HISTORICISMO
Doutrina
Histórica-Filosófica que define o pensamento como resultado cultural do
processo histórico e reduz a realidade e sua concepção à história adotada por
autores como Croce, Nietzesche, Conte e Simmel.
Essa
palavra vem do termo alemão "historismus", uma palavra usada para se
aplicar a uma ênfase exagerada sobre a história.
O
termo foi cunhado por Mannheim e Troeltsch, da escola neokantiana; afirmava que
"tudo é história", e Dilthey, argumentava que todos os historiadores
escrevem como cativos de sua era e circunstâncias particulares. Isto significa
que é muito difícil chegar-se a uma história pura, se estivermos olhando para
os sentidos envolvidos no processo histórico. Certamente, Hegel e Marx podem
ser criticados desse modo. Hegel, porque via a síntese histórica cumprida na
monarquia constitucional do governo alemão, que vigorava em seus dias, em sua
pátria: e Marx, por haver pensado, totalmente, que o comunismo poria fim ao
processo histórico, por ser uma síntese final.
A
doutrina segundo a qual a realidade é histórica (isto é, desenvolvimento,
racionalidade e necessidade) e que todo conhecimento é conhecimento histórico.
Ela supõe a coincidência de finito e infinito, de mundo e de Deus, e considera,
portanto, a história como a própria realização de Deus.
Concepção
segundo a qual o pensamento humano se caracteriza por seu processo histórico
erigido em sistema a ponto de fazer do tempo o gerador e o decorador das
verdades que a escola vai paulatinamente ensinando. Uma variante da doutrina
precedente, que vê na história a revelação de Deus no sentido de considerar
cada momento da própria história em relação direta com Deus e permeado dos
valores transcendentes, incluídos por ele, na história.
O
termo historicismo também é usado em um sentido negativo, como sinônimo de
falácia genética. Esta consiste em explicar de outro modo (mediante
falsificação) a natureza de algum fenômeno, mediante uma alusão à sua origem.
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