quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Apocalipse: Papa defende a criação de um governo único mundial

Apocalipse: Papa defende a criação de um governo único mundial

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O Papa Bento XVI sugere em sua encíclica (Carta circular papal ) a criação de um Governo único mundial para solucionar os problemas causados pela crise financeira... O que chama atenção é que a Rede Globo anunciou o fato em 07 de Julho de 2009, e só agora os evangélicos manifestaram-se a respeito.  Como um acontecimento desses passa despercebido?
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Foto/Imagem Apocalipse: Papa defende a criação de um governo único mundial Noticia Religião



O Pontifício Conselho Justiça e Paz do Vaticano publicou uma nota abordando o tema da crise financeira mundial, intitulada “Para uma reforma do sistema financeiro e monetário internacional na perspectiva de uma autoridade pública de competência universal”.
Nessa nota, sob argumentos humanitários, o Vaticano propõe que todos os países do mundo avancem nos estudos de estabelecer uma autoridade mundial, para assuntos financeiros e bélicos. Segundo a nota, “ninguém, conscientemente, pode aceitar o desenvolvimento de alguns países em desvantagem de outros”. Para o Vaticano, “o caminho rumo à construção de uma família humana mais fraterna e justa e, antes ainda, de um renovado humanismo aberto à transcendência, parece ainda muito atual”.
Ressaltando a Carta encílica “Pacem in Terris”, (termo em latim que pode ser traduzido como Paz na Terra), escrita em 1963 por João XXVIII e que previa uma unificação cada vez maior do mundo, a nota afirma que desde aquela época, se reconhecia o fato de que, na comunidade humana, faltava uma correspondência entre a organização política, ‘no plano mundial, e as exigências objetivas do bem comum universal’. Por conseguinte, desejava que um dia se pudesse criar ‘uma Autoridade pública mundial”, afirma a nota.
O processo de globalização do mundo e dependência mútua cada vez maior dos países é classificada pela Igreja Católica como um fato previsto pelo Papa João XVIII em sua carta, e apoiada pelo Papa atual, Bento XVI. “Face à unificação do mundo, favorecida pelo complexo fenômeno da globalização; perante a importância de garantir, para além dos demais bens coletivos, o bem representado por um sistema econômico-financeiro mundial livre, estável e ao serviço da econômica real, hoje o ensinamento da Pacem in terris parece ainda mais vital e digno de urgente concretização. O próprio Bento XVI, no sulco traçado pela Pacem in Terris, manifestou a necessidade de constituir uma Autoridade política mundial”.
O comunicado explica os motivos, classificados pela igreja católica como humanitários, de se apoiar um governo único, proposta que é entendida por teólogos como parte do surgimento do Anticristo, previsto nas profecias do Apocalipse. O Vaticano propõe uma reflexão na luta pelo desarmamento dos países: “Pensemos, por exemplo, na paz e na segurança; no desarmamento e no controle dos armamentos; na promoção e na tutela dos direitos fundamentais do homem; no governo da economia e nas políticas de desenvolvimento; na gestão dos fluxos migratórios e na segurança alimentar; e na salvaguarda do meio ambiente. Em todos estes âmbitos, é cada vez mais evidente a crescente interdependência entre Estados e regiões do mundo, e a necessidade de respostas, não apenas setoriais e isoladas, mas sistemáticas e integradas, inspiradas pela solidariedade e pela subsidiariedade, e orientadas para o bem comum universal.”
O Pastor Antônio Mesquita, do blog “Fronteira Final” entende que sob o argumento de ações humanistas, o Vaticano acaba protagonizando uma profecia bíblica sobre o assunto: “Analise a semelhança com o alerta bíblico a respeito do acordo entre o Anticristo e os judeus. O texto de 1 Tessalonicenses 5:1-5 diz: ‘Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas”, opina o Pastor.
Em determinado trecho da nota, o Vaticano afirma que essa “Autoridade Mundial” deve surgir de um processo em que todos os países a reconheçam e aceitem. “A autoridade supranacional deve possuir uma delineação realista e ser realizada gradualmente, com o objetivo de favorecer também a existência de sistemas monetários e financeiros eficientes e eficazes, ou seja, mercados livres e estáveis, disciplinados por um adequado quadro jurídico, funcionais para o desenvolvimento sustentável e para o progresso social de todos, inspirados nos valores da caridade na verdade”.
Para o Pastor Mesquita, as ideias propostas pelo Vaticano se aproximam muito do que as Escrituras Sagradas dizem a respeito desse tema, com perseguição aos cristãos: “A Bíblia diz o seguinte, sobre o Governo Único: ‘E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se a ele poder sobre toda a tribo, e língua, e nação. E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Se alguém tem ouvidos, ouça’.


Cidade do Vaticano, 7 jul (EFE).- O Vaticano apresentou hoje a terceira encíclica de Bento XVI, de marcado caráter social, na qual afirma que a economia precisa de ética e que o mercado "não é o lugar de atropelo do forte sobre o fraco".
Na encíclica "Caritas in veritate" (Caridade na verdade), o pontífice afirma que a crise mostra que os tradicionais princípios da ética social, como a transparência, a honestidade e a responsabilidade, "não podem ser descuidados".
O papa afirma que a economia não elimina o papel dos Estados e tem necessidade de "leis justas".
Bento XVI exige que as "finanças, após seu mau uso, que prejudicou a economia real", retornem a ser um instrumento orientado ao desenvolvimento.
O papa pede uma "urgente" reforma da ONU e da arquitetura econômica e financeira internacional.
"Urge a presença de uma verdadeira autoridade política mundial que se atenha de maneira coerente aos princípios de subsídio e de solidariedade", escreve.
Também trata o tema do meio ambiente e afirma que as sociedades tecnologicamente avançadas "podem e devem diminuir" suas próprias necessidades energéticas e devem avançar na pesquisa sobre energias alternativas.
O novo documento do papa retoma os temas sociais contidos nas encíclicas "Populorum progressio" (1967), escrita por Paulo VI, e "Sollicitudo rei socialis" (1988), sobre a mesma temática, escrita por João Paulo II.
A encíclica - carta solene dirigida pelo papa aos bispos e fiéis católicos do mundo - foi assinada pelo Pontífice em 29 de junho, festividade de São Pedro e São Paulo, é dividida em seis partes e consta de 136 páginas.
O texto começa afirmando que "a caridade na verdade, da qual Jesus se fez testemunha, é a principal força propulsora para o verdadeiro desenvolvimento de cada pessoa e da humanidade inteira".
As seis partes do texto são "A mensagem da Populorum progressio", "Desenvolvimento humano em nosso tempo", "Fraternidade, desenvolvimento econômico e sociedade civil", "Desenvolvimento dos povos, direitos, deveres e ambiente", "A colaboração da família humana" e "Desenvolvimento dos povos e da técnica".
A encíclica foi apresentada pelos cardeais Renato Raffaele Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, e Paul Josef Cordes, presidente do Conselho Pontifício "Cor Unum" - encarregado de distribuir a caridade do papa -, pelo arcebispo Giampaolo Crepaldi, secretário do Conselho Pontifício Justiça e Paz, e pelo economista Stefano Zamagni, da Universidade de Bolonha (Itália).
O papa Bento XVI já escreveu outras duas encíclicas, "Deus caritas est" (Deus é amor), de 2006, e "Spe salvi" (Salvos pela esperança), de 2007. EFE

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