Apocalipse: Papa defende a criação de um governo único mundial
O Papa Bento XVI sugere em sua
encíclica (Carta circular papal ) a criação de um Governo único mundial
para solucionar os problemas causados pela crise financeira... O que
chama atenção é que a Rede Globo anunciou o fato em 07 de Julho de 2009,
e só agora os evangélicos manifestaram-se a respeito. Como um
acontecimento desses passa despercebido?
Leia o texto abaixo, e se puder
deixe sua opinião, orientação e até mesmo sua dúvida utilizando o
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O Pontifício Conselho Justiça e Paz do
Vaticano publicou uma nota abordando o tema da crise financeira mundial,
intitulada “Para uma reforma do sistema financeiro e monetário
internacional na perspectiva de uma autoridade pública de competência
universal”.
Nessa nota, sob argumentos humanitários,
o Vaticano propõe que todos os países do mundo avancem nos estudos de
estabelecer uma autoridade mundial, para assuntos financeiros e bélicos.
Segundo a nota, “ninguém, conscientemente, pode aceitar o
desenvolvimento de alguns países em desvantagem de outros”. Para o
Vaticano, “o caminho rumo à construção de uma família humana mais
fraterna e justa e, antes ainda, de um renovado humanismo aberto à
transcendência, parece ainda muito atual”.
Ressaltando a Carta encílica “Pacem in
Terris”, (termo em latim que pode ser traduzido como Paz na Terra),
escrita em 1963 por João XXVIII e que previa uma unificação cada vez
maior do mundo, a nota afirma que desde aquela época, se reconhecia o
fato de que, na comunidade humana, faltava uma correspondência entre a
organização política, ‘no plano mundial, e as exigências objetivas do
bem comum universal’. Por conseguinte, desejava que um dia se pudesse
criar ‘uma Autoridade pública mundial”, afirma a nota.
O processo de globalização do mundo e
dependência mútua cada vez maior dos países é classificada pela Igreja
Católica como um fato previsto pelo Papa João XVIII em sua carta, e
apoiada pelo Papa atual, Bento XVI. “Face à unificação do mundo,
favorecida pelo complexo fenômeno da globalização; perante a importância
de garantir, para além dos demais bens coletivos, o bem representado
por um sistema econômico-financeiro mundial livre, estável e ao serviço
da econômica real, hoje o ensinamento da Pacem in terris parece ainda
mais vital e digno de urgente concretização. O próprio Bento XVI, no
sulco traçado pela Pacem in Terris, manifestou a necessidade de
constituir uma Autoridade política mundial”.
O comunicado explica os motivos,
classificados pela igreja católica como humanitários, de se apoiar um
governo único, proposta que é entendida por teólogos como parte do
surgimento do Anticristo, previsto nas profecias do Apocalipse. O
Vaticano propõe uma reflexão na luta pelo desarmamento dos países:
“Pensemos, por exemplo, na paz e na segurança; no desarmamento e no
controle dos armamentos; na promoção e na tutela dos direitos
fundamentais do homem; no governo da economia e nas políticas de
desenvolvimento; na gestão dos fluxos migratórios e na segurança
alimentar; e na salvaguarda do meio ambiente. Em todos estes âmbitos, é
cada vez mais evidente a crescente interdependência entre Estados e
regiões do mundo, e a necessidade de respostas, não apenas setoriais e
isoladas, mas sistemáticas e integradas, inspiradas pela solidariedade e
pela subsidiariedade, e orientadas para o bem comum universal.”
O Pastor Antônio Mesquita, do blog
“Fronteira Final” entende que sob o argumento de ações humanistas, o
Vaticano acaba protagonizando uma profecia bíblica sobre o assunto:
“Analise a semelhança com o alerta bíblico a respeito do acordo entre o
Anticristo e os judeus. O texto de 1 Tessalonicenses 5:1-5 diz: ‘Mas,
irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos
escreva; Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá
como o ladrão de noite; Pois que, quando disserem: Há paz e segurança,
então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela
que está grávida, e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não
estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão;
Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da
noite nem das trevas”, opina o Pastor.
