Paulo
começou defendendo o evangelho e o seu próprio apostolado (capítulos 1 e 2).
Então, ele ensinou que a justificação do pecado vem pela fé no evangelho, e não
por guardar a lei de Moisés (capítulos 3 e 4). Agora, tendo apresentado o
argumento que o cristão nasce à liberdade em Cristo e não à escravidão
(4:21-31), ele encerra a carta com aplicações práticas da liberdade cristã
(capítulos 5 e 6).
Liberdade
em Cristo (5:1-12). Cristo libertou esses discípulos do rigor da lei
mosaica, mas ainda corriam risco de voltar à escravidão (5:1). Paulo lhes
avisou que, se eles se submetessem à lei (especificamente à circuncisão), não
aproveitariam Cristo (5:2). Há dois motivos para isso. Primeiro, a pessoa é
justificada pela lei somente se ela guardar “toda a lei” (5:3;
veja Tiago 2:10). A circuncisão é o primeiro passo de uma lei que precisaria
ser guardada inteiramente. Segundo, procurando a justificação pela lei nega a
graça de Deus no sacrifício de Cristo (5:4-5). Cristo derramou seu sangue para
a remissão dos pecados (veja Mateus 26:28 e Hebreus 9:11-15). As pessoas que
respon-dem a esse sacrifício com fé ativa e amoro-sa são justificadas (5:5-6).
Aqueles que procuram remissão dos pecados através de obras da lei decaem da
graça (5:4).
Embora
esses começaram na liberdade, estavam sendo impedidos de continuarem na verdade
(5:7). Paulo os chamou na ver-dade, mas outros mudaram a mensagem (5:8).
Mudando o evangelho sempre im-pede, ao invés de ajudar. Doutrinas falsas têm
efeitos duradouros, e aqueles que as divulgam receberão punição justa (5:9-10;
Tiago 3:1). Aqueles que ensinam que os cristãos precisam guardar alguma parte
da lei de Moisés hoje “incitam à rebeldia” contra o evangelho de
Deus (5:11-12).
Liberdade
exige serviço (5:13-15). Embora há liberdade, em Cristo, da lei de Moisés,
essa liberdade não quer dizer que estamos sem lei (veja 1 Coríntios 9:20-21;
Tiago 1:22-25). A vida do cristão é uma de serviço ao Senhor e aos outros: a fé
“atua pelo amor” (5:6,13). Esses irmãos foram divididos pelo
ensinamento falso no meio deles e estavam atacando ao invés de servir um ao
outro (5:15). No seu “zelo” pela lei, já estavam negligenciando a lei em que
esperavam a salvação (5:14).
Andai
no Espírito (5:16-26). O Espírito e a carne são inimigos naturais (5:17).
Andando no Espírito excluirá, naturalmente, andando na carne (5:16). No
contexto, andar no Espírito é a mesma coisa de ser “guiados pelo Espíritoespiritual
porque ele se crucifica com Cristo e vive como um ressurreto, no Espírito e não
na carne (5:24-25; veja Romanos 6:1-14; Colossenses 2:11-12). Aquele que obras
da carne, tentando se exaltar por meios carnais (5:26).
Nenhum comentário:
Postar um comentário