Pessach ou a Páscoa Judaica
Resumo de Pessarh em Português
Pessach (do hebraico פסח, ou seja, passagem), também conhecida como
Páscoa judaica, é o nome do sacríficio executado em 14 de Nissan segundo
o calendário judaico e que precede a Festa dos Pães Ázimos (Chag
haMatzot). Geralmente o nome Pessach é associado a esta festa também,
que celebra e recorda a libertação do povo de Israel do Egito, conforme
narrado no livro de Shemot (Êxodo). De acordo com a tradição, a primeira
celebração de Pessach ocorreu há 3500 anos, quando de acordo com a
Torá, Deus enviou as Dez pragas do Egito sobre o povo do Egito.
Antes da décima praga, o profeta Moisés foi instruído a pedir para
que cada família hebréia sacrificasse um cordeiro e molhasse os umbrais
(mezuzót) das portas com o sangue do cordeiro, para que não fossem
acometidos pela morte de seus primogênitos. Chegada a noite, os hebreus
comeram a carne do cordeiro, acompanhada de pão ázimo e ervas amargas
(como o rábano, por exemplo). À meia-noite, um anjo enviado por Deus
feriu de morte todos os primogênitos egípcios, desde os primogênitos dos
animais até mesmo os primogênitos da casa do Faraó. Então o Faraó,
temendo ainda mais a Ira Divina, aceitou liberar o povo de Israel para
adoração no deserto, o que levou ao Êxodo. Como recordação desta
liberação, e do castigo de Deus sobre Faraó foi instituído para todas as
gerações o sacríficio de Pessach. É importante notar que Pessach
significa a passagem, porém a passagem do anjo da morte, e não a
passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho ou outra passagem qualquer,
apesar do nome evocar vários simbolismos.
Um segundo Pessach era celebrado em 14 de Iyar,para que pessoas que
na ocasião do primeiro Pessach estivessem impossibilitadas de ir ao
Tabernáculo, fosse por motivos de impureza , ou por viagem . Celebração
da Pessach na época do Segundo Templo Pessach caracterizava-se por ser
uma das três festas de peregrinação ao Templo de Jerusalém. Um mês antes
da festividade, Jerusalém tinha suas estradas reformadas e poços
restabelecidos para garantir o conforto dos peregrinos. Geralmente todos
aqueles que distanciavam trinta dias de jornada de Jerusalém vinham
para as festividades, o que aumentava a população de cerca de 50 mil
para cerca de três milhões. Estes peregrinos geralmente hospedavam-se na
cidade e cidades vizinhas, acampando ou em casa de conhecidos.
Em 14 de Abib, pela manhã, o chametz (alimento fermentado) era
eliminado e os sacerdotes do Templo preparavam-se para Pessach. O
trabalho secular encerrava-se ao meio dia e iniciavam-se os sacríficios à
quinze horas. A oferenda de Pessach constituia-se de cordeiros ou
cabritos, machos, de um ano de idade, e abatidos pela família (era
permitido um cordeiro por família) em qualquer lugar no pátio do Templo.
O shochet efetuava o abate, e sangue era recolhido pelos cohanim em
recipientes de prata e ouro, que passavam de um para outro até o cohen
próximo ao altar, que derramava o sangue na base deste altar. O
recipiente vazio depois retornava para novo uso. Estes recipientes não
podiam possuir fundo plano par evitar a coagulação do sangue. Em
seguida, o animal era pendurado e esfolado, e aberto tinha suas
entranhas limpas de todo e qualquer excremento. A gordura das entranhas,
o lóbulo do fígado, os dois rins com a gordura sobre estes e a cauda
até a costela eram retirados e colocados em um recipiente, salgados e
queimados sobre o altar. As oferendas de Pessach eram feitas em três
grupos com cada um de no mínimo trinta homens .O primeiro grupo deveria
entrar e quando o pátio do Templo estivesse cheio ,os portões eram
fechados.
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