Em determinado trecho da nota, o
Vaticano afirma que essa “Autoridade Mundial” deve surgir de um processo
em que todos os países a reconheçam e aceitem. “A autoridade
supranacional deve possuir uma delineação realista e ser realizada
gradualmente, com o objetivo de favorecer também a existência de
sistemas monetários e financeiros eficientes e eficazes, ou seja,
mercados livres e estáveis, disciplinados por um adequado quadro
jurídico, funcionais para o desenvolvimento sustentável e para o
progresso social de todos, inspirados nos valores da caridade na
verdade”.
Para o Pastor Mesquita, as ideias
propostas pelo Vaticano se aproximam muito do que as Escrituras Sagradas
dizem a respeito desse tema, com perseguição aos cristãos: “A Bíblia
diz o seguinte, sobre o Governo Único: ‘E foi-lhe permitido fazer guerra
aos santos, e vencê-los; e deu-se a ele poder sobre toda a tribo, e
língua, e nação. E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses
cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi
morto desde a fundação do mundo. Se alguém tem ouvidos, ouça’.
Cidade do Vaticano, 7 jul (EFE).- O
Vaticano apresentou hoje a terceira encíclica de Bento XVI, de marcado
caráter social, na qual afirma que a economia precisa de ética e que o
mercado "não é o lugar de atropelo do forte sobre o fraco".
Na encíclica "Caritas in veritate"
(Caridade na verdade), o pontífice afirma que a crise mostra que os
tradicionais princípios da ética social, como a transparência, a
honestidade e a responsabilidade, "não podem ser descuidados".
O papa afirma que a economia não elimina o papel dos Estados e tem necessidade de "leis justas".
Bento XVI exige que as "finanças, após
seu mau uso, que prejudicou a economia real", retornem a ser um
instrumento orientado ao desenvolvimento.
O papa pede uma "urgente" reforma da ONU e da arquitetura econômica e financeira internacional.
"Urge a presença de uma verdadeira
autoridade política mundial que se atenha de maneira coerente aos
princípios de subsídio e de solidariedade", escreve.
Também trata o tema do meio ambiente e
afirma que as sociedades tecnologicamente avançadas "podem e devem
diminuir" suas próprias necessidades energéticas e devem avançar na
pesquisa sobre energias alternativas.
O novo documento do papa retoma os temas
sociais contidos nas encíclicas "Populorum progressio" (1967), escrita
por Paulo VI, e "Sollicitudo rei socialis" (1988), sobre a mesma
temática, escrita por João Paulo II.
A encíclica - carta solene dirigida pelo
papa aos bispos e fiéis católicos do mundo - foi assinada pelo
Pontífice em 29 de junho, festividade de São Pedro e São Paulo, é
dividida em seis partes e consta de 136 páginas.
O texto começa afirmando que "a caridade
na verdade, da qual Jesus se fez testemunha, é a principal força
propulsora para o verdadeiro desenvolvimento de cada pessoa e da
humanidade inteira".
As seis partes do texto são "A mensagem
da Populorum progressio", "Desenvolvimento humano em nosso tempo",
"Fraternidade, desenvolvimento econômico e sociedade civil",
"Desenvolvimento dos povos, direitos, deveres e ambiente", "A
colaboração da família humana" e "Desenvolvimento dos povos e da
técnica".
A encíclica foi apresentada pelos
cardeais Renato Raffaele Martino, presidente do Conselho Pontifício
Justiça e Paz, e Paul Josef Cordes, presidente do Conselho Pontifício
"Cor Unum" - encarregado de distribuir a caridade do papa -, pelo
arcebispo Giampaolo Crepaldi, secretário do Conselho Pontifício Justiça e
Paz, e pelo economista Stefano Zamagni, da Universidade de Bolonha
(Itália).
O papa Bento XVI já escreveu outras duas
encíclicas, "Deus caritas est" (Deus é amor), de 2006, e "Spe salvi"
(Salvos pela esperança), de 2007. EFE
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