulares. Isto significa que é muito difícil chegar-se a uma história pura, se estivermos olhando para os sentidos envolvidos no processo histórico. Certamente, Hegel e Marx podem ser criticados desse modo. Hegel, porque via a síntese histórica cumprida na monarquia constitucional do governo alemão, que vigorava em seus dias, em sua pátria: e Marx, por haver pensado, totalmente, que o comunismo poria fim ao processo histórico, por ser uma síntese final.
A doutrina segundo a qual a realidade é histórica (isto é, desenvolvimento, racionalidade e necessidade) e que todo conhecimento é conhecimento histórico. Ela supõe a coincidência de finito e infinito, de mundo e de Deus, e considera, portanto, a história como a própria realização de Deus.
Concepção segundo a qual o pensamento humano se caracteriza por seu processo histórico erigido em sistema a ponto de fazer do tempo o gerador e o decorador das verdades que a escola vai paulatinamente ensinando. Uma variante da doutrina precedente, que vê na história a revelação de Deus no sentido de considerar cada momento da própria história em relação direta com Deus e permeado dos valores transcendentes, incluídos por ele, na história.
O termo historicismo também é usado em um sentido negativo, como sinônimo de falácia genética. Esta consiste em explicar de outro modo (mediante falsificação) a natureza de algum fenômeno, mediante uma alusão à sua origem.

GNOSTICISMO


GNOSTICISMO
Esta palavra vem do grego "gignoskein", saber, sistema eclético filósofo-religioso, surgido nos primeiros séculos da era cristã buscando conciliar todas as religiões e decifrar-lhes o sentido através da gnose. Gnosticismo é a primeira tentativa de uma filosofia cristã, tentativa conduzida sem rigor sistemático, com a mistura de elementos cristãos, místicos, neoplatônicos e orientais.
A principal corrente das idéias gnósticas foi o espiritualismo neoplatônico de Filo de Alexandria. O gnosticismo cristão era basicamente uma forma de heresia sobre a pessoa de Cristo, explicando-a termos teosóficos ou de filosofia pagã.
No tocante ao cristianismo, o gnosticismo consistia essencialmente, na tentativa de fundir as revelações dadas por meio de Cristo e seus apóstolos com os padrões de pensamentos já existentes. Se porventura o gnosticismo tivesse sucesso, nessa tentativa, o cristianismo tornar-se-ia apenas mais outro culto misterioso greco-romano. Os principais gnósticos: Basílides, Carpócrate, Valentim e Bardesane.

FENOMENOLOGIA


FENOMENOLOGIA
FENOMENOLOGIA – Do grego yaíva que significa: a brilhar, dar luz, ser brilhante.
FENOMENOLOGIA – Fenômeno + logia – aparência + conhecimento – estudo do fenômeno.
A FENOMENOLOGIA tem como pai o filósofo alemão Esmund Husserl (1859-1938) da escola de Cristian Wolff.
Hussel pretendia fazer uma análise descritiva particularizada do fenômeno. Ele aplicava a redução eidética, o que chamava de purificação do fenômeno – A busca da essência.
Este termo foi trabalhado por outros pensadores que lhe deram diferentes compreensões.
O filósofo Lambert, entendeu FENOMENOLOGIA como sendo o estudo dos erros da aparência ilusória. Kant tomou o vocábulo para explicar as características dos fenômenos de forma geral. Hegel particularizou-lhe ao desempenho da mente, pressupondo-lhe como o pensamento absoluto.
Na compreensão de William Hamilito era a identificação do objeto pelos dados empíricos.
Para Heidegger a FENEMOLOGIA mostra o que está escondido e fundamenta o que se mostra possibilitando o estudo do "SER".
Sartre concorda com Heidegger e entende que o pensamento natural é um fenômeno que busca a transfenomenologia que leva a considerações antológicas.
Todavia, Husserl insistiu em purificar o termo desatrelando-o da psicologia.
É de Husserl o conceito contemporâneo: "FENOMENOLOGIA é a generalização da noção de objeto que compreende não somente as coisas materiais, mas também as formas de categorias, as essências e os objetos ideais. É uma investigação a priore dos significados do pensamento".

EXISTENCIALISMO


EXISTENCIALISMO
Os existencialistas ao contrário do modo de pensar do homem da Idade Média que dizia que o ser humano possuía uma essência que "a priori" o determinava, diziam que o homem é um ser histórico e que sua essência vai sendo construída pois a "existência precede a essência".
A doutrina existencialista tem como precursor Kierkegaard (1813-1855) o qual atacou a interpretação dogmática do cristianismo e o sistema metafísico Hegeliano.
Kierkegaard propôs-se a conduzir os indivíduos à plenitude da sua existência, a qual seria realizada mediante a decisão livre do indivíduo e a fé em Deus.
Os filósofos existencialistas refletem sobre a natureza da realidade, mas subordinavam as questões tradicionais da metafísica e da filosofia do conhecimento a uma perspectiva antropocêntrica (isto é, o homem como referência o valor principal). Para eles dar-se um confronto dramático e trágico entre o homem e o mundo. Os mesmos menosprezavam o conhecimento científico em particular a psicologia, na medida em que esta se pretende ciência – e nega a existência de valores objetivos, enfatizando como preferência a realidade e a importância da liberdade humana.
No séc. XX as posições existencialistas desenvolveram-se na sua forma ateísta por Heidegger (1889-1969) e Gabriel Marcel (1889-1963). Karl Jaspers considerava a filosofia como metafísica dentro da qual se processa todo o saber e toda a descoberta possível do ser.
O que os filósofos existencialistas tem em comum, é o conceito de existência, pois para os mesmos existir implica em estar em relação como outros seres humanos, com as coisas e com a natureza, sendo estas relações múltiplas, concretas, denominadas possíveis de acontecer ou não.

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